Vai ser assim pra sempre? - Dramione escrita por Anna Carolina R


Capítulo 7
3º ano Pós-Hogwarts (1)


Notas iniciais do capítulo

E aí, meus anjões?
Tudo belezinha?
Voltei rapidinho com um cap e uma treta e saí correndo HAHAHA
Espero que vocês gostem! Não esqueçam de deixar nos comentários o que vocês estão achando! Eu sou legal, juro que não mordo!
Boa leitura!

Beijos repletos de Magia *-*



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AGOSTO

POV DRACO MALFOY:

Quarta feira era um dos melhores dias para mim. Não só porque eu encontro a Granger, mas porque é o dia em que posso entrar mais tarde no Ministério. Aquela quarta feira seria como qualquer outra se não fosse pelo estranho fato de Hermione ainda não ter me dito nada desde o almoço.

Eu estava em minha sala e o relógio batiam 4:30PM. Eu saía as 6:00PM e encontrava com a morena na padaria, sempre. Sempre trocávamos cartas nas horas anteriores ao nosso encontro pra certeza de que iríamos, de que não atrasaríamos e essas coisas.

Perdido nos meus pensamentos não vi a coruja sobrevoar minha mesa e soltar uma carta.

“Malfoy,

Me encontra na minha sala em 15min, por favor?

Precisamos conversar.

H.G. “

 

Quando li achei estranho. Não era comum que ela pedisse para eu ir até sua sala. Na verdade, ela não gostava, porque se demorássemos ela achava que alguém desconfiaria. De qualquer modo dei uma organizada em minha mesa, guardei as coisas e fui em direção à Granger.

Quando cheguei, a secretária dela escrevia algo qualquer em um pergaminho.

— A Srta. Granger pediu que eu viesse até sua sala. – A moça então se levantou e se dirigiu a porta que estava fechada.

— Espere um minuto, Sr. Malfoy, irei anunciá-lo. – Assenti com a cabeça e a segui, mantendo uma distância.

— Com licença, Srta. Granger, mas o Sr. Malfoy está aqui fora para falar com a senhorita.

— Pode deixá-lo entrar, Sara. Feche a porta e não me procure até que ele saia ou seja urgente, está bem? – Escutei aquela voz doce que eu tão bem conhecia e adorava ouvir bem perto de meus ouvidos.

— Claro, Srta. Granger. – A moça me deu passagem, fechando a porta atrás de mim. Entrei e ela estava lá, sentada, compenetrada terminando de assinar alguns papéis. Fez sinal para que eu me sentasse sem nem tirar os olhos do que fazia. Tinha alguma coisa errada.

Ela então apoiou sua pena no tinteiro e colocou o documento que estava assinando em uma pilha que eu supus ser de coisas para aprovar. Ainda sem me olhar afastou um pouco a sua cadeira e percebi o movimento de suas pernas, cruzando uma por cima da outra.

Ela prendeu o cabelo com um elástico e aí sim me olhou. Seu rosto estava cansado, de uma noite mal dormida, da qual ela não tentou esconder com maquiagem. Seus lábios não esboçavam sorriso algum e aquilo não me parecia normal.

Não que Hermione fosse a pessoa mais alegre, que nunca fica triste, já a tinha visto chorar, mas normalmente não era em momentos assim. Era sempre em locais mais privados, em que só tinha nós dois e nada mais importava.

— Acho que precisamos conversar, Malfoy.

— Estou escutando.

— Uma coisa aconteceu ontem. – Seus olhos saíram de mim e pousaram na janela atrás de sua cadeira, ficando de lado para mim. De perfil, consegui observar seu peito subir e descer enquanto ela respirava. Não era um respirado calmo.

— Algo ruim?

— Depende do ponto de vista, Malfoy. – Ela se virou abruptamente me encarando.

— Fala.

— Ronald me pediu em namoro. – Eu queria poder ter visto a minha reação na hora. Meu queixo caiu. Eu fiquei branco e completamente sem reação.

— Tá brincando comigo, né? – Ela só me olhou e nada disse.

— Eu sabia que alguma coisa ia acontecer ontem. Não era normal, em uma terça feira, ele me chamar pra jantar com os Weasley’s.

— Vocês tavam saindo? – Meu cérebro não tava funcionando direito, eu revivia as memórias tentando achar o momento em que ela falou que tava saindo com o Cenoura, não achava.

— A gente saiu uma vez. Quinta passada.

— E ele já fez o pedido? – Ela assentiu com a cabeça. – O que tu respondeste?

— Foi na frente da família inteira, não tinha como eu dizer não. Gina estava lá acenando para que eu dissesse sim, Molly tinha o rosto em lágrimas, o que eu ia fazer? Dizer, ‘não, desculpa eu transo com o Malfoy duas vezes na semana’?

— Er... sim. – Fiz cara de indignado e ela riu de mim. Não era um riso de achar engraçado. Eu a conhecia, era um riso de nervoso. – E agora o que você pretende fazer?

Ela se levantou e foi em direção ao armário que tinha na parede, guardando alguns pergaminhos. Voltou para a sua mesa e sem me olhar balbuciou um “não sei“ enquanto tentava arrumar as coisas de sua mesa como se fosse o que tinha de mais interessante ali. Me levantei.

— NÃO SABE? – Ela me olhou assustada com a mudança no meu tom. Fazia tempo que não brigávamos assim. E eu nem sabia se aquilo era realmente uma briga. – VOCÊ SABE BEM O QUE TEM DE FAZER. VOCÊ TEM DUAS ESCOLHAS, GRANGER. ELE, OU EU.

— Para de gritar, Malfoy.

— POR QUÊ? ALGUÉM VAI NOS ESCUTAR, GRANGER?

— MALFOY! Você não está raciocinando! Vamos conversar na padaria ou no hotel! Vai, vamos ind... – A porta se abriu sem batidas e a cabeça da secretária apareceu na fresta.

— Desculpa senhorita, é que...

— Sara, eu não pedi que não fosse incomodada? – Hermione falou irritadiça. Se recompôs, me olhando e respirando fundo.

— Sim, Srta. Granger, é que o Sr. Weasley não quis esperar, ele está tentando entrar. – A porta se abriu batendo na parede fazendo um som surdo.

— Hermione, por que não posso entrar? – A voz do Cenoura ambulante ecoou pelo ambiente e eu revirei os olhos. Hermione passou os olhos por mim e se virou para o atual namorado.

— Eu estava em uma reunião de trabalho, Ronald.

— Desculpa, senhorita! Eu tentei avisar, mas ele estava impaciente.

— Tudo bem, Sara. Já acabamos mesmo. – Ela me olhou. Nesse momento Weasley se virou pra mim, ficando de costas para Hermione. Ela piscou para mim.

— Pode saindo seu filhote de comensal.

— O que você veio fazer aqui? – Escutei a voz da minha morena e ele se virou me dando as costas. Ela não me deu tempo para responder o idiota.

— Queria saber se quer sair depois que acabar o expediente. – Ela olhou para mim, eu sabia que dá onde eu tava, o ruivo estaria achando que ela olhava diretamente para ele. Mas ela olhava em meus olhos. Eu sabia disso, e ela também.

— Tenho um compromisso já, Ronald. Sinto muito mas terá que ficar para outro dia. – Sorri. Ouvindo essas palavras eu saí em direção a minha sala. Conferi para ver se tinha deixado tudo em ordem para o dia seguinte e saí, indo para a padaria. Onde eu sabia que encontraria a morena novamente.

***

Cheguei na padaria e estava razoavelmente cheia. Fui para uma mesa no fundo do lugar, meio escondida e pedi um chocolate quente para a garçonete. Beberiquei o líquido à espera da mulher. Sabia que talvez ela demorasse um pouco, ela tinha que se livrar daquele traste e duvido que fosse fácil. Alguns minutos depois a vi passar pela porta.

— Tá mais calmo? – Ela falou se sentando. – Não vou pro hotel com você com os nervos à flor da pele. – Eu arqueei a sobrancelha olhando-a nos olhos. Aqueles olhos.

— Quer alguma coisa, senhora? – Era a mesma garçonete.

— Um chá, por favor. – Ela sempre tomava duas coisas, um café com leite de manhã, e se fossemos à padaria em alguma outra hora do dia, ela tomava chá. E sempre comia um croissant se tivesse fome. Ela esperou a mulher sair para retomar a palavra. – Você e eu sabemos como tu fica quando tá bravo, e não tô afim de ser expulsa de cama ou quarto algum por conta de teu mau humor. – Ela agradeceu o chá que tinha acabado de chegar e tomou um gole.

— Então me diga o que você pretende fazer.

— Não sei, Malfoy, não sei. Hoje eu to aqui, não tô? – Ela me olhou e se concentrou em tomar o chá dela.

— Você tem que decidir, Granger. Eu te avisei disso, não avisei? – Ela levantou a cabeça, prestando atenção. Meus olhos não saíam dela. – Quantas vezes eu te disse que ele baba por você? Hein? Quantas? – Ela não falou nada. – Acha que agora vai ficar fácil? Bom, pra você com certeza vai. Fez sua escolha, né? Escolheu ele. Ontem.

Me levantei num impulso. Mas voltei a sentar. Peguei minha carteira e tirei uma nota de 20 libras, mesmo sabendo que o total era menos que isso. Coloquei embaixo da minha xícara já vazia e me levantei de novo.

— Aonde tá indo?

— Embora, Granger. Embora. – Respirei fundo. Ela tomou o último gole do líquido e se levantou parando de frente para mim.

— Então eu vou com você. – Eu a olhei descrente. Virei de costas e fiz o caminho até a saída, ela me seguia, um passo atrás. Assim que cruzei a porta falei:

— Não, não vai.

— Eu podia ter saído com ele e escolhi passar a noite com você. – Minha cara estava vermelha, eu estava quase explodindo. Ela me tirava do sério tantas vezes, e ao mesmo tempo sua voz entrava pelos meus ouvidos e era como uma música muito bem tocada.

— Nossa, que honra, então. – Falei sarcástico indo para o beco que usávamos para aparatar. Ela me segurou o pulso.

— Draco, por favor, vamos conversar no hotel. – Eu a olhei e ri. Ela sabia que minha risada era irônica. – Sério, por favor.

Eu nem a olhei, apenas atravessei a rua indo em direção ao hotel. Andei a passos apressados entrando no hall e indo até o balcão.

— Um quarto, por favor. – Falei e depois de assinar os papéis peguei a chave e fui em direção ao elevador, ela estava na minha cola. Em nenhum momento fiz contato visual com ela. Me surpreendi quando ela pegou minha mão para entrar no elevador. Assim que chegamos no andar me soltei e fui na frente.

— Agora vem com essa de me dar a mão? – Ela tirou o cartão do quarto da minha mão e abriu a porta, entrando rapidamente.

— Quer parar de ser idiota?

— Eu? Idiota? – Fechei a porta com um pouco mais de força do que precisava e virei pra encará-la. – Talvez eu seja mesmo, de estar aqui mesmo com você agora namorando Hermione Weasley. – Fiz careta ao pronunciar aquele nome.

— Draco...

— Não, Hermione. Não vem com ‘Draco...’ pra cima de mim. Eu te falo isso desde o sétimo ano, e até hoje você me enrola. Acha que quero ser o amante pra sempre? Acha que quero me esconder e te ver apenas entre 4 paredes duas vezes por semana? Sim, é uma amizade colorida. – Minha voz ia aumentando e eu ia me aproximando dela, que não se mexia um milímetro. – Mas, então, me fala. – Parei a um centímetro dela. Nossos rostos quase colados. Seus olhos nos meus. O castanho no cinza. – Não sente nada por mim? Não sente nada igual do que eu sinto por ti?

Seus olhos fecharam, mas ela nada disse. Ficou lá, parada. Não se moveu um milímetro.

— Sabia. – Falei me afastando e indo em direção ao banheiro.

— O que? – Ela disse parando no batente da porta e me observando lavar o rosto. Olhei-a pelo espelho e falei.

— Você sente o mesmo que eu. – Ela ficou ali observando. – Por que aceitou?

— Não sei o que eu sinto. – Ela respirou fundo e entrou no banheiro. Desabotoou a calça e tudo o que eu consegui pensar ‘olha a intimidade, ela vai usar o banheiro comigo dentro sem nem se importar, a que ponto chegamos. ’ Ela sentou no vaso fazendo xixi e continuou falando. – Eu não podia simplesmente dizer não.

— Na verdade você podia. – Me virei apoiando na pia, cruzando os braços e olhando para ela.

— Vai me olhar fazendo xixi?

— Você que veio fazer enquanto eu usava o banheiro. – Ela deu de ombros e falou.

— Ah, podia? Não acha deselegante?

— Se você não gosta da pessoa, então não é deselegante. Você gosta dele? – Ela deu descarga e veio ao meu lado lavar as mãos. Virei meu rosto sem mexer meu corpo, para observá-la de perfil.

— Sempre tive um carinho por ele.

— Mas...

— Não tem mais. – Ela se virou pra mim. Colocou suas mãos macias em meu braço, e apesar de fazerem anos que sinto esse toque, ele ainda me causa choquinhos por onde nossas peles se encontram.

— Ele beija melhor que eu? – Ela riu tentando desfazer a posição de meus braços. Ao conseguir, ela abriu-os e entrou no meio deles me abraçando.

— Draco – Ela disse ainda rindo e passando suas mãos pela minha cintura até as costas. – O seu sempre será o melhor. – Ela apoiou a cabeça em meu peito e respirou fundo.

— Bom saber, ma petit. – Fechei meus braços ao seu redor. Eram assim as nossas brigas. A gente se excedia, gritava, depois fazíamos gracinhas e alguém dava um passo para o carinho e já estávamos bem de novo. O abraço durou por uns minutos e o silêncio reinou ali no ambiente. Ela me olhou e se afastou um pouco. – O que você vai fazer?

— Sei que não vou parar de te encontrar. – Sorri e ela também. – A gente vai dar um jeito. – Ela pegou a minha mão e me puxou em direção a cama, saindo do banheiro.

— Um jeito... Se você aceitasse ficar comigo não teria todo esse problema.

— Sabe que não dá.

— Não dá ou não quer?

— Tô com o Rony...

— Sabe que você tem livre direito de terminar a hora que quiser, né?!

— Sei, mas também não quero magoá-lo.

— A ele você não quer magoar? – Me soltei de sua mão. Ela deu um passo para trás. Pelo visto a noite não seria calma.

— E EU MAGOEI VOCÊ ALGUMA VEZ?

— ACHA QUE EU FICO COMO TODA VEZ QUE LEVO UM FORA? MAS NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE QUE ELE TEM VOCÊ ACEITA FICAR COM ELE!

— VOCÊ NÃO ENTENDE! NÃO TINHA COMO EU TER DITO QUE NÃO.

— SE VOCÊ QUISESSE TERIA COMO VOCÊ DIZER NÃO! A DIFERENÇA É QUE TU NÃO QUISESTE DIZER! – Nossos rostos pegavam fogo. A gente gritava cada vez mais alto e eu torcia para que nenhum vizinho de quarto escutasse, ou reclamasse.

— EU NÃO QUIS? VOCÊ NÃO SABE O QUE EU QUERO OU DEIXO DE QUERER!

— AH POR QUE O WEASLEY SABE, NÃO É MESMO? – Levantei as mãos pro alto e revirei os olhos enquanto soltava meus braços, fazendo-os cair batendo em minha coxa. – VERDADE, PASSAR 8 ANOS CONTIGO E 7 DIVIDINDO A CAMA NÃO É NADA, VERDADE. VOCÊ TEM RAZÃO. NÃO SEI NADA SOBRE VOCÊ.

— NÃO FOI ISSO QUE EU DISSE!

— NÃO, MAGINA. TÔ ESCUTANDO VOZES. – Andei até a janela, parei apoiando-me no parapeito e observando o movimento lá da rua. Já tinha anoitecido e não tinha muito movimento, só algumas pessoas andando na rua.

— TÁ TIRANDO UMA COM A MINHA CARA?

— MAS É CLARO. – Falei irônico. – É A ÚNICA COISA QUE SEI FAZER, TIRAR UMA COM TUA CARA. – Ela me olhava, em seus olhos havia fúria, raiva, ela poderia me matar ali mesmo se quisesse. – POR QUE NÃO VAI ATRÁS DO SEU NAMORADINHO, ELE COM CERTEZA SABE FAZER COISAS MELHORES QUE EU. DEMOROU UM ENCONTRO PRA ACEITAR O PEDIDO DELE. EU ESPEREI OITO ANOS PARA COTINUAR LEVANDO FORAS.

— PARA DE SE FAZER DE VÍTIMA, MALFOY! OU VOCÊ ACHA QUE NÃO ME LEMBRO O QUE ME FEZ? – Não a deixei terminar o que ia falar.

— MAS É CLARO QUE EU LEMBRO. EU SEI DE TUDO QUE EU TE FIZ, E POR ISSO A CADA DIA QUE EU TE VEJO EU PEÇO DESCULPAS, OU ARRANJO UM MEIO DE COMPENSAR TODOS OS XINGAMENTOS E OFENSAS QUE PROFERI OU TODAS AS VEZES QUE FERREI VOCÊS NA ESCOLA. ACHA QUE NÃO ME SINTO CULPADO? ACHA QUE NÃO SINTO A DOR DA SUA CICATRIZ? ACHA QUE NÃO TENHO PESADELOS COM SEUS GRITOS? ACHA QUE NÃO SEI A DOR DE TUDO O QUE CAUSEI?

— VOCÊ NÃO ME DEIXOU TERMINAR DE FALAR. – Eu a olhei sério. – ACHA QUE NÃO LEMBRO DE TODAS AS MENININHAS QUE EU PEGUEI TRANSANDO COM VOCÊ ENQUANTO EU FAZIA RONDA? VOCÊ ACHA QUE TEM DIREITO DE VIR AQUI FALAR DO RONY QUANDO VOCÊ É O CARA MAIS GALINHA QUE EU CONHEÇO?

— ENTÃO É ISSO? É VINGANÇA? – Ela riu de mal gosto.

— VINGANÇA? ME POUPE, MALFOY.

— PRIMEIRO DE TUDO, NA ÉPOCA DA ESCOLA A GENTE TINHA UM ACORDO E TANTO VOCÊ COMO EU PODERÍAMOS TRANSAR COM QUEM QUISESSEMOS, ENTÃO, NÃO TEM PORQUE VOCÊ USAR ISSO COMO ARGUMENTO.

— O ACORDO VALE ATÉ HOJE.

— VALE? ENTÃO POR QUE NÃO ME CORTOU NA PRIMEIRA VEZ QUE PEDI PARA QUE FICASSE COMIGO? MAS NÃO, TÁ ME ENROLANDO ATÉ HOJE. TODAS AS VEZES QUE PERGUNTO VOCÊ DÁ UMA RISADINHA, DIZ QUE VAI PENSAR, MUDA DE ASSUNTO. MAS TEM RAZÃO, NÃO MAGOAR O WEASLEY É QUE É IMPORTANTE.

— QUER SABER? NÃO VOU FICAR AQUI! EU TINHA DITO QUE NÃO DORMIRIA COM VOCÊ DESSE JEITO. QUER BRIGAR? ÓTIMO! VAI EM FRENTE!

— SE EU QUERO BRIGAR? VOCÊ FAZ A BURRADA E QUER QUE EU ACEITE SER TROCADO! QUER IR EMBORA? A PORTA ESTÁ ABERTA!

— ÓTIMO! – Ela andou até a porta e bateu-a com força saindo em passos decididos, sem nem olhar para trás.

É, talvez a amizade colorida tivesse acabado. Nós sabíamos que algum dia isso ia acontecer, se as pessoas soubessem do nosso acordo falariam que eu largaria Hermione. Porque eu sou o cara que enjoa fácil de mulher e simplesmente larga. Posso até ser. Normalmente me envolvia com mulheres apenas por uma noite.

Nunca gostei de me apegar e entregar meus sentimentos de bandeja para qualquer um. Não sou assim. Eu achava que nem nutria sentimentos reais por alguém. Até Hermione Granger aparecer em minha vida. Desde o primeiro ano eu tinha olhos para ela. Descobrir que ela era trouxa foi um baque em minha vida. Aquela vida de menino mimado e dentro dos padrões que minha família tinha só me impediu de me relacionar com aquela menina que tinha se tornado uma brilhante mulher.

Foi incrível como tudo aconteceu. Primeiro um beijo e então uma noite e já se passaram oito anos. Acho que o modo como conduzimos isso permitiu que eu não enjoasse e, além disso, fosse me entregando aos poucos, de maneira a estar de quatro por ela agora. Ela me conhecia. Ela sabia tudo sobre mim, bem mais que qualquer outra pessoa, bem mais que Blásio, e até que eu mesmo.

Deitei na cama. Não iria embora. Havia pagado pelo quarto. O hotel era ótimo. Passaria a noite ali, no mundo trouxa, isolado, assim ninguém encheria meu saco. Porque eu sabia que se eu voltasse pra casa minha mãe saberia que algo de ruim aconteceu e contaria ao Blás, que por sua vez falaria para Luna e então a confusão terá aumentado ainda mais, porque a loira iria até Hermione e eu escutaria ainda mais.

Abri os botões da minha camisa e fechei os olhos. Ali, deitado naquela cama queria poder esquecer toda a discussão que tínhamos tido. Sabia que isso iria mudar a minha vida se continuássemos brigados. Os encontros semanais acabariam, ela seguiria a vida dela namorando o Cabeça de Fósforo e eu ficaria por aí. Uma noite com cada mulher.

Não era o que eu queria. O que eu queria era ficar com Hermione, com a menina dos olhos âmbar que combinavam tão bem com os meus cinzas. Com ela tudo parecia mais leve. Com ela eu tinha prazer, eu chegava a um ápice que nunca nem tinha imaginado e só com ela eu conseguia. Com ela, eu dormia de conchinha e amava. Ali, abraçado a ela e ritmando nossas respirações eu sabia que nada de ruim aconteceria.

Meus devaneios iam me levando. Meus olhos estavam fechados e meu corpo cada vez mais pesado e relaxado, eu estava quase dormindo, para então assustar-me e sentar na cama com o coração palpitando por conta de duas batidas na porta. Olhei para o relógio que ficava no criado mudo e eram quase 11:00PM, Hermione tinha saído pouco depois das 8:30PM, não acreditava que tinha passado tão rápido.

Me levantei a passos trôpegos devido ao sono e fui até a porta. Cocei os olhos e fechei a camisa rapidamente e a abri. Meu queixo caiu.

— Oi, meu loiro.


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Notas finais do capítulo

Olá!
Tudo bem?
O que acharam? Me contem, por favorzinhoooo!
Mandem mensagens se quiserem, comentem e essas coisinhas, ok?
Até o próximo!

Beijos repletos de Magia *-*



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