Flor de cristal escrita por Buch


Capítulo 1
Estabilidade?


Notas iniciais do capítulo

Finalmente vou postar uma fic sobre meu anime preferido. Sempre tive essa ideia, mas nunca tive coragem ou tempo para escrever sobre.
Bom, não sei se alguém vai acompanhar ou não, mas se sim, gostaria de saber suas opiniões, duvidas, sugestões.

Aproveitem a leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/727991/chapter/1

Já havia se passado 3 anos desde o termino do torneio das trevas que definiu o novo governante do Makai. Yusuke cumpriu sua promessa e assim ele e Keiko ficaram noivos. Ela começou a estudar para se tornar professora, enquanto ele se juntou a seu sogro na manutenção de seu restaurante. Kuwabara se esforçou muito e conseguiu entrar em uma faculdade razoável, pretendendo se tornar médico um dia. Kurama que havia decidido ajudar o padrasto em seus negócios, largou o mundo dos negócios para abrir uma pequena floricultura. Já Hiei que ficara no Makai, ganhou um posto como conselheiro direto de Mukuro, vindo ocasionalmente ao Ningekai para “visitar” Yukina. Assim todos seguiam suas vidas.   

—______

O relógio de madeira apontava 21:00 em ponto. Kurama estava terminando de atender o último cliente para enfim ter seu merecido descanso. Desde que decidira abrir sua própria floricultura, os negócios decolaram. Não tinha tanta pretensão a princípio, porém seu trabalho dedicado havia lhe gerado frutos mais rápido do que poderia imaginar, tendo se tornado referencia no ramo em pouco mais de um ano de funcionamento. Tamanha procura fez com que ficasse com a agenda lotada, fazendo com que os interessados tivessem que ligar com meses de antecedência a fim de conseguir uma vaga.

Kuarama havia se especializado em arranjos florais para grandes eventos, mas isso não o impedia de trabalhar com pequenas encomendas. As vezes um buque bem elaborado, cestas decoradas, mudas para cultivo, entre outros pequenos trabalhos. Decidiu colocar o irmão SHuichi como ajudante na loja, fazendo pequenas entregas e auxiliando na contabilidade. Seu padrasto estava preocupado que o garoto não seguisse pelo bom caminho, já que o vira andando com más companhias. Sendo assim, pedira ao afilhado que o empregasse temporariamente, assim poderia adquirir noções de responsabilidade.

— Ei irmão, será que está bom por hoje? – perguntou Shuichi

— Ah, você ainda está ai? – surpreendeu-se Kurama. – Claro Shuichi, pode ir. Se demorar muito mamãe vai brigar comigo por prendê-lo aqui até tão tarde. Amanhã você tem aula cedo, não é?

— Amanhã? Você está mesmo trabalhando muito irmão. – riu ele – Amanhã é domingo! Você deveria aproveitar e descansar um pouco inclusive – sugeriu.

—  Mas já? Bem, a semana realmente passou rápido. De qualquer forma obrigado por se preocupar, vou tentar descansar um pouco sim. – respondeu Kurama sorrindo

— Bom, então vou indo. Diferente de você eu ainda tenho vida social e pretendo sair ainda hoje – disse com um sorriso maroto

— Vê se não volta muito tarde, sabe que nossa mãe fica preocupada quando volta de madrugada – alertou ele

— Não se preocupe, voltarei cedo – respondeu o garoto com um piscadinha.

Shuichi saiu da loja deixando o garoto ruivo novamente sozinho.

Enfim um pouco de paz

Não era que Kurama não gostasse da companhia do irmão, porém as vezes sentia necessidade de ficar só. Shuichi era muito comunicativo, gostava de compartilhar todos os detalhes da sua vida amorosa e social. Era nítido que sentia admiração pelo irmão mais velho, sempre buscando sua aprovação, assim, quando Kurama o repreendia, rapidamente ficava mau humorado e resmungava pelos cantos. Isso deixava Kurama um pouco irritado, não era muito fã de birra de adolescente,  porém como irmão exemplar que era, apenas sorria e fingia estar tudo bem.

TRIMMMM TRIMMMMM

Droga, esqueci de desligar o telefone

O garoto ruivo saiu correndo para atender a ligação.

— Alõ? Alô?

O telefone estava mudo. Kurama estranhou, porém decidiu esperar até alguém responder.

TRIMMMMM TRIMMMM

Ué? Como o telefone ainda está tocando se....Ah não ser que...Shuichi! Mudou meu toque de celular novamente, vou ter uma boa conversa com ele amanhã. — pensou suspirando

Após identificar o som vindo de seu próprio celular, atendeu-o

— Alô?

— Kurama?

— Oi Yusuke! – respondeu animado – Como está meu amigo?

— O diacho, é difícil falar com você, hein homem? Estou bem, e você?

— Estou bem, um pouco cansado por conta do trabalho.

— Dá pra notar pela sua voz. Bom, então liguei em um bom momento. Estamos todos aqui em casa, por que não passa aqui? Faz tempo que não nos vemos – sugeriu o amigo de cabelos pretos

— Agora? – perguntou olhando para o relógio

— Claro criatura. Se você ficar de frescura eu passo ai e te trago arrastado pelo topete! – ameaçou ele rindo

— Haha, posso até imaginar a cena. Mas não tem necessidade dessa violência toda. Vou apenas tomar uma ducha e já encontro com vocês ai.

— Bom mesmo que apareça. Se em 10 minutos não chegar, já sabe...

— 10? Vejo que sua noção de tempo continua boa como sempre

— Não começa com uma de espertinho pra cima de mim não que eu já te conheço de outras viagens – comentou rindo

— Tudo bem, tudo bem. Prometo me apressar

— Assim que eu gosto

— Então estou indo, até breve Yusuke

— Até cinderela. – respondeu desligando

Kurama riu em silencio do amigo. Apesar de não terem mais tanto contato como antigamente, Yusuke e Keiko faziam sempre questão de ligar para o amigo. Kurama nunca havia entendido como duas pessoas tão distintas poderiam se dar tão bem como casal, mas era só ficar ao lado deles que tudo fazia sentido. Apesar das brigas e picuinhas, era nítido o quanto cada um se importava com o outro. Uma vez lera em algum lugar que o amor não poderia ser explicado de forma lógica, Yusuke e Keiko eram um bom exemplo disso.

Bom, melhor me apressar antes que ele realmente decida vir aqui.

A floricultura de Kurama ficava na mesma construção em que morava. Quando decidiu sair da casa de sua mãe, Kurama procurou por um imóvel que já pudesse comportar seu pequeno negócio na parte térrea, sendo aproveitado o segundo andar como residência. Nos fundos havia um largo quintal para o cultivo de flores, assim como o terraço na parte superior, abrigando uma pequena estufa particular.

Após terminar seu banho, Kurama se aprontou e partiu em direção a residência do casal. Desde que ficaram noivos, Yusuke e Keiko haviam decidido morar juntos. O apartamento alugado não era tão espaçoso quanto a casa de Kurama, porém era caloroso e aconchegante, um local onde é possível se sentir em casa. Kuwabara ainda dividia o apartamento com a irmã, mas reclamava quando a mesma trazia o namorado para passar a noite no local. As brigas no entanto eram sempre vencidas pela menina mais velha, fazendo com que migrasse para casa de Yusuke sempre que a garota o expulsava de casa (o que era freqüente).

— Boa noite Sr Velasquez. Poderia avisar o Yusuke que eu estou aqui? – perguntou Kurama ao zelador do prédio

— Claro Shuichi, vou interfonar lá. Pode ir subindo se quiser – respondeu abrindo o portão de entrada.

Kuarama entrou no prédio e foi direto ao elevador. Apertou o 11 andar e esperou até que chegasse ao seu destino. De dentro da cabine era possível ouvir a gritaria de Kuwabara que discutia a respeito de alguma comida ou algo assim.

— Ah Kuwabara, vê se não enche – respondeu Yusuke bem no momento em que Kurama adentrava o local

— Kurama! – exclamou Kuwabara – Diga a esse idiota que existe diferença entre macaxeira e aipim – falou o amigo alto

— Bem, na verdade é tudo a mesma coisa – respondeu Kurama meio sem graça

— Ai ta vendo Zé Mané, eu não falei – falou Yusuke caçoando do amigo – Ainda não sei como tu conseguiu passar no vestibular.

— Repete isso de novo Urameshi – retrucou Kawabara se levantando do sofá

— Repito quantas vezes for necessário pra entrar na tu cabeça oca – respondeu Yusuke indo pra cima do amigo

— Yusuke.... – Repreendeu Keiko entrando na sala no exato momento em que os dois iam se encontrar.

— Iiiii chegou a patroa – falou o garoto sentando-se novamente

— Oi Kurama – cumprimentou Keiko – Fique a vontade, a casa é sua. Não liga pra esses idiotas não, deve ter faltado alguma coisa na comida deles quando eram criança.

— Mas como é minha filha? – falou Yusuke indignado

— Bom, não quero me intrometer, então vou cumprimentar o resto do pessoal – respondeu Kurama indo em direção ao outro cômodo cumprimentar os demais amigos.

Na cozinha estavam Shizuru e Botan conversando animadamente. O garoto ruivo as cumprimentou e foi a sala de estar para encontrar Yukina brincando com um gatinho.

— Boa noite Yukina – falou o jovem

— Olá Kurama, como está? – perguntou a garota docemente

— Está tudo bem e com você? Como está a mestra?

— Tudo certo. A mestra está bem, apenas preferiu ficar em casa, ultimamente tem evitado sair de lá. – respondeu ela

  - Imagino que ela deva preferir ficar no sossego – disse ele enquanto ouvia novamente os gritos dos dois amigos na outra sala

— Sim. – respondeu ela rindo baixinho

Continuaram conversando mais um pouco antes de Keiko os chamarem para comer. As garotas haviam preparado alguns aperitivos e bebidas para ocasião.

— Bem – cof cof – Eu convidei vocês aqui hoje por que eu e a Keiko temos uma noticia pra dar pra vocês, é isso – falou Yusuke desajeitadamente – Nós estamos pensando em nos casar em outubro e queríamos que vocês, Kuwabara/Yukina e Kurama/Botan fossem nossos padrinhos e madrinhas. – finalizou ele

— Ahhhhhhhh – gritou Botan entusiasmada

— Aew até que enfim Urameshi! Tomou vergonha na cara e decidiu ser homem como eu! – falou Kuwabara mostrando os músculos do braço

— Bem, vai ser uma cerimônia simples, e vamos convidar apenas os amigos e parentes próximos – explicou Keiko

— Parabéns Keiko, você merece! – falou Shizuru brindando e virando o copo logo em seguida.

— Parabéns aos dois, me sinto honrado por terem me convidado – falou Kurama sorrindo.

— Então pessoal é isso ai. Agora vamos beber por que a noite é longa e amanhã é domingo! – falou Yusuke erguendo o copo e brindando com todos presentes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada! :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Flor de cristal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.