Era Feudal escrita por Aella


Capítulo 7
Ajude-me


Notas iniciais do capítulo

Kagome detecta um problema em sua vida, e precisa resolvê-lo para ser feliz. Ela então pede ajuda à uma certa pessoa, a única que poderia ajudá-la.
Qual seria o problema e será que essa pessoa irá ajudá-la?



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 - Miko? Você vai voltar a ser miko?

 

 - Vou.

 

 Uma palavra bastou para que ele entendesse o quanto o amava. Estava andando apoiada em seu ombro. Pude sentir pelo jeito que me apertou contra si, enquanto caminhávamos, que havia gostado da notícia. E eu havia gostado que ele havia gostado.
 
 Eu sabia como InuYasha queria viver no futuro. Longe do vilarejo da Hime Kohamna, longe até de Sango e Miroku e, com certeza, longe de lutas e batalhas nas quais eu poderia me envolver. Ou seja, longe de outras pessoas, provavelmente em uma floresta.

 

 Mas e eu? Eu gostaria de viver assim? Viver numa cabaninha no meio do nada, só com o hanyou e, de vez em quando, alguns youkais que talvez apareceriam? Eu poderia visitar Rin, Sango, os filhos que ela sem dúvida teria com o Houshi-sama e Shippo na sua academia de kitsunes às vezes, isso era bom. E claro que morar isolada com o InuYasha seria maravilhoso. Seria uma vida bem tranquila, e quase perfeita, se não fosse o fato dele ser um hanyou e eu uma humana... Tudo bem que ele não viveria por séculos como o Sesshoumaru, mas viveria muito mais que eu...

 

 - Kagome, você tá aí, olhando pro nada faz um bom tempo já. Vai me contar no que está pensando?

 

 Fui dispertada do mar de problemas pela voz do próprio problema! Bem, ele não é o problema, eu sou.

 

 - InuYasha, eu sei que esta pergunta será meio convidativa, mas... - hesitei.

 

 - Vamos Kagome! Você não tem medo de lutar com inúmeros youkais, mas teme me perguntar algo?! Ah, vamos Kagome, não seja ridícula! - pressionava-me o meio-youkai.

 

 - InuYasha... Vo-você ainda quer ter uma vida comigo, depois que isso acabar?

 

 Seus olhos ficaram muito sérios, e sua feição preocupada.

 

 - Po-por quê? V-você não quer? - ele estava nervoso, gaguejando e parecia decepcionado.

 

 - E-eu quero! E nem importa aonde! - falei, meio que desesperada - Mas eu andei pensando no fato de você viver muito mais que eu...

 

 - É, eu sofreria bastante quando você partisse... - ele falou corando.

 

 Aquilo me tocou. Apesar de ser triste, me fez perceber o quanto aquele hanyou me amava...

 

 - InuYasha, eu quero viver com você e ter filhos com você. Mas não quero viver menos que você... Quero passar todos os minutos da minha vida, e da sua, ao seu lado! Se tivesse uma manei... Ah é!

 

 Finalmente caiu a ficha! Eu tinha o desejo da Shikon no Tama! Sei que eu ia usá-lo para melhorar as coisas entre nós dois, mas acabei nem precisando! E eu sei que tenho que fazer o único desejo certo, mas para mim, acompanhar o homem que amo para sempre é o certo! E, ainda por cima, a feiticeira que poderia me ajudar estava a apenas alguns passos atrás de mim!

 

 - K-Kagome...? - o inocente hanyou, que provavelmente nem sabia que eu carregava a Jóia em meu corpo, me encarava confuso. As orelhinhas dele se agitavam em frustração por não estar acompanhando minhas ideias.

 

 - Esqueça o que acabei de falar contigo. Já sei como resolver isto!

 

 Deixei-o mais confuso ainda e corri para o final de nossa "fila". Agarrei o braço de Hitomi e a puxei mais para o final ainda, perto das crianças e youkais.

 

 - Está tudo bem? - perguntou a mulher, assustada.

 

 - Está! - falei, com um pouco mais de ânimo do que deveria - Feiticeira, estou com um problema que, tenho certeza, só você poderá me ajudar a resolver.

 

 - Estou sentindo uma forte aura por dentro de você, General, - ela falava, me examinando - mas não é a sua... ela é diferente, muito mais poderosa... Presumo que este seja seu problema, não é?

 

 - Kagome, do que ela está falando?

 

 O InuYasha? Nem havia percebido sua presença e, sem dúvida, não havia percebido que ele me seguira. Bom, já que tinha de explicar a história à Hitomi, explicaria também ao hanyou.

 

 - É exatamente isso, Feiticeira Hitomi. É um pouco complicada a história, mas prestem atenção porque vou contá-la uma só vez. Vocês nem sabem como é grande essa história! - os dois concordaram em silêncio e ficaram atentos ao conto.

 

 - Bem, eu mesma não fazia ideia disso... - comecei - até o dia que Sango conversou comigo e me contou suas ideias...

 

 Expliquei toda a teoria de minha amiga e como ela havia acertado na mosca! Contei desde quando decaptei aquele youkai morcego na floresta, até agora. E é claro que não deixei de fora o desejo que ainda tinha que fazer.

 

 Quando InuYasha ouviu a parte do desejo e a Feiticeira confirmou, seu corpo pareceu iluminado de alegria e esperança. Ele parecia tão radiante que fiquei com medo que ele fosse saltar em cima de mim, ou fazer a Hitomi tirar a Jóia naquele exato momento, nem que fosse a força!

 

 - E então, Feiticeira Hitomi, você consegue tirá-la de mim?

 

 - Bom, sem dúvida ela está aí. Agora, com essa bagunça acontecendo não posso... Mas se isso acabar pode me chamar que a tiro! - ela falou com um sorriso.

 

 - SE acabar? QUANDO acabar! Jamais deixarei essa Horo acabar com a minha felicidade e a de Kagome!

 

 O chão tremeu com a ferocidade que InuYasha falou aquelas palavras. Tanto é que todos se viraram para encará-lo. É claro que eu fiquei com a maior vergonha! Pena que o hanyou não tinha mais o Kotodama, só agora que eu percebia o quanto ele era útil.

 

 - InuYasha, então vá em frente e acabe com essa mulher de uma vez! - ouvi a voz grossa e séria do Sesshoumaru lá da frente.

 

 Quando nó três nos viramos para encarar quem falava, vimos um enorme templo, rodeado por uma fina camada de neblina e infestado de youkais morcegos.

 

 - O Templo de Kaguya... - susurrei admirando-o.

 

 Apesar dele estar sobre domínio do mal, continuava sendo um dos maiores, mais belos e mais respeitados templos de todo Japão Feudal. InuYasha, sem falar nada e sem pensar duas vezes, corria muito rápido em direção ao mesmo.

 

 O Templo podia estar bem à frente, mas ainda estava consideravelmente longe, ou seja, ainda demoraria um pouco até chegarmos ao nosso confronto final.

 


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo!
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