Hogwarts Terceira Geração - Interativa escrita por Georgia Kayla Mackenzie


Capítulo 15
Gryffindor X Hufflepuff - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpem algum erro, não revisei tudo, mas espero realmente que gostem! Postei bem mais rápido dessa vez como prometido e o próximo deve sair semana que vem no máximo e também será menor, mas tão desenvolvido quanto... Boa leitura!



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Hazel Potter - POV's

Um reflexo de luz solar atravessou as cortinas espessas de uma das janelas da sala de Defesa Contra a Arte das Trevas e atingiu meu pergaminho, ao qual estava anotando que a professora dizia na frente da classe. Hoje estávamos estudando teoricamente a respeito de masuma criatura bastante interessante, ela conseguia praticamente ler a personalidade e o interior de cada uma das suas vítimas para se transformar naquilo que mais as temia: o Bicho-papão.

Puxei a folha para longe do sol, de maneira que não fizesse sombra enquanto escrevia e pousei a cabeça sobre minha mão para que pudesse prestar ainda mais atenção no que a senhora Cremont enfatizava:

—Logo, vamos ter a parte pratica de nossa aula, onde enfrentaremos um verdadeiro Bicho-papão, que eu trouxe e está escondido dentro da minha mala - A mulher entendeu a mão para a bagagem marrom sobre sua mesa, aquele era um objeto enfeitiçado por onde ela guardava a maioria das criaturas encantadas que deveríamos ver e aprender a nos defender em sua aula - Mas antes, alguma dúvida a respeito da parte teórica?

Passei os olhos delicadamente pela folha a qual anotara e, em seguida, neguei suavemente com a cabeça. Os demais terceiranistas fizeram o mesmo. E naquele momento, pouco antes de a professora poder dar continuidade à matéria, uma batida solene na porta foi escutada e a aula interrompida, quando o zelador, Lewis Davis adentrou o local.

—Com licença, Eveline. Eu tenho apenas um comunicado a fazer.

—À vontade - A morena sorriu.

—Bem, como já estamos no início de outubro e, consequentemente, do outono, todos sabem que teremos o baile de Halloween na noite do dia 31, que afinal, não teremos nenhuma aula ou qualquer reunião com algum clube nas dependências do castelo. Esse ano serpa diferente, a festa começará às 20:00 e durará até por volta da 00:00 tendo como toque de recolher as 01:00, exceto para os primeiranistas e segundanistas, que estarão na cama até 00:00. Obrigado pela atenção de todos e preparem seus pares, porque esse ano, a diretora Rose preparou uma premiação especial para a dupla mais elegante, no caso, de um casal.

O homem com os cabelos grisalhos, que quase sempre esquecia de respirar ao falar respirou fundo e despediu-se de todos com um aceno da mão direita, antes de fechar a porta atrás de si.

Toda sala explodiu em conversas aleatoriamente a respeito do baile de outono. Cada aluno se voltou para sua panelinha e começaram a se perguntar o que vestir, ou quais seriam os aperitivos, ou o mais importante quem eles levariam. Revirei os olhos e soltei uma risada abafada. Era realmente engraçado como todos, até mesmo os que estava dormindo com a aula se animaram completamente quando o assunto mudou para festa.

—E ai, Hazel? Já sabe com quem ir? - Desviei o olhar para o lado e me deparei com um garoto de cabelos anelados e vestes verde e prata.

—Não, Maxon... Quer dizer, espero que alguém me convide.

Não soube o porque, contudo naquele momento alguém veio à minha mente, de algum modo eu desejava ser convidada para essa festa. Esse seria meu primeiro ano como uma participante de verdade. Quando estava no meu primeiro e segundo ano não pudera ficar até o último minuto da festa e não iria apenas para comer e ficar com os amigos, eu poderia ir realmente com um par e me divertir. Quando se faz 13 anos tudo começa a mudar de verdade e olhar para as outras pessoas como apenas colegas não fica suficiente. Comecei a me imaginar dançando com um garoto. Estaríamos tão perto. Aquilo me fez imaginar como a noite seria ainda mais mágica do que se estivesse em um duelo de magia. Suspirei. Eu queria ser convidada, não era apenas questão de não ser a única sozinha, mas dessa vez era questão de que eu sabia com quem queria ir. Enquanto me imaginava dançando no salão, me concentrei no garoto com quem bailava e ele foi aos poucos se transformando em alguém que eu conhecia bem. Engoli em seco. Não tinha imaginado como seria incrível se ele me convidasse até aquele momento.

—Srta. Potter! - Eveline Cremont estalou os dedos na minha frente - Porque você não começa?

—O que...? - Observei-a confusa.

A mulher apontou para a mala em sua mesa. Ela começou a se debater como se alguma coisa estivesse tentando sair. Ou seja, a criatura. Agora eu conseguia entender. A professora estava me perguntando se eu não poderia ser a primeira a enfrentar o Bicho-papão. Poucas crianças ainda falavam sobre o baile agora.

—Ah, por mim tudo bem...

Me levantei e caminhei calmamente até a frente da classe.

—Certo. Você deve se preparar para o pior. Todos nessa sala verão o seu maior medo, está bem? Mas não deve se apavorar. Tudo é fictício, parte do seu subconsciente. Não é real. Mas você deve se livrar da criatura fazendo com que ela se transforme em algo engraçado, assim utilizando o feitiço Riddikulus e mentalizando a transformação. Porém isso apenas causará algo engraçado e te deixará mais destemido, são as risadas que farão com que a criatura se enfraqueça verdadeiramente.

Assenti e dei um passo atrás quando a professora se aproximou da maleta. Não imaginava que todos naquela sala veriam o meu maior medo. Não me envergonhava realmente de tê-lo, mas não estava preparada para que me vissem assustada ou que pudessem ter algo contra mim futuramente, contudo sabia que todos passariam pelo mesmo processo e que eu poderia mostrar que era destemida o bastante para estar na Gryffindor e que poderia deter um Bicho-papão caso necessário.

—Pronta?

—Pronta - Sussurrei e Eveline abriu a mala de uma vez.

A criatura saltou de dentro e pulou contra mim. Deu um pulo para trás, todavia logo me contive. E naquele momento ele começou a se modificar. Ele lera minha mente. Minha personalidade. A criatura se derreteu bem a minha frente em um líquido inodoro e transparente que começou a cada vez mais aumentar. Senti a água tocando meus pés e aos poucos a subir por todo meu corpo. A sala estava cada vez mais inundada. Ondas batiam contra o meu corpo e me jogavam para os lados. Meus cabelos estavam começando a se molhar e minhas vestes da já estavam ensopadas. Minha respiração começou a ficar alterada. Meu coração disparava contra o meu peito e de alguma forma eu tentava me manter nadando e respirando antes que a água tomasse conta de toda a classe e eu me afogasse. Queria gritar, mas minha voz ficou presa dentro da minha garganta e não conseguia sair.

"Tudo é fictício, pare do seu subconsciente. Não é real." A voz segura da professora de DCAT ecoou pela minha cabeça enquanto tentava mantê-la sobre a água e as ondas que se debatiam contra meu rosto. Estendi a mão dentro das minhas vestes e alcancei minha varinha. Levantei o objeto de madeira sobre o ar e respirei fundo tentando me concentrar em algo que pudesse fazer com que aquela enchente se tomasse inofensiva, porém Meus batimentos estavam muito apressados e me sentia vulnerável, quando uma onda ainda mais forte se jogou contra a minha mãe e fez com que minha varinha afundasse. Agora estava sozinha. Não tinha como me livrar daquele afogamento.

Memórias da minha infância invadiram a minha mente. Uma garotinha chorando e clamando por ajuda enquanto afundava aos poucos no rio. Balancei a cabeça para afastar aqueles pensamentos e mergulhei, fazendo o possível para encontrar minha varinha e me livrar dali.

A cada segundo ficava mais difícil de respirar e meus pés estavam pesados por conta do excesso de roupa. Tentei puxar o ar, porém a única coisa que meus pulmões ingeriram foi água e me desesperei ainda mais.

Cheguei a pensar que não tinha mais saída. Quando de repente senti alguma coisa em meus pés. Era minha varinha. Me abaixei o suficiente para apanhá-la e empurrei meus pés contra o chão para que tomasse impulso até o topo e conseguisse respirar. Levantei minha varinha e mentalizei toda a água se tornando uma gelatina cor de rosa purpurinizada.

Riddikulus! — Gritei e apontei em direção à próxima onda.

Todo o líquido se transformou em um tom de rosa choque coberto de purpurina e gelatinoso. Toda a sala explodiu em risadas, inclusive eu mesma comecei a rir quando percebi que todo o meu cabelo estava coberto de uma camada rosada. Eu devia estar completamente hilária. O Bicho-papão, então, me soltou e se transformou de volta enfraquecido e se dirigiu até outro estudante a quem pudesse atacar.

—Muito bem, Srta. Potter! - A professora se dirigiu até mim e me envolveu em uma toalha - Você conseguiu de primeira. Mesmo tendo parecido realmente assustador vive conseguiu vencer o medo e sua imaginação, isso é o mais importante! - Sorri para ela - Pode ir se trocar agora. Está dispensada.

Apanhei minha mochila e deixei a classe enrolada na toalha, com o cabelo grudento e cor de rosa e um sorriso orgulhoso espalhado pelo rosto. Eu havia conseguido me livrar da criatura e de meu próprio subconsciente. Parecia que eu iria morrer assim como pareceu quantos tinha 7 anos e me afoguei naquele rio Sena, quando estava viajando com meus pais e irmãs e a família do tio James para a França, nas férias. Me senti fraca, vulnerável e presa. Como se nunca pudesse me libertar. Como se fosse uma simples trouxa, embora eu mesma acredite que eles sejam tão especiais quanto nós bruxos, tanto sou apaixonada por seu universo. Senão fosse por minha mãe naquele dia eu não sei se teria sobrevivido. Mas hoje foi apenas por minha causa. Eu consegui sozinha, graças a Deus! Conseguira me libertar e provara para mim mesma que era uma bruxa incrível. Estava apenas orgulhosa.

Frederich Norman Malfoy - POV's

Poucos minutos faltavam para às 16:00 quando o jogo de Quadribol iria começar, porém eu estava nervoso por outro motivo. Claro que os jogos eram divertidos e deixavam a todos ansiosos para quem iria ganhar e o espírito esportivo, contudo outra coisa estava tomando conta da minha mente nas últimas semanas, desde que tivera aquela conversa com Brendan e Klaus no jantar. E percebera que não podia deixar com que a oportunidade passasse na minha frente como meu irmão estava fazendo.

Procurei por uma garota em toda a escola. Estava começando a achar que não iria encontrá-la antes do jogo. E já estava quase na hora, quando passei próximo a Ala Hospitalar e a morena atravessou o portal em minha direção. Sorri ao finalmente encontrá-la.

—Olá, Violet! O que foi?

A garota parecia um pouco deprimida, mas soltou um sorriso tímido para mim.

—Nada... Eu só estava visitando Giselle e Glenda. Eu só queria falar com elas antes do jogo. Porque elas sempre estiveram lá por mim quando eu precisei e sempre torceram por mim, mesmo que eu seja desajeitada e nem consiga montar em uma vassoura direito... Elas sempre estiveram comigo e quero que saibam que estou com elas. Que acredito que elas vão acordar e ficar bem. Eu só não quero perder as esperanças, entende?

A morena suspirou e abaixou a cabeça. Eu odiava vê-la triste. Aquilo partiu meu coração. Apanhei sua mão e fiz com que Violet voltasse seus olhos azuis cintilantes diretamente para os meus.

—Hey, não fique mal. Elas vão ficar bem, quer dizer, elas estão bem e tem sorte de terem uma amiga como você - Sorri em sua direção - Nunca perca essa esperança, ela fica bem em você.

A garota sorriu timidamente para mim.

—E eu vou estar torcendo por vocês. Eu sei que mesmo que não ganhar, você vai arrasar, Vi.

—Obrigada Freddie. Obrigada mesmo. Eu gosto muito de você, sabia?

A morena colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. Apertei minha mão contra a dela em resposta é completei:

—Eu também. Gosto muito de você, Vi.

Sorrimos um para o outro e não dissemos mais nada. Não era preciso. Aquele silêncio era tudo. Apenas mergulhar em seus cintilantes olhos azuis fazia meu coração saltitar contra minhas costelas. E no momento em que Violet apertou sua mão entre a minha, senti um arrepio pelo meu corpo. Parecia que ela também não estava nem um pouco à vontade de se separar, porém ainda assim o fez. A morena soltou sua mão da minha e sorriu sem graça.

—É melhor eu ir. Preciso me apressar para jogar pela Hufflepuff. As outras artilheiras, Maika e Angeline, devem estar me esperando.

—Ah, claro. Boa sorte, Vi. Vou estar torcendo por você.

A garota acenou para mim antes de começar a caminhar aos poucos em direção a grande escadaria. Acompanhei-a com o olhar até me lembrar do porquê estava procurando por ela em todos os lugares. E eu não havia feito. Revirei os olhos por perceber que havia me distraído com os olhos dela e nem sequer perguntara. Sai em sua direção e pouco antes de ela começar a descer, parei-a:

—Hey, Violet!

—Oi? Freddie? - Ela se virou ficando de frente para mim.

—Ahn... Eu sei que não sou muito bom com palavras, falando pessoalmente... Sou melhor lendo livros ou escrevendo, mas a questão é que... Eu só queria dizer... Na verdade, queria saber se você não toparia, fazer alguma coisa, sei lá, em Hogsmead? - Despejei as palavras um pouco nervoso e cocei a nuca.

—Hogsmead? - Ela levantou uma sobrancelha.

—É. O nosso primeiro passeio do ano é sexta que vem. 20 de outubro.

—Ah, verdade! - A garota bateu em sua testa - Acabei me esquecendo! Ta no calendário escolar né? - Assenti e ela sorriu docemente - Mas independente de ter esquecido, é calor que sim, Freddie. Eu amaria sair com você.

—Entao, a gente se encontra no Salão Principal e vamos juntos pra Hogsmead?

—Isso. Vai ser incrível!

Violet acenou para mim e começou a descer apressada enquanto sorria. Sorri observando-a e sussurrei para mim mesmo:

—Incrível é você...

Não pude acreditar que ela aceitara e que eu realmente tomará a iniciativa de chamá-la para sair e dar ouvidos aos meus sentimentos. Senão fosse por Klaus eu não sei se teria percebido como me sentia. Isso me faz pensar no quanto ele precisa de mim. E no quanto eu sinto que ele deve ser a primeira pessoa a saber sobre o que acabou de acontecer e o do quanto estou contente.

Vicent Klaus Malfoy - POV's

—Procurando por mim?

Escutei aquela conhecida voz. Parecia mais animada do que de costume. Me virei e deparei com Frederich jogado ao meu lado na arquibancada. Estava há algum tempo procurando por ele dentre os estudantes e por um momento pensara que havia preferido ler algum livro na nossa comunal do que comparecer ao jogo.

—Ah, você apareceu. Onde estava?

—Acredite se quiser, mas acabei de convidar a Violet para sair - Ele comentou.

—O-o que? - Tinha razão. Era inacreditável - Como convidou ela?

—Bom, devo te agradecer porque foi você quem me fez perceber que gostava dela há umas 2 semanas. E eu percebi que não queria fazer como você e perdê-la.

Revirei os olhos. Lá ia ele começar novamente. Não gostava quando entrávamos naquele assunto. Saia da minha zona de conforto. Estava muito contente por meu irmão. Eu realmente achava que eles faziam um casal belíssimo e sabia que Violet sentia o mesmo que ele sentia por ela. Era torturante ter que lidar com os dois não assumindo seus sentimentos antes, contudo não estava a fim de falar sobre os meus sentimentos agora.

—Klaus, você é meu irmão e eu só quero o seu bem. Eu tomei a iniciativa e você precisa tomar também.

—Eu nem sei do que você ta falando! - Bracejei e desviei o olhar para Violet e as demais artilheiras da Hufflepuff se alongando no campo.

—Sabe muito bem de quem to falando - Freddie foi específico.

—Da Potter - Suspirei - Eu já te falei... - Mas ele me interrompeu e colocou a mão no meu ombro.

—Que não gosta dela? Que é só uma inspiração para suas musicas? Se quer pensar assim bem... Mas eu pensei e você já ta no último ano, Klaus. Não tem nada demais em chegar nela e dizer o que sente. E se você for embora e não vê-la mais com tanta frequência? Você não devia perder essa oportunidade, porque você não vai estar ao perdendo isso. Vai estar perdendo ela também e se eu te conheço bem, e sei que sim, você não quer isso.

Minha boca entreabriu-se. Fiquei sem chão. Não fazia a menor ideia do que dizer. Ele havia tocado profundamente no meu coração. Freddie me conhecia tão bem. Ele retirou sua mão do meu ombro e desviou a atenção para Violet no campo. Olhei para o outro lado das arquibancadas, onde as irmãs Potter estavam sentadas e observei-a. Ela estava sorridente e radiante com seus longos cabelos escuros balançando contra o vento e dando vivas para seu time que ainda se preparava par competir. Tinha um coração vermelho e outro dourado, um em cada bochecha, pintados para aumentar seu espírito esportivo. Sorri levemente ao observá-la tão... Viva.

E se o que Freddie dissera fosse verdade? E se eu a perdesse? E se não conseguisse falar com ela e outra pessoa o fizesse? E se fosse embora no ano seguinte e não mais a visse? E se as musicas que eu escrevia estivessem sendo escritas em vão? Todo esse tempo tentava convencer a mim mesmo que não sentia nada realmente importante por ela. Talvez estivesse com medo de encará-la ou a mim mesmo, porém agora imaginando-a com outro garoto. Somente o pensamento me fez sentir como se meu coração se rompesse. Desviei aquilo da minha mente e concentrei meu olhar em seu sorriso. Aquele que fazia com que versos surgissem na minha cabeça e respirei fundo. Eu queria. Eu sabia o que deveria fazer, porém será que conseguiria?

Lary Malfoy - POV's

O campo foi dividido em dois. O lado direito foi composto pelos jogadores do time amarelo e preto e o lado esquerdo, por nós, o time vermelho e dourado. Todos nós preparamos em cima de nossas vassouras e seguramos firme nos cabos. A professora de Vôo, Vanessa Wakaliki, se colocou no centro do gramado e se preparou em cima de sua própria vassoura também, para supervisionar o jogo como um juiz. Ela dividiu o olhar entre os dois capitães:

—Cumprimentem-se - Ordenou.

Os capitães Maxwell, da Gryffindor, e Colen, da Hufflepuff, apertaram as mãos dando início ao jogo - A voz do narrador, um terceiranista da Slytherin, Maxon, ecoou pelo campo.

A professora apitou firmemente e soltou as quatro bolas antes de todos, inclusive ela, impulsionarmos nossos pés e sobrevoarmos o campo para iniciarmos o primeiro jogo de Quadribol do ano. Maxwell e Marie se colocaram um em cada cabe do campo com seus bastões preparados em mãos. Os batedores do outro time fizeram o mesmo. Enquanto Patricia e o demais apanhador fixavam os olhos por todo campo lutando para encontrar o pomo.

No momento em que Vanessa jogou a goles para o alto, todos os seis artilheiros, incluindo a mim mesma, nos impulsionamos para voar em direção a bola. Todos queríamos ter sua posse. Jensen se virou para mim e piscou. Eu sabia o que ele estava tentando fazer, por isso pisquei de volta. O moreno, então, interceptou uma das artilheiras, uma garota de pele escura que vinha em minha direção. Menos uma. Percebendo nosso esquema, Violet, outra artilheira, voou para cima de mim, porém mergulhei, de forma que ela acabasse encontrando com Peterson, nosso último artilheiro.

Abri os lábios em um sorriso quando a garota se desequilibrou à frente dele e avancei rapidamente até a Goles. A demais jogadora da Hufflepuff estava apenas centímetros de distância de mim, quando apanhei a bola avermelhada nos braços e me dirigi contra o gol do time oposto. Jensen já havia largado a jogadora e estava a minha frente, mais próximo do goleiro deles do que eu. Todas as três artilheiras avançavam em minha direção com o objetivo de me retirar a bola.

Quando faltavam poucos segundos para alguma delas me atingir, atirei a Goles pelo ar em direção ao moreno. Jensen impulsionou em direção a bola e agarrou-a a tempo. Sorri no instante em que as garotas mudaram de direção frustradas e o moreno atirou a bola contra um dos aros. O novo goleiro do outro time voou rapidamente com o intuito de defender o gol, porém não fora rápido o bastante, uma vez que estava do outro lado dos aros e os primeiros pontos do jogo haviam sido marcados.

—Uhuul! - Exclamei e comemorei.

Marie sorriu em minha direção e fez um sinal com o polar para cima. Maxwell soltou um grito de vitória e a torcida da Gryffindor explodiu em vivas e palmas, contudo, logo, o jogo continuou.

Agora Violet Carver avança para cima da Goles. Hufflepuff tem a posse da bola. A jogadora voa em direção a Brendan Sacammander, o goleiro da Gryffindor. Até o momento o time vermelho leva a liderança com 10x0 - Maxon narrava o jogo - Violet está próxima de fazer.. Opa! Parece que não foi dessa vez!

Maxwell acabara de lançar um balaço na garota e ela desequilibrara-se e derrubara a Goles, que foi apanhada por Peter. Estávamos com a posse novamente. A garota gemeu decepcionada.

~•~

O jogo continuou por um grande tempo. A posse da Goles passou entre ambos os times algumas vezes, e foi bastante defendida pelos goleiros, contudo alguns pontos foram marcados. Maxwell atingira mais uma artilheira, Maika, que fora atingida pouco depois por Marie, enquanto conduzia a bola aos aros. Enquanto apenas Jensen do nosso time foi atingido por um dos batedores do time concorrente. Estávamos com 120x150 para a Hufflepuff depois de uma hora e meia de jogo.

Meu coração estava acelerado. Já estava cansada e o sol ardia em minhas costas, mas esse não era o problema. Eu estava preocupada com não ganharmos. De alguma forma Brendan perdera três gols, um de Violet e outros dois de Angeline, a mais do que o demais goleiro havia perdido. Precisávamos virar o jogo ou poderíamos perder. Levantei o olhar em direção a Patrícia, a garotinha estava procuramos pela ágil bola há minutos enquanto o apanhador do outro time a acompanhava, apesar de poucas vezes se distraírem com o jogo.

Procurei pela goles e a encontrei em posse de Peterson. O garoto voava em minha direção, uma vez que estava mais próxima dos aros que ele. Em um movimento rápido ele a jogaria para mim. Estava claro. Me preparei para apanhar a bola, porém senti uma cotovelada em mim, me impedindo de me concentrar. Me distanciei da artilheira que estava tentando me interceptar, porém ela continuou a me seguir e sempre que eu ameaçava levantar os braços ela me acotovelava, foram tantas vezes que me desequilibrei e tive que segurar firme no cabo para não cair.

Fuzilei a morena com o olhar. Era Maika. Ela estava me machucando. A garota não dei a mínima e me acotovelou novamente, quando de repente escutamos o apito da professora ecoando pelo campo. O jogo foi interrompido.

—Falta! Falta da Hufflepuff! - Maika havia feito uma falta - Não se pode acotovelar tantas vezes um adversário com o objetivo de interceptá-lo, isso prejudica o jogo e pode causar acidentes - Suspirei aliviada, pelo menos alguém tinha visto o quanto estava sendo prejudicada - A Srta. Malfoy foi a vítima, portanto ela terá a chance de marcar um ponto.

Jensen atirou a goles em minha direção e apanhei-a. Maxwell voou até mim. As artilheiras do outro time se prepararam para me interceptar na frente do goleiro. Respirei fundo. Era a minha chance de mostrar que era boa o suficiente e de marcar mais pontos para a Gryffindor. Precisamos ganhar essa partida.

—Hey - Max sussurrou para mim - Você ta bem?

Me virei para ele um pouco confusa por estar falando comigo. Imaginava isso vindo de Marie, mas dele?

—Porque?

—Porque ela estava te empurrando oras.

—Ah, estou. Mas porque esta pergunta do isso?

—Ué. Sou o capitão. Eu não quero que os meus jogadores se machuquem além disso você não é qualquer jogadora.

Arqueei as sobrancelhas.

—Não sou?

—Não. Somos amigos, não é? Estamos na Operação Salvar Hogwarts juntos.

—Ah, é... - Assenti e por um minuto me distrai.

Maxwell saiu de perto de mim. Estava na hora de fazer o gol. O apito soou e me virei para o goleiro. Apertei a goles contra minhas mãos e fixei o olhar no aro mais próximo a mim. Respirei fundo mais uma vez e levantei a mão para atirar a bola. As artilheiras tentaram me atrapalhar, porém fui mais ágil e alta. O goleiro estava próximo ao primeiro aro, já percebera que esse era seu ponto fraco. Morei no último aro, assim ele não teria a chance de se aproximar e impedir meu gol, por pouco não me enganei. Ele esteve centímetros da goles, talvez tivesse tocado as pontas dos dedos, contudo ainda sim ela atravessou o aro.

Toda a arquibancada que prendia a respiração enquanto eu jogava, relaxou. O grito alegre da Gryffindor invadiu nossos ouvidos. Olhei de relance para os demoras jogadores. Jensen, Brendan e Peter batiam palmas. Enquanto Marie e Maxwell se abraçavam de lado e faziam vivas.

Todos da Hufflepuff pareciam estarem decepcionados. As artilheiras se entreolharam chateadas. Violet abaixou a cabeça. Inclusive o apanhador parecia desolado por eu ter conseguido golear. Tanto que não percebeu quando uma garotinha veloz passou a sua frente em direção ao lado oposto do campo. Apenas no segundo em que Patrícia apareceu no centro com a bolinha dourada presa entre os dedos foi que ele percebeu. A vitória era nossa. Havíamos conseguido virar o jogo.

E a vencedora foi a Gryffindor com 280x150 devido a 10 pontos da falta cometida, realizados por Lary Malfoy e 150 por Patrícia Potter apanhar o Pomo de Ouro! - Maxon enfatizou.

A arquibancada explodiu em gritos. A maioria dos estudantes estavam torcendo para nosso time ou ao menos entraram no meio das vivas dos demais estudantes. A professora apitou firmemente e todos pousamos no gramado e fomos guardar nossos equipamentos, enquanto o campo era invadido por outros estudantes.

No momento em que encontrei Marie, pulei em seus braços e abracei-a apertado. Maxwell levantou Patrícia no ar comemorando e os meninos fizeram uma dancinha da vitória. Logo, meu irmão mais velho veio em minha direção e me abraçou.

—Parabéns Lary! Estou muito feliz por você! - Klaus acariciou meus cabelos curtos.

—Obrigada maninho! Estavam torcendo por mim, você e Freddie? - Sorri alegremente - Ei, cadê ele?

O loiro não havia vindo me cumprimentar por isso a única coisa a qual fiz foi procurá-lo. Como não estávamos jogando contra a Ravenclaw dessa vez, imaginei que ele estaria torcendo por mim, pelo time da sua irmãzinha, todavia assim que o encontrei do outro lado do campo conversando com Violet e provavelmente consolando a minha adversária, tive minhas duvidas. Porque ele preferiria torcer para uma garota qualquer, mesmo que fosse nossa amiga e prima distante ao invés de torcer por sua irmã de sangue?

—Ah, acho que ele estava torcendo pelo outro time - Cruzei os braços na frente do peito e suspirei - Não faz mal pelo menos você estava.

Marie me abraçou pelos ombros e Klaus concordou:

—E nós ganhamos Lary! Ganhamos! - A ruiva exclamou e soltou uma risada alegre.

Sorri para ela e abracei-a de volta. Estava realmente contente. O primeiro jogo fora nosso. Estávamos no controle. Tínhamos vendido a primeira partida e agora precisaríamos apenas competir contra a Slytherin e venceremos, assim provavelmente estaríamos próximos de conquistar a taça! E esse ano parecia tão diferente dos outros, conseguia sentir algo que estava por vir e confiava nisso.

—Viva Gryffindor! - Comemorei pulando e saltitando enquanto segurava nas mãos de Marie e Klaus.

Ambos riram de meu entusiasmos e me acompanharam em meio a vivas e risos. Aquela sensação era uma das melhores coisas. Vencer e estar junto de minha família e amigos para poder comemorar, senão fosse assim, eu não gostaria. Vencer sozinha seria o mesmo que perder, porém felizmente eu os tinha e faria o impossível para nunca perdê-los.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem sobre o que estão achando de TUDO! Preciso de suas opiniões e amo muito todos os comentários que recebo ♥

PS. Querem um spoiler? O próximo cap trará bastante novidades e será intitulado como "Primeira Visita a Hogsmead"... Então, até o próximo cap leitores incríveis que tenho o prazer de ter em minha fic! :3

XOXO



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