Autour du petit Black escrita por shadowhunter


Capítulo 6
Ariana Dumbledore


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!! Aqui vai mais um capítulo
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Pov Harry

Hermione estava indignada desde a primeira aula de Poções. Ela não estava aceitando muito bem ter alguém melhor que ela (ainda mais se esse alguém se chamar Charlote) e detestou não ser capaz de produzir uma poção perfeita. Durante as aulas continuei a utilizar as dicas do Príncipe Mestiço, o que resultou em absoluto sucesso e delírios de Slughorn, Rony e Hermione não pereciam muito contentes com isso, até ofereci o livro a eles, mas o ruivo não conseguia decifrar a letra e a morena se recusava a seguir tais instruções.

Os dias passavam tranquilamente, continuei a ser um dos melhores em Poções e tinha voltado a me relacionar bem com Charlote. A ruiva continuava diferente, mas parecia estar mais animada, era possível vê-la andando com o pessoal da Corvinal e Sonserina quase todos os dias, resultando em Malia voltar a andar mais com a gente, já que a morena se recusa a perdoar a garota.

— Não me importo se você perdoou ela – fala a morena – Ela mentiu durante um ano inteiro, ela sabia desde o início que o meu pai, o seu padrinho, ia morrer e não fez nada e ainda envolveu o meu ex-namorado nisso tudo.

Depois de descobrir que o namorado já sabia sobre Charlote, Malia surtou um pouco e terminou com ele, hoje se recusa a olhar na cara do garoto. Na minha opinião foi um exagero, já que ele soube um pouco antes da gente e era muito amigo da ruiva, mas a morena não quer saber, ela acha que ele devia ao menor ter contado quando ela voltou para a escolar.

— Sabe... – fala Mione – Malia está certa em relação a isso, quer dizer, Charlote no enganou o tempo todo sem se importar muito com o resultado final – explica – Não entendo como voltou a ser amigo dela.

— Você só fala isso porque ela é a melhor da turma sem ter nenhum livro para ajudá-la – fala Rony – A garota é a melhor em todas as matérias, como isso é possível?

— Ela faz menos aulas que eu e isso não quer dizer nada – fala Mione revoltada – Claro que fiquei um pouco surpresa por ela ter tirado “O” em todas as matérias, mas isso não tem nada a ver com o que estávamos falando.

— Ela toma aulas desde pequena – explico a Rony – Dumbledore fez questão que Lupin e Snape a ensinassem tudo o que sabia e o próprio Dumbledore a ensinou, acho que isso explica muito bem o porquê dela ser tão boa.

— Se ela é tão esperta assim, o que está fazendo aqui? – pergunta Malia querendo provar algum ponto – Ela não precisa estudar já que sabe de tudo e ela não precisa trabalhar para o ministério, ela já tem um trabalho garantido em Hogwarts.

— Malia tem razão – fala Hermione – Talvez ela só esteja aqui para se infiltrar e passar informações para a ordem como antes.

— Minha mãe disse que ela estava sendo treinada para nos liderar quando Dumbledore não pudesse mais – diz Malia – Claro que é a opinião dela, mas tem bastante sentido.

— Vocês só estão deixando-se levar pelo ressentimento e pela inveja – digo – Não sabemos o que ela passa e passou, estão levantando ideias sem provas, talvez estejam erradas.

— Ou talvez estejamos certas – falam as meninas ao mesmo tempo.

As ignoro e sigo para a aula. Parte de mim queria concordar com elas, queria desconfiar da ruiva até o fim, mas toda vez que a via sorrir me perguntava se ela seria capaz de ser tão baixa e decido confiar nela. Os dias passaram e as dúvidas sobre Charlote e o Príncipe Mestiço continuam a me atormentar, até que chegou o grande dia da aula com o diretor. Não sabia que tipo de aula seria e nem o que iria aprender, mas sei que tudo o que será ensinado será importante para a guerra que se aproxima.

Faltando cinco minutos para as oito, me direcionei para a sala do diretor. No meio do caminho encontrei Trelawney, que murmurava coisas desconexas. Então cheguei em frente a gárgula e disse a senha, assim que cheguei no escritório esperei um momento e finalmente bati na porta.

— Entre – ouviu-se a voz do diretor.

— Boa-noite, senhor – cumprimentei, entrando no escritório e encontrando Charlote sentada em frente a mesa com Fawkes ao seu lado.

— Ah, boa-noite, Harry. Sente-se – disse Dumbledore, sorrindo. – Espero que sua primeira semana na escola tenha sido prazerosa.

— Foi, obrigado, senhor.

— Deve ter andado muito ocupado, já recebeu uma detenção!

— Ãa... – comecei sem jeito, mas Dumbledore não parecia muito severo.

— Combinei com o professor Snape que você cumprirá sua detenção no próximo sábado.

— Certo – falo, havia mais coisas com que me preocupar do que uma detenção com Snape.

— Então, Harry – disse o diretor em tom objetivo. – Você certamente tem se perguntado o que planejei para as suas... por falta de uma palavra melhor... aulas.

— Tenho, senhor.

— Bem, agora que você sabe o que induziu Lorde Voldemort a tentar matá-lo há quinze anos, concluí que já é tempo de lhe passar certas informações.

Houve uma pausa.

— O senhor disse, no fim do último trimestre, que ia me contar tudo – lembrei com um tom de acusação. – Senhor – acrescentei.

— E de fato contei – concordou Dumbledore placidamente. – Contei-lhe tudo que sei. Daqui para frente, estaremos deixando o terreno firme dos fatos para viajar juntos pelos turvos alagados da memória e nos embrenhar pelo matagal das suposições mais absurdas. Deste ponto em diante, Harry, posso estar lamentavelmente tão enganado como Humphrey Belcher, que acreditou que havia aceitação para caldeirões de queijo.

— Mas o senhor acha que está certo?

— Naturalmente que sim, mas como já provei a você também, erro como qualquer outro homem. De fato, sendo, perdoe-me, bem mais inteligente do que a maioria, os meus erros tendem a ser proporcionalmente maiores.

— Senhor – perguntei hesitante –, o que vai me contar tem a ver com a profecia? Vai me ajudar a... sobreviver?

— Tem muito a ver com a profecia – fala Charlote pela primeira vez desde que entrei na sala – E esperamos que isso o ajude a sobreviver, mas não podemos garantir nada.

Então a ruiva levantou e a fênix voou para o seu poleiro, o diretor acompanhou o movimento da menina e pegou a Penseira e a colocou em cima da escrivaninha em minha frente. Então a ruiva me observou atentamente e disse:

— Você parece preocupado

Eu realmente estou, já conhecia aquela bacia, da última vez que entrei nela descobri sobre os pais de Neville, foi uma situação bem desconfortável e não queria voltar a senti-la nunca mais. Dumbledore apenas sorri.

— Desta vez, você vai entrar na Penseira comigo... e, o que é ainda mais incomum, tem permissão para isso. – ele diz

— Aonde vamos, senhor? – pergunto curioso

— Fazer uma viagem pelos caminhos da memória de Beto Ogden – respondeu Dumbledore, tirando do bolso um frasco de cristal contendo uma substância branco-prata que rodopiava.

— Quem foi Beto Ogden?

— Foi funcionário do Departamento de Execução das Leis da Magia. Morreu há algum tempo, mas não antes que eu o tivesse localizado e convencido a me confidenciar essas lembranças. Vamos acompanhá-lo em uma visita que fez no desempenho de suas funções. Se puder se levantar, Harry...

Ele faz menção de abrir o frasco, mas Charlote o impede e pega de sua mão abrindo-o, evitando que o diretor use sua mão machucada. Pergunto ao diretor onde machucou sua mão e ele diz não ser o momento para falar sobre isso, então a ruiva despeja o liquido na Penseira.

— Primeiro você – ela fala para mim sorrindo.

Inspiro profundamente e mergulho de cara na substância prateada. Sinto meus pés deixando o escritório, fui caindo, caindo, por um torvelinho escuro, e então, inesperadamente, me piscando sob um sol ofuscante. Antes que meus olhos se acostumassem, Dumbledore aterrissou ao meu lado.

Pov Lotte

Decidi não ver novamente a memória e enquanto eles estavam lá dentro, decidi me ocupar. Infelizmente não havia muito o que eu fazer no escritório, então apenas me aproximei da janela e me perdi em pensamento. Os sonhos tinham diminuído depois que fiz uma poção que me ajudasse a dormir sem eles, mas eu precisava saber o que estava à minha espera, então na noite passa não tomei a poção.

Foi um sonho diferente, eu estava em um jardim. Usava um vestido florido e havia flores em meu cabelo, me sentia em paz. Foi então que vi um balanço com pequenas flores, caminhei até ele e me sentei, tudo parecia tranquilo, até que ela apareceu. Uma menina de cabelos loiros, pele branquinha e olhos azuis, ela usava um vestido estampado e estava descalça, brincava com as borboletas em volta dela. Assim que me viu parou de brincar com as borboletas e veio em minha direção.

Olá— ela disse com a voz mais doce que já ouvi – Estava a sua espera, sabia que iria me encontrar.

Como poderia saber disso?— perguntei.

Porque ele está a caminho e você se preocupa com ele — ela falou— Esperei por alguém como você, alguém que pudesse estar ao lado dele, alguém que pudesse me alcançar.

— Você é Ariana, não é?— perguntei a menina – Ariana Dumbledore.

E você é Charlote Black— ela falou abrindo o mais belo de todos os sorrisos.

Ele nunca me contou sobre você— disse – Citou o seu nome uma única vez e tudo o que vi em seu olhar foi dor, arrependimento, ele se culpa por sua morte.

Eles duelaram— ela falou triste – Os três duelaram e um feitiço me atingiu, e então acordei aqui, neste jardim — então ela senta ao meu lado no balanço – Talvez a culpa tenha sido dele, mas eu já o perdoei por isso, ele era jovem e aquele tipo de poder era irresistível, mas eu o perdoei.

Ariana— chamei-a, respirei fundo e perguntei – Por que estou aqui?

Preciso que esteja ao seu lado— ela falou me olhando preocupada – Preciso que diga a ele que o perdoou, que estou à sua espera— então começou a chorar – Diga a ele, por favor, diga que o amo.

Eu direi— falei segurando suas mãos – Eu direi.

E então eu acordei. As palavras de Ariana ainda martelam a minha mente, não sei a hora certa para contar ao diretor sobre o meu sonho, não sei nem se foi real. Mas algo dentro de mim diz que saberei a hora certa de contar para ele o que aconteceu.

Ainda estava na janela quando eles voltaram, Harry parecia eufórico.

— Que aconteceu com a garota na casa? – foi a primeira pergunta de Harry quando eles apareceram

— Ah, ela sobreviveu – respondi, indo em direção a cadeira em frente à mesa do diretor e me sentando, chamando Harry para fazer o mesmo.

— Ogden aparatou até o Ministério e voltou, quinze minutos depois, com reforços. Morfino e o pai tentaram lutar, mas os dois foram subjugados, levados da casa e, mais tarde, condenados pela Suprema Corte dos Bruxos. Morfino, já fichado por ataques a trouxas, foi condenado a três anos em Azkaban. Servolo, que ferira vários funcionários do Ministério além de Ogden, recebeu uma pena de seis meses de prisão – explicou o diretor

— Servolo? – repetiu Harry em tom de indagação.

— Exato – respondeu Dumbledore, aprovando-o com um sorriso. – Fico satisfeito que esteja acompanhando.

Continuamos a discutir sobre a memória que eles tinham acabado de ver por um certo tempo, até que o diretor nos mandasse para a cama, antes que eu saísse ele pediu que espesse e um pouco. Parecia preocupado comigo, como se soubesse sobre o meu sonho.

— Sonhou outra vez? – pergunta.

— Sim, mas não foi um sonho ruim – explico – Não dessa vez.

—Então com o que sonhou?

— No momento certo o senhor saberá – disse saindo da sala e seguindo para o meu dormitório.

***  

Os dias passaram e não voltei a sonhar com Ariana, tentei dormir sem a poção uma vez e depois não parei mais de tomar. Hoje será o teste de Quadribol da Grifinória, todos pareciam animados, principalmente as garotas, pois Harry era o capitão do time.

Não entendia o porquê, mas todas as meninas me olhavam torto enquanto me dirigia para o campo para assistir os testes. Primeiro pensei que fosse a minha roupa, depois pensei que estivessem olhando para Belle, mas no momento em que pisei no campo e Harry sorriu para mim, notei que todas as meninas estavam me olhando estranho por causa disso, porque eu atraia a atenção dele e elas não.

Como eu já imaginava, os testes ocuparam quase a manhã toda. Metade dos alunos da Grifinória parecia ter comparecido, desde os do primeiro ano, que seguravam nervosos uma seleção de horríveis vassouras velhas de escola, até os do sétimo, que, por serem muito mais altos que os demais, aparentavam um ar tranquilo e superior.

Harry resolveu começar por um teste básico, pedindo aos candidatos para se dividirem em grupos de dez e voarem uma vez em volta do campo. Foi uma boa decisão: os dez primeiros eram calouros e não poderia ter ficado mais claro que não estavam habituados a voar. Apenas um dos garotos conseguiu se manter no ar por mais de alguns segundos, e foi tal a sua surpresa que ele em seguida bateu em uma das balizas.

O segundo grupo era formado por dez das garotas mais bobas que eu já vi na vida e que, quando Harry apitou, simplesmente ficaram rindo demais e se agarrando umas nas outras. Entre elas, Romilda Vane. Quando mandou-as sair do campo, obedeceram muito contentes e foram sentar nas arquibancadas, de onde ficaram perturbando todo o mundo.

O terceiro grupo engavetou na metade da volta em torno do campo. A maior parte do quarto grupo não tinha trazido vassouras. O quinto grupo era formado por alunos da Lufa-Lufa.

— Tudo isso só porque ele é “O Eleito”? – perguntou Belle enquanto Harry gritava – Alguns nem pertencem a casa.

— Não podemos esquecer que ele também é lindo – falo rindo – Isso ajuda a explicar metade das meninas em campo.

Depois de duas horas, muitas reclamações e vários acessos de raiva, um deles envolvendo uma Comet 260 acidentada e vários dentes partidos, Harry descobrira três artilheiros: Katie Bell, que voltava ao time após um excelente teste, uma novata, Demelza Robins, particularmente ágil em se desviar de balaços, e Gina Weasley, que voara melhor que todos os candidatos e, de quebra, marcara dezessete gols. Depois de um tempo Rony foi escolhido como goleiro e aquele teste cansativo tinha finalmente chegado ao fim.

Sai do campo com Belle e fomos para o jardim, durante o caminho ela ia me contando sobre as cartas de Francis e como ela achava um absurdo ter que ouvir ele falando de como estava aproveitando a ausência dela e pegando várias garotas. A relação dos dois sempre foi delicada, namoraram por alguns meses até decidirem que se odiavam, então passaram a brigar constantemente, no fundo eu sabia que não havia ódio nenhum, mas prefiro ficar calada. Quando chegamos no jardim encontro um Stiles meio deprimido sentado em baixo de uma árvore, ando em sua direção e sento ao seu lado.

— Malia? – pergunto a ele.

— Não a entendo – fala frustrado – Ela termina comigo, diz que devo ficar o mais longe possível dela, então assim que me vê conversando com outra garota, grita comigo e me chama de bosta de hipogrifo – conta – Eu não entendo mais nada.

— Acho que ela ainda sente algo por você – fala Belle – Talvez esse seja o jeito dela de dizer para você lutar para tê-la de volta.

— Ou seja, ela quer que eu me humilhe e peça perdão por proteger minha amiga, não farei isso.

— Talvez ele tenha ficado com ciúmes, até porque conhecíamos a alguns meses e você guardou o meu segredo – falo – Ela pode ter achado que você gostava de mim mais do que como amiga, pode ter se sentido ameaçada.

— Bom... não serei eu a dar o primeiro passo – fala se levantando – Se ela me quiser de voltar terá que me falar e não me insultar, mas obrigada pela conversa meninas – e então ele vai.

Apenas dou de ombros e deito na grama. Quando foi que tudo ficou tão complicado?  


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Não deixem de comentar!
Bjs ♥ ♥



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