A Cidade do Sol escrita por Helen
Porcelana vasculhava mais uma vez pelos inúmeros nomes dos destaques da cidade fantasma. Fizera uma lista gigantesca com vários deles, dizendo nome, quando nasceu, morreu e sua área de destaque. Mas nenhum deles tinha olhos azuis. Estava começando a desistir, quando ouviu alguém carregando alguma coisa até a mesa onde estava. Era Livreto, trazendo um montinho de jornais.
— O que é isso? – perguntou Porcelana.
— São uns jornais que eu encontrei. Acho que vão te ajudar. – ele sorriu, deixando as coisas na mesa. – Tchau.
— Tchau...
A menina pegou os jornais e percebeu que na capa deles havia um homem de olhos azuis. Ele parecia com Porcelana, o que a fez estranhar e ler logo sobre o que se tratava.
CIENTISTA TESTA APARELHO CAPAZ DE MUDAR O CLIMA
Nesta manhã, nosso renomado especialista em biotecnologia e engenharia genética, Soren Mondret, testou seu aparelho que, como diz ele, é capaz de manipular as massas de ar e outros mecanismos meteorológicos naturais para assim poder evitar grandes períodos de estiagem. No entanto, seu teste acabou dando errado e causou alguns danos à fazenda de Agricultor Semsobrenome, que abriu um inquérito judicial contra o cientista. Estamos esperando mais informações concretas sobre o caso. [...]
Ao ver o pai e conectá-lo a tudo o que acontecera a Wittgen, Porcelana sorriu. Todas as suas memórias foram se juntando, e ela ficou algum tempo ali, parada diante da notícia, enquanto lembrava dos poucos sorrisos que tinha visto do seu pai...
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