The High School escrita por ShisuiONagato


Capítulo 17
Despedidas Dolorosas


Notas iniciais do capítulo

Genteeee espero que gostem do capítulo kkkkk e por favor se puderem comentem se estão gostando ou não, é o que acham que pode melhorar!
Boa leitura a todos!



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A morte é a única saída para aqueles que já não veem mais esperança, e um caminho para continuar...

Justin, o garoto do cabelo azul, estava morto...

Não sei a certo, mas congelei com as palavras do diretor. Era como se tivessem entrado direto em meu consciente e afetado algo muito importante. Meu amigo estava morto, e apesar de tudo isso o sentimento de culpa martelava cada vez mais intensamente em mim. Não fiz tudo aquilo porque quis, foi um acidente, um ato de adrenalina. Estava me sentindo um dos 13 porquês de Hanna Baker. Não falo isso como comparação ou brincadeira, mas sim porque me sentia assim, era uma culpa intensa.

Se tratando de Melissa, posso afirmar que nunca a vi chorando tanto quanto após receber essa notícia, afinal ela acabará de terminar com ele, será que ela também se sentia como uma eu? Só queria de verdade que o Sr. Steven tivesse se enganado, ou que fosse um trote. Não! Era verdade...

Minutos depois a porta se abre, era o maldito Zach, o maior motivo da pressão que Justin sofreu. Se alguém deveria se sentir culpado era ele.

Ele fica confuso, Melissa avança ferozmente em sua direção, dando vários tapas, até um deles acertar seu rosto. Irrita-se, o diretor então pede para ela parar, e para ele sentar-se.

Steven conta tudo a ele, sobre a carta, que a propósito também dizia que deveria ser lida para Zach, além de nós.

O capitão tinha um coração frio, gelado... um coração de pedra... Contudo a reação que ele teve foi completamente controversa. Tinha lágrimas, sentimentos de arrependimentos. Zach levou as mãos aos cabelos puxando os descontroladamente. Levantou-se repentinamente, começou a derrubar os papéis da mesa de serviço do diretor, chutar a lata de lixo e a gritar desesperadamente. Foi tudo muito rápido, senhor Steven não conseguiu ccontrola-lo. Chorava e se perguntava o pôr que...

— Você ainda pergunta? Aquelas malditas fotos, aquelas pessoas rindo sem sequer conhecer Justin, tudo isso foi por sua culpa... JUSTIN ESTÁ MORTO POR SUA CULPA, SEU FILHO DE UMA...

— Segure a boca senhorita Fabien... Estamos todos abalados...

— Abalados? Só isso? Foram pessoas como esse desgraçado que fizeram um garoto inocente se suicidar. Tudo que ele queria era amar, e no final ele encontrou uma única solução... Se matar!

— Melissa... - não consigo falar, ainda estava paralisado.

— Adan, basta... Já chega pra mim, prefiro ir embora do que ter que ver esse maldito sem poder fazer nada...

Ela se retira, ficando apenas eu, Zach e o diretor. Zach sai da sala em seguida, sem conseguir se controlar ainda, chuta as paredes, grita feito louco, parecia um verdadeiro paciente de um manicômio. Mas do que adianta ficar assim agora? Ele havia armado o gatilho para Justin.

Olho para senhor Steven, estava enxugando as lágrimas por debaixo dos óculos. Me retiro também em seguida.

Caminho pelos corredores, os professores do colégio agora já haviam contado para os outros alunos. Tudo parecia um grande velório, o ambiente ficou inquietado, não via sorriso das pessoas, nem ânimo dos jogadores e lideres de torcida. As pessoas choravam e comentavam sobre, tudo que era colorido tornou-se completamente cinza por um tempo. Não vi mais Melissa nem Zach ao decorrer do dia.

Em casa Elizabeth perguntava o porquê de estar assim, mais uma vez à poupei de preocupações, já bastava meu pai em plena guerra...

— Foi apenas um dia normal. - menti.

Subo ao meu quarto, tranco a porta silenciosamente. Agora vem a dor, aquela dor de perda. O sentimento de tristeza de que meu amigo havia se suicidado, se retardou a me atingir, porém quando veio, foi com grande impacto emocional.

Enquanto chorava, só vinha em minha mente o pensamento de que poderia ser eu a ter feito tal ato. Meu passado trás esses pensamentos suicidas comigo. Juntos... Um dia ainda encontraria Justin mais uma vez, e sei que ele estará esperando.

O que mais me afetava era como Melissa deveria estar se sentindo, nas redes sociais ela não havia entrado, no meu celular ela não tinha ligado, como sempre fazia de costume. Acontece que eu imagina como ela estava, e queria estar ao teu lado, mas agora não teria muito o que fazer, não serviria de nada. Conclui que deveria esperar, e aguentar minha própria dor, em vez de tentar ajudar a dor dos outros .

Logo de manhã Elizabeth me parou no corredor antes da cozinha. Disse que estava preocupada comigo, acusou-me de estar omitindo as coisas do colégio. Por fim disse-me que havia me colocado no psicólogo, sem ao menos perguntar se estava feliz com isso. Nem questionei, estava muito triste da perda, apenas ignorei.

Durante o percurso ao colégio ficava apenas com pensamentos negativos. Uma pessoa tão boa, com um fim ta trágico. Logo na entrada estavam os memoriais, cheio de flores, fotos, e recados. Fiquei irritado, do que iria adiantar todas essas merdas agora? Não era como se um morto viesse parabenizar essas baboseiras. Comecei a quebrar tudo, enquanto chorava, o diretor veio logo me impedir, mas foi Melissa que veio me segurar, dando-me um abraço e chorando junto a mim. Não consegui hesitar meu grito se agonia e desespero.

— NÃOOOOOO!!!! AHHHHHHHHHHH!!!! - chorava desesperadamente, a onde de dor e de perde veio forte e repentina. Doeu, doeu muito....

— Adan, ele ainda está com a gente. - Melissa ainda chorava também. - Não se culpe, cada um sabe o que fez, e Justin não iria gostar de nos ver assim, eu ainda estou aqui por você, e você está por mim.... - chorou mas agora com um sorriso no rosto, um sorriso de dor, mas disfarçado com suas angelicais palavras.

— Nunca me deixe sozinho, por favor. Eu... Eu também não vou aguentar.

— Sabe que jamais faria isso. Justin não vai deixar a gente se separar, ele se foi. - dá um suspiro de dor. - Mas a sua alma cheia de alegria e bondade ainda está nos guiando.

Nos abraçamos, contendo as malditas lágrimas um do outro. Senti-me seguro novamente, mesmo ambos estando sedentos de dor pela perda de alguém tão importante, ficamos firmes em nosso abraço, aquele abraço sem explicação, sem lógica, aquele abraço de verdadeira amizade.

Aquele dia não teve aula, todos foram até a sala de teatro e prestaram suas homenagens no palco, alunos, professores e outros que trabalhavam no colégio. Melissa subiu para falar...

— Justin era um garoto incrível. Era meu ex namorado, caso alguém não saiba. Não tinha palavras pera descreve-lo, tinha um sonho... assim como o meu, o dele era de cantar. Formamos uma banda, junto com Kimberly. Durante nossa viagem escrevemos nossa primeira música. Justin não pode realizar seu sonho da maneira que queria, foi interrompido por fantasmas, e esses são as pessoas. Pessoas são fantasmas por que elas foram capazes de destruir uma vida, acham engraçado ficar perturbando alguém que sequer merece ser mencionado aqui neste local. Só queria dizer que para mim as pessoas não nojentas, animais que só pensam no bem estar próprio. FODA-SE TODOS VOCÊS QUE FIZERAM A VIDA DE ALGUÉM INOCENTE ACABAR. Como já disse fizemos uma música, tínhamos duvidas enquanto ao nome, mas durante a noite, enquanto chorava vendo as fotos desse garoto tão especial, consegui enfim escolher um título para ela... "O garoto do cabelo azul"... Obrigada pela atenção!

Ninguém sequer esboçou alguma reação, sabiam que estava certa. Ouvir a verdade muitas vezes dói, mas é necessário...

Estava abalado, mas resolvi ir também.

— Justin era um grande amigo, não digo isso pelo que ouve apenas, mas sim porque é a singela verdade. A abstinência por parte das pessoas o deixou sem saída. Sei o que sentiu... Tentava pensar várias maneiras para escapar das sombras que o feriam. Até que achou uma nova amiga... a qual estendeu sua mão e o deixou levar. Descobriu que sua única escolha era seguir essa nova amizade, o nome dela? Morte.... Termino por aqui.

Novamente o silêncio tomou conta do lugar, ninguém sequer olhava para o colega pra murmurar alguma coisa.

O que veio em seguida surpreendeu não só a mim, mas Melissa principalmente. Em frente a nós, de pé no palco, estava Zach.

— Olá, meu nome é Zach Harris. Justin era um grande amigo, mesmo que alguns aqui duvidem... Queria dizer que sabia dos teus sonhos, dos sentimentos por uma garota, e em vez de apoiar, simplesmente acabei com tudo. Se tem alguém que deve se culpar sou eu! Tentei me matar de culpa, mas sou fraco, dizia sempre que Justin era fraco pelo que queria, mas agora vejo quem é o verdadeiro fracote aqui... Renuncio meu cargo de capitão do time de basquete, e vou me mudar de colégio, não conseguirei viver aqui, tudo me lembrará ele, alguém que não esta mais comigo. Sinto muito, sei que não vai valer de nada agora, mas a dor nunca ira sair de mim, esse castigo é merecido. Adeus meu querido amigo, e me perdoe por tudo seja lá onde estiver... - ele chorava, muito. Lágrimas sofridas e de culpa...

Ele se retira, e aos poucos todos vão saindo, conforme vão deixando suas mensagens.

Os alunos são dispensados das aulas, prefiro seguir a pé do que ligar e incomodar Elizabeth. Theo vai novamente para a pista de skate, junto a Kimberly, normalmente ficaria feliz em ver esses dois juntos, mas estava acabado, ainda cheio de dor e sofrimento. Me despeço de Melissa e sigo meu rumo até minha casa.

Ando bem devagar, chutando as pedrinhas da ruas pelo caminho. Não muito longe, vejo um corpo caído na calçada, todo sujo, com as roupas rasgadas e sem calça, estava apenas de cueca. Me aproximo assustado, sentia que deveria me aproximar, e ainda bem que fiz isso... Era Carter, estava completamente apagado, do seu lado duas garrafas de bebida já vazias e um brownie de maconha (pelo cheiro deduzo). Logo tiro minhas conclusões de o porque ele estar assim...

— Dawn!


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Notas finais do capítulo

Esse lado monstruoso de Melissa ninguém conhecia em kkkkk, espero que estejam gostando.
S2



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