Escudo escrita por Sammy Black


Capítulo 6
Capitulo cinco : Um novo Cullen


Notas iniciais do capítulo

Gente, depois de longos meses aqui estou eu, postando um capitulo curtinho. Espero que ainda tenham alguem esperando o final das estorias abertas.



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45º Dia

Foi difícil até mesmo piscar após aquelas palavras de Jacob, mas, eu sou uma Cullen. Mas, até que me sai bem. Como uma verdadeira Cullen, eu soube manobrá-lo, soube fingir e escapar como venho fazendo desde que nasci.  Desde então, evito La Push e busco o tempo todo me manter afastada dos olhares quileutes.

Aurora. – a voz que me chamava parecia longe demais, quase como em um sonho esquisito. – Aurora.— a voz voltava a me chamar, e sem seguida respingos de água eram  jogados no meu rosto.

Lentamente abri meus olhos, e pude ver a multidão ao meu redor. Alguém tentava me reanimar, passando algum produto fedorento em um algodão bem próximo ao meu nariz. Bati levemente a minha mão na mão que estava com  o algodão.

— Rachel, ela acordou. – Claire falava ao telefone, então me dei conta que havia desmaiado na cede da rádio, onde trabalhava. – Você está bem? – várias pessoas perguntaram isso, mas a mais audível era a Claire.

50 º Dia

Eu havia demorado em acreditar, tinha ignorado todos os sinais que estavam bem diante dos meus olhos. E agora tudo parecia tão surreal. Tão assustador e ao mesmo tempo tão consolador. Havia uma vida crescendo dentro de mim, um pequeno ser que estava totalmente ligado a mim.  Um filho. Um Cullen. Minha família que renascia a partir do meu ventre. Eu sorria abobalhada olhando meu reflexo no espelho. Não havia barriga, ela ainda estava plana como sempre. Mas, havia algo ali, algo como magia, que não me deixava olhar para qualquer outro lugar.

—...Pelos meus cálculos, pouco mais de três meses. – conseguir responder Giovanna, que estava mais chocada que eu mesma. – Eu não sei como contar para o Pietro.

Ele vai surtar. — Ela deu uma risada altíssima. – Nossa, todos irão surtar! Você entende que esse bebê será a criaturinha mais poderosa do mundo, não é?!

— Do que está falando? – meu sorriso se desfez. Algo naquelas palavras da minha cunhada não me deixou confortável. Era quase uma sentença de algo ruim.

Algumas horas mais tarde...

— Irei para Forks o mais rápido possível. – Pietro respondeu agitado. – Não vou te deixar sozinha nenhum minuto mais. Renesmee, eu te amo!

Não! – respondi rápido demais, e foi como se tivesse vendo nos olhos dele o desapontamento com a minha negativa. – Digo, sei que vai querer estar presente, afinal, é o nosso filho. O primeiro. Mas, se você vier, tenho medo que se desentenda com alguém daqui...

— Como assim me desentender?

— Comigo. – eu iria responder com o Jacob, afinal ele não saia da minha cola mesmo comigo o evitando, mas só o traria mais depressa para a cidade. – Eu tenho praticado a magia que sua Irma me ensino, tenho medo que voltemos a brigar por conta disso.

 - Eu tenho minhas razões para não gostar. Magia é perigosa, as vezes, os custos são altos demais. Eu irei te ver, vou ficar com você, quero estar presente todo o momento dessa gravidez.

— Promete que não brigaremos por isso quando vier me ver?

— Farei o possível, até lá, prometa que terá cuidado.

Sempre. Eu te amo.

Eu também te amo, minha esposa.

— Esposa?

Marcaremos nosso casamento quando chegar nos Estados Unidos, podemos ir até Los Angeles, que tal?!

— Boa idéia. – respondi rindo, nos despedimos.

60º Dia

Saindo do trabalhado, passei em frente a uma loja de produtos para bebês. Havia de tudo ali, e não fazia mal começar a montar o enxoval do bebê. É claro que eu não sabia muito sobre bebês, talvez fosse precisar de ajuda. Quem sabe, eu deveria pedir ajuda a Emily ou talvez a Rachel. Comprei algumas roupinhas brancas, já que não sabia ainda o sexo do bebê. Minha cabeça estava a mil, imaginando toda uma decoração para o quartinho.

— Soube que tem um pequeno Hale a caminho. – a voz rouca que tanto evitei puxava assunto. Eu olhei para o lado e vi se aproximar. Jacob estava bem vestido, parecia que estava saindo de um encontro social. E percebeu que estava o analisando. – Entrevista de emprego, eu preciso de algo fixo.

— Pois é, parece que não sou a única precisando me estabilizar. – respondi sarcástica.

— Quando o pai chegara?

— Que? – não entendi o sentido da pergunta.

— O pai do bebê, Claire falou que ele está vindo para a cidade. – ele respondeu. – Eu imagino que ele deva estar ansioso para te ver.

— Sim, eu também estou ansiosa para isso. Ele é o mais próximo que eu tenho de família.

— Achei que estivesse gostando daqui; digo, Rachel, Emily e Claire te veneram, como se fosse da nossa tribo.

— Eu gosto delas, mas, não é a mesma coisa. Não a laços de sangue ou qualquer outro vinculo permanente, sentimental.

— Gostaria de saber o que esse Pietro tem de tão especial.

— Ele esteve lá quando a minha mãe morreu me deu forças. É por causa dele que estou de pé hoje, por causa dele não acabei como a minha mãe.

— Isso é gratidão. Não amor. – respondeu Jacob, friamente.

— Eu o amo, Jacob. Eu amo Pietro como jamais pensei amar ninguém. E agora, mais do que nunca, eu almejo passar o resto dos meus dias ao lado dele.

‘Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, dói demais. Mas passa. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar.’ ( Caio Fernando de Abreu)


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