Desde que eu recebera o papel no almoço com o aviso de que Dumbledore queria me ver na sala dele após o fim das aulas e estava super nervosa afinal, o que ele queria comigo? Será que tinha algo a ver com Voldemort? Ou ate mesmo sobre o perigo que Harry está?
Minha cabeça já estava imaginando uma coisa pior que a outra, mas confesso nada que pensei me preparou para o que veio a seguir.

Horas depois

Bati na porta da sala de Dumbledore e ouvi falando para entrar.
—Srta. Granger, eu imagino que a senhorita está se perguntando o que está fazendo aqui correto? – Sento na cadeira de frente ao professor e confirmo com a cabeça. – Eu temo que por mais difícil que a tarefa de Harry será, a sua será pior, e você tem a opção de recusa-la é claro.
— Se for uma forma para ajudar a derrotar Voldemort e ajudar ao Harry, eu aceitaria qualquer coisa, professor.
— Eu sei, mas temo que o que eu estou te pedindo é extremamente perigoso, e a senhorita deve ouvir tudo o que eu disser com muita atenção, e então fazer a sua decisão, é claro que você terá tempo para se decidir, não precisa ser imediatamente.
— Ok, professor.
— Imagino que a senhorita esteja ciente sobre a existência das Horcruxes? – Acenei afirmativamente. – Eu comecei um estudo sobre Tom, para tentar entender o que ele escolheria para serem esses objetos, e é difícil, pois entenda bem, Tom Riddle quando fez as primeiras Horcruxes não era Voldemort, ainda, e infelizmente depois dos anos, eu me acostumei à forma que Voldemort pensa e não o garoto que um dia ele foi e por isso eu passei esses últimos meses pesquisando e indo atrás de tudo que eu precisava pra poder realizar um feitiço do tempo, para voltar a 1942, quando Riddle cursava o sexto ano, porque eu preciso estudar o garoto, mas a minha pessoa não pode voltar pra lá, eu já estava aqui como professor de Transfiguração e as consequências seriam catastróficas. Harry precisa ficar aqui, pois ainda tenho muitas coisas parar mostrá-lo, então senhorita isso me deixa uma única opção, você.
— Deixe me ver se eu entendi professor, o senhor precisa que eu volte mais de cinquenta anos, e que observe Tom Riddle? – eu estava perplexa e sem saber o que fazer.
— Não só observar, como quem sabe, talvez, conseguir a confiança dele, isso ajudaria demais a descobrir quais objetos seria provável que ele faria a Horcrux.
— Mas, senhor, ele nunca deixaria eu me aproximar dele, afinal, sou uma sangue ruim.
—Já tomei essa providencia, escrevi essa carta para que você entregue ao meu outro eu, ele saberá o que fazer, eu espero.
— Tudo bem, professor, eu irei.
— Tem certeza senhorita, uma vez que estiver la, infelizmente estará sozinha, e como eu disse Tom Riddle ainda não é Voldemort, mas ele já está começando a se envolver nas trevas então você terá que tomar cuidado, e é claro se manter concentrada como aprendeu nas aulas de Oclumencia.
— Eu tenho certeza senhor, se a minha ajuda é necessária para vencer Voldemort, irei ajudar com tudo que eu tenho – Então me veio à cabeça. – Mas senhor e Harry e Rony? E o resto do pessoal da escola?
— Para todos eu direi que seus pais sofreram um grave acidente e a senhorita precisou ir imediatamente vê-los, e direi isso ate para Harry, pois não quero lhe dar falsas esperanças caso o plano não der certo.
— Quanto tempo tenho que ficar la?
— Para conseguir se aproximar o suficiente dele? Eu diria que um ano ou no extremo ate dois, mas se algo acontecer e a senhorita estiver em perigo eu quero que esqueça o plano e volte imediatamente pra cá, combinado?
— Claro, agora me explique como irei pra lá.
— Sim, sim, está vendo este Vira-Tempo aqui? Ele é diferente dos comuns, e é único, em vez de areia, utiliza sangue, e precisa ser sangue doado de boa fé, e é claro não pode ser da pessoa que ira usar, tem que ser de outra pessoa, a senhorita ira por ele no pescoço, girar três vezes e dizer alto e claro o local e o ano para onde você está indo. É claro você irá levar dois fracos que contem meu sangue dentro para que você consiga realizar a sua viagem de volta pra cá.
— Quando eu devo ir?
— Na verdade quanto antes você for mais tempo terá para avaliar Tom.
— Preciso fazer uma mala, mas as roupas naquela época são tão diferentes... – murmurei mais pra mim mesma.
— Não se preocupe, eu já preparei uma mala para a senhorita, no caso de que você aceitasse.
— Então é isso professor, fale pros meninos que por causa de Voldemort e tudo mais, não posso me arriscar a receber cartas ou enviar alguma, para eles não estranharem não receber noticias minhas... – sorri tristemente.
— Claro, aqui está o Vira-Tempo, e aqui está sua mala com seus pertences.
Coloquei o colar em meu pescoço e segurei no malão, virei três vezes e falei:
— HOGWARTS, 1942.
E então tudo ficou preto.