[...]

                Rose entrou no salão comunal da grifinória parecendo extremamente feliz e encontrou com uma Lilian com cara de poucos amigos, ela tinha experiência suficiente com a raiva da prima para saber que para a Lily estar naquela situação algo muito grave deveria ter acontecido... Ou algo muito grave ou então com certeza tinha algo a ver com Zabini.

                - Lils. O que aconteceu? – Perguntou Rose assim que entrou no campo de visão da prima.

                - O QUE ACONTECEU? EU VOU TE CONTAR QUE PORRA ACONTECEU... – Gritou a menina.

                - Hum... Que tal se conversássemos no meu dormitório, Lils? – Sugeriu Rose fazendo com que a mais nova levantasse e seguisse ela em direção aos seus aposentos, quando chegaram lá Lily desatou a falar.

                - Você não tem noção que eu me arrumei inteira e quando chego no meu encontro dou de cara com quem? ISSO MESMO... COM. O. BABACA. DO. ZABINI. Meu encontro cego era com ele. Dá para acreditar? Eu ‘tô com muita raiva. Pior de tudo é que eu acabei gritando com a surpresa e todo mundo começou a nos olharem. Eu nem consegui falar nada. Só fui embora.

                Rose achou melhor não falar para a prima que achava, desde o começo, que isso era uma possibilidade bem obvia de acontecer, então só abraçou ela e esperou que ela se acalmasse antes de continuar.

                - E o que você vai fazer?

                - Olha, Rô. Eu adoro sair com o Lys, mas não sei se é uma boa coisa ir no baile com ele, sabe? Então eu vou voltar lá no correio do amor e escrever um novo perfil para mim, quem sabe que não arranjo um novo encontro durante essa semana? O baile ainda é semana que vem. Eu tenho tempo, sabe? – Rose concordou com a cabeça, mas seus pensamentos estavam longe, pensando nas várias formas que isso poderia dar errado.

[...]

                - Como assim, Zabini? – Perguntou Malfoy, que já se encontrava deitado na sua cama quando o amigo adentrou o dormitório da sonserina com cara de poucos amigos e falou uma frase incompreensiva que soava como “Aquela ruiva só fode com minha vida”.

                - Isso mesmo.

                - Isso o que, seu retardado? Você entra aqui falando nada com nada e espera que a gente entenda alguma coisa?

                - Meu segundo encontro, cara.

                - O que tem ele? Não pode ter sido pior que o primeiro, pode?

                - Na verdade não foi pior. Até porque ele nem chegou a acontecer, né.

                - Dá para parar de enrolar e contar logo o que houve?

                - Simplesmente eu estava na mesa do três vassouras esperando a menina e quem aparece? ISSO MESMO. A louca da Lilian. ELA era meu encontro, e assim que ela me viu ela começou a gritar falando várias coisas incompreensíveis e simplesmente foi embora.

                Malfoy, que no começo do relato tentava esconder sua risada, agora já não fazia mais questão disso e ria abertamente da desgraça do amigo. Já era muito ruim a Lilian não estar falando com ele, mas sabia que ser chutado em publico deveria ser muito pior pro amigo.

                - Se você saiu de lá cedo, porque só chegou agora aqui no quarto? – Antes que o amigo pudesse responder a porta do dormitório de abriu e Albus entrou e foi novamente direto pro banheiro.

                - Eu estava com outra garota, a do dia da sala precisa. – Os dois riram.

                - Zabini, notou que o Albus tá tentando evitar a gente?

                - Sim, notei. Desde ontem, na verdade.

                - Oh Albus. – Malfoy gritou na porta do banheiro. – Por qual motivo a senhorita está nos evitando?

                - Eu não estou. – Gritou Albus de volta.

                - Está sim. – Respondeu Zabini. – E saia já daí, precisamos conversar.

                Depois de alguns minutos Albus finalmente saiu do banheiro, ele foi direto para sua cama e sentou-se. Os amigos se olharam estranhando a quietude do rapaz e depois o olharam novamente.

                - Por Merlin, Al. O que aconteceu no seu encontro ontem?

                Albus suspirou fundo antes de começar a contar

                - Então, meu encontro ontem foi maravilhoso. Mas vamos começar do dia que eu a chamei pra sair... Foi na sexta a noite, eu a encontrei saindo do salão principal e corri para falar com ela, perguntei como quem não quer nada se ela estava participando do correio do amor e ela disse que não, respondi que eu também não estava e perguntei se ela não queria sair comigo no dia seguinte. Ela deu um sorriso tão lindo, tímido e respondeu que sim, falei para me encontrar depois do almoço no salão principal e nos despedimos. No sábado quando finalmente nos encontramos ela estava estonteante e quase travei ao vê-la. Levei ela até a geleira que tem em frente a casa dos gritos, ninguém vai lá e sempre é bem deserto, conversamos bastante e eu a beijei. O beijo foi maravilhoso, ela se entregou tanto quanto eu e depois de passarmos um tempo ali juntos, quando já estava quase anoitecendo levei ela pro campo de quadribol, deitamos na grama e continuamos a conversar. O problema aconteceu quando eu convidei ela a ir para o baile comigo. De primeiro impacto ela riu, ficou super feliz e disse que iria, mas depois o sorriso foi sumindo do rosto dela e ela falou algo como “Acho que não deveríamos ir juntos, nós somos primos, todo mundo vai falar, vai estranhar e vai acabar dando tudo errado” e então ela simplesmente levantou e foi embora. Passei hoje o dia todo procurando por ela e NADA.

                E então Albus simplesmente se jogou em sua cama se sentindo frustrado e soltou um grunhido de raiva.

                - Calma, cara. – Falou Zabini. – Você ainda tem a semana toda para achar ela. Vai dar tudo certo, você vai ver.

                Albus suspirou e desejou mais que tudo que o amigo estive certo.

[...]

                No outro dia quando Albus acordou a primeira coisa que fez foi ir atrás de Roxie, ele sabia que a primeira aula dela era feitiços com a Corvinal e foi correndo atrás dela. Quando ele chegou no corredor que aconteceria a aula ele a avistou de longe e foi caminhando rápido em direção a ela. Roxie estava conversando com Rose quando percebeu quem se aproximava e seu coração parecia ter travado, Albus se aproximou bem dela antes de falar:

                - Você não deveria ter fugido de mim, Roxie. Você nem me deu tempo de argumentar.

                - Argumentar o que, Al? Você sabe que eu estou certa.

                - Eu não me importo com isso. Eu não me importo com nada disso.

                - Mas você deveria se importar, já imaginou o que vai ser quando todo mundo ficar sabendo?

                - Caralho, Roxie. Eu já falei que não me importo. Deixa todo mundo ficar sabendo, deixa todo mundo descobrir, eu gosto de você e se seu medo é que todo mundo descubra no baile, eu faço com que todos descubram agora só para ter você ao meu lado naquela festa idiota.

                - Al... O que você vai...

                -Sabe porque eu não me importo, Roxie? Porque quando você olha nos meus olhos e sorri para mim, tudo fica bem. Se você está bem do meu lado, quando você olha nos meus olhos eu tenho a visão do céu e eu acho meu paraíso simplesmente quando você olha nos meus olhos... Eu posso simplesmente continuar falando, só quero saber se você está tão disposta quanto eu a passar por cima de todo mundo, só quero saber se você está tão... – Mas antes que Albus pudesse continuar sua frase, Roxie avançou até seus braços e o beijou mais uma vez. Mesmo já tendo beijado a garota antes, aquela parecia ser a primeira vez, o primeiro beijo, porque a felicidade que ele sentia em saber que ela correspondia todos os seus sentimentos era maior até que a felicidade de ganhar um jogo de quadribol, era a maior felicidade que ele já sentirá na vida. Parecia não ter mais ninguém ao redor dos dois e Albus não queria soltar a garota, mas eles precisavam de folego e então se separaram. Roxanne ainda ria, e o garoto imaginou que seu sorriso estava tão grande quanto o dela e antes que ele pudesse continuar seu discurso ela falou.

                - Eu vou ao baile com você, seu babaca. Agora suma daqui. Estamos dando um show e tanto.

                Foi então que ele percebeu que todos os olhavam com uma cara abestalhada, exceto por Rose que aparentava estar extremamente feliz pelos dois.

                -Hum... Então nos vemos mais tarde?

                - No almoço. – Ela respondeu rindo e ele saiu andando para o salão principal... Tinha acabado de lembrar que ainda não tinha tomado o seu café da manhã

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