A Cinderella Story escrita por Queen Of Darkness
– Ai Tom, é só escrever! – Juliet reclamou, rindo da cara de indignação do amigo.
Já era tarde, e os dois haviam voltado da escola juntos para a casa do menino para escreverem uma redação. Ou melhor, para Tom escrever uma redação; a outra só estava ali para ajudá-lo.
– Fácil pra você falar, a srta. Bradshaw sempre puxou seu saco! – Ele retrucou, mostrando a língua para a amiga que se achava com o comentário que havia feito.
– Vai, vamos lá – Juliet puxou o papel e a caneta para ela, ajeitando-se no chão, deitada de barriga para baixo – Você escreve letras de músicas e não consegue fazer uma simples redação?
– As duas coisas são completamente diferentes – Tom disse revirando os olhos, como se aquilo fosse óbvio. Virou-se de barriga para cima, no chão, encarando o teto e o enorme lustre pendurado.
– Lógico que não, Tom! – Juliet se virou de frente para o corpo estirado do amigo, ainda de barriga para baixo, apoiando a folha de papel sobre a barriga dele – Pegue alguma coisa que te inspire pra escrever músicas e use isso na redação, nem que sua inspiração seja loiras siliconadas sem cérebro!
– Agora eu gostei – Tom riu marotamente, reclamando quando recebeu um tapa na barriga dado pela amiga – O que?
– Eu achei que você fosse falar que eu era sua inspiração! – Ela disse chorosa, sorrindo e estirando a língua quando o rapaz riu do comentário.
– Você não é uma loira siliconada sem cérebro, meu chuchuzinho.
– Graças a Deus! – A menina levantou as mãos e olhou para o alto, fazendo ele rir.
– Tá, agora me conte sobre esse tal baile de máscaras que você inventou – Tom sorriu divertido, ‘escorregando’ para baixo, podendo assim observar o rosto da amiga.
– Primeiro que eu nem inventei nada, tá? – Ela riu, apoiando os cotovelos no chão, ainda de barriga para baixo, enquanto observava o garoto deitado de barriga para cima, encarando-a – E é só um baile, ué... – deu de ombros, sorrindo – Falando nisso, amanhã eu vou com as meninas pegar nossas roupas e vou aproveitar para pegar a sua também, porque se eu não for, você que realmente não vai, né?
– Ah nãaaaaao! – Tom reclamou, levando mais um tapa da garota. Fez cara de piedade e fingiu estar triste. Ela apenas riu e se virou igual à ele, deixando-o deitar sua cabeça em sua barriga agora virada para cima também – Tá bom, tá bom... Eu só não entendo o motivo de você querer planejar esse baile!
– Porque é legal, ué – Juliet não entendia o porquê dele parecer estar irritado com aquilo – É só uma festa, Tom. Porque ficar bravo por causa disso?
– Eu não tô bravo! – O menino se levantou, sentando-se no chão, deixando as mãos da amiga, que antes acariciavam seus cabelos, suspensas no ar. Ela também se sentou, parecendo assustada. – Mas pra que você fazer isso? Pra aumentar a sua popularidade e das suas amiguinhas também?!
Juliet não fez nada. Não se moveu nem falou nada, por mais que sua boca estivesse semi-aberta. Apenas sentiu os olhos marejarem em lágrimas.Tom estava falando aquilo para ela?
– Ai, Jô, eu... desculpa, eu... Jojo! – Ele segurou no braço da amiga, impedindo-a de se levantar e ir embora. Odiava falar as coisas sem pensar... – Desculpa, pequena. Eu... eu sou um idiota, cara!
– É mesmo – A garota respondeu em um murmúrio, enxugando as lágrimas enquanto se deixava ser abraçada pelo amigo. Era incrível como não conseguia ficar brava com ele, por mais que tentasse.
– Eu não queria dizer isso, Jojo... – Tom segurou o rosto da menina com uma de suas mãos, enxugando delicadamente suas bochechas molhadas e coradas – É que... – Ele começou, mas logo parou. Suspirou profundamente, parecia ter medo. – Quando você começou a crescer, cara?
– Porque você tá tão encanado com isso, Tom? Ultimamente você só tem falado nisso, como se... Sei lá, eu ainda fosse aquela garotinha que você conheceu há sete anos atrás!
– Porque você ainda é aquela garotinha pra mim, Jô! E sempre vai ser... Você sabe que é como minha irmãzinha, cara! – A menina se viu sorrindo ao ouvir aquilo de seu melhor amigo – Por isso eu ainda te chamo de Jojo... – eles riram – Lembra, Joanna?
– E como eu vou esquecer? – Ela mostrou a língua para o garoto, que riu – Da primeira vez que a gente se conheceu, você simplesmente esqueceu meu nome e me chamou de Joanna! Louco...
Os dois voltaram a se deitar de barriga para cima, encarando o teto e rindo.
– Hey, você não pode me culpar! Eu era um garoto muito lerdo.
– Você ainda é... – Ela riu quando o menino mostrou a língua e começou a fazer cócegas nela.
Tom esticou o braço e Juliet apoiou sua cabeça sobre ele, deixando assim o amigo abraçá-la. Ficaram ali, deitados no chão, em silêncio por alguns minutos.
– Lembra quando a gente jogava cricket? – Ela perguntou, abrindo um sorriso largo no rosto e se virando de lado, podendo assim encarar os olhos azuis dele que sempre a confortavam.
– Se lembro – Tom sorriu junto, olhando nos olhos dela também – A gente costumava jogar todo dia, agora seu esporte favorito é fazer compras!
– Tom! – Eles riram, enquanto Juliet batia no peito do menino, sem o machucar. Voltou a encarar o teto e abriu um sorriso maroto no canto dos lábios – Eu aposto como ainda consigo acabar com você!
– Acabar comigo? – Ele riu alto – Eu que sempre ganhava de você, Juliet Deppalier!
– Que mentira! – A garota fingiu ficar ofendida, fazendo-o rir ainda mais – Tom Fletcher, seu cara-de-pau!
Os dois continuaram a rir juntos, praticamente rolando pelo chão.
– Dorme aqui hoje? – Tom pediu, depois de um tempo de silêncio. Ela pensou em recusar, mas como sempre, o amigo usava sua ‘arma secreta’: a cara que fazia, implorando, como um cachorrinho sem dono, e como ela morria de dó de cachorros abandonados... – Faz anos que você não dorme aqui, Jô!
– Tá bom, eu durmo – Juliet se rendeu, sorrindo ao que o menino beijava-lhe a bochecha. Ficaram mais alguns minutos em silêncio, até que ela se virou e o encarou nos olhos – Te amo, pentelho!
Ele riu baixinho.
– Também te amo, pequena.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Nhaaaaaaaaa... Eu postei ontem? Não lembro
Massssss... Tai outro