A Vampira e o Tenor escrita por Nívea Raimundo


Capítulo 21
Adeus


Notas iniciais do capítulo

Esse é o último capítulo. Espero que gostem do final! Obrigada pela paciência e persistência na leitura!



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O corpo caiu no chão, deixando todos estupefatos.

—Oh meu Deus... – exclamou Jane.

— Não tenho paciência para bla bla bla... – se defendeu Kol, chutando o corpo inerte de Truzzi. Apesar do vampiro não estar de fato morto, pelo menos o pescoço de Piero havia sido poupado. – Quem quiser o mesmo destino, nós podemos recomeçar e matar um por um, ou saiam logo daqui e procurem o que fazer!

Jane rapidamente puxou Piero para o seu lado, enfim sentindo segurança enquanto os demais soldados de Truzzi obedeciam Kol e desapareciam das vistas de todos. Christopher andou até o corpo de Sully e Breat, retirando as estacas de seus corações, e se ajoelhando ao lado de Truzzi, enfiou as duas de uma vez no coração do líder italiano, finalizando o serviço de Kol.

—Maldito seja você. – sussurrou Christopher.

—Bom, acho que fizemos mais do que havíamos combinado, mas ainda te devo o favor, Jane. – disse Rebekah, chamando a atenção de todos para ela – Que tal voltarmos para o hotel e fechamos isso no conforto de uma boa dose de Whisky?

Concordando com a Orginal, todos saíram do galpão onde havia ocorrido a emboscada, deixando a trilha de corpos para trás. Chegando ao Hotel, Jane e Piero seguiram o rumo ao quarto da vampira, enquanto que Christopher, Rebekah e Kol ficavam no bar.

—Piero... – começou Jane, mas foi interrompida por um beijo de Piero.

—Não foi a idéia de festa que eu tinha para nós hoje. – começou o tenor, segurando o rosto de Jane.

— Isso foi só mais uma pequena amostra do que o meu mundo pode oferecer Piero, e depois de você ter corrido o risco de morrer hoje... – começou Jane, mas foi novamente interrompida pelo tenor.

—Eu havia tomado seu frasco antes deles me pegarem. – contou Piero, surpreendendo Jane – Algo me dizia que eu precisava fazer aquilo, então se aquele maluco tivesse me matado, eu ainda estaria aqui, e com você.

Jane ficou sem palavras para com a declaração do tenor. Piero estava disposto a perder tudo, a se tornar vampiro, mas aquilo a fez ter mais certeza que sua decisão era a melhor a ser tomada, se ela o amava da forma como seu coração lhe dizia, ela sabia que tinha que deixá-lo.

Tomando fôlego, e confirmando que Piero ficara sem a pulseira, a vampira prendeu seu olhar cheio de lágrimas no dele, e entoou:

“Você vai esquecer tudo sobre o que sabe sobre mim e vai esquecer tudo o que vivemos nesses últimos tempos. Eu vou ser para você apenas a lembrança de uma garota que você teve um momento antes da tour americana, vai dizer aos seus pais e amigos que terminou comigo porque simplesmente não daríamos certo mesmo, pois como todos sabem, é só a louca que invadiu seu ônibus em 2013, e você perdeu a curiosidade. Então assim que eu terminar de falar, você vai piscar, esquecer que vampiros existem, que todos que você conheceu hoje existem, e você vai me olhar com pena e terminar comigo e então ir para o seu quarto dormir”.

No momento que Jane parou de falar, Piero piscou e tudo foi esquecido. Assim que ele reabriu os olhos, e viu Jane com lágrimas nos olhos, sentiu-se alarmado. Ele não queria magoar a garota, mas era apenas mais uma e não entendia o que havia visto de especial na louca do ônibus.

—Desculpe... eu não queria te magoar, mas sabe como é, minha agenda, etc, não vai rolar. – disse Piero, se levantando e pegando suas coisas da cama.

—Eu entendo. Foi bom enquanto durou, certo? Sorte para você na tour americana. – disse Jane, secando as lágrimas e estendendo as mãos para o tenor – Acho melhor você apagar meu número dos seus contatos, assim não fica ocupando espaço.

—Ah! Nada a ver, mas se prefere assim. – Piero fez como Jane pediu, e deletou o contato dela, assim como a conversa do WhatsApp. Se desculpando pelo sono repentino, Piero saiu do quarto, deixando Jane e todas as lembranças para trás.

Assim que o tenor fechou a porta, Jane se permitiu sofrer durante algumas horas até ter seu quarto invadido por Rebekah. Sem dizer nada, Jane apenas assentiu para que a Original retornasse o favor que devia à vampira. Prendendo o olhar de Jane no seu, foi a vez de Rebekah recitar o que Jane deveria fazer:

“Você vai esquecer tudo o que sentiu por esse humano, todas as preocupações, e todo o vinculam que sua mente e seu coração criaram para manter sua humanidade ligada a ele. Vai esquecer sobre o que viveram esses dias e vai se lembrar apenas que ele é um famoso quem com quem você teve uma diversão, e nada além disso. Sua única chave para ligar sua humanidade, Nádia Petrova, morreu. Você é Jane Swan, vampira desumana, do clã do Brooklyn, e que entrou em guerra com o sócio traidor italiano e agora você está livre para viver e fazer qualquer violência que sempre apreciou como vampira.”

****

Christopher e Jane voltaram para os Estados Unidos abatidos pela perda de Sully e Breat, mas mais próximos após terem vencido Truzzi, ainda mais contando com a ajuda de dois Originais. Em casa, voltaram a cuidar dos assuntos do clã como já faziam antes da viagem, e a vida dos dois voltava ao normal. Após um mês mais ou menos, os dois andavam pelas ruas de Nova York, onde passaram na frente de um hotel onde havia uma reunião de pessoas na entrada.

— O que será? – indagou Jane, se infiltrando entre as pessoas.

—Jane, deixa pra lá. Deve ter algum famoso nesse hotel e as desocupadas estão de plantão. – reclamou Christopher, segurando o braço de Jane, e recebendo o olhar raivoso de uma das “desocupadas”.

Não dando ouvidos ao parceiro, Jane se aproximou e viu o motivo da confusão. Já havia ouvido falar deles, os tais tenores italianos do Il Volo. Seu olhar e o de um deles se cruzaram, e ambos não conseguiam desprendê-lo por um segundo, sentindo um déjá vu em seus corações de algo já esquecido.

—Vamos... – pediu Jane, dando as costas para Piero, e saindo de lá com Christopher.

Piero continuou olhando para as costas da estranha, mas deu os ombros e voltou sua atenção para as fãs.

O que se foi feito para esquecer, permaneceu esquecido para a Vampira e o Tenor.


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