Mágoas do Passado escrita por Liudi


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Então chegamos aos capítulos inéditos! Se ainda tem alguém por aqui, muito obrigada ela paciência, prometo tentar atualizar com mais frequência.
Aproveitem o cap porque foi feito de coração e especialmente pra vocês.



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 Pov. Jane

    Weller estava parado na porta e olhava fixamente na minha direção. Vi seu olhar estoico ir de mim até as crianças e sua testa se franzir. Ele abriu a boca pra dizer algo mas a enfermeira que entrou brigando com ele puxou seu braço novamente e pediu que ele se retirasse.

Nessa hora um outro homem entrou junto com a enfermeira e pela maneira como estava vestido eu diria que era alguém importante aqui no hospital, o homem pediu para falar com Kurt e os dois saíram da sala acompanhados das enfermeiras.

    Ian se levantou e eu já sabia o que ele ia fazer.

          - Ian fica aqui, por favor. – Implorei em voz baixa, afinal as crianças ainda estavam comigo. – Não faça nada que você vá se arrepender depois.

          - Pode ter certeza que disso eu não vou me arrepender. – Virou-se e saiu pela porta. Droga, Ian só não é mais teimoso por falta de espaço. Respirei fundo e desejei com todas as minhas forças que Ian não matasse Weller.

Sem poder fazer nada me ajeitei na cama e esperei, isso era tudo o que podia fazer no momento.

              Pov. Ian

     Mais que droga. Porque o imbecil do Weller tá aqui? Ótimo, tudo o que eu precisava era dele aqui pra machucar minha irmã novamente.

     Tentei me segurar mas nem mesmo com o olhar pidão e assustado da Jane conseguiu me convencer, fervendo de raiva fui atrás do Weller e das enfermeiras.  

     Os encontrei no corredor. O homem desconhecido dava uma bronca nas enfermeiras enquanto Weller observava mais atrás.

          - O que você pensa que tá fazendo aqui Weller? – Puxei ele pelo colarinho.

          - O que você pensa que tá fazendo? É óbvio que vim falar com a Jane. – Respondeu irônico. Seu olhar era confuso e tinha até um pouco de raiva.

          - Vai embora daqui agora, você não tem esse direito. – Rosnei pra ele.

          - Direito? Você quer falar de direitos? Que tal falar do direito que você e sua irmã me privam a quase 4 anos? Vamos falar de como vocês esconderam meus filhos de mim.

     Arregalei meus olhos.

          - Você deve estar louco. Eles não são seus filhos. – Tentei mentir. Droga Jane não vai ficar nem um pouco feliz se ele realmente descobriu a verdade.

          - Pode parar de fingir Roman, eu não sou burro. Eu fiz as contas. Eu só não entendo por que Jane os escondeu de mim. Sei que tudo o que aconteceu não foi justo mas ela não precisava... Ela não devia ter escondido isso.

          - É sério que você disse isso? Você já parou pensar no que o tratamento de vocês causou nela? VOCÊ NÃO SABE DE NADA. – Minha voz saiu mais alta do que eu pretendia, eu não consegui evitar.

     Ouvir as coisas que Weller disse só me deixou com mais raiva e agora eu me controlava pra não matá-lo. Jane não ia gostar disso. Devido ao ligeiro aumento em minha voz o homem e as enfermeiras se voltaram para nós, mas Weller sinalizou que estava tudo bem então eles não interferiram.

          - Se você soubesse de algo saberia que por causa de vocês Jane teve depressão severa, saberia que ela teve 3 ameaças de aborto, e que ela quase morreu no parto porque o corpo dela estava muito debilitado por causa dos 3 meses que passou na CIA e porque além disso ela tinha enjoos tão fortes que era muito difícil ela se alimentar e realmente absorver os nutrientes. – Weller foi pego de surpresa pelo meu desabafo.

          - Eu, eu não sabia...

          - É claro que você não sabia. Jane passou 3 meses praticamente no inferno e tudo o que vocês souberam fazer foi forçá-la a ajudá-los, reclamar e cobra-la quando as coisas não saiam como vocês queriam.

          - Tá tudo bem aqui? – Patterson nos interrompeu. Ela era a única pessoa do Team que não merecia a minha ira. Ela foi a única que fez o que pôde pela minha irmã.

          - Não Patterson, nossa conversa já acabou. Vem, vamos ver a Jane. – Deixei um Weller atônito e super culpado pra trás junto. As enfermeiras e o homem não estavam mais lá.

     Patterson me seguiu calada até o quarto. Vi o alívio em seu rosto quando ela viu Jane deitada com os gêmeos.

     Jane dormia e fiquei com pena de acordá-la.

          - Jane, Jane. Acorda sis. Balancei ela mais um pouco e finalmente ela abriu os olhos. – Sis, vou levar as crianças pra nossa casa segura, ok? A Julie vai ficar com eles.

     Jane esfregou os olhos e olhou pro relógio que marcava 23:22. Mesmo um pouco triste ela concordou. - Ok bro, pode levá-los.

Esperei Jane beijá-los e sussurrar eu te amo.

          - Hey Patterson, você pode me ajudar com eles?

          - Claro Roman, ah desculpa, quer dizer Ian. – Sorriu envergonhada por ter se confundido. Sorri de volta e fiz um gesto de deixa pra lá com as mãos.

Abri a mochila do Ben e peguei as mantas favoritas dele e da Amy. Entreguei a da Amy pra Patterson e enquanto eu pegava Ben da cama e o cobria ela fazia o mesmo com Amy. Apesar deles não serem mais bebês não era bom pegar sereno.

     Demos adeus a Jane e fomos pro estacionamento. Por sorte Weller não estava por perto Não queria deixar a Jane sozinha, Weller podia entrar lá e a última coisa que ela precisa agora é passar raiva.

     Patt me ajudou a colocá-los nas cadeirinhas e voltou pro hospital, ela iria ficar com a Jane. Fiquei mais tranquilo, afinal se Jane precisasse de algo ou estivesse com dor Patterson a ajudaria.

     Não demoramos muito a chegar na casa, a casa ficava a umas duas horas fora da cidade.

      Julie já nos esperava lá fora, ela me ajudou a pô-los na cama. Dei todas as instruções e entreguei a bombinha de Ben. Pedi que ela me ligasse assim que eles levantassem.

      Decidi voltar pro hospital porque não conseguiria dormir sossegado sem Jane por perto.

      Jane já estava adormecida quando cheguei, ela estava sozinha e Patterson havia deixado um bilhete explicando que teve que ir mas quando saiu Jane estava bem.

      A cadeira de acompanhante estava montada e tinha um travesseiro e um cobertor encima, então só me sentei.

      Os acontecimentos do dia cobraram um pedágio muito caro em cima de mim, foi só encostar a cabeça no travesseiro que adormeci.

      O som de meu celular tocando me despertou, me levantei meio desorientado para procurar o celular. Jane já estava acordada e juntamente com a enfermeira ria da minha cara de assustado. Achei meu celular debaixo do travesseiro atendi o telefone fui saudado por um berro de bom dia dos meus sobrinhos

          - Bom dia tio Ian.

          - Bom dia meus amores. Dormiram bem? – Jane percebeu com quem eu estou falando e pediu pra falar com eles. Fui mais pra perto dela e coloquei no viva-voz.

          - Sim tio, cadê a mamãe?

          - Tô aqui meus amores, e to morrendo de saudades de vocês. – A voz de Jane estava meio embargada, era muito raro Jane passar a noite longe deles. Nesses últimos anos ela viveu para e por eles.

          - Também to com saudades mamãe, eu te amo. – Amy respondeu e foi impossível não se derreter pelo seu jeito fofo.

          - Eu também mamãe, também senti saudades. Você vai vir nos buscar mamãe? – Pelo seu tom de voz Ben estava preocupado.

          - Relaxa meu amor, mamãe vai sim buscar vocês mas só quando tiver alta do hospital. – Expliquei pra eles.

Jane conversou mais um pouco com eles até a hora deles tomarem café.

Percebi que Jane estava um pouco mais feliz depois de ter falado com as crianças. Me doía por dentro ter que arruinar essa felicidade.

          - Jane. - Chamei sua atenção hesitante. – Preciso te contar uma coisa.

          - O que foi? O que aconteceu Ian. – Perguntou aflita.

          - Weller sabe. – Fui direto.

      Lagrimas rolaram de seus olhos e ela começou a hiperventilar. Droga, causei um ataque de pânico nela.

Me aproximei o mais calmamente que pude e lhe abracei. Com uma mão fiz carinho em suas costas e com a outra em sua cabeça.

          - Jane, presta atenção na minha voz. Foca na minha voz, tá me ouvindo?          

       Ela balançou a cabeça desajeitadamente para dizer que sim. Seu corpo inteiro tremia no esforço para respirar, se ela continuar assim vai desmaiar.

          - Ok, agora respira comigo. Inspira, expira, inspira, expira. Continua focada na minha voz, inspira, expira. – Aos poucos ela foi se acalmando e por fim só sobrou o choro. Deixei que me abraçasse e chorasse.

      Como eu queria me bater! Não devia ter dito nada a ela agora. Fazia uns 3 meses desde o último ataque de pânico dela e como das outras vezes não foi nada agradável.

      O choro deu lugar a um silêncio cômodo e no fim acabei adormecendo.

Ouvi o barulho da porta abrindo e imediatamente abri meus olhos.

      Dei de cara com Patterson, ela estava acompanhada do Reade e da Zapata e claro do imbecil do Weller.

          - O que vocês querem aqui? – Perguntei com meu olhar raivoso direcionado a Weller. Ele me encarou de volta e respondeu no mesmo tom.

          - Viemos fazer nosso trabalho. Você poderia acordar a sua irmã?

      Olhei pro relógio e vi que marcava 11 horas. Eu tinha 1 hora para expulsá-los daqui antes que as crianças ligassem novamente.

          - Tenho uma ideia melhor, que tal eu deixar a Jane dormir e todos vocês, exceto a Patterson, darem o fora daqui e não voltarem nunca mais? – Sorri irônico.

          - Escuta aqui, eu e Jane temos muito o que falar. Se você não acordá-la, eu acordo. - Respondeu Weller entredentes.

          - Você está bêbado? Por que não tem outra explicação! Você está maluco se acha que vai tocar na Jane. Eu vou dizer pela última vez, dá o fora daqui. – Repeti lentamente como se estivesse ensinando uma criança a falar.

          - Escuta aqui Roman... – Weller vinha em direção a cama e Reade o barrou. Na mesma hora eu me levantei e só não parti pra cima porque Patterson pôs a mão no meu peito.

          - O que tá acontecendo aqui? Bro porque eles estão aqui? – Jane acordou confusa.

Pov. Jane

          - É uma boa pergunta Sis, não sei o que eles vieram fazer aqui mas já estão de saída, caso o contrário eu vou chamar os seguranças. – Ian apontou pra porta.

          - Jane o que temos pra falar é importante, tem a ver com o ataque de ontem. Temos algumas informações importantes e precisamos da ajuda de vocês. – Patterson estava muito calma, na verdade ela era a única pessoa calma naquele quarto.

          - Tudo bem Patt. Vamos ouvir vocês, ver se podemos ajudá-los e depois vocês vão embora. A não ser que VOCÊ queira ficar. – Frisei bem o você.

          - Jane nós temos que conversar. Eu não saio daqui enquanto não tratarmos do assunto. – Weller deixou explicito.

          - Não temos nada a falar. Nossa conversa acabou a 3, quase 4 anos atrás e você sabe muito bem que não fui eu que decidi isso. - A raiva tomou conta de mim. Era só o que me faltava. Kurt não estava em posição de exigir nada. As coisas só tomaram esse rumo porque ele quis assim.

          - Jane por favor, nós temos que conversar. Ian já te disse que eu já sei a verdade? – Fiz que sim com a cabeça. – Por favor, eu preciso conhecê-los. - Suplicou.

          - Agora não é nem a hora nem o local adequado para falarmos disso. Vocês podem começar falando sobre o que os trouxe aqui. – O olhar pidão em seu rosto me amoleceu um pouco já que me lembrou Ben e quando ele me olha assim eu geralmente acabo fazendo o que ele quer.

      Mas então me lembrei que não era Ben ali, era o Kurt e ceder a suas vontades não seu muito certo pra mim na última vez, com esse pensamento me recompus.

      Patt pigarreou e se pôs a falar, ela me contou do caso do comboio e de como um broche idêntico ao do atirador foi achado na cena do crime. Discutimos o fato de o atirador ter a foto dos meus filhos.

          - Los Angeles não é mais segura pra vocês e....

          - Nós sabemos disso Kurt, por isso assim que eu sair do hospital nós vamos dar um tempo da cidade. – O cortei.

          - Jane, é melhor que você voltei pra NY conosco. Vocês estarão melhor sob a custódia do FBI.

Soltei uma gargalhada irônica e Ian fechou a cara. Kurt pareceu se arrepender do que disse, mas não importava mais agora o estrago já estava feito.

          - Sabe Weller houve um tempo que eu também pensava assim. Você tá vendo essa marca aqui? – Perguntei mostrando o ombro, eu mesma me assustei com a minha calma. – Isso foi uma das minhas "recompensas" por confiar no FBI, você não tem ideia de quantas mais dessas eu tenho e elas não são só físicas, são psicológicas também. Então não, eu não vou voltar pra NY e ficar a mercê de vocês. Provavelmente na primeira piscada de olhos que eu der eu e minha família estaremos acorrentados em qualquer buraco da CIA. Eu me recuso a submeter meus filhos a isso. – Meu tom foi baixo, mas extremamente cortante.

           - Jane, eu ainda não acredito que eu estou fazendo isso. – Patterson me disse. – Mas por favor, volta conosco, além de precisarmos da sua ajuda com o caso, vai ser mais difícil de seja lá quem for que estiver atrás de vocês machucá-los. Por favor, eu não quero que um dia eu acabe descobrindo que você foi morta ou se machucou novamente e eu não pude te ajudar. Foi horrível passar por isso 2 vezes, não me faça sofrer isso de novo.

          - Tudo bem, nós voltamos com vocês. - Cedi por fim, afinal era a segurança dos meus pequenos que estava em jogo. Patterson também me comoveu, seu carinho por mim era surpreendente.

Ian estava sério e nos poucos segundos em que nossos olhares nos encontraram vi que nossas preocupações eram as mesmas.

          - Ok, vocês já conseguiram o que queriam agora deem o fora daqui. - Ian disse áspero e apontou para a porta.

          - Patt você fica. – Disse segurando sua mão impedindo-a de se levantar. Reade e Zapata já tinham saído, só Kurt que não saiu do lugar.

          - Jane eu não vou sair daqui enquanto não conversarmos. – A voz de Kurt não tinha nenhuma autoridade, apenas cansaço. Seu semblante cansado, e as olheiras me diziam que ele não dormia direito a alguns dias.

      Pensei em como mesmo assim ele ainda estava lindo e quase me derreti novamente. Isso já estava virando um hábito totalmente absurdo e eu simplesmente não conseguia evitar, meu amor por ele ainda era muito intenso.

Nossos olhos se encontraram e dessa vez por mais que eu tentasse não consegui dizer não.

          - Ok. - Disse de má vontade. – Mas acho melhor você me deixar em paz depois disso. Ian você pode levar a Patt pra tomar um café?

          - Na verdade Jane eu tenho que ligar pro Borden agora. – Patt respondeu antes que Ian pudesse abrir a boca e saiu da sala puxando-o consigo para dar a mim e a Kurt privacidade.

          - Sobre o que você quer falar mesmo? – Me fiz de sonsa, queria muito ver o que ele tinha a dizer.

          - Você sabe muito bem do que eu quero falar. Porque você não me contou sobre os nossos filhos?

          - Eu não se você se lembra Weller, mas um pouco mais de 4 anos atrás, depois que dormimos juntos você me ignorou completamente. Todo santo dia durante aquela maldita semana depois disso eu tentei falar com você. E o que você fez? Você voltou a fingir que eu não existia como todos os outros naquele maldito prédio, menos a Patterson. Então na minha última tentativa eu ouvi você dizendo o quanto não me suportava e só me aguentava por que queria vingança pela Mayfair.

          - Jane, eu... - Ele tentou se explicar, mas eu interrompi sua fala.

          - Você não tem ideia do quanto doeu, naquele dia você quebrou o último pedaço que estava inteiro em mim. Então eu adiantei a operação e fui embora o mais rápido possível.

      Mesmo tentando me controlar ao máximo foi impossível segurar as lagrimas e os soluços copiosos.

          - Me desculpe Jane, me desculpa por tudo. - Pediu enquanto também chorava. -Eu fui um idiota, eu queria vingança pela Mayfair e por você ter nos enganado. Eu queria que você sofresse o que eu sofri com todas as mentiras.

          - E eu? Você acha que não sofri? Eu passei 3 meses literalmente no inferno. Não foi você que foi amarrado e açoitado como um animal. Não foi você que foi espancado, cortado, queimado e afogado até a morte só pra ser ressuscitado e apanhar mais. – A essa altura minha visão estava embaçada pelas lagrimas e quanto mais eu as enxugava mais elas caiam. – Se isso não foi sofrer o suficiente pra você eu não entendo a sua percepção de sofrimento.

      Kurt franziu o rosto, como se tivesse levado uma bofetada, as bochechas coradas indicavam o arrependimento por suas ações passadas.

      Eu podia ter parado por ali, mas tinham coisas que precisavam ser tiradas de mim. Não acho que conseguiria viver mais tempo com esse peso todo.

          - E então eu voltei e tudo o que eu consegui de vocês foi desprezo, você não tem ideia não é? Por um bom tempo eu acabei acreditando que a culpa de tudo era realmente minha, que eu não deveria ter saído viva daquele buraco escuro onde a CIA me enfiou. Eu tinha nojo de mim mesma. Se não fosse pela Patt e o Ian eu não sei qual teria sido o rumo da minha vida, Borden também me ajudou muito.

          - Jane por favor, me perdoa. Podem se passar mil anos e meu arrependimento por tudo o que a minha teimosia em te ouvir naquela noite não vai mudar. Depois que você foi embora eu realmente percebi o quanto você é importante pra mim. Eu te amo.

          - Não Weller, você não me ama. Eu não acredito em você, se você me amasse mesmo não teria me tratado daquela forma, você não teria começado a dormir com a Nas 3 dias depois de ter transado comigo, mesmo sabendo que ela estava nos espionando.

          - Jane, eu só tenho desculpas a te pedir. Eu prometo pra você que eu vou me redimir. Mas por favor me deixa conhecer nossos filhos, essa é a única coisa que eu te peço além do meu perdão. - Pediu aos soluços.

Pensei um pouco e vi que não tinha alternativas, se iríamos pra NY com eles como os manteria afastados?

          - Ok Weller, na sexta feira eu recebo alta e então vamos direto pra NY com vocês, eu vou apresentá-los sexta, não garanto que entendam muito a situação já que e eles só tem 3 anos.

Ele sorriu em meio às lágrimas e me deu um sorriso tão lindo, mais lindo do que eu lembrava. Esse pensamento me causou uma dor intensa já que lembranças do passado (da parte boa dele) me inundaram e a possibilidade das coisas terem sido diferente caiu sobre mim.

Tudo ficou ainda mais estranho quando senti Kurt beijar minha testa gentilmente e sair, me dizendo que voltava assim que pudesse e me deixando completamente estática.


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