Aurora escrita por Um conto em ponto


Capítulo 5
Aeromoça




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 -Eu aceito. Só preciso comunicar minha família.  – Nils disse assim que abriu a porta para Aurora descer no aeroporto.
—Como isso me alegra, querido. –Respondeu com um sorriso de lado.
 Aurora desceu do carro e esbarrou-se no homem propositalmente derrubando seu aparelho celular.
—Meu Deus me desculpe –Agachou-se no chão para apanhar o aparelho que se espatifou, bateria para um lado, capa para o outro. Pegou o chip com ligeireza, e o escondeu no sutiã. Devolvendo apenas o celular do rapaz sem numero. –Eu sou mesmo um desastre, se estragou juro que assim que chegarmos em Londres te dou outro.
—Eu só preciso ligar para comunicar minha família.
—Seus documentos estão aqui?
—Sim, tenho sempre comigo por causa da empresa do taxi, é do meu pai.
—Ah então o mocinho é patrão? Deve ser viajado.
—Um pouco , mas só viajo a trabalho –Respondeu tímido .
 Aurora o olhou nos olhos, podendo perceber suas pupilas dilatadas e sua respiração aflita.
—Fique tranquila, você é lindo, está lutando por seus sonhos, e hoje é seu dia de sorte –Olhou para os lados e verificou se não estavam sendo observados. –Eu gostei de você, estou encantada, Deus foi quem te colocou em meu caminho, era exatamente o que eu precisava pra hoje.
 Nils nunca foi quieto, sempre foi estilo garanhão, mas havia algo naquela mulher que ele nunca tinha visto. Seus olhos negros pareciam invadir sua alma, e tirarem todos seus pensamentos de ordem.
— Eu preciso só dar um telefonema, avisar meus pais. –Levou uma das mãos em um dos bolsos mas Aurora aproximou e segurou sua mão podendo sentir o quanto estava fria.
—Estamos atrasados, e não podemos perder esse voo .Mandei uma mensagem para o escritório e Simon vai vir buscar seu taxi. Você tem certeza que quer ir? Se não quiser, tudo bem, eu anoto seu numero, te ligo em uma outra oportunidade.
—Tenho sim senhora, e serei eternamente grato, de verdade. –Disse percebendo que estava segurando a mão da mulher , soltando em seguida.
—Pois bem, vamos? Reservei sua passagem pela internet. Está no nome de Simon Damascci, um amigo querido, vai só dizer isso a Larissa e dizer que é autorizando, já mandei a confirmação por email, peça para Larissa, entendeu?
—Não vai comigo?
—Não, é um voo privado, mas com horário a cumprir, não posso correr o risco de me atrasar, mas te espero, e quero que venha. –Então deu-lhe um beijo no canto da boca e deixou-o seguindo para as revistas necessárias .
 “Isso é loucura, mas eu pedi tanto a Deus, sonhei tanto que algo desse tipo me acontecesse e quando da certo não devo desconfiar? Deixe de ser besta Nils, seu sonho está acontecendo” –Pensava. Era novo, caso desse errado ao menos teria a chance de dizer para seus filhos no futuro que tentou.
 O jovem taxista só acreditou no que estava acontecendo quando apanhou as passagens, e sem malas sem nada entrou naquele avião de primeira classe. Todos sérios bem vestidos, aparência apressada, sentia-se em um escritório em dia de reunião com o chefe e ainda teve a honra de ver Aurora trocar de poltrona só para ficar a seu lado.
—Está nervoso?
—Um pouco.
—Você já.... desfilhou?
—Claro.
—Sério?
—Não –Respondeu o rapaz tirando uma gargalhada da mulher que ia tirando o casaco social, os óculos e os anéis em quanto falava com ele.
—E você, namora?
—Não, não tenho tempo pra essas coisas, não sou muito pra namorar sabe...
—Sei bem, é do tipo que gosta de divertir.
—Divertir é sempre bom, mas trabalho muito, não tenho me divertido.
—Você está mentindo. -Aurora tinha um dom nato para saber quando um homem estava mentindo.
—Porque acha isso?
—Não, eu não acho. Eu tenho certeza.
 O avião levantou voo, e os dois aproveitavam para se conhecerem um pouco mais, e cada minuto que passava Nils sabia que Aurora estava longe de ser uma mulher comum. Seu olhar era penetrante, sua voz baixa e mansa imposta, e toda aquela situação deixava Nils confuso e incapaz de saber se aquilo era real.
—O que te da tanta certeza?
—Vejo em seus olhos que não sabe respeitar regras.
—Você nem me conhece.
—Não me interrompa. Você não respeita regras, você faz o que pode e o que não pode para ter o que quer, é capaz de tudo.
—Você está errada.
—Já te disse para não me interromper moleque. – Com a mão direita Aurora apertou a nuca de Nils dando-lhe uma sensação de prazer notável. Não esperava que a moça fosse tão forte.
—Desculpa senhora. –Retribuiu com seu sorriso malicioso.
—Isso, a única regra sua que deve ser respeitada hoje sou eu. –Soltou o rapaz, e ajeitou a gola de sua camisa. –E sei que não consegue, o que mais quer agora é me desrespeitar.  
 Recostou em seu acento com um sorriso vitorioso, era incrível como ela já parecia saber exatamente o que aconteceria dali por diante.
—O que faz a senhora se achar tão irresistível assim? – Era inacreditável ouvir isso da boca dele. –Sinto que não sou eu que te quero tanto assim. –Continuo todo confiante.
—Errado de novo. Você não consegue esconder que está quase perdendo a cabeça bebe .
—Quem disse?
 Em uma gargalhada baixa a mulher demonstrou seu sarcasmo. Mordeu os lábios e levou a mão na perna esquerda de Nils acariciando-a, vendo a excitação do menino.
—Infelizmente homens não precisam dizer nada. Posso sentir. –Então com a mão direita abriu seu zíper e com a esquerda tocou seu sexo que encontrava-se rígido como uma barra de ferro. Nils era incapaz de acreditar mas não conseguia expressar nenhuma só reação. Aurora mantinha um sorriso no rosto em quanto explorava seu novo brinquedinho.
—Me diga Nils que não está com vontade de quebrar essa regra agora?
 Nils sem responder virou-se pro lado, e apertou-lhe a garganta. Olhou em seus olhos negros, em seus lábios que sorriam irônicos.
—É, a senhora tem razão, eu sou péssimo com regras.
 Sua língua quente então encontrou a língua da magnata, e sua mão desocupada tocou-lhe os seios com muito desejo em quanto Aurora acariciava seu sexo.
— Vocês aceitam um.... –Disse a aeromoça interrompendo o casal que se afastaram de supetão. Nils extremamente sem graça subiu o zíper com dificuldade devido a excitação. Aurora não esboçou nenhuma reação.
—Aceitamos um café sim querida.

 A aeromoça parecia assustada, mas retirou o café da bandeja e entregou nas mãos de Aurora que agradeceu educadamente.
—Você é louca? A mulher deve ter visto....
—Ela viu o que? Nada aconteceu aqui, você viu alguma coisa Nils?
—Aurora, estávamos quase...
—Quase o que?
—Ah esquece.
 Aurora tomou um gole da bebida, e sorriu passando a mão em voltada dos lábios limpando os barrados de batom.
—Você teve sorte dessa moça aparecer.
—Sorte?
—É, imagina se a gente transasse, certamente eu teria que te matar.


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