Gangue dos Melzinho escrita por Bruna, Peixegabi


Capítulo 3
Aná


Notas iniciais do capítulo

Beijos de mel para você que clicou neste capítulo! Desejamos uma ótima leitura!



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Aná não se sentia nada confortável. Afinal, mudar de cidade nunca seria fácil, não é mesmo?
Toda a sua família teve que fazer isso por causa do trabalho de seu pai. Ele nem quis explicar direito o que tinha acontecido, apenas que era estritamente necessário.
A pior parte foi ter que se despedir e se separar de seu namorado. Aná ficou muito abalada. Aquela mudança arriscava tudo. Seria difícil manter o relacionamento à distância. O consolo era que as duas cidades não eram assim tão distantes, então os amantes ainda poderiam se ver nos fins de semana.
Quando se instalaram na nova casa, a jovem notou que havia um parque não muito longe dali, então ela decidiu ir para lá. Talvez conseguisse se acalmar.
As árvores eram bastante altas, e o ar puro invadia os pulmões de Aná. Ela notou que fazia tempo desde que ela não ficava tão perto da natureza. Foi caminhando e observando o lugar, até que ouviu o barulho de folhas secas sendo esmagadas. Alguém se aproximava.
Era um sujeito que ela nunca tinha visto antes, e falava de um jeito estranho e confuso. Parecia estar convidando ela para alguma coisa. Sem querer se envolver com ele, respondeu que estava atrasada para um compromisso e que precisava ir embora.
E assim, voltou para casa, se perguntando mentalmente se tinha sido rude demais. Chegando lá, ouviu o toque de seu celular e os pensamentos foram interrompidos.
— Alô? - ela disse.
— Oi, amor. - Era a voz de Thomas, seu amado amante amoroso. - Como estão as coisas por aí?
— Ah, tá tudo meio escroto. E você? Anda dando moral pra essas putiranhas daí que eu sei que estão loucas por você?
— O quê? Claro que não, amor. De onde você tirou isso? Você é a única que me interessa. - As palavras eram bonitas, mas o tom não era muito convincente.
— Ai, desculpa, amor. Acho que estou um pouco estressada.
Eles ficaram conversando por horas, contando como haviam sido seus dias e trocando idéias sobre aleatoriedades. Aná teve que desligar quando sua mãe a chamou para o jantar.
A filha colocou os pratos e talheres na mesa e arrumou tudo. A mãe, Gabinete - embora preferisse ser chamada apenas de Gabi - levou a macarronada e a família se reuniu.
— Parece estar delicioso! - o pai comentou, sorridente. Estava excepcionalmente alegre desde que tinham se instalado na cidade. A mudança de cidade o afetou de forma nítida e positiva.
Durante a refeição, Aná parecia meio triste e solitária, então na hora de dormir, seu pai foi ao seu quarto para ter uma conversa. Ele sempre tinha sido cuidadoso e observador com a sua querida filhotinha.
— Como você está? - perguntou, encostado na porta do quarto dela.
— Mais ou menos. - Aná respondeu com desânimo.
— Sei que isso está sendo difícil para você. - Ele se aproximou e se sentou na ponta da cama. - Mas em breve, tudo vai se ajeitar. Tenho certeza disso. Fique tranquila e procure descansar, afinal, amanhã será o seu primeiro dia de aula na escola nova. Espero que goste daqui.
Aná ficou agradecida pela consideração do seu pai e foi dormir logo depois dos dois terem dado um abraço de boa noite.

*

Quando acordou, fez as mesmas coisas de sempre: tomou banho, colocou uma de suas roupas favoritas, bebeu um cafezinho preto e foi para o seu novo centro de aprendizado.
Chegando lá, ela viu aquele mesmo cara do dia anterior. "Ele parece ser meio escroto, mas deve ser legal", ela pensou.
Na sala de aula, ela escolheu um lugar qualquer e ficou olhando ao redor, fazendo uma análise dos seus colegas de classe.
— Olá, alunos. - A professora pinguim cumprimentou ao entrar no recinto. - Hoje, faremos um trabalho em dupla. Escolham seus parceiros e se reúnam.
Antes que Aná pudesse formular qualquer pensamento, sentou um cutucão. Era Kelvin, olhando todo animado para ela.
— Q-quer ser a minha du-u-pla? - ele questionou.
A jovem viu que a maior parte da turma já estava com os grupos combinados e se viu sem escolha. Kelvin parecia ser o único disposto a fazer o trabalho com ela. Aná respirou fundo e respondeu:
— Pode ser.


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