The High School escrita por ShisuiONagato


Capítulo 20
Pior Escolha - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

"Antes de mais nada vejam as notas finais por favor"

Oi pessoal!!!! Desculpe a demora para postar esse capitulo, é que estava cheio de provas na escola kkkkk
Comentem se puderem por favor!!!
Enfim espero que gostem e boa leitura a todos S2



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Tudo que ainda pensava era naquele baile, o majestoso momento que vivenciei... Os flashbacks vinham e iam de segundo a segundo... 

Já se fazia três dias desde aquele. Chloe e eu já havíamos nos acertado, ela entendeu que o que tentou fazer foi errado, pedindo desculpas por tudo... Sinceramente não sei se foi verdade ou se o fez pelo simples fato de suas amizades se resumirem a mim, mesmo que aos poucos ela amadurecia cada vez mais. O que realmente importava era que estávamos bem. Como já disse milhares de vezes odeio brigar com meus amigos. 

No colégio Carter me olhava sorrindo. Contei sobre os acontecimentos no baile para Melissa, que a propósito voltou ao Delarriva depois de algum tempo, disse que teve uma recaída por causa de Justin, mas que já estava melhor depois de dias refletindo em casa. 

Em mais um dia monótono e comum como qualquer outro, Chloe se aproxima de nós, na mesa vermelha ao centro da praça de alimentação do colégio. Melissa, Gary, Carter, Kimberly e eu... Todos mais uma vez reunidos e com cada vez mais espírito de amizade florescendo em cada um. Chloe finalmente pergunta...

— Querem sair hoje à noite?

— Depende de onde quer ir... - rebato.

— Meu pai tem uma reunião importante na empresa onde é assessor, vamos em casa jogar uns jogos e beber... Que tal?

— Preciso encher a cara mesmo, faz muito tempo desde a última vez que fiz isso. - brinca Melissa.

Por fim todos concordam. No meio da conversa uma foz feminina um pouco rouca em seu timbre interrompe.

— Eu topo. - diz. 

Era Gewn, aquela garota que Chloe e eu conhecemos em Paris durante nossa viajem. Como todos ficaram em silêncio e sem reação, resolvo quebrar o momento de quietação...

— Quanto tempo Gewn, por onde andou? - pergunto. 

— Estava escalando as montanhas com minhas mães. Elas gostam bastante de aventura, assim com eu.

— Suas mães? - pergunta Gary intrometidamente.

— É isso aí quatro olhos, mães, tenho duas... Algum problema? - ela se estressa.

— Nenhum. - diz com voz de espanto. 

Achava esse jeito de Gwen bem engraçado, era independente, totalmente ao contrário da imagem feminina imposta pelos filmes de princesas, sinceramente eu gostava bastante. Foi até bom Gary calar-se, do contrário levaria um socão. 

Aliás ela era bem bonita. Seus lindos cabelos ruivos pareciam estar em chamas com o brilho do sol. 

— Estava zoando pessoal, desculpe interromper vocês... - ela concluí depois de um tempo. 

— Pode ir. - termina Chloe. 

No final ela aceitou o convite, mesmo que os outros na mesa tenham ficado sem entender. Afinal só nós dois à conhecíamos. Ficamos todos unidos até o fim do lanche, agora junto com Gewn. Tudo era perfeito mais uma vez, sei que se Justin ainda estivesse conosco, ele estaria sorrindo, assim como eu estou... Graças a esses momentos conseguia tirar de minha cabeça a paranóia do que vivi no passado, as vezes era tudo um medo. Quem sabe as coisas realmente se encaixaram, e que poderia finalmente ter encontrado a verdadeira felicidade... Mais uma vez queria registrar esse momento para sempre.

Ao fim da tarde, depois de um longo dia cansativo, e depois de uma bela nota vermelha no teste de biologia, cheguei em casa. Perguntei para Elizabeth onde estava Theo, e assustei com sua resposta. 

— Está em seu quarto estudando. 

— Conta outra mãe. - acho que é uma brincadeira dela. 

— Por incrível que pareça é a verdade. Kimberly está o ajudando com uns exercícios. 

Fico me sentindo realizado ao escutar isso, será que o casal que ando tentando juntar estava em andamento? Não paro de pensar que foram feitos um para o outro. 

Como não tinha meu irmão para jogar e não tinha nada para estudar, resolvo fazer uma coisa que já não sobrava tempo fazia várias semanas, maratonar uma série na Netflix. Começo a assistir Teen Wolf, e meu deus do céu que série era aquela, começou a mexer muito comigo em poucos episódios, era essa mesmo que ficaria por um bom tempo assistindo, e só para deixar explícito, não conseguia parar de ter pensamentos eróticos com a Lydia, foi aí que conclui que poderia ter uma queda por ruivas. Afinal Gwen também me deixava admirado. 

Enfim a noite chega, estava contando os minutos para reunir com meus amigos. Elizabeth leva-me até a casa de Chloe. Kimberly prefere ficar assistindo filme com meu irmão, e me diz para pedir desculpas ao pessoal por não ir. Todos já se encontravam na frente da casa. Estava prestes a descer do carro quando Elizabeth me segura pela manga da blusa...

— O que foi mãe? - questiono. 

— Estou com um mal pressentimento meu filho. - sua expressão é muito preocupante.

— Como assim?

— Não sei, só estou sentindo um mal-estar como se algo estivesse prestes a acontecer. 

— Não se preocupe mãe, vamos só ficar zoando. - tento acalma-la. 

— Se cuida meu filho... Te amo. - finaliza. 

Meus olhos enchem de lágrimas instantaneamente, ela deveria estar muito preocupada com meu pai, ele já não mandara cartas a semanas. Só sei que ultimamente ela não andava cem por cento de si mesma. Por fim tento deixa-la melhor. 

— Eu também te amo mãe, ficarei bem. Prometo.

Me afasto do carro pensando se realmente deveria deixar ela dar a partida e ir embora, mas meus amigos já sorriam ao me ver do outro lado da rua ao longe, sigo então para o outro lado, escutando o carro indo embora e virando a esquina. 

Chloe abre a porta para nós, sua casa era muito bonita e com muitos itens de decoração, que mesmo sem saber o preço já imaginava que com apenas um deles eu poderia comprar um ótimo celular, já que o meu estava praticamente pifando. Não era como a de Carter, mas era uma residência para jogar na cara e esnobar, coisa que a antiga Chloe com certeza faria. 

— Linda casa. - diz Melissa. 

Queria ter dito, mas achava que seria um pouco de falta de respeito, pelo menos para mim, já Mel era bem cara de pau, coisa que as vezes me fazia passar vergonha ao seu lado. 

Ela nos leva para a sala de descanso e ao por o pé lá todos ficam de boquiabertos... Uma coleção inteira de vinhos exóticos de vários países. Tinha França, Brasil, México, Argentina, Itália, entre outros.

— Que baita coleção hein! - exclama Carter.

— Meu pai ama vinho. Muito aliás.

— Percebemos. - murmura Gary.

Melissa se distrai com os dois gatos de Chloe. Ambos já estavam em seu colo recebendo caricias e ronronando.

— Como chamam? - ela pergunta.

— Sun e Moon, ou seja, sol e lua. Dei esses nomes pois um é bem escuro, um preto azulado igual ao céu a luz do luar, e o outro é um amarelo com tons de marrom, lembrando os raios de sol.

— Que explicação mais exótica. - brinca Carter. — Ela só perguntou os nomes. 

— São lindos, as coisas mais fofas que já vi. - Mel fica encantada.

— Tudo isso é muito lindo, mas quando vamos beber em pessoal? - Interrompe Gewn mais uma vez.

— Ela tem razão, vamos logo pessoal, sintam-se à vontade... meu pai não precisa saber. - diz Chloe sorrindo maleficamente.   

— Esperem que tal jogarmos algo primeiro? - instiga Carter. 

— Tipo o que? - questiono. 

— Gary trouxe seu tabuleiro Ouija, vamos jogar! - exclama. 

— Não gosto dessas coisas, atrai coisas ruins. - debate Mel. 

— Para com isso, é só um tabuleiro. - ele insiste. 

— Eu gostei, e relaxa garota, se algum espírito ficar com graça eu mando logo um murro na cara dele. Ou se achar melhor eu beijo essa sua boca sexy, para te aliviar. - brinca Gewn com seu sarcasmo hilário. 

— Acho que não vamos chegar a esse ponto. - assusta-se.

— Eu topo também. - termina Chloe. 

Não disse nada, mas tinha receio em questão a isso. Meu falecido avô mexia com essas coisas, um dia ele foi encontrado morto em sua poltrona de veludo, ninguém soube explicar o que aconteceu, já que o velho não sofria de nenhum problema de coração ou qualquer outro, que geralmente os idosos daquela idade sentem. Especialistas disseram que ele foi possuído e depois sua alma foi destruída de dentro por fora, não sabia se acreditava nisso, mas confesso que era algo assustador. 

Como no final todos decidiram jogar, também fui... 

Iniciou-se a sessão. As luzes se encontravam apagadas, sendo que a única iluminação era a das quatro velas, uma em cada ponta do tabuleiro. Todos estavam com uma mão sobre o acessório que se chamava "O olho que tudo vê". Melissa tremia, igual a mim. 

— Parem de ser maricas. - brinca mais uma vez Gewn. 

Nossos olhos se entreolham, estavam todos tensos, até os que não aparentavam estar. Gary começa depois de segundos. 

— Estamos todos aqui reunidos nessa sessão. Queríamos saber se tem alguém aqui conosco. 

O silêncio tomou conta do lugar, o breu negro deixava tudo mais sombrio e ainda não acreditava que tinha aceitado jogar ou seja lá o que isso for. O breve cúmulo silencioso foi quebrado por Gewn.

— Isso é uma blasfêmia, quase acreditei que iria funcionar.

Já estava a ponto de tirar seus dedos do pedaço de madeira, quando esse mesmo objeto começa a se mover lentamente, parando obstinadamente no ” sim“.

Todos os olhos presentes no cômodo ficam se encarando, as mãos de cada um tremiam em frequências diferentes, os dentes de Carter rangiam, pude perceber os pelos de seu braço se arrepiando bruscamente, olho para os meus, estavam do mesmo jeito. Pelo menos agora acho que todos acreditavam. Gary tentou manter a postura.

— Poderia dizer o seu nome? – pergunta.

Esperamos e esperamos, dez minutos estavam prestes a se completar, quando Melissa tira seus dedos sem mais nem menos.

— Chega, isso é coisa de idiota. Brincar com essas coisas pode realmente atrair energias ruins. – esbraveja.

— NÃO TIRE AS MÃOS, RÁPIDO, COLOQUE-AS NOVAMENTE! – grita Gary desesperado.

— E por que eu faria isso? – questiona.

— Coisas ruins podem acontecer, vamos volte.

Antes mesmo dela questionar novamente o ponteiro começa a se mover, agora estava indo nas letras e escreve bem devagar o seu nome...

”J”, ”U”, ”S”,”T”, ”I”,”N” – Gary repete cada letra conforme o ponteiro vai parando.

Por fim era isso, Justin, esse era o nome. Melissa espanta-se, mas não controla as lágrimas, ajoelha-se e começa a soluçar instantaneamente.

— PAREM DE BRINCAR COM ISSO! DEIXEM-NO DESCANSAR SEUS IDIOTAS. - ela se irrita, ainda chorando.

— Não pode ser... – digo assustado.

— Justin Campbell? É você amigo? – logo pergunta.

Dessa vez a resposta é veloz, em questão de segundos o objeto se move, caindo mais uma vez em ”sim“.

Ninguém consegue permanecer com os dedos nos ponteiros depois desta resposta, todos passam do medo do jogo para a tristeza de uma lembrança. Melissa não conseguia se mover, o carpete bege da sala fica cercado de gotas das lágrimas de sofrimento dela, suas pupilas dilatam, não de medo, mas de dor.

Não sabia o que fazer, sentia que queria chorar também, mas algo me impedia, acho que poderia ser o medo, não tenho certeza. Ninguém fala nada, sequer esboçam uma reação, até os que não eram tão próximos de Justin, assim como Gewn. De repente um grito agonizante de Melissa sai de sua boca desgovernadamente. Não consigo descrever com detalhes como foi, simplesmente foi como se sentisse o que sentia, a dor insaciável que palpitava no peito, ela não estava nada bem, e aquele grito desesperado conseguiu me tirar do pequeno transe e começaram a escorrer leves lágrimas. Nosso amigo estava conosco!

Por que? Estava sentindo aquela dor, a mesma dor do passado... Não, não pode voltar... Não consigo passar por aquilo mais uma vez... NÃO!!!

Minha cabeça queria explodir, quando do nada voltei a si graças a voz de Gary.

— Temos que continuar, todos voltem as mãos por favor. Afinal isso pode ser apenas alguém ser maligno tentando nos enganar. – adverte.

Obedecemos, menos Melissa, que continuava derramando lágrimas agonia e segurando fortemente o carpete do chão com seus punhos, suas veias já saltavam para fora, queria poder ajudar, mas estava praticamente no mesmo estado.

— O que te traz aqui Justin? – faz outra pergunta.

O ponteiro de move rápido novamente, dessa vez a palavra formada fora ”preso“.

— O que quer dizer com isso? Está preso a esse mundo ainda? – continua.

Para no ”sim“.

— Por que? O que te prende?

Mais uma pergunta e mais uma resposta, o resultado final foi ”Melissa“. Ela consegue se mover agora, olha para o tabuleiro e fica espantada sem saber o que estava acontecendo.

— Eu não entendo, por que escreveu o meu nome? – ela indaga.

— Ele quis dizer que você está prendendo ele aqui neste mundo de alguma maneira, não sei o que fazer... – responde Gary.

— Eu sei! – afirma com toda a confiança do mundo.

Ela fica em pé, desvia seu olhar para o tabuleiro com a cabeça baixa, joga suas mexas de cabelo para trás da orelha. Sorri, ainda chorava, mas agora sorria também.

— Justin, não pude falar isso enquanto estava ao meu lado, por isso você deve estar preso. Queria poder agradecer por tudo que fez por fim, nunca achei que poderia sentir o que senti por você, era um garoto maravilhoso e não queria viver em um mundo sem ti para rir comigo e com meus amigos... Peço desculpas por tudo, por mim e pelas pessoas que fizeram você fazer o que fez, vá em paz... Quero só dizer uma última coisa... Eu te amo, Jutin Campbell!

As velas se apagam instantaneamente como um passe de mágica, tudo fica frio e o clima pesado. Melissa novamente cai de joelhos no chão, mas dessa vez olha para cima, sorri, fecha os olhos e entrelaça as mãos como se estivesse fazendo uma oração para ele. Ela levanta depois disso.

— Eu o vi partindo. - ela diz agora sem lágrimas.

— Chega dessa droga de tabuleiro, vamos beber logo. – diz Gwen como se nada tivesse acontecido. Ninguém consegue sequer questionar, apenas concordam em tomar algo.

Finalmente vamos para o estoque de vinho mais uma vez, para não dar muito na cara, pegamos apenas uma garrafa. Segundo Chloe aquele era um dos mais sofisticados e que mais chapava rápido, o pessoal se empolgou e começamos a beber.

Duas horas se passaram, bem devagar. Eu estava zonzo, zumbidos eram frequentes em minha cabeça, já estava bem louco assim como todos lá. Menos Gewn que foi a que mais bebeu e a que não ficou ruim. Afirmando que éramos fracos.

Gary vomitou no carpete depois de se entupir de mais e mais álcool, em seguida caiu desmaiado no chão por onde ficou imóvel.

— Seu babaca. Meu carpete. - grita Chloe.

Confesso que sempre quis fazer essas brincadeira adolescentes, apesar de ainda não ser experiente nesse tipo de coisa, ficava ruim bem rápido, porém estava aprendendo conforme o tempo.

Mais tempo se passou e já estavam todos capotados de tanto beber, quando de repente escutamos um barulho na entrada da casa, nós ficamos espantados. Chloe achava que deveria ser um ladrão e que o sistema de alarme deveria ter falhado. Começamos a correr, estava tão chapado que acabei derrubando uma garrafa cheia de vinho, espatifando-se em pedaços no chão e cortando-me todo.

Começa a aproximar-se de nós e continuamos a correr, quando de repente, sem poder sequer entender o que estava acontecendo, aquele maldito barulho alto é ouvido, o barulho do disparo de uma arma.

”Poooww!“ – o som do disparo e o grito de alguém em seguida, foi agonizante...

 

 

 

   


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Notas finais do capítulo

Gente tenho um favor a pedir para vocês!!!
Vocês acham que devo detalhar mais a vida dos professores? além dos momentos em sala de aula? Podendo até mesmo ter mais diálogos e interações entre os professores e alunos do colégio?
Por favor, se puderem comentar o que acham, eu ficaria agradecido!!!
Obrigado S2



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