Depois Do Fim escrita por brigadeiro de panela


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...
Beijos e boa leitura!!



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Pov - Katniss

Observo atentamente o muro improvisado que foi criado com metais, carros e tudo que pudesse proteger a gente. Os homens armados e com roupas sujar e esfarrapadas, que ficam o dia inteiro no sol quente só para que nenhum impuro (são pessoas que estão contaminadas por doenças que não tem cura) tente entra no nosso território.

O sol já esta se pondo e ate agora os caçadores (homens e mulheres que tem permissão e coragem para ir lá fora atrás de comida, armas, e remédios) ainda não voltaram e isso começa a me preocupar, porque se eles não voltarem ate o anoitecer, os lideres da comunidade vão proibir a saída de mais caçadores e com isso eu vou perde a minha chance de um dia virar caçadora e finalmente poder sair dessa comunidade.

A comunidade é um lugar onde as nossas autoridades acharam seguro pra viver, eles formaram murros onde separa os puros (pessoas saudáveis e sem doenças) dos impuros. Aqui nos temos pequenas casas, roupas, comida e segurança. Isso tudo pode ate parecer perfeito olhando de fora, mas só que vive aqui sabe como é se sentir do inferno.

Ninguém pode ter mantimentos em casa, toda comida ou remédio tem que ficar no refeitório publico e para conseguir as refeições diárias, tem que ter tiques.

Os tiques é a nova moeda e são usados como pontos que ficam acumulados no bando da comunidade. Quanto mais pontos você tiver, mais comidas vão ter, não só comida, mais remédios também.

A única forma de conseguir os tiques é através do trabalho que você faz na comunidade, quanto mais horas você trabalhar, sem descanso, mais tiques vai ter. Os horários de trabalho são das sete da manha ate às sete da noite, pois às oito da noite todos tem que está em casa recolhidos, os únicos que podem ficar lá fora são os "seguranças". E caso você esteja fora de casa depois que der oitos horas da noite, você recebera punição, que pode ser desde ficar sem refeição ate perde todos os tiques.

A pior punição é perde os tiques, pois os lideres da comunidade criaram uma campanha "se você tiver 10,000 tiques e nenhuma divida, você vai conseguir a vacina raríssima". Foi o único jeito que eles encontram pra incentiva nós, os esquecidos.

Os esquecidos são as pessoas que foram deixadas para trás quando a elite embarcou pra o outro lado do mundo, um lado totalmente livre de contaminações. Eu sou um esquecido, pois não tinha dinheiro para pagar a passagem só de ida.

A elite são os ricos e pessoas importantes demais pra morrer. Quando as doenças começaram a toma conta, o governo juntou todos os ricos e pessoas que na época eram importantes e foram para uma ilha rica e protegida. E foi lá que foi feita uma doença que vai ajudar os anticorpos a combater qualquer vírus de doença, ela não deixa a pessoa imune, porém a uma grande chance da pessoa nunca fica doente.

— ei docinho, o que esta fazendo aqui? Não devia esta no trabalho? - perguntou Haymitch, sentando ao meu lado no chão.

— eles ainda não voltaram.

Nem preciso explicar do que eu estou falando, pois ele sabe muito do meu sonho de virar caçadora, e que sempre que eu posso eu estou aqui observando o muro e esperando os caçadores saírem ou chegarem.

— talvez você devesse tentar virar vigia, pois nunca vi uma pessoa vigiar esse muro como você.

— você sabe muito bem porque eu vigio.

— docinho, você realmente acredita que pode achar alguma coisa melhor a fora? Pensa bem, aqui você tem casa, tem comida, tem segurança, e tem algumas, não tantas, mas ainda tem pessoas que gosta de você.

Olho pra ele e dirijo o meu pior olhar. Apesar de ser umas das poucas, ou a única pessoa que eu gosto aqui, ele tem um incrível dom de eu irritar. Como ele pode pensar que ficar aqui é a melhor opção?

— me poupe Haymitch, você é um comp... - sou interrompida pelo barulho do velho portão de ferro se abrindo. É, parece que eles chegaram. Observo o pequeno grupo de três homens e uma mulher andarem em direção prédio centrais da comunidade, eles aprecem cansados e frustrados. Será que ainda não encontraram nenhuma comida?

Pois é, já faz mais de três semanas que eles não encontram nada de útil, e isso esta preocupado todo mundo, porque a pergunta que não é calar é: será que esse é realmente o nosso fim? Morre de fome?

— bom docinho, se você não tem que trabalhar, eu tenho - ele levanta e sai, não antes de voltar e da um pequeno beijo na minha testa e falar alguma coisa em árabe, já perguntei o que é, mas ele nunca me falou.

Sem que ninguém perceba, levanto e vou andando cuidadosamente ate uma parte do muro pouco vigiada, é porque é a parte mais alta, então eles não sentem tanta necessidade de proteger, o que é uma burrice, em minha opinião. Escalo o muro com poucas dificuldades e logo já estou no topo, observo o que restou do mundo e por alguns instantes me permito imaginar um mundo melhor.

Não sei quanto tempo se passou, no entanto o céu já esta escuro e a noite gelada. Aqui de cima a lua parece mais brilhante e as estrelas ainda mais bonitas, da vontade de pegar uma pra mim. Eu me lembro de vê as estrelas com meu pai, era tão legal, ele contava varias historia que me deixavam encantadas e logo depois eu contava todas para mamãe, do meu jeito, mas contava.

Eu sinto tanta saudade deles, eu queria tantos eles aqui, pelo menos eu ainda teria um motivo pra continua.

Sou interrompida dos meus pensamentos por um pequeno barulho, outra pessoa não teria ouvido, mas como dizia papai, eu tenho ouvidos de caçadores. Ponho-me a observa cada pedaço do espaço a minha frente, os entulhos de metais, ferros, ou carros, não me ajudam muito, porem não desisto da minha tarefa, com os olhos atentos procuro qualquer coisa que me pareça suspeita, e mesmo assim não acho nada, deve ser coisa da minha cabeça.

Quando me preparo pra descer o muro, eu vejo um vulto, foi rápido e a escuridão não ajuda muito, mas eu tenho a certeza que eu vi alguém. Pego a pequena lanterna no bolso e tento procurar esse alguém, vasculho cada pedaço que eu consiga vê e finalmente eu acho alguém. Alguém não, um homem, um belo homem. Parece-me alto e forte. Ficamos os dois parados por um momento, ate que ele vira as costas e desaparece no meu da escuridão, me deixando curiosa pra saber quem ele é.

Será que é um rebelde?

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Comentem, quero saber a opinião de vocês!!
Até a próxima...