Ascenção: O Império escrita por Melissa Salvatore


Capítulo 3
Traição de Vermelho


Notas iniciais do capítulo

*Espero que gostem...



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Enquanto Melissa descansava no quarto, os rapazes tomavam um drink no bar do hotel, agora estavam todos os cincos, Jonathan, Lucca, Joseph, Thomas e Jordan.

—  Por quanto tempo ainda ficaremos aqui?

— Depende exclusivamente de Melissa, ela é manda. Quer uma dica Jordan, aprender a ouvir e se manter calado, quando a senhorita Rossevelt esta assim, como hoje, e melhor não cometer nenhum erro.

Aquela simples frase dita por Joseph fez o silencio mais pesado se estabelecer entre os rapazes, não era segredo que Melissa podia ser cruel quando achava que estava no seu direito, aliás os Roseevelt tinham essa linha de agir, passado de pai pra filho. Então cada um se olhou, e foi pro seu canto, pensado em como seria trabalhar naquela noite, e esperando que ao fim dela não tivesse que ir para um galpão.

 

— Madeline Laughlin, que surpresa, não tao agradável, diga-se de passagem.

— Caro Marcos...

— E Senhor Roseveelt pra você minha cara.

—Enfim, quero lhe propor um acordo, um daquele que é impossível negar

— Diga sou todo ouvidos...

Em plena tarde, com o sol batendo na varanda da sala de reuniões e sendo refletido pelo vidro da mesa, Madeline tentava ludibriar o mais velho dos Roosevelt, por um acordo um tanto vistoso aos olhos, mas que no futuro arrancaria a cabeça dela, não metaforicamente... O mais integrante era como com todos os ensinamentos do patriarca, Marcos acabou aceitado aquilo, dando inicio a uma guerra que nem ele mesmo podia prever.

Porem, era oque todos esperavam, aquele dia, aquela segunda feira, era o momento perfeito para se analisar as fraquezas daquela familia, ou do que restara dela. Madeline era só mais uma aproveitadora de tantos outros que iram aparecer ao longo do dia, o que tornava sua lábia convincente era seus cabelos loiros, que serviam de cortinas sedutoras para os seus olhos verdes, que ganhavam vida com seus lábios pintados de vermelho, não há como negar que ela sabia como usar seus atributos para ter atenção.

Depois de muito tempo discutindo todos os detalhes do acordo, que para muitos seria traição, ela saiu da sala com sorriso largo, passos firmes, e com pensamentos em um futuro ganho, porem oque ela não calculou era a incógnita chamada Melissa, essa sim podia arruinar a sua vida de uma forma que só ela sabia. Madeline não pensou nas consequências aos sair daquela sala, talvez mais tarde, sentada em uma cadeira, com os pulsos amarrados ela lembraria que tinha selado seu destino, em uma tarde ensolarada, e que seu carrasco teria sido seu aliado em momentos que outra foram dourados.

 

De roupão, sentada a mesa da varanda de seu quarto hotel, com uma taça de vinho, e pensamentos longe, em um passado um tanto dolorido, se encontrava Melissa, tentando ao menos colocar seus pensamentos em ordem, não havia tempo para saudosismo.

Enquanto observava a vista, ouvira a porta se abrir e fechar, e passos de um sapato italiano ecoarem pelo chão do quarto, por mais que a pessoa estivesse tentando ser silenciosa. Não se mecheu, sequer moveu um músculo, ficou ali parada esperando que a pessoa se fizesse notar. O que só aconteceu quando uma figura masculina parou ao seu lado.

— Você sabe que pode simplesmente não ir hoje, não sabe?!

— Você sabe que isso é utópico, não sabe.

Ela respirou fundo, o simples ato trouxe a si o cheiro de um perfume amadeirado, com leve toque cítrico, aqueles perfumes impossíveis de resistir. Fechara os olhos tentando impedir as lembranças que vinha a mente, não era hora para distrações, disse a si mesma, ao mesmo tempo o coração acelerara, e perguntou-se se ele podia ouvir a mudança que causara nela, porque de repente seus pensamentos estavam mil vezes mais altos, e seu coração parecia querer gritar uma coisa que nem mesmo ela admitira. Permaneceu do mesmo modo que estava, tentando inutilmente ignorar suas mudanças. 

Ele voltou a falar, trazendo consigo o toque de sua mão no braço dela, que mesmo por cima do roupão se arrepiou com o toque, sua voz aveludada, parecia música para os ouvidos dela. 

— Melissa você tem opção, não negue, se permita sentir a dor.

— Parece simples sentir a dor, eu não sinto a dor, eu sou a dor. A quase quatro anos, ou melhor a exato quatro anos, eu me tornei essa dor que não cessa, que sangra, que mutila. Então por favor não me venha com “permita se sentir a dor” porque não sabes o que fala.

Respirou fundo outra vez, mas agora bebeu de uma só vez a quase meia taça de vinho que estava na sua mão, virou as costas e seguiu para dentro do quarto, olhou a cama que tinha um vestido vermelho estendido em cima, e fez uma careta, finalmente olhou para o companheiro de conversa, seus olhos irradiavam algo muito mais antigo que o próprio tempo, irradiam ódio.

— Não quero magoar você, mas sabe como pensou em relação a isso...

—Melissa você mesmo disse que são quatro anos, esta no momento de seguir em frente

—JAMAIS PROFIRA ESSAS PALAVRAS NOVAMENTE, JAMAIS, ME OUVIU?! Não vou deixar pra lá e seguir em frente, os Roosevelt não esquecem as dividas, principalmente as de sangue. Se veio aqui para isso, tempo perdido, esteja pronto as sete Jonathan.

— Claro Mi Lady.

Melissa estava de costas quando ouviu a porta bater, sabia que tinha sido dura, inflexível, mas promessa era promessa, os Roosevelt não deixavam suas promessas para trás, e naquele dia, ha quatro anos atrás, ela tinha feito uma e iria cumprir, qualquer que fosse o preço a se pagar, ate mesmo ficar só sem seu amor.

Sentada, então, em um poltrona de frente para o vestido ela deixou somente uma lágrima escorrer dos olhos, seria forte como seu pai lhe dissera que tinha que ser, honraria seu nome e seu sangue, como um dia prometera.


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Notas finais do capítulo

*Postarei assim que a inspiração voltar.



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