If I die Young (REESCREVENDO) escrita por Baby Blackburn


Capítulo 11
They're gonna clean up your looks with all the lies in the books


Notas iniciais do capítulo

GUESS WHO'S BACK, BACK AGAIN!!!!
Voltei um dia antes do prometido para avisar que a partir de hoje as postagens vão ser nas quartas, já que um dos dias que eu tenho menos matérias na faculdade.
Nessas duas semanas eu consegui adiantar o planejamento de seis capítulos e já tenho quatro escritos, então vem muita coisa por ai hahahaha
Queria avisar também que o tamanho dos capítulos diminuiu um pouco, mas eu acredito que os dois últimos capítulos serão os maiores da história.
A música de hoje já está na playlist: https://open.spotify.com/playlist/04O8XcjoKxfbXX2Be8rwdR?si=UJDYfOmDRYiEPlfX6SiGxQ
E lá vamos nós!



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Seu corpo inteiro doía como se tivessem passado com um trator por ele. Sua boca estava seca e seus olhos pesados, conseguia ouvir conversas distantes e sentir uma mão quente e grande segurando firmemente seus dedos. Foi necessário usar toda a força que ainda continha em seu corpo para abrir os olhos e ainda mais força para não fechá-los diante da luz forte e branca que a invadiu.

Olhou para frente, dando de cara com uma parede inteiramente branca e livre de qualquer decoração e o cheiro característico que a lembrava dos dias que passou no trabalho da mãe a deixaram enjoada. Ela estava em uma cama de hospital e essa agoniante informação fez com que sua cabeça doesse ainda mais quando todas as lembranças do acidente voltaram de uma vez. Gemeu de dor e levou a mão enfaixada até a testa. O movimento e o som fizeram com que a figura loira ao seu lado, que até o presente momento mantinha a cabeça enterrada entre os braços apoiados na cama, se levantasse com os olhos cheio de lágrimas.

— Lily. – A chamou com um fio de voz, as lágrimas caindo em grandes quantidades ao seu lado. O movimento brusco que fez ao levantar levou sua cadeira a cair no chão, chamando a atenção dos outros presentes no quarto. Seus pais e irmãos vieram rapidamente para seu lado e a visão que sua cama lhe dava era de todos que amavam sendo vistos de uma perspectiva baixa, sua cabeça automaticamente os projetou em trajes preto olhando para seu caixão sendo sepultado. Um arrepio perpassou por sua espinha pelo pensamento involuntário.

— Meu amor, - Chamou Ginny, passando levemente as mãos pelos cabelos da filha – como está se sentindo?

— Água, por favor. – Pediu apontando para a jarra posta ao lado de sua cama. Albus se adiantou a encher um dos copos ali dispostos e entregar para a irmã a ajudando a tomar dois longos goles antes de devolver para a mesa. – O que aconteceu?

— Não se lembra de nada? – Perguntou Scorpius enquanto limpava inutilmente suas lágrimas, só para elas virem com mais força segundos depois.

— Não consegui parar o carro...

— Seus freios foram cortados, meu bem. – Respondeu Harry colocando uma das mãos sobre a perna direta da filha,e só então Lily notou o gesso na perna esquerda. – A perícia confirmou à algumas horas.

— Horas? – Se assustou e, passando os olhos por todos os presentes, tentou se levantar sendo logo impedida pela mão do irmão em seu peito. – Que dia é hoje?

— Quarta. – Seu pai respondeu lhe lançando um sorriso fraco. Seus olhos
verdes não continham nenhum brilho e carregavam grandes bolsas pretas embaixo deles. – Remus entendeu totalmente a situação, vai poder trabalhar de casa assim que receber alta e eu liberei Severus do trabalho no escritório para que ele fique com você durante esse período.

— Diversão! – Albus sorriu levantando suas sobrancelhas para a irmã.

— Fiquei quatro dias desacordada? – Questionou ignorando as falas do pai e irmão, olhando para a mãe.

— Você ia e voltava algumas vezes, - sua mãe respondeu calmamente, ainda acariciando seus cabelos – nunca totalmente consciente. Mas é normal com o tipo de trauma que você sofreu. – Sorriu um pouco, levantando os olhos para o genro que ainda tentava controlar as lágrimas. –Scorpius esteve sentado no seu lado durante todos esses dias.

Lily se virou para o namorado, notando apenas naquele momento o quão abatido ele parecia e se sentiu egoísta por não ter prestado atenção nele antes. Scorpius havia perdido os pais em um acidente de carro do qual apenas ele tinha saído como o único sobrevivente. Aparentemente sua mãe havia tirado o cinto para ajudar a pequena criança que havia soltado o seu e Draco perdeu o controle do carro em uma curva antes que a mulher pudesse voltar para o lugar. Acidentes de carro eram algo que o namorado passou a vida temendo.

— Scor, eu estou bem. – Disse pegando uma de suas mãos e a colocando em seu peito. Quando se conheceram Lily costumava passar por diversas crises de ansiedade onde o namorado segurava suas mãos e as colocava em seu peito, pedindo para que ela esvaziasse a cabeça e acompanhasse cada batida de seu coração, dizendo que enquanto seu coração batesse seria junto ao dela. Lily achou que seria bom lembrar a ele que ela continuava ali e seu coração ainda batia junto ao seu. – Vê? Eu estou bem.

— Você não era você quando chegou aqui. – Passou a mão que Lily não segurava pelo rosto abatido por debaixo dos óculos de grau. – Você mal respirava e, Deus, estava tão fria. Me lembrava ela...

A Potter soube que ele estava se referindo a própria mãe e seu coração apertou com isso. Depois da batida Draco, ainda vivo, havia ajudado o filho a sair do carro para depois arrastar a esposa morta para fora. Ele ligou para a ambulância mas quando eles chegaram a vida já havia deixado seu corpo. Scorpius havia visto seus pais morrerem e se sentou ao lado deles enquanto esperava a ajuda chegar. Certa vez, Narcissa tinha contado para ela que o neto foi encontrado segurando a mão fria e sem vida da mãe e esta sensação o perseguiu por anos.

— Estou bem agora, prometo. – Scorpius acenou com a cabeça e voltou a
se sentar na cadeira posta ao lado da cama, sua mão nunca abandonando a de Lily, sempre se certificando que ela continuava quente.

 

*

 

Lily teria que permanecer mais dois dias em observação no hospital e a ideia de passar mais tempo naquele quarto extremamente branco estava começando a enlouquecê-la. Com ela acordada e fora de perigo, sua família pode finalmente relaxar e se revezar para comer ou tomar um banho. Scorpius e Ginny foram os primeiros a ir para casa em busca de uma muda de roupas e alguns atrativos para a Potter internada. Ficar em um quarto com o pai e o irmão foi mais estranho do que tinha imaginado um dia ser.

Albus ainda agia como se não tivessem brigado minutos antes dela entrar no carro, fazendo de tudo para que ela não precisasse fazer mais do que ficar
deitada e descansasse. Antes que pudesse ficar irritada com seu irmão em cima de si o tempo todo, tentou se lembrar que ele quase perdeu os dois
irmãos do mesmo jeito e após uma briga.

Seu pai havia se sentado no lugar de Scorpius e apenas os observava por cima do jornal que uma das enfermeiras havia deixado no quarto, comentando, eventualmente, com ela sobre as campanhas de eleição para o próximo ano. Notando o silêncio do irmão, que havia se ocupado com os fones de ouvido, e aproveitando a conversa agradável que mantinha com o pai, deixou de lado o pudim que comia e se voltou para Harry.

— Tio Ron acompanhou a perícia sobre meus freios? – Perguntou cortando o silêncio instaurado entre uma conversa e outra. Harry abaixou o jornal e o pousou nas pernas cruzadas, sorriu para a filha e retirou os óculos suspirando cansado.

— Ele fez questão de acompanhar cada passo. – Passou a mão pelos cabelos e quando notou que Lily continuava o encarando, segurou sua mão. – Não se preocupe, ele colocou a equipe dele atrás de quem fez isso. Vão descobrir mais cedo ou mais tarde.

— Ele também colocou a equipe atrás de quem cortou os freios do Jay?

A expressão cansada de Harry endureceu e ele soltou a mão da filha como se tivesse levado um choque.

— Como?

— Eu e Albus fomos até a casa do Sr. Taylor, - Começou, se ajeitando na
cama e seus movimentos chamaram a atenção do irmão que tirou os fones, prestando atenção na conversa – e ele disse que James não parecia querer parar ou não conseguia. – Olhou para o irmão em busca de apoio mas o mesmo apenas abaixou a cabeça e apertou a nuca com uma das mãos, Lily franziu o cenho e continuou. – E se a mesma pessoa que cortou os freios dele também cortou os meus?

— Lily...

— Pai, alguém estava perseguindo o Jay e deixando bilhetes com ameaças. – Harry deixou a cabeça cair nas mãos e suspirou cansado.

— O que aconteceu com você e seu irmão foram casos diferentes. – Ergueu os olhos pesados e escurecidos para a filha. Harry Potter parecia ter envelhecida em apenas alguns segundos. – A morte de seu irmão foi um acidente, consequência da falta de manutenção no carro e a estrada molhada. O seu acidente foi um atentado. 

— Alguém estava atrás de James.

— Eu sei. – Harry respondeu em um fio, chamando a atenção de Albus. – Ele me disse. Fomos atrás da pessoa e no final ele descobriu ser apenas um aluno irritado pela nota “injusta” que recebeu em uma redação. – Olhou para os filhos e sorriu levemente. – Aqueles bilhetes não tiveram nada a ver com a morte de James.

Lily e Albus trocaram um olhar derrotado e concordaram com o pai.

— Sei que é difícil aceitar, mas por favor não deem esperanças assim para sua mãe. – Pediu soando frustrado e se levantou indo até a porta do quarto. – Não deem falsas esperanças para vocês mesmos. -Com a mão na maçaneta, sorriu para a filha. -Vou te comprar um celular novo e tentar manter o mesmo número.

 

*

 

O dia seguinte trouxe um quarto vazio para Lily. Com Scorpius de volta ao trabalho e levando a informação de sua melhora para Matteo, ela recebeu uma calorosa ligação que ocupou sua manhã toda. Seu pai e irmão haviam indo para casa descansar e sua mãe andava por algum corredor daquele hospital.

Ela folheava um livro preguiçosamente quando a porta de seu quarto foi aberta pela enfermeira que vinha cuidando dela. Diferente dos outros dias, onde trazia uma pequena bandeja com seus remédios, hoje havia um carinho com um grande arranjo de flores em cima.

— Boa tarde, meu bem. – Sorriu deixando o carrinho ao lado da cama e separando os remédios. – Alguém te deixou um presente na recepção.

— Pra mim? – Exclamou rindo e pegando o arranjo de rosas bonitas. Entre
as flores havia um bilhete e Lily o pegou esperando reconhecer a caligrafia torta do namorado, mas tudo o que encontrou foi um envelope branco.

A enfermeira lhe deu os remédios e logo saiu, deixando Lily com o presente. Pousou as flores na mesa ao lado e abriu cuidadosamente o envelope, dentro tinha um papel manchado dobrado algumas vezes. Ao desdobrá-lo, ofegou assustada. Era a página de um obituário com três fotografias. As duas primeira eram dela e de James.

James Sirius Potter / 1992-2019
       O pecado matou este Potter.

Lily Luna Potter / 1995 -2019
        A curiosidade matou esta Potter.

A terceira fotografia era preta com um grande ponto de interrogação vermelho no meio. Não havia nome ou data, mas a causa da morte se assemelhava às outras duas.

—-- / ---

O segredo matou este Potter.

Seu pai estava errado. Alguém estava perseguindo James, e agora estava
atrás do resto de sua família.


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Notas finais do capítulo

E então? O que vocês acham que vai acontecer daqui para frente? Comentem e me deixem saber o que estão achando!
Favoritem e acompanhem a história para que não percam nada.
Agora eu gostaria de fazer uma pequena propaganda para uma leitora fiel e a pessoa que me incentivou a voltar a postar está fanfic este ano.
A Saturn é uma escritora INCRÍVEL que tem um perfil repleto de histórias bem escritas, mas atualmente ela tem dois projetos que ainda estão sendo postados e são maravilhosos. Um é uma long fic jily extremamente divertida e fofa: https://fanfiction.com.br/historia/545755/How_it_all_began/
E a outra é uma coletânea de song fics jily inspiradas em Atlas: Space do Sleeping at Last: https://fanfiction.com.br/historia/792726/Space/
Vale a pena dar uma olhada e se apaixonar por essas histórias geniais ;)
Então é isso, até QUARTA que vem hahahah
Love always, BB.



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