Lembre-se de mim escrita por J S Dumont


Capítulo 4
O Acidente


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, aqui está saindo mais um capitulo de Lembre-se de Mim, espero que gostem e não esqueçam de deixar comentários, são importantes para mim *-* estou nos dias de postagens diarias, amanhã então terá um novo capitulo, espero que gostem e não esqueçam COMENTÁRIOS PLIZ! Bgs:*



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TRÊS

O ACIDENTE

Pesadelo. Eu sentia-me como se estivesse em um dos mais terríveis pesadelos, se eu já estava sofrendo com as perseguições de Isabella Swan, eu sabia que agora essas perseguições iriam piorar ainda mais com ela acreditando que estamos namorando.

Eu não sabia como fazer, eu não tinha coragem de chegar nela e dizer: “Você está pirada, entendeu errado, nunca que eu pediria você em namoro!”. Não, eu não tinha essa coragem, com certeza eu me engasgaria na primeira palavra, e isso seria terrível, eu me sentiria ainda mais estupido do que eu já estava me sentindo. E lógico, é impossível não me perguntar: Qual é o meu problema? É eu não sabia, qual parte do meu cérebro estava afetado, qual parte que permitia que Isabella Swan, pisasse e dançasse com a minha reputação, porém, não adiantava mais me lamentar, essa era a realidade do momento e eu preferia nem arriscar em tentar resolver isso, pois com a minha falta de sorte era capaz das coisas acabarem complicando mais, como ocorreu quando tentei pedir para ela me deixar em paz, e entrei nessa confusão toda.

Ou seja, eu estava extremamente ferrado, isso era um fato. E eu não tinha coragem de sair desse problema, não mesmo. Era como se eu tivesse caindo dentro de um poço e não estivesse fazendo nenhum esforço para me segurar e impedir essa queda.

E bem, o pior aconteceu, Isabella Swan começou a me perseguir mais do que o normal, porém para minha sorte ela era tímida demais para tentar um contato mais intimo, porém ela continuava naquela tentativa estupida de me fazer começar a ler, ela achava que iria existir algum livro no mundo que me interessasse, mas ela não entendia que meu problema era a leitura e não os livros, e eu já sabia que quando essa garota colocava algo na cabeça não tinha nada que a fizesse mudar de ideia, nem eu desenhando para ela iria entender. Fato.

— EDYZINHOOO!!! – escutei o grito dela, e naquele mesmo momento eu acordei dos meus pensamentos e parei de andar no corredor, olhei para o lado e para o outro, e meu cérebro mandou o comando: corra! Mas antes disso ser possível, senti um pequeno braço, porém muito forte segurar-me por trás. A maluca tinha acabado de colocar os braços em volta do meu pescoço, me dando um demorado e longo beijo no rosto. Sim, ela havia me encurralado.

Rapidamente me desvencilhei, limpei a minha bochecha com a mão e olhei-a com a maior indiferença que consegui, mas ela pareceu sequer se importar com o meu olhar, estava concentrada em outra coisa, acredito que na mente hiperativa e maluca dela.

— Eddyzinho, dessa vez você não vai resistir, eu encontrei o livro perfeito! – ela iniciou bastante animada, eu revirei os olhos, já era a terceira vez daquela semana que ela tentava arrumar um livro que eu gostasse, é como eu já estava dizendo aquela maluca estava tentando de toda as formas me transformar na raça esquisita dela, mas, embora eu estivesse tomando bomba em Literatura Inglesa eu estava bastante firme em minha decisão, as letras não são para mim, essas frases, páginas, histórias que os malucos dos escritores escrevem – que alias todos devem parecer bastante com a anormal da Swan – não me interessa. Para que ler se existem os filmes? É bem mais fácil e interessante sentar na cadeira e assistir uma hora e meia de filme, do que ler duzentas, trezentas, quatrocentas páginas, é perda de esforço e de tempo em minha opinião.

Mas por mais que eu tentasse explicar isso a Isabella Swan ela não entendia, isso porque ela achava que só pelo fato dela ser apaixonada por livros, todo o resto do mundo também deveria ser, inclusive eu.

— Isabella, quantas vezes eu tenho que te dizer para você não me agarrar dessa forma no corredor e nem me chamar de Eddyzinho, o meu nome é Edward... – eu disse, enquanto olhava para os lados e a puxava para uma parte mais discreta no corredor, uma que não passe ninguém. – E-D-W-A-R-D... – eu repeti bem devagar, letra por letra para ver se ela finalmente entendia.

— Eu prefiro Eddyzinho, eu já disse que é um apelido carinhoso que só eu chamo... – ela insistiu.

— As pessoas me zombam por causa disso! – eu respondi.

— Você não deveria se preocupar tanto com o que as pessoas falam! – ela retrucou.

— Não é todo mundo que é igual a você, eu tenho uma reputação a zelar... – respondi meio irritado. Ela então revirou os olhos.

— Já sei, já sei, você quer entrar no time de basquete da escola e por isso precisa ter uma impecável reputação... – ela continuou, numa voz cansada.

“Reputação da qual você está estragando”. Eu pensei.

— Bom, mas você também não conseguirá entrar no time se continuar com essas notas baixas em literatura inglesa, então é muito importante a leitura mocinho, vem comigo! – ela continuou e então começou a puxar-me pelo braço.

— Perai, perai... – eu comecei a reclamar, puxando meu braço das mãos dela, é logico se alguém nos visse assim de mãos dadas falaria mais asneiras do que já falam. – Onde você está querendo me levar?

— No meu dormitório, ora bolas... – ela respondeu, virando-se para mim, eu arregalei os olhos. Tá legal agora ela vai querer me beijar. Foi à primeira coisa que pensei, ela acha que somos namorados e até o momento eu não dei nenhum beijo nela, eu estaria mentindo se dissesse que nesse momento eu não pensei em sair correndo feito louco, para fugir dessa maluca.

— Perai! No teu dormitório? Olhe eu não acho uma boa ideia, eu... – eu iniciei, mas ela não me deixou terminar.

— Vamos logo, seu medroso! – ela me interrompeu, dando risada e me arrastando pelo braço.

Eu gemi, mas não consegui protestar, segui-a em silencio, mas claro puxei meu braço da mão dela e andei numa longa distancia. Já era bom manter a distancia logo de inicio, para quando chegássemos lá, não acontecesse o pior.

Ela entrou no dormitório primeiro e eu meio receoso entrei logo atrás, olhei a minha volta, e agradeci mentalmente pela colega de quarto dela não estar dentro dele.

— Ok, o que você quer? – eu perguntei, encostando-me à parede. Cruzando os braços logo em seguida.

— Quero te mostrar uma coisa... – ela respondeu, enquanto abria seu guarda-roupa e tirava lá de dentro um livro. – Bom, eu me lembro de que uma vez você me disse que quando era criança gostava muito de histórias de piratas...

— Sim, faz muito tempo que falei isso, você se lembra? – eu perguntei meio surpreso, sorrindo ela concordou com a cabeça.

— E bom às vezes é legal lembrarmos um pouco da nossa infância, por exemplo, quando eu era criança eu adorava fadas e de vez em quando adoro ler livros que tem essa criatura, sempre quando leio livros de fadas eu me lembro da minha infância... – ela suspirou enquanto mantinham os olhos distantes. – Eu adoro os encantadores de ferro!

— O-O-Oh... – eu fiz, sem saber muito que dizer. Fadas? É bem a cara dela gostar disso mesmo.

— E então, é para você! – ela me entregou um livro. Eu olhei para capa com as sobrancelhas franzidas, vi um barco e em cima escrito “Robin Hood” e embaixo do barco “Ship of Magic”.

— Você vai adorar, antes de dar a você, eu li ele só para saber se é bom mesmo e realmente ele é ótimo, acho que você vai gostar bastante...

Eu arqueei as sobrancelhas enquanto continuava observando o livro, depois a olhei. Qual era a dela? Ela achava que ia me comprar com um livro?

— Por que você faz tanta questão que eu leia? – perguntei, voltando a olhá-la.

— Bom, porque fará bem a você, você é inteligente só é meio preguiçoso e precisa se esforçar mais... – ela respondeu sorrindo para mim. Depois pegou a minha mão. – Olha Edward, se você quer entrar no time de basquete, você tem que fazer por onde, se você não se esforçar não vai ser só o seu talento que vai te colocar lá, você precisa mais do que talento...

Eu suspirei.

— Perai, eu não sou preguiçoso! – reclamei, ficando meio emburrado, meu cérebro tinha parado na parte em que ela disse: “você é inteligente só é meio preguiçoso e precisa se esforçar mais” e não escutei mais nada.

— Então por que muita das vezes você me convence a fazer os seus trabalhos? – ela perguntou. É essa era a única coisa boa de ser amiga dela, ás vezes eu evitava o estresse de fazer os trabalhos escolares, e conseguia tirar notas ótimas pedindo para ela fazer. Mas ela não tinha que ficar jogando isso na minha cara.

— É que às vezes eu estou cheio e cansado e... – eu dizia até ela me interromper.

— É melhor você ficar quietinho, para não dizer nada que te comprometa... – ela me interrompeu, aproximando-se de mim e então apertou o meu nariz. Eu bufei e me afastei rapidamente, ela tinha essa péssima mania de fazer isso acho que só para me irritar mais. Bufando eu caminhei até o meio do quarto, vrei-me e olhei novamente para ela, percebi que ela estava me encarando.  – Você vai ler? – ela perguntou, arqueando as sobrancelhas.

— Você acha mesmo que é só eu ler isso que vai me ajudar a entrar no time? – perguntei.

Ela sorriu para mim.

— É, todos os atletas tem que ter notas impecáveis, e a nota que você está em Literatura Inglesa nesse exato momento não vai colaborar em nada, quando você for fazer o teste! – ela respondeu. – Iai vai fazer isso?

Eu não posso negar que naquele momento eu até pensei nessa possibilidade, eu queria entrar no time. Porém eu odeio ler, e por causa disso eu queria dizer não a ela, e também que não é só por causa de que ela me deu um livro estupido de piratas que eu ia mudar de ideia. Afinal, eu gostava de piratas quando era criança, hoje em dia nem “Piratas do Caribe” me interessou, e olha que é um filme. Imagina então um livro?

Mas não consegui dizer nada disso a ela, a única palavra que saiu da minha boca foi um “ok”, ela então pareceu ficar feliz com meu sim, pois logo em seguida sorriu de uma forma bem exagerada como costuma fazer e depois me abraçou forte, forte até demais.

— Está bem... Está bem... – eu pedi, tentando me soltar dela, mas que nada ela parecia um carrapato grudado em mim e já estava me deixando sem ar com tanto grude. – Isabella, está me sufocando... – eu falei, quase sem folego, devido a tanto aperto.

— Aiii me perdoa, as vezes eu não consigo controlar a minha força, acho que é a emoção... – ela respondeu, me soltando e me olhando com um leve sorriso no rosto. – É, que eu estou feliz que você vai dar uma chance aos livros, e também estou feliz, é, bem, por nós!

Eu arqueei as sobrancelhas e encarei-a meio confuso. Nós? Nunca existiu nós, mas tá legal, ela não sabe disso, ainda.

— Isabella... – eu iniciei, porém não consegui continuar, embora tudo estivesse formulado em minha mente, tudo que eu iria falar para ela, eu não consegui dizer nada, uma única palavra. Eu não conseguia falar para ela que não existe o “nós”.

— Tudo bem Eddyzinho, eu sei o quanto é difícil para você falar dos seus sentimentos... – ela disse, fazendo com que eu a encarasse com as sobrancelhas arqueadas, foi então, que a maluca deu um passo em minha direção e colocou uma de suas mãos em meu rosto, a mão dela estava quente e seu rosto estava até um tanto próximo ao meu. Embora ela sempre tentasse ter contato físico comigo, eu nunca tinha a observado com o rosto tão perto assim de mim antes, estávamos com apenas alguns centímetros nos separando e com aquela aproximação eu conseguia ver cada detalhe de seu rosto. Como ela era branca, tinha uma pele até mesmo de porcelana, porém ela ficava tão escondida com aqueles óculos que não a valorizava, e seus cabelos desajeitados que escondia quase todo o seu rosto. Por que ela tinha que ser tão estranha?

Enquanto pensava, eu senti-me paralisado, como sempre o meu cérebro travava quando o assunto é Isabella Swan, tanto, que sequer eu conseguia me mover. Ela estava tão próxima que eu conseguia até mesmo sentir a sua respiração, seus olhos encaravam os meus e tive a impressão de que seu queixo tremia, ela parecia estar nervosa.

Eu entreabri meus lábios para falar algo para ela, mas nenhum som saiu, eu queria me afastar, era perigoso estarmos tão próximos assim, mas minhas pernas sequer se moveram do lugar. Minha cabeça girou, e eu me perguntei em pensamentos: qual seria o problema comigo? O que essa garota faz comigo? Eu só consegui voltar em mim, quando escutei o barulho de abrir de porta, virei o rosto assustado para ver quem havia sido o intruso e tomei um susto ao constatar que era a colega de quarto de Isabella. Eu não tinha muita certeza de qual é o seu nome, acho que é Lia ou Mia algo assim. Só sei que ela ficou nos olhando boquiaberta.

— EU SABIA! – ela disse, sorrindo de um jeito estranho, um sorriso muito maldoso em minha opinião. Um sorriso que queria dizer. HAHA vou falar para todo mundo que você e Isabella Swan são namorados.

Eu me soltei rapidamente de Isabella e continuei olhando para aquela garota completamente desesperado. Se ela começasse a espalhar o que ela viu pela escola, ai sim eu posso dar adeus a minha reputação.

Ela se virou e saiu rapidamente do quarto, assustado e sem conseguir raciocinar eu sai correndo atrás dela.

— Mia, Lia, Mia, Lia!!! – eu a chamava pelos dois nomes, já que eu não sabia qual dos dois nomes era o dela mesmo.

— Edward! Edward! – eu escutava Isabella me chamar, enquanto me seguia. Mas eu nem a escutei, eu estava completamente desesperado, eu precisava falar com aquela garota e impedir que ela espalhasse boatos ridículos pela escola.

Ela chegou até a escada e começou a descê-la apressadamente, eu fiz o mesmo, agora estava mais próximo dela, bem próximo, eu olhava diretamente para ela, aumentei os meus passos quando de repente senti meu corpo esbarrar em um aluno que subia rapidamente a escada, parecia estar distraído como eu. O esbarrão foi tão forte que eu desequilibrei e cai para frente, rolando pela escada. A ultima coisa que escutei foi um grito desesperado de Isabella. E tudo em seguida ficou negro.

A primeira coisa que escutei quando voltei em mim, foi à voz da enfermeira da escola dizendo: “Viu Isabella, não disse que ele esta bem!” e depois ao abrir os olhos, a primeira coisa que vi foi o rosto da Swan, ao notar que eu acordei, ela sorriu e em seguida me abraçou fortemente.

— Aiiii Eddyzinhooo que bom que você está bem, fiquei tão preocupada... – ela comentou, apertando-me com força, me fazendo gemer alto.

— Senhorita Swan, não o abrace assim, ele sofreu uma queda feia, você está o machucando mais! – a enfermeira a repreendeu, e só então Isabella me soltou.

— Aiiiii desculpa, foi a emoção... – ela fez bico, enquanto voltava a me olhar.

Eu sentia fortes dores pelo corpo, mas nenhuma se comparava com a forte dor de cabeça, eu estava desconfiado que eu a bati no momento da queda.

— AIII minha cabeça! – eu gemi, colocando a mão na testa, só então me dei conta que ela estava enfaixada.

— Eu vou pegar um remédio para tirar a dor, espera só um minutinho! – ela pediu.

Assim que a enfermeira se afastou, eu continuei calado e olhando para o teto, eu estava tentando evitar o máximo possível olhar para a criatura a minha frente, eu apenas torcia mentalmente para que ela fosse embora, mas parecia que ela estava longe de fazer isso, mas eu sabia que se eu desse mais atenção para ela mais difícil seria dela ir embora.

  — Ai Edward, sério eu fiquei muito preocupada com você, você bateu feio a cabeça quando caiu da escada, terá que ficar a noite toda aqui de observação... – ela comentou, só então voltei a olhá-la, boquiaberto.

Só me faltava essa, ficar a noite toda preso numa cama, maldita hora que decidi entrar naquele dormitório.

— Mas pelo menos a enfermeira deixou que eu te fizesse companhia... Vou poder ficar a noite todinha aqui com você! – ela acrescentou me deixando ainda mais boquiaberto. Não, eu devo ter escutado errado, só pode. Encarei-a completamente incrédulo, enquanto com os olhos brilhando ela me abraçou novamente, me apertando novamente, fazendo todo meu corpo doer mais do que já doía.

Mas que azar, é só me faltava essa...

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: O que estão achando desse Ed e dessa Bella? Comentem!



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