Antes da Batalha escrita por Eadryiel
Notas iniciais do capítulo
Espero que aproveitem a leitura
*Leiam as notas finais*
Você acorda. Percebe que está em sua barraca, a escuridão a impede de ver nitidamente, como se a falta dos óculos não fosse o suficiente. Ao esticar preguiçosamente a mão, consegue alcançar o pequeno objeto, pega com delicadeza e encaixa em seu rosto. Agora é possível distinguir as formas à sua volta.
Você se senta em seu fino colchão, ainda com os olhos pesados de sono. Em sua frente está a abertura da barraca, entreaberta, que revela um mundo ainda escuro. Pelos seus cálculos devem ser ainda 4h da manhã, o que justifica a falta de luz. Você boceja preguiçosamente e pega seu manual, que pousa do lado do colchão.
Quando o abre se lembra do porque se encontra nesta cabana. A fraca luz que as paginas emanam ilumina seu rosto, cegando-a momentaneamente, enquanto suas memorias lentamente retornam. Você é Mari Ming Onette, tecnomaga. Juntou-se ao grupo de jovens guerreiros chamado Grand Chase. Estes buscam erradicar o mal em Ernas, enquanto você estuda o integrante Imortal.
Sente uma forte ligação com ele, que, pelas suas pesquisas, tem a ver com suas memorias. Estas ainda falham constantemente, mas junto com a historia de seu povo encontrada nos livros, sabe-se que você é uma sobrevivente da Primeira Guerra Magica que ocorreu em Calnat. Também é uma integrante da família Real deste local e, portanto, portadora da Geas.
E é neste local que se encontra agora, no que há muitos anos atrás foi chamado de Calnat. Agora um ser que almeja a divindade começou a formar seu Império nestas terras destruídas. Neste momento sua mente falha. Uma forte dor latejante atinge sua cabeça e sua respiração fica mais pesada. Após vários segundos forçando seu cérebro para conseguir se lembrar algumas palavras dispersas vagam pela sua mente.
— Amanha....batalharemos.... Astaroth. – você diz num sussurro.
Não é possível ouvir sons fora da barraca, somente o barulho de sua respiração quebra o silencio. Essa conclusão indica que os outros membros devem ainda estar dormindo. Logo a dor em sua cabeça diminui e a respiração se estabiliza. Ao perceber a luz emanando de seu Manual, começa a se concentrar em sua leitura.
Você para subitamente a leitura quando ouve um grito proveniente de fora de sua barraca. Analisa o som e percebe que é mais uma pequena discussão, rotineira, entre o Haro e seu meio irmão. Por fim percebe que vários raios de sol adentram pela abertura da barraca. Resolve então ir tomar o desjejum, levando consigo seu Manual.
Ao sair da barraca a luz do sol invade sua visão. Conclui que se passaram duas horas desde que acordou, devido a posição do astro brilhante no céu. Segundos depois você ajeita seus óculos e vai em direção à fogueira, no centro do acampamento. Ao se aproximar a elfa lhe cumprimenta, enquanto mexe algum tipo de alimento dentro de um recipiente.
Você se acomoda no chão mesmo, é possível sentir o calor do fogo. Os sons dos guerreiros acordando ecoa pelo local. Eles andam de um lado para o outro conversando e você resolve voltar a ler o livro em suas mãos. Os barulhos, apesar de altos, não lhe atrapalham.
— O café está pronto! – anuncia o druida que, no momento, auxiliava a elfa.
Rapidamente todos se sentam em volta da fogueira. A paladina calmamente dá a cada pessoa um pequeno recipiente, para se servirem do alimento. Ao seu lado se sentam a maga e o imortal. Você coloca o Manual cuidadosamente no chão, ao seu lado, e espera sua vez de ir se servir.
— Está ansiosa Mari? – a arquimaga sussurra.
— Não há motivos para tal sentimento quando se tem um plano elaborado. – você responde com calma e frieza.
— Eu sei mas....você acha que temos chance de vencer? – pergunta com um olhar cabisbaixo. Provavelmente está temerosa devido a importância da ocasião.
— Sim.
Não há motivos para duvidas. A Torre das Ilusões, à qual saíram há pouco, aumentou consideravelmente as habilidades e poder magico de todos. Sem contar os novos aliados interdimensionais, que possuem experiências e força maior do que os humanos. Alguns deles e o Imortal estiveram na Guerra Magica, provando assim seu enorme poder. E você, devido a longas pesquisas e experiências feitas, pôde controlar totalmente seu Geas. Fato comprovado pela pequena pedra em sua testa. Analisando as probabilidades, as chances de vitória são maiores de 80%.
Chega sua vez de pegar o desjejum. Você se levanta e vai até o grande recipiente sobre a fogueira. Despeja o alimento em sua vasilha e volta ao seu local de descanso. Enquanto come a mistura de vegetais, vê outros realizando o mesmo processo de alimentar-se. Na vez da líder, esta se levanta, e, antes de ir comer, começou a falar.
— Não preciso falar a importância da batalha de amanha, todos já devem saber. – falou a justiceira de forma confiante – Está tudo pronto. Aproveitem este dia para descansar e limpar a mente. Todos têm de estar focados amanha, não quero ninguém me atrapalhando de dar um belo chute no traseiro desse cara.
Ao terminar a frase foi comer. Conforme terminavam o desjejum, conversas animadas se viam entre os membros mais antigos. Os habitantes de Elyos estavam reclusos, e o ser feminino olhava frequentemente ao Haro, do outro lado do acampamento. Este não parava de encarar seu meio irmão, que, apesar de estar inserido numa conversa com o Inquisidor e a Sacerdotisa, retribuía os olhares com certo ódio.
A elfa, a espadachim e a major conversavam de forma séria, ao analisar suas expressões e movimentos corporais é certo que falavam da batalha que está por vir. O druida e a maga observavam o ambiente, cheio de rochas e pouquíssimas plantas que insistiam em crescer. Você continuaria a observar os seres que ali conviviam se certo Imortal não lhe tivesse cortado os pensamentos. Isso não era algo ruim, de qualquer forma.
— Você não vai me estudar hoje, Mari? – disse de forma calma.
— Os testes estão quase concluídos – você disse mecanicamente, e logo continuou – e eu pretendo descansar.
— E o que vai fazer para descansar? – perguntou curioso.
— Preparar o KORMET, ele está longe da perfeição.
O Imortal assentiu alegremente, como se já soubesse sua resposta, se despediu e se retirou. Você já havia terminado de comer e aproveitou para também se retirar pensando seu pequeno robô. Passou rapidamente em sua barraca, pegou tudo o que precisava e se afastou do acampamento, afinal, não gostaria de ser atrapalhada por curiosos.
Ao fundo era possível ver as silhuetas dos guerreiros e frequentemente os gritos animados da Dançarina quebravam o silencio. Você se abaixa e começa a mexer nas ferramentas e no pequeno robô, que se encontrava desligado. Analisando e reparando sua placa mãe e recriando sua programação. Após algumas horas você percebe uma movimentação e auras conhecidas ao fundo.
— Um inimigo no acampamento adversário. Não deveria iniciar a Guerra antes da hora. – você diz ao ser presente, este se aproxima rapidamente.
— Meu interesse não é na batalha.
— E qual seria Asmodiano? – você direciona o olhar para os olhos arroxeados do demonio, se questionando o que ele estaria fazendo ali.
— Impedir que a Chave chegue ao Martelo de Ernasis.
Você sabe do que ele está falando. Rapidamente seu coração parece apertar, uma sensação estranha e desconhecida até o momento. O Asmodiano estende o braço em sua direção. Rapidamente um escudo de mana é formado. O golpe não é físico e não lhe causa dano algum. Pelo contrario, é um feitiço que consegue ultrapassar seu escudo. Seu corpo fraqueja e você cai ao chão, inconsciente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
>Cada capitulo contará um pouco mais da historia.
>Talvez eu demore para postar porque atualmente estou focada na minha outra fic "A Vilã Revelada"
>Por favor nao esqueçam de comentar e me digam qual personagem vcs querem que narre o terceiro capitulo (o segundo ja ta pronto xD)