Subaquático escrita por ohhoney


Capítulo 1
Algas nas pedras


Notas iniciais do capítulo

VIADO NEM ACREDITO QUE TO POSTANDO MINHA FIC EM MAIS DE DOIS ANOS SEM ENTRAR NESSE SITE COMO ASSIM

Toma aquele Daisuga pra aquecer esse seu coração gelado. Aproveita que tá bem fofinho.

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 Morna, a água salgada do mar arrasta-se preguiçosamente pela areia da praia, enquanto a brisa fresca carrega o gosto do sal por entre as palmeiras, pedras, e buracos de caranguejos. Pequenas bolhas se formam em contato com a pele dos dedos de Daichi; o sol reflete na água azul e lança bonitas cores sobre as rochas próximas. A tarde começava a cair, devagar, prolongando o dia de verão.

A praia está deserta exceto pelas gaivotas e caranguejos. O coração de Daichi bate rápido no peito. Ele veste sua máscara de mergulho, pega seu snorkel e pula na água. Cristalina, ele consegue ver tudo perfeitamente: as algas nas pedras, pequenos peixes, a areia no fundo se remexendo com o balançar das ondas, conchas coloridas contra o branco.

Dando braçadas, Daichi nada junto às pedras da encosta até avistar a pequena embarcação naufragada. Não era mais do que um pequeno barco de pescador abandonado que afundara, talvez a uns 5 metros de profundidade. Daichi coloca o snorkel na boca, puxa o ar, e mergulha.

Ele bate os pés na direção do barco - sua carcaça está cheia de corais coloridos, peixes, anêmonas, pequenos animais -  e entra pelo furo do casco. Algumas caixas velhas se acumulam num canto, barris, a âncora, cordas, o mastro. Daichi avança pelo barco e chega a uma escadinha parcialmente destruída que leva ao que seria os aposentos do capitão. Os raios de sol penetram pelas rachaduras e buracos. Ele sorri para si mesmo ao ver Suga ali, deitado sobre uma camada de algas, tirando um cochilo gostoso. Daichi bate três vezes na madeira e Suga abre os olhos, ainda sonolento. Ergue-se, olhando ao redor, fazendo com que peixinhos saiam do meio de seus cabelos e se escondam entre as rochas mais próximas.

Ao ver Daichi, Suga abre um sorriso e vem nadando até ele rapidamente. A água vibra com seu apito alegre. Suga dá um abraço rápido em Daichi e logo o puxa para fora da embarcação, levando-o de volta à superfície.

Daichi arranca sua máscara e pega ar.

— Não acredito que você estava dormindo essa hora da tarde.

— O quê, achei que você não vinha!

— Desculpe, fiquei resfriado.

Suga sorri novamente e aperta Daichi com força em seus braços, espremendo-o também com sua cauda prateada. Os dois riem, flutuando no meio do mar.

— Poxa, pena que você não veio ontem. Os golfinhos foram embora. Mas algo me diz que as baleias estão chegando - Suga abre um sorriso de canto.

Daichi está tão embasbacado que nem responde. Suga brilha sob o sol alaranjado. Daichi se derrete por inteiro.

— Quer fazer o que hoje?

Ele dá de ombros, sorrindo feito bobo, as mãos firmes nos ombros de Suga. Suga sorri também e rouba um beijo salgado.

— Olha, descobri essa gruta super legal um pouco depois da ponta da praia, se quiser ir... Tem uma família de baiacus vivendo lá. E acho que um polvo. Vamos?

— Mas você só foi uma vez?

— Bom, eu achei a gruta, mas não explorei direito. Estava te esperando.

Daichi se derrete novamente.

— Vamos lá, então.

Suga pega na mão de Daichi e o puxa para debaixo da água. Eles vão rápido; Suga agita sua cauda com certa impaciência, nadando em zigue-zague, competindo com os peixes ao redor. Solta apitos altos, faz cambalhotas, volta à superfície para deixar Daichi respirar de vez em quando. Atravessam a baía rapidamente, Suga ainda puxando Daichi pela mão - "você nada devagar demais", ele dissera - e emanando calor.

Daichi segura-se em algumas pedras da encosta e veste a máscara.

— Ok, você vai precisar de bastante ar, então se prepara. É um pouquinho escuro até lá, espero que você não se importe.

— Você vai lutar contra as enguias se elas quiserem me pegar? - Daichi ergue as sobrancelhas.

— Elas já sabem quem é que manda por aqui - Suga dá uma piscadinha.

Daichi respira fundo, enchendo-se de ar o máximo possível, e Suga o puxa para debaixo da água mais uma vez. Eles vão rápido. Afundam 5, 10 metros. Os ouvidos de Daichi doem. Suga afasta umas algas compridas que tapam uma rachadura e lança-se para frente. Ali, o sol não bate. Faz frio também. É como um pequeno túnel de rocha, comprido e apertado, com alguns ouriços perdidos nas paredes. Os pulmões de Daichi ardem, ele aperta a mão de Suga. O garoto nada mais rápido, olhando para trás com curiosidade e dando um sorriso encorajador. Ele solta um apito baixinho e algumas bolhas.

A rachadura se expande para uma enorme caverna subaquática. Suga puxa Daichi rapidamente para cima, e eles emergem.

— Tudo bem?

— Tudo, tudo. - Daichi respira rapidamente, tentando pegar ar. Recuperado, olha ao redor. Não sabe muito bem definir o que vê: teto e paredes abobadadas, feitos de pedra escura; um pequeno coral; areia no que forma uma prainha gasta na rocha; um silêncio gostoso - Gostei. Só achei um pouco frio.

— É, não bate muito sol aqui. - Suga olha para cima, para o teto bem acima de sua cabeça e para as frestas que jogam os poucos raios de luz.

— E como você achou esse lugar?

— Estava nadando com os golfinhos e senti essa corrente fria, então vim ver o que era. Bem legal, né? Olha, acho que aqui dá pé pra você.

Os dois vão até uma piscina natural encravada na pedra. Daichi põe-se de pé, a água batendo em seus ombros. A areia é macia e fofa entre seus dedos dos pés. Ele segura nos dedos de Suga, sorrindo em sua direção. Suga o envolve novamente, cheirando o protetor solar em sua pele. Os dois se abraçam apaixonadamente na gruta silenciosa.

Daichi estremece ao sentir tentáculos envolvendo seus calcanhares e abafa um grito. Suga solta uma risada gostosa e estende a mão para o pequeno polvo avermelhado que passa por entre as pernas de Daichi.

— Ainda não dei um nome pra ela - Suga faz um bico enquanto pensa, e o polvo escala seus ombros e para no topo de sua cabeça, ventosas presas na testa e bochechas de Suga.

— Acho que ela tem cara de Milli. - Daichi sugere, encostando na pele escorregadia do polvo, fazendo o que deveria ser um carinho.

— Olha, ela gostou de você!

Milli agita uma concha em um de seus tentáculos, oferecendo-a a Daichi. O garoto ergue a mão e recebe o presente de bom grado, guardando-o no bolso de sua bermuda. Milli entrega outra concha para Suga.

— Não é justo; a sua é maior.

— É porque eu sou mais legal do que você.

Milli desliza pelo cabelo de Suga até a pedra mais próxima e desaparece em uma das rachaduras. Cinco baiacus aparecem, alegres, nadando em círculos em volta dos garotos. Suga solta um apito feliz, como um ronronado, e pega um dos peixes na mão. O menorzinho de todos brinca espirrando água no rosto de Daichi.

—Ele quer carinho; faz carinho nele.

Daichi dá uma coçadinha na cabeça do peixinho e ele solta bolhas de felicidade. Os outros juntam-se ao seu redor, implorando por carinho. Daichi ri, tentando dar atenção para todos, e Suga se diverte com aquele quentinho no peito que sempre fica quando Daichi está por perto.

— Chega de folia, deixem o cara em paz. Vão nadar, vão - Suga sacode a mão e os peixinhos se dispersam. - Ai! Nada de beliscar!

O menor peixe morde o braço do garoto, como se o provocando. Suga solta um apito comprido, seguido por outros bem curtos.

— Vai brincar com seus irmãos! Não! Ah, ok, mas só uma vez, tá ouvindo?

Suga sai em disparada, seguido pelo peixinho, nadando voltas pela gruta. Ele bate com a cauda na água e mergulha fundo. Daichi ri. É incrível: todos os animais gostavam de Suga! Alguns tubarões o achavam irritante, mas mantinham sua distância. As baleias e os golfinhos eram extremamente brincalhões, e as tartarugas adoravam-no.

Daichi estremece. A água gelada faz seus pelos se arrepiarem, e ele morde a boca para não tremer de frio.

O apito longo de Suga ecoa pela gruta, e ele surge perto da entrada.

— Chega, eu ganhei. Agora tchau! Ah, Daichi. Está com frio?

— O quê? Eu não.

Suga sorri, afunda a cabeça na água e dispara a toda velocidade na direção de Daichi, lançando-se em seus braços, envolvendo-o em sua cauda.

— Você sabe que eu consigo sentir você tremendo lá de longe, né? - ele encosta nariz com nariz.

— Na verdade, não. Mas tudo bem, porque você é quentinho.

Suga ronrona. Daichi beija seus lábios úmidos; são salgados e macios e quentes - Suga emana calor por onde passa. Suga segura o rosto de Daichi com as mãos, puxando-o para mais perto, sentindo o gosto do mar na boca dele. Eles se beijam. Daichi passa os dedos pelas escamas da cauda de Suga, por suas costas, ombros, bochechas, cabelo. A água gelada escorre pelos rostos. Suga aperta mais o garoto em seus braços; a água entre eles fica morna. Ele sente as vibrações dos batimentos de Daichi na água ao seu redor, e como a respiração dele fica mais e mais ofegante.

O gosto da água doce na boca de Daichi é gostoso. A língua dele lambe delicadamente o salgado dos lábios de Suga, e ele suspira.

Daichi beija suas bochechas, maxilar, cabelo. Suga ronrona alto quando Daichi beija a pele sensível de suas guelras, logo abaixo da orelha. Suas escamas se arrepiam por inteiro, e a água quase ferve ao seu redor.

— Mas você quer fazer isso aqui...?

— Onde mais? - a voz do garoto é um sussurro. Ele encosta os lábios nas guelras vermelhas e Suga suspira alto, abrindo os olhos.

— Na praia...

— Na praia alguém pode ouvir...

O hálito quente nas guelras faz com que Suga solte um gemido do fundo da garganta. Seu pulso dispara, e ele segura-se em uma pedra para não afundar. Sua cauda fica totalmente dormente. Daichi tira os dedos do cabelo de Suga e passa-os gentilmente naquela pele. Suga ronrona alto, seu apito ecoando nas paredes de pedra. Daichi prende os joelhos ao redor de sua cintura. Suga desce a mão e segura a frente da bermuda sem muita cerimônia, fazendo o garoto respirar alto.

A temperatura da água dispara enquanto eles trocam carícias. Daichi volta a beijar-lhe a boca, ainda deslizando os dedos pela pele fina das guelras de Suga.

— Tira o shorts...?

Daichi desfaz o laço e Suga puxa para baixo. O shorts sai flutuando caverna afora.

— Suga...

Suga geme e apita ao mesmo tempo enquanto Daichi passa delicadamente os dedos entre as guelras; seu pulso dispara novamente, as escamas se arrepiam. Suga sobe e desce a mão mais com mais entusiasmo, e Daichi geme também. Suga encosta Daichi em uma das paredes da piscina natural e tira seu pênis de dentro do bolso interno. Daichi passa os braços ao redor do pescoço de Suga e monta nele, espremido contra a pedra em suas costas. Suga solta um apito grave e deliciosamente longo. Daichi treme-se por inteiro, vibrando a água, fazendo o outro garoto lhe apertar mais forte. Daichi joga a cabeça para trás, seus gemidos altos ecoando pelas paredes. O outro  beija seu pescoço, movendo-se devagar.

As vibrações de Daichi arrepiavam as escamas de Suga. Movendo-se mais rápido, Daichi inclina-se para frente e beija sua boca algumas longas vezes antes de descer os lábios para o pescoço de Suga. As guelras estão numa cor vermelho-vivo, quase roxas, e Daichi beija-as com cuidado. Suga geme várias vezes e aperta o passo, cravando as unhas na lombar do outro.

— Me beija? - Suga implora, olhos semicerrados, boca aberta, respiração ofegante. - Me beija, Daichi...

Daichi junta a boca na dele e esfrega as línguas dos dois. Suga volta a estimulá-lo; a vibração na água aumentando cada vez mais, o pulso de Daichi batendo loucamente contra seu próprio peito, a água pingando do cabelo direto em suas bochechas.

Suga mordisca seu pescoço. Daichi geme cada vez mais alto, a caverna servindo como amplificador. Suga movimenta-se com um pouco mais de força. A água ao redor de Daichi explode em vibrações, e ele geme longamente, fechando os olhos. Suas pernas ficam moles. Suga chama seu nome baixinho, esquentando ainda mais a água ao redor, e Daichi beija suas guelras de um lado e passa os dedos entre as outras do outro lado. O apito de Suga falha, e ele apoia a testa no ombro de Daichi enquanto geme gostoso, fazendo seus últimos movimentos.

Ele perde qualquer sustentação que ainda sobrava de sua cauda e desliza inerte nos braços de Daichi, as guelras pulsando num tom escuro de roxo, os braços sem força. A piscina natural da caverna mais parece uma banheira de água quente. Suga ronrona baixinho no abraço de Daichi. Eles se olham, sorriem e se beijam brevemente.

— Você está bem? - Daichi sussurra.

— Sim, eu... Eu só preciso de um minutinho...

A bermuda de Daichi aparece flutuando ao redor deles. Suga levanta a roupa e vê os peixinhos se divertindo com os cordões da bermuda. Eles nadam em círculos, felizes, e os meninos riem com eles.


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Notas finais do capítulo

Continuação maybe???? Quem é que sabe não é mesmo rsrs

Obrigada por ler e até a próxima



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