Alvo Fácil escrita por Ametista


Capítulo 6
A confissão


Notas iniciais do capítulo

Oie! Já sei que vocês todos devem estar putassos com a minha demora, por isso eu vou engolir minhas desculpas (faculdade, outras fics pra escrever e tudo o mais) e enfim postar esse capítulo (que foi o ó de escrever) logo. Minha única consideração é: se alguém que lê encontrar algo errado aqui sobre transações empresarias, que fique bem claro que eu faço Letras e não ADM Hahahahahahaha
Mais uma coisa: já disse que AMO os comentários de vocês? Já? Dane-se! Eu amo os comentários de vocês!



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O beijo foi curto demais, se desfez rápido demais – ou ao menos foi essa a minha percepção. Dei um sorriso manhoso de despedida para Freddie, mas que por dentro era impaciente, insatisfeito. Voltei-me para a porta do apartamento, girando a chave na fechadura e minha mão travou sobre a maçaneta. Eu não queria entrar. Mais que isso – não queria deixá-lo partir.

— Freddie, eu... – comecei, calando-me logo em seguida. O que diria? Que queria que ele passasse a noite ali comigo? De jeito nenhum.

Girei os calcanhares para olhá-lo uma última vez e me surpreendi por ele estar mais próximo do que eu imaginava, os olhos castanhos incandescentes e esfomeados me fitando. E antes que eu pudesse pensar, estava com as costas pressionadas contra a parede, as mãos presas no alto da cabeça ao que meus lábios eram esmagados pelo beijo violento. Respondi com uma mordida em seu lábio inferior e o senti sorrir, feliz e aliviado por eu não afastá-lo. Uma de suas mãos se enterrou com força na minha bunda antes de descer a coxa e puxar o joelho para cima, para junto de sua cintura. Entendi o recado e o envolvi com as pernas, sentindo-o descer o beijo para meu decote ao mesmo tempo em que tentava arrombar a porta.

No escuro do apartamento, ele tropeçou três vezes – graças a Deus, não caindo em nenhuma – até enfim encontrar meu quarto, tateando a parede em busca do interruptor. Bastou que Freddie me deitasse sobre a cama para que toda a urgência do momento se dissolvesse, sendo substituída por algo muito mais intenso, muito mais substancial. Suas mãos se tornaram gentis – senão um tanto trêmulas – enquanto tiravam minha blusa, desabotoava meu jeans. Os olhos admiraram meu corpo nu e corado não apenas com curiosidade, mas também com fascínio – e me vi fazendo o mesmo com ele, deslizando os dedos por seus músculos esculpidos, por seus lábios inchados. Não tive como sentir insegurança ou constrangimento, não ali, não como ele. Quando o trouxe para perto, só o que me dominou foi um profundo sentimento de certeza. E nem em um milhão de anos eu conseguiria descrever a sensação foi olhar no fundo de seus olhos marrons quando nos tornamos um só.

 

— Em que está pensando? – perguntou Freddie, arrancando-me de minhas divagações.

Parei de fazer desenhos imaginários em suas costelas e apoiei o queixo em seu esterno para encará-lo. Ainda estávamos largados pelo piso emborrachado da área de treinamento, nossas roupas espalhadas em torno de nós feito cinzas depois de um incêndio. Sorri um pouco com esse pensamento; um incêndio acontecera ali... mas do tipo que queimava de outra maneira.

— Estava me lembrando da nossa primeira vez – murmurei com um ar divertido. Era uma lembrança engraçada e maravilhosa; os detalhes de como nos amamos até o nascer do Sol ficaram gravados na minha memória como se talhadas por cinzel. Voltávamos de nosso primeiro encontro desde que ele retornara a Los Angeles. No cinema, uma tensão sem nome permeou durante todo o filme e no jantar não paramos de nos espetar com pequenas ironias e picuinhas, algo pelo qual eu já esperava. Mas diante do apartamento... tudo desapareceu até só restar as emoções ebulindo para a superfície. Até só restar Freddie e Sam. 

Um orgulhoso sorrisinho de lado cresceu aos poucos e suas pupilas dilataram.

— Isso explica o seu sorriso.

— Na verdade, não – funguei. – Estava concluindo que você melhorou bastante.

Ele riu.

— Éramos virgens, Sammy.

— Eu sei. Você ficava envergonhado por falar bumbum na frente de garotas – ri.

— É, e meia hora atrás eu estava brincando com o seu. – Os dedos desceram a linha sensível de minhas costas e o orgulho no meio sorriso ganhou uma sombra maliciosa. – De qualquer forma, agradeço o elogio. É bom ver que meus esforços têm surtido efeito.

Fechei a cara.

— Realmente, vejo que você tem se esforçado muito – acusei com acidez. – A vadia siliconada estirada na sua cama que o diga.

Ele não demorou para processar meu tom de voz.

— Ah, o que é agora? – Ele ergueu a cabeça para me olhar, a sobrancelha arqueada. – Sam Puckett com ciúmes? Não acredito que vivi para ver isso.

— Se enxerga, nerd. – Meti-lhe um tapa sonoro.

— Até parece que você não deu suas escapulidas nesses cinco anos. Metade da sua perícia aqui eu sei que não fui eu quem lhe ensinou... – Enrubesci, mas Freddie ignorou minha reação; ele girou por cima de mim e enfiou a cara entre meus seios, a boca fazendo cócegas contra minha pele. – Sem falar que a culpa é sua. Se não estivesse tão linda naquele vestido e me deixado com vontade de beijá-la e mordê-la todinha, eu não teria buscado uma substituta depois que você sumiu do baile.

— Ah, então você está me culpando por não conseguir controlar o seu pinto? – Revirei os olhos, embora ele não tenha visto; estava concentrado demais no seu passatempo. – Isso é tão clichê.

— Não consigo me controlar perto de você, é diferente. E por falar em diferente... – Ele se apoiou nos braços para me olhar de cenho franzido. Mordi o lábio; aquela expressão era muito sensual e eu adorei constatar que era completamente inconsciente. – O que aconteceu com seu cheiro? Se eu não conhecesse, diria que é shampoo masculino.

Reprimi um riso.

— É porque é. Quando fui tomar banho no banheiro do seu vizinho, mantive a luz apagada para não alardear a empregada polaca. Aí como não encontrei o sabonete, me virei com o shampoo.

— Foi descarada a ponto de invadir a casa e ainda tomar banho lá? – Pude perceber que ele não sabia se achava graça ou me recriminava. – Meu Deus, o que você não fez na vida ainda?

— Que foi? – Sustentei-me pelos cotovelos, animada. – Nunca uma vigia me privou do privilégio de um banho. Esse corpinho perfumado com essa pele de bebê aqui exige cuidados, afinal, é meu instrumento de trabalho.

Bastou que eu mencionasse meu trabalho para que todo o ar de brincadeira do momento evaporasse, dando lugar ao clima de desconfiança que se instalou entre nós desde aquela conversa no quarto dele. Freddie se afastou rapidamente de mim, quase enojado, e sentou de costas com a musculatura toda rígida, os braços cruzados acima dos joelhos. Suspirei, pesarosa, e sentei-me também. Ele podia ter mais a explicar, no entanto Freddie não baixaria suas reservas se eu não desse o primeiro passo para a confiança.

— Não me tornei assassina porque quis, Freddie – confessei.

O tempo que aguardei pela resposta dele pareceu uma eternidade.

— Não? – Ele me fitou pelo canto do olho.

Neguei com a cabeça e me enfoquei nas pistolas Glock penduradas na parede.

— Começou na Itália. Montello e o restante do pessoal foram para Sicília fechar negócio com um contrabandista de armas e eu pedi uma folga para visitar a Carly em Milão. – Respirei fundo, sentindo-me retesar por inteira, as feições frias como aquela noite de outono. – Lembro como se fosse ontem. Carly chorou de alegria por me ver e usava um vestido rosa-choque e me serviu o melhor bolo de chocolate que já comi na vida. Tínhamos tanto a falar que saí da casa dela já era mais de meia-noite. O engomadinho do marido dela, naquela época namorado, se ofereceu para mandar alguém comigo até o hotel, mas eu neguei. Era uma distância boba de algumas quadras... Menti que pegaria um taxi. Perto do hotel, fui abordada por quatro imbecis e um deles me arrastou pelo cabelo até o beco do outro lado da rua com uma arma roçando minha nuca. Pensei que era um assalto, até o aparentemente mais novo abaixar as calças. – O queixo de Freddie caiu e apertei os lábios, não querendo entrar em pormenores. – Eu não senti medo. Eu não hesitei. Antes que eles me estuprassem e usando tudo o que aprendi como guarda-costas, tomei a arma do desgraçado e matei todos sem dó nem piedade.

Freddie descruzou os braços e se inclinou para mim, chocado.

— Só quando me vi rodeada de quatro corpos exangues foi que me dei conta da gravidade da situação. Havia uma arma na minha mão, mortos aos meus pés e minha ficha criminal já era de longa data. Ninguém acreditaria que foi em autodefesa. No desespero, liguei para Montello e pedi por ajuda.

Engoli em seco, os punhos em volta das pernas. De todas as merdas nas quais já me atolei, meu prelúdio de assassina era a que mais me incomodava reviver.

— Victor me ajudou, é claro. Ligou para alguns amigos, subornou a polícia, se livrou dos corpos... Mas salientou que tudo tinha um preço e que agora eu estava devendo a ele. E a pior coisa do mundo é dever a um mafioso, porque ou você fode alguém por ele ou é fodido. E minha façanha, a habilidade que eu demonstrei em matar, o surpreendeu o suficiente para que ele me mandasse para o treinamento pesado e fizesse de mim sua assassina pessoal. Até passei a ganhar mais... Não ajudou que alguns meses mais tarde minha mãe fosse diagnosticada com câncer e eu me visse louca atrás de dinheiro para pagar o tratamento. Uma coisa leva a outra e, bem... você já deve imaginar o resto.

O abraço tardio veio com aroma de desculpas.

— Podia ter pedido ajuda para mim, Sam. – Ele aninhou e me apertou forte contra seu peito, afagando meu cabelo com o polegar.

Levantei o queixo para olhar no fundo dos olhos castanhos.

— Eu não podia, não. – E ele também estava consciente disso. Freddie tinha acabado de entrar na Stanford, estava com a carreira encaminhada e um futuro promissor esperando ser construído. Jamais me perdoaria se a interferência de meus problemas o levassem ao fracasso. 

— Podia sim! Eu... Caralho! Nada disso teria acontecido se eu...! – Ele fechou os olhos e tremeu como se sentisse dor. – Eu ia pedir você em casamento. Oficialmente, dessa vez.

— O que quer dizer com “oficialmente, dessa vez”? – questionei bem devagar, endurecendo de modo que não conseguia sentir nada do pescoço para baixo.

Freddie abriu os olhos e me analisou com um olhar estranho e confuso:

— Ora... Vai dizer que não lembra de Las Vegas?

Las Vegas? Ah, não... Las Vegas! O hotel... O shopping com gôndola... O parque de diversões... A capela. Ofeguei e arregalei os olhos, estupefata.

— Puta que pariu! – exclamei. – Aquilo aconteceu mesmo?!

— E o que acha que foi?!

— Um delírio de bêbada, isso sim! Acordamos nus, ao lado de um monte de garrafas de Jack Daniel’s vazias!

Aquele verão foi um espaço de tempo perfeito e complicado – para dizer o mínimo. Depois do lamentável episódio com os atuns de dorso afiado do Kansas, aquelas coisinhas assassinas malditas – assunto que nenhum dos envolvidos gosta de trazer às claras –, Freddie e eu ficamos de sair novamente, mas isso de fato só ocorreu quando ele decidiu ficar em Los Angeles durante as férias de verão antes da faculdade. No mesmo dia em que chegou, Freddie me ligou para sairmos, no entanto não esperávamos que a... situação evoluísse a ponto de acordarmos juntos no dia seguinte. E já que a Cat estava viajando – ela conseguiu um papel em uma série adolescente qualquer e as filmagens iam se prolongar por três meses no Canadá –, a estadia dele mudou do hotel a algumas ruas de casa para a minha cama.

Ter uma noção básica de como era morar juntos, feito um casal e ainda que por poucas semanas, foi uma experiência sem igual. Nunca estivemos tão apaixonados um pelo outro, mesmo considerando as brigas – que, invariavelmente, sempre acabavam em beijos. Faltando dois dias para o retorno dele à Seattle, fomos até Las Vegas na minha moto para uma despedida à altura – sabíamos que nosso próximo encontro demoraria. Esses dois dias foram a motivação que tive para nunca mais beber – não restou muito além de alguns flashes na memória e fotografias sem sentido no celular. Minha moto – pobrezinha –, estou caçando ela até hoje.

— Mas aconteceu – frisou, puxando a calça largada no piso e sacando a carteira do bolso de trás –, nós nos casamos. Encontrei a certidão de casamento dentro de um sapato duas semanas depois. Aí como você não tocou no assunto, eu supus mesmo que tinha esquecido e quis fazer surpresa com o pedido... Desde então tenho a certidão guardada na carteira junto com o anel que eu ia dar a você... – E me entregou um pedaço dobrado de papel já gasto com um anel de prata no meio. O anel era simples e muito lindo, algo discreto que eu conseguia me imaginar usando, algo que evidentemente ele escolheu pensando em mim. Ergui o olhar para ele, sem fala e boquiaberta e o flagrei sorrindo. – Sempre me trouxe sorte ter isso comigo.

Baixei o olhar para a certidão. Era incontestável que era minha assinatura do lado da dele – tão precisa que nem parecia que eu estava fora de mim quando a fiz.

— Espere... – Estudei o documento. – Você não desfez o casamento?

— Precisava que os dois estivessem presentes para o divórcio. E, caso não tenha notado, você é bem difícil de localizar.

É claro que eu era difícil de localizar. Freddie e eu até tentamos manter o relacionamento à distância nos meses que se seguiram, mas após um certo telefonema de Marissa Benson, em que ela salientou tópicos bem verdadeiros a respeito de como eu podia atrapalhar a vida profissional dele, e considerando a avalanche de sufocos que eu estava enfrentando, resolvi tomar chá de sumiço. Somente ali, com Freddie ali admitindo que pretendia me pedir formalmente em matrimônio foi que consegui entender o que encorajou aquela ligação.

— Quer dizer que estivemos casados durante todos esses anos? – Estreitei os olhos. – Quantos chifres eu carrego na cabeça, Freduttine?

Ele pegou o anel e o deslizou pelo meu dedo anular. Fiquei ruminando sobre como ele descobrira a medida, pois o anel se encaixou de maneira exata.

— Provavelmente o mesmo tanto que eu, Sra. Benson – murmurou, sedutor.

— Ai, meu Deus! Nunca mais repita isso em voz alta! Alguém pode ouvir!

— Quer dizer que não gosta da ideia de ser minha esposinha? – Ele me prendeu pela cintura e rapidamente me deitou, fazendo um biquinho de falsa tristeza. – Estou magoado.

Eu o impedi de me beijar pressionando a palma da mão contra seu peito.

— É a sua vez agora. Quero a sua verdade.

— Agora? – Ele crispou a testa, chateado. – Posso pensar em coisas mais interessantes para fazermos...

— Posso pensar em milhões de coisas mais interessantes – cortei, decidida a não deixá-lo me engambelar. – Mas estou cansada de enrolação. Anda, solta o verbo.

— Está bem – suspirou. – Não queria falar sobre isso porque é questão confidencial... Recentemente, nós da Functionaters Company entramos em uma negociação complexa com a Pear para fundir nossas empresas. Ao final desse processo, deixaremos de ser uma ramificação terceirizada para, além de fazer parte de uma corporação mais forte, expandir a marca no mercado e lançar uma nova rede de computadores.

 Sobressaltei-me:

A Pear? Sério?

— É, mas a nossa rival, a Clapton Enterprises, está há mais tempo tentando obter esse contrato. Dizem que todo o conselho principal e a presidência deles está corrompida por transações clandestinas e pela máfia, no entanto até agora ninguém conseguiu provar nada, já que foram todos silenciados. – Uma tempestade se formou em seus olhos e ele começou a brincar com meu cabelo, enrolando um cacho no indicador. – Não imagino de que maneira, mas vazou a informação de que fechamos negócio e... bom... Não vou dizer que foram ameaças de morte, porque nem chegaram a avisar. Apenas digamos que você não é o primeiro atentado que sofri de uns dias para cá, Srta. Puckett. – Ele estalou a língua. – Enfim, isso é tudo.

Cravei as unhas nas suas costas e o puxei para perto:

— Não minta para mim, Freddie – sibilei.

— Eu não menti! – defendeu-se, engolindo a saliva audivelmente. – Droga, Sam! Eu... estou de pau duro! Homem nenhum consegue mentir nessas condições!

Duas observações bem verídicas. Eu o conhecia o suficiente para saber que Freddie estava sendo inteiramente sincero. Mas muitos fragmentos ainda não se ajustavam.

— Esse não é o jeito mafioso de lidar com negociações – teimei. – Se eles realmente querem a fusão para si, e é provável que queiram, uma vez que estar na empresa de tecnologia mais influente do mundo tornaria o sistema de informação da máfia globalizado, é mais prático se infiltrarem na sua empresa do que tentar tirar você do caminho. – Uma ideia estalou na minha mente. – A não ser que...

Ele ergueu a sobrancelha.

— A não ser que...?

— A não ser que já tenham se infiltrado. E queiram assumir o controle. – Empertiguei-me. – Não sabe de alguém na sua empresa que iria querer martelar os pregos do seu caixão?

Ele bufou.

— Qual deles não iria querer? Se eu morresse, eles iriam entrar em disputa para comprar as ações da minha mãe, já que não possuo herdeiros, e assumir a presidência.

— Em outras palavras, vamos ter que achar seu carrasco pelo lado negro – reclamei. – São Francisco, aqui vamos nós!

— São Francisco? – Freddie me encarou como se eu fosse maluca. – O que diabos vamos fazer em São Francisco?

— Buscar respostas, óbvio. – Dei-lhe tapinhas na bunda. – Anime-se, pois vou lhe apresentar o homem mais importante da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Postei e caí fora, que já vi que vai dar merda!
Nos vemos nos reviews!



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