The Wolf escrita por Nika Mikaelson


Capítulo 5
Maldição


Notas iniciais do capítulo

GENTE DESCULPA A DEMORAAAAAA!!!
PROMETO POSTAR COM FREQUENCIA AGORA, ACONTECEU UNS PROBLEMINHAS PESSOAIS MAS AGORA VAI HAHAH

ESPERO QUE AINDA ESTEJAM ACOMPANHANDO.
ME FALEM O QUE ACHAM NOS COMENTÁRIOS POR FAVORRR!

BOA LEITURA.



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Os olhos do Billy cintilavam, seus ombros estavam tensos desde a hora que voltamos. E desde então, Seth estava dormindo, fizeram alguma coisa com ele que não me deixaram ver, mas que arrancou gritos ensurdecedores, de completa dor.

Estava ao lado do Jacob, que até então ainda não tinha nem se quer direcionado seus olhos aos meus, desde o seu discurso em que eu teria que casar com ele, nós não tivemos, troca de olhares. Não sei se deveria me preocupar com Sue correndo, assim que contamos o que havia acontecido, ou com a Vovó Swan dizendo: chegou a hora, meus lobinhos. E logo depois gritando o meu avô novamente, tudo parecia ter virado um filme de terror. Ela teve de ser sedada, e levada ao quarto para descansar.

Estranhamente, eu estava tranquila diante dessa situação. Mas ainda não tinha coragem de falar uma palavra, eles estavam tão quietos, que parecia desrespeito dizer alguma coisa, qualquer uma que fosse. E o que mais eu poderia dizer?

Billy deu um longo suspiro, antes de começar a falar.

— Eu temia por esse dia. – Disse, ainda olhando para a lareira. Eu e Jacob estávamos atrás dele em pé. – Sim, eu temia - Sua voz saia ralha- E mesmo com todos os cuidados e precauções esse dia chegou.

— A culpa é do Charlie. – Jacob acusou meu pai. Seu rosto estava mais vermelho do que o normal.

— Não, meu filho. – Respondeu o pai, com uma voz suave e desanimada. – A culpa é da natureza, somos inimigos naturais. Um dia isso iria acontecer. Bella. – virou a cadeira de rodas, na minha direção. – Suponho que meu filho já lhe contou o que vocês deveriam fazer.

— Sim. – Falei prontamente.

— Tudo bem.

Tudo bem?— Jake explodiu, andando até o pai. – Não está tudo bem, está longe de estar tudo bem. Esses sangues-sugas estão na cidade e declararam guerra, por que um dos seus amigos quis fugir com a filha dele. – Gesticulava nervoso.

— Você sabe o que fazer. – Virou a cadeira de rodas, indo provavelmente no quarto do Seth.

— Não é assim que funciona! – Gritou. As veias do seu pescoço saltaram, e sua nuca ficava tão vermelha quanto o seu rosto.

Eu estremeci, encolhendo os ombros. Nunca havia escutado um grito tão forte.

— E quem é o Alfa, filho? – Perguntou não se dando ao trabalho de virar a cadeira de rodas. O silêncio pairou, e tudo o que se ouvia, eram as gotas caindo na telha, da chuva que começava a chegar. – Foi o que eu pensei. – Adicionou, depois de alguns segundos.

— Não posso acreditar nisso. – Jake resmungou e saiu, batendo a porta de um jeito que até os quadros balançaram.

Billy continuava parado, no mesmo lugar. Seus dedos dedilhavam as rodas, e pelo os seus ombros pude notar sua respiração ofegante.

— Ele é teimoso, Bella. O Jacob. – Acrescentou.

— Me diz o que fazer. – Pedi, pensei em dar um passo na sua direção, mas a distancia naquele momento era a melhor alternativa. Pela primeira vez, senti medo dos lobos.

— Acalme-o, e ele lhe dirá o que fazer.

Moveu as mãos, e empurrou as rodas indo para o corredor.

Acalma-lo?

Ele quase derrubou a casa com uma batida na porta. Imagina o que faria comigo se fosse ao seu encontro, com aquela fúria toda.

Senti as gotas geladas e grossas, cair sobre mim assim que coloquei o pé pra fora, encolhi meus braços arrumando a minha blusa e subindo o zíper por completo. O frio estava cortante e em questão de segundos eu já estava completamente molhada.

Meus olhos percorriam pela floresta, procurando algum vestígio do Jake. A chuva estava engrossando, e o vento balançava as árvores de um jeito assustador. Minha vista um pouco embaçada por causa das gotas em meus olhos estava dificultando meu sucesso em encontra-lo. Era óbvio que ele não queria ser encontrado.

O meu queixo estava batendo, e meu corpo tremia incontrolavelmente, estava congelando. Precisava encontra-lo antes de uma provável hipotermia.

Espremi os olhos, vendo uma pessoa próxima a algumas árvores cortadas, ou quebradas. Fui caminhando lentamente, por um instante pensei que pudesse ser o inimigo, porém a essa distância ele já saberia da minha presença e provavelmente não estaria viva, já que Jake não estava por perto para me ajudar novamente. A cada passo que eu dava, o reconhecia mais ainda, pele morena como se ele vivesse na praia, ombros largos e um físico que me deixava intrigada.

Diferente de como saiu, ele estava sem camisa, pensei na hipótese de que talvez, ele havia se transformado recentemente. Estava andando de um lado para o outro, gesticulando e quando me aproximei o bastante, percebi que o semblante não estava nada bom.

— Vai embora! – Ele rosnou, de costas pra mim.

Enchi o peito de ar, e com toda a coragem e persistência que eu tinha, falei um não de alto e bom tom. Ele demorou alguns segundos para se virar pra mim...E foi ali, que seus olhos me encontraram novamente e eu tive vontade de gritar aliviada. Aquilo dentro de mim, gritando por seu nome me consumia a cada segundo que eu estava do seu lado.

— Você não sabe o onde está se metendo. Vai embora, ou vai se machucar feio. – Aproximou-se o suficiente para que eu sentisse o seu cheiro.

Seu cabelo estava caído pra frente, e as gotículas caiam em seu rosto quadrado e perfeito. Levantei um pouco as mãos, para toca-lo, mas as recolhi rapidamente imaginando que seria uma péssima ideia.

— Você falou que precisava de mim. E eu estou aqui.

— Não quero você aqui. – Retrucou. – Morreria num minuto. Não está lidando com os bichos dos seus contos de fadas, em que quando estão em perigo, aparece algo mágico e faz com que o final seja feliz. Esse final pode ser mais trágico do que imagina, então arruma suas coisas e faça como o seu pai, dê o fora.

— Está com medo... – Sussurrei, antes de pensar no que eu havia dito.

— Medo do que, Isabela? – Deu um passo pra trás maneando a cabeça em sinal negativo.

— De que eu me machuque.

Seus olhos me mediram dos pés a cabeça, desdenhando. Negou com a cabeça, e deu as costas pra mim. Irritada, o alcancei puxando o seu braço com força de volta.

— Não! – Gritou comigo, estremeci indo pra trás, mas seus passos me acompanharam – E sabe por que não? Se algum dia a sua vida correr perigo, vou invocar o meu demônio, e a protegerei como a minha própria vida. Porque ela não existiria se não tivesse você. Então, não, eu não tenho medo de que você se machuque, porque eu jamais deixaria isso acontecer. Isso é mais complicado do que você imagina, quando se transforma, tudo amplia. Eu sei como se sente perto de mim, eu sinto o desejo saindo entre os seus poros se quer saber. Seus olhos me olham como se eu fosse sua presa, eu percebo Isabela. Mas isso, não é nada do que eu sinto por você. Sabe o quanto é irritante estar apaixonado por alguém que você nem se quer conhece? Sabe o quanto é estúpido? Eu vivo assim, há cinco anos eu sou apaixonado por você. Nós nascemos com isso, não tem como mandar embora ou esquecer. Nasce conosco.

Meu coração parecia bater na minha costela de tão forte e rápido. Eu podia ouvi-lo pelos meus ouvidos, e um nó se formou no meu estomago. Ficou difícil respirar, e as gotas pareciam refrescar meu corpo quente e tremulo. Suas palavras, ainda estavam sendo absorvidas e ele provavelmente esperava, pois seus olhos ainda estavam nos meus e seu peito subia e descia em uma respiração descompassada. Como se tivesse corrido uma maratona. Eu precisava dizer alguma coisa, mas nada saia. Meus lábios pareciam estar colados.

— Eu estou com você, Jake. – Minha voz saiu mais baixa do que eu queria. – Estou com você. Só me diz o que fazer e eu faço. Eu não sou essa garotinha doce que os seus pais falam, não se engane pelo apelido fofo. Eu não sou indefesa, e de alguma forma, perto de você eu não sinto que sou fraca. Você é a minha força, Jake. E eu não vou a lugar algum.

...

A água do chuveiro caia no meu corpo, que agradecia por uma temperatura quente. Meus ossos pareciam estar descongelando lentamente, me dando a sensação de estar relaxando. Fechei os olhos, colocando todo o rosto no jato forte.

Jacob tinha razão, o meu desejo por ele estava ficando incontrolável. Era como se eu não tivesse força do meu corpo, quando estávamos juntos. A curiosidade de toca-lo e senti-lo, piorava a cada hora. Já estava ficando com receio, do dia em que eu não conseguisse mais controlar o meu próprio corpo. E agora, sabendo que ele também sentia o mesmo, poderia deixar as coisas mais difíceis.

Quando já estava agasalhada fui para a sala, onde encontrei Sue com uma xícara em suas mãos, enquanto os seus olhos olhavam a lareira. Estava tão distraída, que não notou minha presença. Da sua xícara saia fumacinhas, e pelo cheiro era chá de camomila. Mamãe adorava esse chá.

— Sue. – Falei baixo, para não assusta-la.

Rapidamente, seu rosto virou para mim e seus lábios esticaram em um sorriso maternal.

— Ah, minha querida. Sente-se. – Apalpou ao seu lado, para que eu me juntasse a ela. – Desculpe por toda essa confusão, nem imagino como está sua cabeça. – Falou assim que me sentei.

— Está tudo bem, eu acho.

— Mas vai ficar. – Pousou a mão livre na minha coxa. – Posso tirar suas duvidas se quiser. Os homens estão muito aflitos com tudo isso.

— O Seth está bem? – Perguntei, lembrando-me do irmão mais novo ferido.

— Ah sim. – Bebericou o seu chá. – Amanhã já estará curado. Quer chá?

— Não obrigada. Sue, o que vai acontecer?

— Os vampiros ficaram tanto tempo no topo, que quando souberam do seu retorno, sentiram-se ameaçados. Mas, nós precisávamos, não poderíamos ficar imunes para sempre. Não tínhamos acordo disso. Nosso único acordo juntos, era que eles não poderiam viver entre nós. Exceto dois deles. – Meu cenho franziu, e ela continuou. – Alice e Emett. São irmãos e vivem lá no centro, passamos pela casa deles. – Lembrei-me murmuro nervoso do Billy no meu primeiro dia aqui, no caminho para La Push. – Eles não se alimentam diretamente de pessoas. Fui falar com eles hoje mais cedo, quando soube do retorno do Carlisle.

— Eles vão lutar ao nosso lado?

— Não. – Sorriu triste. – Eles são da mesma família. São os Cullen, porém a parte boa da família os outros deram as costas a eles quando recusaram o acordo de não morder as pessoas. Mas ainda, eles são uma família.

— Eu quero ajudar. – Falei séria.

— Claro que quer. É a sua matilha, isso é natural. Mas, amanhã irá conhecê-los e eu lamento querida, mas terá que ativar a maldição.

E isso significava que eu precisava matar alguém. Senti um arrepio na espinha e uma dor horrível de estômago.


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