O Jogo do Desafio Duplo - Anna & Leoa escrita por Leonardo, Hastings


Capítulo 2
One do Leo - Perto de Mim


Notas iniciais do capítulo

Título: Perto De Mim
Mínimo/Máximo de palavras: 700-1600
Tema: Não é paixão, é amor
Música - The Feeling - Justin Bieber ft. Halsey
Personagens (1-4): Laís Fernandes, Ana Vitória Almeira, Matheus e Caio Novaes.



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Lá fora fazia uma noite fria de novembro, porém a quantidade de pessoas na pista de dança (e de álcool no meu sangue, é claro haha) deixava o salão quente e agitado de tal forma que até parecia o auge do verão.

E eu estava muito feliz pela formatura. Ao que tudo indica, é agora que a vida começa. Bom, na verdade não exatamente. Começa depois da viajem que farei com Matheus, Caio e Ana Vitória daqui a uma semana pra voltar só em Janeiro.

Sim, depois de três anos ainda namoro esse bobo adorável. E os outros dois, bem... Vieram no pacote, né? Fazer o que?

Não que eu não goste, longe disso.

A Ana Vitória é... Na verdade ela é muitas coisas. Sério, se ela tá a fim de ser fofa, não tem vídeo de gatinho nesse mundo que supere, pode acreditar. Mas não se iluda com isso, ser maldosa é algo que ela também faz com uma maestria incrível. Assim como ser estudiosa, baladeira, pegadora, quietinha, rockeira, funkeira... Se me pedissem para defini-la em uma palavra, a única que eu poderia usar seria “tudo”.

Sendo bem sincera, eu a amo. E não estou dizendo isso só por que estou bêbada, juro. Hahaha. Nos conquistamos mutuamente muito rápido, parecia que éramos amigas de infância.

E o Caio, meu Deus, nem tem como expressar. Melhor cunhado ever! Dez minutos na companhia dele já bastam pra me fazer rir por pelo menos uma semana. Só que ele é muito, muito mais do que isso, é um cara leal aos amigos, extremamente criativo e (isso eu demorei bastante pra descobrir, mas depois usei e abusei) um ótimo conselheiro.

Eu o amo também. Como a um irmão mais velho. De verdade eu não esperava que Caio Novaes fosse tão profundo e complexo e cada detalhe me faz amá-lo mais a cada dia.

E como falar sobre Matheus? Há coisas demais pra dizer e poucas palavras que existem no dicionário...

Durante esses anos que estamos juntos, eu ouvi tantas, mas tantas vezes até mesmo das bocas do senhor e da senhora Novaes que ele era má influência pra mim.

O que, com o tempo, percebi que era mentira.

Nós dois influenciamos um ao outro de formas muito positivas. Ele me impediu de me afundar em estresse e estudos, o que fazia bem até para o meu cognitivo por me deixar mais leve e relaxada. Com a mente limpa era mais fácil de assimilar tudo na escola e nos cursinhos.

E eu moldei o Matheus aos poucos, fazendo-o ter um pouco de foco na vida, dando-lhe planos, fazendo-o acreditar em si mesmo e criar expectativas para o próprio futuro. Eu sempre soube que ele podia, só dei um empurrãozinho.

Nada de mal, nada de exagerado. Continuamos sendo opostos tanto quanto quando nos conhecemos, mas conseguimos amadurecer juntos e mudamos um ao outro para melhor.

Alguns anos atrás eu disse que Matheus me transbordava, só que da primeira vez eu ainda não entendia a intensidade que isso poderia ter, e agora, depois de tudo que vivemos, posso me encher de orgulho e dizer que sim, ele de fato me transborda. E sempre que eu olho naqueles olhos de pseudo-bad-boy tenho mais certeza de que ele sente o mesmo por mim.                        

Dançar tanto com esse vestido está começando a me deixar cansada, ainda bem que vim de all star. Hahaha. Chego mais perto do meu namorado pra que ele possa me ouvir. — Amor, vou pegar uma água e sentar um minuto.

— Ok, vou ficar por aqui mais um pouco, to na maior vibe de dançar.                       

— Matheus... Você não tomou doce não, né?

— O que? — Sua expressão não nega que ele ficou ofendido. — Não! Sabe que eu não faço isso há muito tempo.

Estreito os olhos em desconfiança e Matheus suspira um pouco magoado.

— Tá bom, desculpa. — Peço fazendo um biquinho fofo e depois de alguns segundos, ele desiste de ficar emburrado e me beija, então nós dois sorrimos antes que eu me afastasse.                

Fico observando os três dançarem de onde estou sentada e vejo quando Ana Vitória sai de perto deles para pegar uma garrafinha de agua também e vir sentar comigo.

— Quem diria que a nerd e o badboy realmente daria certo? — Ela disse perto do meu ouvido por causa da música alta.

— Eu diria que to mais pra pseudo-nerd. — Respondi com um sorriso no rosto.

— E ele tá mais pra pseudo-badboy desde que você começou a transformá-lo em um bobão apaixonado.

— Opa, opa, opa. Bobão ele sempre foi, só adicionei o apaixonado.

Começamos a rir, depois ela passou o braço pelo meu ombro e apontou para onde Matheus dançava com Caio. — Você é mesmo apaixonada por ele?

— Eu o amo.

— Amaziiiiiing. Maís melhor OTP que a gente respeita.

— E ainda rola esse Vitaio?

— Credo! Somos amigos desde os três anos, seria como pegar meu irmão. Laís, para de por essas imagens nojentas na minha cabeça.

Ri mais ainda por saber que ela detesta quando faço essas insinuações.

— Mas ele é um homão da pirra, seria um incesto bem justificado.

— Isso eu não posso negar. Mas não rola, não rola e não rola mesmo. O Caio um boy todo sentimental e eu sou piranhona, desista desse ship.

Estava pronta para rir novamente, mas o som deliciosamente familiar de The Feeling preencheu o ambiente. Eu e Ana Vitória nos entreolhamos antes levantar e correr para onde meu namorado e meu cunhado estavam. Aquela era nossa música e sempre que nós quatro performamos, uma rodinha se forma ao nosso redor, é muito maneiro. Claro que só consigo fazer isso bêbada, mas tá valendo. Hahahhahahaha.

Enquanto fazemos os passos e sinto a multidão em volta, penso no quanto eu sou feliz por tê-los perto de mim. E tudo isso porque três anos atrás uma Nerd decidiu dar uma chance pra uma má influência.

E o que era pra ser uma simples paixãozinha adolescente se tornou a melhor época da minha vida com o cara que parece ser o amor da minha vida.

Ou talvez eu só esteja bêbada mesmo, vai saber. Hahahahahahaha.


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