Mágoas do Passado escrita por Liudi


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, rs
Mil desculpas pela demora, minha vida tá uma loucura. A faculdade levou minha alma e a inspiração vem quando quer, fora que me sinto muito desconectada com a fic, contudo se eu volto é por vocês ♥.
Enfim, trouxe um cap novo pra vocês. Tá bem curtinho em relação aos outros mas foi feito com muito carinho.





Cap dedicado pra Carla, que sempre foi um amor comigo e ama muito essa fic.



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Pov. Jane

    A cena a minha frente além de extremamente atípica era muito fofa.

    Amy se aconchegou no colo do Kurt e nada no mundo seria capaz de tirá-la de lá. Ben, por ser mais cauteloso sentou-se ao lado dele e ainda lançava a Weller alguns olhares desconfiados.

   Com muita paciência vi Kurt ganhar a atenção do Ben e sua confiança, uma hora depois estavam os dois no colo dele e os três riam despreocupadamente.

   O dia se passou com Kurt e as crianças brincando pelo apartamento, desde esconde-esconde a até um vídeo game (que não era nem um pouco o estilo do Kurt).

    Por serem muito pequenos e não terem uma coordenação motora muito boa Kurt optou por jogar com o sensor de movimentos e até eu me rendi e entrei na brincadeira.

    Ben sempre teve um tiquinho de mal perdedor e dessa vez não foi diferente.

    Kurt estava ganhando dele na dança, então Ben esbarrou na perna dele e o fez tropeçar nos próprios pés e cair.

          - Benjamin Krueger, o que foi isso? – Intervi enquanto Kurt se levantava e verificava se não tinha o machucado por acidente.

     Ben fez beicinho e avançou a cabeça.

          - Eu queria ganhar! – Se defendeu com a voz chorosa e algumas lágrimas caindo de seus olhos.

    Me abaixei e segurei em seus ombros, fazendo com que ele levantasse a cabeça pra me olhar.

          - O que eu sempre digo pra você e pra Amy?

          - Que não se pode ganhar sempre. – Baixou a cabeça novamente.

          - E...?

          - E que trapacear é feio.

          - Isso mesmo mocinho. Você não devia ter empurrando o Kurt, vocês podiam ter se machucado feio na queda. Pede desculpa pro papai.

      Me levantei meio avoada por ter chamado Kurt de papai, só mais uma das coisas as quais eu teria que me acostumar agora.

     Bem foi todo envergonhado até Kurt que se abaixou pra falar com ele.

          - Desculpa papai. – Ben se jogou nos braços dele e começou a chorar.

          - Tá tudo bem carinha. – Weller respondeu meio emocionado.

     Ele se levantou com Ben pendurado em seu pescoço.

     Aquela cena me aqueceu por dentro e eu não me contive em chorar também.

      Amy pediu colo e eu a peguei. Ela me deu um beijo na testa e limpou minhas lágrimas pra depois se deitar a cabeça no meu pescoço.

      Depois de uns 5 minutos chorando Ben acabou se acalmando e deitou a cabeça no ombro do Kurt.

   Nos olhamos e acabamos trocando pequenos sorrisos, pela situação.

          - Acho que tem alguém com sono. – Comentei e o sorriso de Kurt se abriu.

          - Acho que é melhor almoçarmos logo ou eles vão acabar dormindo na gente. – Respondi sem jeito por ter sido pega olhando. Senti minhas bochechas esquentarem e mudei de lado tentando esconder o rubor, a culpa não era minha se o sorriso dele me desarmava.

      Weller optou por pedir comida pois ele não queria cozinhar e é de conhecimento geral que a cozinha e eu não nos damos muito bem.

       Ian é o motivo do nosso café ainda estar aberto e por mais que ele tenha me ensinado umas coisinhas ainda tenho uma certa dificuldade em cozinhar.

       Com muito custo fizemos as crianças comerem e elas desabaram de sono logo depois.

      Acabamos, Kurt e eu no sofá dele com a TV em algum programa aleatório.

   Depois de checar se o Ian ainda estava vivo e inteiro me concentrei no programa de TV que era um tanto quanto excêntrico e logo me fiquei entediada.

        - Gostei do seu apartamento novo. – Puxei assunto com Kurt, diante de todas as mudanças ter uma relação cordial com ele era o mínimo esperado.

        - Obrigado, não é muito diferente do antigo, só é maior. Eu precisava de um quarto pra Mel mas como o antigo só tinha dois quartos ainda faltava um quarto de hóspedes pra quando o Sawyer vem me visitar.

        - Como eles estão? Sawyer e Sarah? Ela está mesmo com o Reade?

        - Eles estão ótimos, mesmo não querendo tenho que assumir que Reade faz muito bem aos dois. – Sorriu de lado e eu adoro junto ao lembrar o reboliço causado pela descoberta do romance dos dois.

        - Você vai apresentá-los, digo, você vai levar Amy e Ben pra ver a Sarah?

        - Sim! – Disse entusiasmado. – Ela vai adorar conhecê-los. Eu ainda não tive tempo de falar com ela mas tenho certeza que ela vai amar saber sobre eles, assim como vai amar saber que você está bem.

        - Sério? – Fiquei surpresa. – Mesmo depois de tudo que eu fiz vocês passarem? Eu enganei vocês Kurt. – Sussurrei super envergonhada.

       Sarah sempre me tratou tão bem e tudo que eu fiz foi brincar com os sentimentos dela.

        - Hey, Nada disso Jane. Uns meses depois que você foi embora, numa das noites em que eu fiquei tão bêbado que nem conseguia voltar pra casa ligaram pro Reade vir me buscar e ela veio junto. No dia seguinte, depois de um senhor sermão ela me fez ver que as coisas não foram justas com nenhum de nós dois.

      Weller pegou na minha mão e me fez olha-lo enquanto dizia isso. Algumas lágrimas foram brotando dos meus olhos e quando vi já estava chorando.

        - Mesmo assim, me perdoa Kurt. De todas as coisas erradas que eu já fiz essa foi uma das piores. Eu não tinha o mínimo direito de brincar contigo assim.

        - Jane, presta atenção em mim. A culpa não foi sua, Remi foi manipulada a vida toda pela Shepherd. Você que tem que me perdoar Jane. Eu joguei a culpa de tudo em você e não te dei a mão quando você mais precisava. Você me perdoa?

      Sua voz exalava tanta sinceridade, aquilo me surpreendeu.

        - Eu te perdoo Kurt. – As lágrimas foram ficando mais intensas e aos poucos fui me sentindo mais aliviada, como se eu enorme peso saísse das minhas costas.

       Kurt acariciou minhas mãos e me olhou como se pedisse algo. De início não entendi e só consegui assimilar o que estava acontecendo quando senti seus braços me envolverem e minha cabeça se recostou em seu peito.

       Um turbilhão de sentimentos me atingiu e me lembrei de como eu sempre me sentia em casa quando estava em seus braços.

        Deixei-me afundar em seus braços e por um tempo esqueci do mundo.

       Ainda havia muito a ser concertado entre nós, porém por agora eu só queria apreciar a calmaria daquele abraço e as boas sensações que ele me trazia.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Me contem nos comentários, também aceito sugestões.



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