Sempre que Andressa lia uma poema, e gostava, guardava em uma caixinha, para sempre lembrar, ter e poder reler. Mas era bem distante daqueles impressos roubados de bibliotecas e outros lugares, que os versos favoritos estavam protegidos. Um lugar mais quente, e bem melhor que a caixinha de sapato, escondida no fundo do guarda-roupa.  

Os poemas favoritos estavam em duas coxas, em uma barriga e um par de peitos. Os favoritos tinham nome, e cabelos morenos; Eram os de Lívia, a sua maior obra prima em todos os anos de existência. E naquelas linhas, Andressa compreendia e entendia o amor.