A Rosa Dourada escrita por Dhuly


Capítulo 16
Regicídio


Notas iniciais do capítulo

AAAAAA Tivemos a primeira recomendação, eu estou muito feliz aqui! Muito obrigada Thi, eu amei cada palavra viu!
Mas, enfim eu já trouxe aqui mais um capítulo, tomei vergonha na cara e me esforcei na digitação. Eu realmente espero que vocês gostem, por que eu to muito na duvida se ta bom ou se eu mudo todo o contexto.
Anyway, uma boa leitura =)



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“Todo mundo pode trair todo mundo.”

 

j a r d i m   d e   c i m a

A pequena carta havia sido entregue por um corvo há poucos minutos, deveria ter ido primeiro ao rei, mas o suborno ao meistre havia mudado este pequeno detalhe. A notícia traga pelas asas negras nem sempre eram ruins, aquela na verdade era bem doce, uma boa notícia. Um rei havia morrido, só faltava mais um.

Era óbvio que se Niklaus tivesse morrido também as coisas ficariam mais fáceis, contudo seus planos contavam com isso. O “príncipe” se fosse esperto dobraria o joelho para John, que em algumas horas seria rei. Uma coroação seria necessária, algo simples, obviamente apenas depois de alguns dias de luto por Garth. A corte não poderia desconfiar dele.

Enfim, não poderia ficar divagando sobre um futuro sem antes tomar uma atitude. Teria de matar Garth, era uma parte crucial de seus planos. Não esperaria até o velho morrer naturalmente, seria demorado e era muito claro que John seria um rei muito melhor do que o pai. O mais velho poderia ter ideias espertas uma vez ou outra, mas ainda assim continuava em fazer aquela guerra continuar antes de botar um ponto final naquilo.

Ele se tornaria rei, subjugaria os Hightower, faria Niklaus dobrar o joelho e por fim se casaria com Blair. Sim, tinha de se casar com ela a qualquer custo... Os dois haviam sido feitos um para o outro, era idiotice negar aquilo. Ele enrolaria Ellynor e depois deixaria que qualquer um resolvesse o problema de sucessão dos Fossoway, pouco ligava para aquela casa pequena.

O loiro levantou-se seguindo até o corredor, cumprimentou o par de guardas que protegiam sua porta antes de seguir até o local combinado com sua mãe. John finalmente havia encontrado uma utilidade para todo o amor de sua estúpida mãe, ele havia pedido a ajuda dela com seus planos a mesma não havia feito objeção em ajudar. Estava odiando o pai por causa da amante e como a mesma dizia, faria de tudo por John.

Andava calmamente sorrindo para todos em seu caminho. Sentia o frio do aço em seu abdômen, uma adaga muito bem escondida. Tudo para encobrir qualquer suspeita sobre ele, tinha de manter as aparências.  Na Corte era sempre necessário manter as aparências, havia aprendido isso bem cedo, uma lição muito útil.

Parou e encostou-se a uma pilastra de pedra, a noite estava bela. Ela era perfeita para se fazer coisas “erradas”, como um manto que protegia aqueles que precisavam.

Saltos o fizeram ficar em alerta, era apenas Elizabeth. Vinha em brilho e esplendor de sedas e jóias, tentando parecer mais jovem e bela do que era. Ela passou a mão sobre uma de suas bochechas e John aceitou com relutância, tinham coisas mais importantes a se fazer.

Ele fez um aceno rígido com a cabeça e os dois subiram uma pequena escadaria que dava para um cômodo amplo e com uma grande janela, para onde John foi.

— Seja rápido e tente não se sujar de sangue. Depois que ele morrer eu vou gritar pelos guardas, lembre-se do plano. Foi uma vingança pela morte de Gerold, o assassino matou seu pai e nós dois o encontramos aqui. — Elizabeth dizia tudo se enrolando nas palavras, nunca havia matado ninguém e estava com medo de ser pega.

— Não se preocupe, tenho tudo sob controle...

Elizabeth aguardou sentando em um divã enquanto o príncipe olhava para um dos jardins vazios. Aguardaram por vários minutos até o rei dar o ar de sua gloriosa graça, estava mais gordo do que em sua juventude. Já não era mais belo depois de tantos anos e banquetes suntuosos.

— Vocês mandaram me chamar para que?

— Temos notícias importantes, seu invasor conseguiu matar Gerold. — Ele informou. — Infelizmente Niklaus continua vivo.

— Rá! É uma pena que o velho tenha tido de morrer para perceber que essa guerra não ia dar a lugar nenhum, não será dessa vez que vamos ser retirados do trono. Mas, creio que o filho dele seja mais esperto. Vamos esperar que não tenhamos de matar uma linhagem inteira para obter a paz...

— Não será necessário. — John disse retirando a adaga de dentro do gibão, mas ainda assim escondendo do pai.

— Ora garoto, o que você sabe sobre guerra, eu já venci quantas contra os dorneses? Cinco?! — Garth caiu em uma risada seca.

John revirou os olhos com aquele comentário, colocou os braços atrás das costas, escondendo bem a adaga sobre si.

— Tenho certeza que vou saber guiar essa guerra muito bem...

Garth mais uma vez caiu na gargalhada.

— Bom depois que eu morrer os Martell provavelmente vão tentar tomar a Campina mais uma vez, espero que você me orgulhe de meu caixão.

— Pode descansar em paz, irei cuidar do reino muito bem!

Os olhos do rei se esbugalharam com o primeiro corte, foi bem no peito, o segundo foi direto na barriga. A adaga logo estava lambuzada de sangue grudento, era realmente nojento. O homem caiu ao chão com a mão nos cortes, olhando do filho para a esposa em espanto.

— Me... ajude... — Implorou para a rainha em pânico.

— Agora a beira da morte você me pede ajuda, para fuder com aquela putinha você não parou para em pensar em mim! — A mulher ergue-se chutando as costelas de Garth, que urrou de dor.

— Meu... próprio... sangue... — O rei tentava dizer coisas, mas a vida ia se esvaindo de seu corpo velho.

— Você nunca ligou para mim ou nenhum de seus filhos, só em si mesmo e sua coroa. Não venha dizer nada agora! — John foi até a janela e jogou a adaga o mais longe que pode, a adaga provavelmente havia caído nos labirintos de hera.

Limpou sua mão nas calças douradas do rei, manchando o tecido de linho com sangue, o rei já não falava mais, apenas gemia de dor. Elizabeth começou a gritar por ajuda correndo louca pelo castelo, já John colocou-se sobre o pai. Derramando lágrimas falsas sobre o homem que havia acabado de assassinar.

 

“No jogo dos tronos você vence ou morre, não existe meio termo.”


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Notas finais do capítulo

Mais uma morte, outro rei se foi e temos mais dois herdeiros no poder. Só pra deixar claro que o Garth nunca foi um bom pai e a relação dele com os filhos é péssima.
Já tem teorias se baseando nas visões da Talissa? Eu mesma acho que ta bem fácil de adivinhar tudo...
Nao sei ainda para onde iremos no próximo capítulo, mas acho que ele não vai demorar muito!
Até os reviews!Beijocas!