A Missão escrita por Felipe Carvalho


Capítulo 3
O Salão Lunar




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Durante todo trajeto de volta ao castelo de Anetryr, aquelas imagens ficaram dando voltas em minha mente, algo perturbador de fato. Não esperava que meus poderes tentassem me defender de algo que estava sendo emanado da tocha. Ao chegar no castelo dirigi minha atenção a Anetryr que estava conversando algo com os Elfos responsáveis pela guarda do castelo, deveria ser alguma coisa relacionado com estratégia para reforçar as fronteiras do castelo, pelo que escutei. Quando se virou para mim, fez uma antiga reverência Élfica, colocou sua mão em teu peito, especificamente onde fica o coração, e elevou o braço em minha direção, como resposta, realizei o mesmo gesto e então começamos nosso dialogo.

— Saudações meu Lord, receio que tevês sucesso em sua busca, venha, ordenarei que lhe preparem o melhor quarto para que descanse esta noite. – Então ele levantou seus braços e bateu as mãos duas vezes, naquele momento, duas Elfas formosas saíram de corredores distintos e veio em sua direção – Senhoritas preparem o melhor quarto para nosso Rei. – Então elas se viraram e dirigiram-se a escadaria onde levava até os quartos.

— Anetryr, sinto muito más infelizmente por motivos de forças maiores, não devo descansar hoje aqui, devo voltar o mais rápido possível para o Palácio.

— Meu Lord, embora o reino seja protegido pelos guardas, não é seguro andar quando a lua está ao céu. Criaturas da noite espreitam as matas.

— Entendo sua preocupação, más eu não posso ficar não enquanto este problema não estiver resolvido. Por favor, envie uma coruja para Mirithyr e exija que o Salão Lunar esteja pronto para a minha chegada.

— Sendo assim meu Lord, prepararei a Corte do Rei para leva-lo de volta ao seu lar.

Assim foi feito, durante o retorno ao palácio, não pude deixar de notar como a lua brilhava fortemente esta noite, iluminava todo o caminho de volta ao reino, além disso, pequenos insetos luminosos brilhavam sobre as matas que balançavam conforme a lenta brisa da noite. A luz do luar que brilhava sobre o céu estava prefeita para se usar o Salão Lunar. Ao chegar ao palácio, Mirithyr estava na escadaria que dava acesso ao corredor principal, esperando apenas a minha chegada. Quando desci da carruagem, ele se aproximou de mim e pegou meu manto, colocou sobre seu braço e pegou uma mala.

— Senhor Endoras, conforme foi lhe pedido, o Salão Lunar está a sua espera. Mais alguma coisa?

— Envie uma coruja para Bhrenier, a Rainha do Reino do Sul, convoque a presença dela, sinto que precisarei de seus ensinamentos.

Então me dirigi ao Salão Lunar. O Salão ficava após uma escadaria escondida debaixo do Trono Real, a escadaria dava em direção a um corredor todo feito de pedras. Justamente a altura da cabeça, ficava uma extensa faixa de concreto, que contava uma antiga lenda sobre a deusa da lua, a lenda conta que sempre que a deusa se banhava em águas élficas, dava-lhe poderes de iluminação, imagine só, um frasco com água que brilha... Enfim, ao final do corredor encontrava-se uma grande porta de concreto, com uma grande pedra brilhante no meio, dela escorria fios de ouro por toda a porta. Aproximei minha boca da pedra e então a beijei, a pedra brilhou fortemente, e então a porta desapareceu. Entrei no salão cilíndrico, durante toda a base do salão até o teto, imagens de concreto erguem-se formando antigas lendas. No teto do salão, um grande cristal recebe a luz da lua e a dirige diretamente a fonte que brota no meio do salão, a Fonte Lunar, uma grande fonte que permite ao usuário, ter vislumbres dos segredos escondidos do passado, do misterioso presente e dos aguardos futuros. Então, dirigi-me ao centro do salão, onde encostei minha bengala na fonte e desfiz a coberta da tocha, a qual guardei dentro de um pano para evitar pensar naquelas cenas novamente, peguei a tocha, elevei ela a cima da fonte.

— Mostre-me aquilo que tu escondes. – Então joguei a tocha dentro da fonte. De inicio, nada aconteceu porem aos poucos, a água que era cristalina e azul como o céu, começou a escurecer e então minha mente foi sugada para dentro da fonte. Inicialmente ela me mostrou uma guerra, muitos soldados élficos marchando sobre terras desconhecidas por mim, havia fogo e rios de lava para todos os lados. A cena mudou mais uma vez, três elfos estavam de frente para uma criatura humanoide, tinha aproximadamente três metros de altura, seu rosto era tapado por uma mascara com a face de um demônio cravado em ferro negro, sua armadura era formada de ossos negros e em sua mão, uma longa espada de osso com chamas verdes apontadas para algo enrolado, como um bebê em seus braços. Em seguida a cena mudou rapidamente para um castelo desmoronando e dois homens feridos saindo. Depois a cena mudou novamente para quatro elfos e os sete magos elementalistas em volta de uma távola redonda, os elfos estavam com a espada levantada como símbolo de juramento sobre a távola. A cena mudou novamente, para uma grande muralha que divide para terras ao além. Em seguida as imagens mostram quatro reis guerreiros e um rei anão fitados para a criatura demoníaca em sinal de combate. Logo após as imagens começam a passar com mais velocidade, consegui observar um mundo com seres diferentes, um assassinato, um conselho e em seguida, passam mais lentamente, novamente, mostram um mundo destruído, ruinas para todos os lados, rios envenenados, arvores mortas e um grande reino em quase ruinas. Após isso, um grande exercito com soldados de ouro aparece e um símbolo emerge na frente de tudo, com uma voz de uma mulher, ao fundo, sussurrando uma única palavra, missão. Em seguida, minha mente foi empurrada para fora da fonte, quando observei a água havia secado, evaporada, o Salão estava coberto de neblina e muito quente. Achei prudente sair de dentro do Salão e ir refletir sobre aquela cena em meus aposentos.


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