The Only Girl That Death Can Love escrita por MereBear Valdez


Capítulo 5
pumpkin spice latte e um pouco de café preto


Notas iniciais do capítulo

oi semideuses! tudo bem com vocês? só de antemão, já vou avisando: vai ser complicado começar a postar porque começo a escola semana que vem, mas a gente vai se virando!
espero que vocês gostem desse capítulo, mas ainda estou trabalhando nas minhas cenas de ação, okay?
mas vamos logo ler esse capítulo maravilhoso?



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quando acordei, estávamos no banheiro de uma loja temática de cinema. Skuld falava com Lyndwyrm. o cachorro, obviamente não respondia.

— Lyndwyrm, ela não pode morrer! eu não vi isso! ela vive, eu tenho certeza! ela só está desmaiada e... - nesse momento, ela olhou pra mim e seu rosto se iluminou - Bianca! - ela se virou pra Lyndwyrm - eu te disse que ela não ia morrer! Bianca, graças aos deuses! você fez um ótimo trabalho! cara, eu tinha ficado preocupada! não sabia que iria desmaiar tão rápido!

— quanto... quanto tempo eu fiquei desacordada?

— ah, não muito tempo. três horas, quatro talvez. já é quase hora do pôr do sol, temos que achar algum lugar pra dormir.

— uh... - eu ainda estava meio grogue do desmaio - podemos achar algum hotel barato.

— Barato? em Los Angeles? Bianca, eu posso ter morrido há muito tempo, mas até eu sei que Los Angeles é uma cidade cara!

— o que você sugere então, gasparzinho?

— sugiro que acampemos.

e assim foi feito. eu, Skuld e Lyndwyrm pulamos a janela do banheiro em que estávamos e acampamos atrás da loja mesmo. combinamos que eu dormiria oito horas de sono, até a uma da manhã, e que skuld dormiria cinco. Lyndwyrm dormiria o tempo que quisesse porque era um cachorro folgado.

nem precisamos armar um grande acampamento. eu me enrolei no manto das almas e capotei em um instante. acho que Skuld teve pena de mim, pois me deixou dormir a noite inteira. não que ela não tivesse dormido, havia deixado Lyndwyrm de guarda, mas ainda assim fora uma decisão arriscada. quando acordamos, Skuld nos levou ao starbucks tomar café da manhã. eu não me lembrava de ter trazido dinheiro, mas ela dissera que este era por sua conta. eu não a vi pagar, mas a barista não parecia se importar.

sentamos em uma mesa perto da janela e deixamos Lyndwyrm passear pela cidade. mesmo com o café em estado pacífico, eu me sentia observada, mas talvez fosse paranóia de semideusa.

Skuld pedira um café preto e eu algo chamado “pumpkin spice latte”. nunca tinha provado, mas o “pumpkin” e o “latte” me convenceram a provar a bebida, e se me permitem, era incrível! sério, não sei o que eu estava fazendo da minha vida até agora sem isso! enquanto eu me deliciava com a minha bebida quente, fazendo caras e bocas em função do gosto marcante, Skuld me encarava com um sorriso tranquilo nos lábios.

quando notei, imediatamente tentei puxar papo:

— o que está olhando, Fernandez?

— nada! é que... eu não sei... acho que essa história de ser mortal... olha, eu não sei o que eu esperava, mas eu me sinto diferente, eu não sou mais a Skuld da minha primeira vida. - ela se virou para a janela - loucura, eu sei.

— n-não! eu... eu totalmente te entendo. sabe, eu não nasci no século XXI. minha vida... era pra ter terminado faz tempo, mas eu sobrevivi. dentro de um lugar que me manteve eterna pelo tempo que eu estive lá. e depois... bem, depois eu voltei e tudo era diferente.

eu estava lacrimejando (juro pelo estige que se você estiver me julgando eu apareço onde você estiver pelas sombras e te levo pro hades!), e acho que Skuld também estava.

— ei - eu comecei, tentando simpatizar com a garota - nós vamos ficar bem, as parcas foram as responsáveis por estarmos aqui e agora juntas.

Skuld segurou a minha mão, e eu o fiz de volta. nós duas precisávamos daquilo, alguém que nos entendesse. um amigo.

— é, Di Angelo, você vai ficar bem...

— nós - corrigi - nós vamos ficar bem.

Skuld apenas sorriu e suspirou. eu entendi o recado - ela achava que iria morrer - e prometi a mim mesma que não deixaria isso acontecer.

passamos algum tempo em silêncio, quando Skuld decidiu quebrar o gelo.

— então, Di Angelo, alguém especial te espera na volta da missão?

— ah, tem Hades, minha madrasta Perséfone, meu irm...

— não é isso que eu quero dizer, cabeça de cannoli!

— ah, você quer dizer uma n... digo! um namorado? - eu estava nervosa dizendo aquilo. não é que sentisse vergonha de gostar de garotas mas... tá legal, eu sentia um pouco, mas não me olhe com essa cara! eu cresci nos anos quarenta, okay! - não, não tenho.

— hmmm... você sabe que pode confiar em mim, né?

— posso?

— o que quer dizer com isso?

—bom, você ainda é um mistério.

— bom, mas você entende que em aspectos, você pode confiar em mim, né?

acho que ela tinha percebido que eu não tinha e nem queria ter um namorado, então decidi “sutilmente” me corrigir.

— não. eu não tenho uma namorada.

ela sorriu. eu estava ganhando sua confiança.

Skuld sorriu, mas este foi embora tão rápido quanto apareceu. agora seus olhos mostravam preocupação e ansiedade

— Bianca - cochichou - acho que estamos sendo observadas.

— ainda bem que notou, eu achava que estava ficando paranóica.

olhamos pra trás e vimos um homem com um sobretudo e um chapéu que cobria toda a sua cabeça, dando a impressão de que ele não tinha nenhuma.

o homem não tinha nada além de uma maleta sobre a mesa, e não parecia amigável.

— Fernandez?

— hm?

— acho que temos que sair daqui.

— concordo plenamente.
pegamos nossas coisas e saímos da loja, andando rápido o suficiente para despistar o homem mas devagar o suficiente para não criar suspeitas.
mas é óbvio que criamos suspeitas,
porque nenhuma semideusa pode sair de casa sem dar de cara com a porra de um monstro! (desculpem a palavra, mas é realmente muito irritante!)

atravessamos e a rua e caminhamos algumas quadras. Lyndwyrm já estava conosco, mas nós três percebemos que o homem de preto ainda nos perseguia. quando me dei conta, o homem estava na nossa frente.

— Bianca Di Angelo, prole de Hades, criança proibida. você não pode terminar essa missão.

o que me assustou mais não foi ele saber o meu nome e o fato de eu estar em uma missão, o que me assustou foi que sua voz saía do seu peito.

antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Skuld deu um passo à frente.

— o que é você?

— Skuld Fernandez, legado impossível de outra geração, esta briga não é sua.

Skuld cambaleou ao ouvir o trecho “legado impossível”. eu não entendi o porque mas refiz a pergunta dela.

— o que. é. você?

— criança do mundo inferior, eu sou um Blemmyae Epiphagi, um ser que não pode ser decapitado.

ao pronunciar esta última palavra, ele arrancou o chapéu e o sobretudo, mostrando um tronco terminado em ombros, com olhos sobre eles e uma boca farta em seu peito.

a aparência dele próprio já me fazia querer vomitar, mas o seu hálito era o pior. não era tóxico nem nada perigoso, era só extremamente fedido.
eu puxei a adaga estígia antes presa na minha cintura e pude ver Skuld puxando uma lâmina reta e branca de sua bolsa, que deveria ter mais ou menos uns cinquenta centímetros.

mas o Blemmyae tinha seus truques: uma lâmina de ferro de quarenta e cinco centímetros que deveria ser mortal para qualquer criatura, mortal, semideus ou divindade.

— Podem lutar comigo, semideusas, mas nunca irão vencer o obstáculo no fim de sua missão. ela é muito poderosa e matará as duas se continuarem seu trajeto.

nesse momento Skuld o atacou pela frente, rápida como o vento enquanto lutava com o Blemmyae. enquanto isso, Lyndwyrm mordia os calcanhares do monstro e eu pensava em algo (eu sei, muito eficiente, mas eu queria um plano!).

— vá em frente, legado - o Blemmyae dizia para Skuld - pode lutar contra mim, mas nunca pertencerá por inteiro aos gregos!

— eu nunca disse que queria! - Skuld o golpeou de lado, acetando de leve o braço - porque você não cuida melhor da sua vida miserável de escravo!?

— há! - o Blemmyae acertou o quadril de Skuld com a parte plana da lâmina para desacelera-la, o que não deu muito certo - pelo menos eu sou um escravo que vai morrer sabendo quem é, e não uma garotinha que vai morrer mais uma vez vendo alguém que se importa ir embora!

ao ouvir isso, percebendo que o último trecho era direcionado a mim planejei algo em segundos, e executei a única ideia que pude pensar: viajei pelas sombras para trás do Blemmyae e esfaqueei os olhos nos ombros. suas mãos nesse momento se ergueram por instinto na direção dos olhos, e Skuld cravou a espada na boca/coração do Blemmyae.

os olhos de Skuld brilharam de raiva. mas logo se suavizaram para uma expressão curiosa. ela não disse nada, mas tive a sensação de que pensávamos o mesmo:

aquele blemmyae não havia sido enviado para nos matar. ele estava apenas nos avisando do pior.

a mala do Blemmyae estava estatelada no chão, e quando abri, continha dinheiro, um mapa e um colar com uma pedra no centro. a pedra era uma ônix negra e brilhante e circular, haviam quatrocentos dólares em espécie e o mapa indicava são francisco com um círculo vermelho. havia anotações em grego, inglês e alguma outra língua que eu não consegui identificar.

as anotações em inglês eram garranchos escuros, coisas como : “o fim dos dias”, “a mestra retorna”, “o reerguer dos tempos antigos” e coisas nesse nível. as em grego, por outro lado eram em uma caligrafia curvada e delicada, com anotações similares, com uma que porém me chamou atenção “escuro como o mundo de hades”. hades, tipo meu pai. hades tipo relacionado a mim. eu estava destinada a isso.

eu tentei com todas as minhas forças compreender a outra língua, que havia sido anotada com uma caligrafia apressada, porém bonita. Skuld pegou o o mapa da minha mão e traduziu a anotação na língua desconhecida:

— “uma junção de dois mundos pela destruição de um” isso não pode ser bom.

— não me soa nada agradável, isso eu posso dizer.

— a pior parte é que eu sinto que sei algo sobre isso mas...

— mas eu não posso saber.

— não agora.

— Skuld o que o Blemmyae quis dizer com “legado impossível”?

— Bianca, podemos ter cinco minutos sem um momento emocional?

fiquei com um pouco de vergonha por invadir seu espaço pessoal constantemente, então assenti.
pegamos a maleta roubada e Skuld pôs o colar no pescoço. aquilo não me trazia uma boa sensação mas eu confiava mais nos instintos dela.


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Notas finais do capítulo

e aí lindezas? o que acharam me contem tudoooo! aliás, não se esqueçam de darem uma olhada na minha nova fic se puderem: “Like Father, Like Daughter”.
é isso aí, deixe um comentário com um elogio, opinião ou crítica, sugestões são sempre bem vindas e positividade é sempre apreciada! vejo vocês no próximo capítulo! ♥



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