“ No banheiro...

Agora Aiyme estava no banho, um momento que ela retirava para relaxar um pouco, e enquanto se lavava também se lembrava de algumas coisas...

Aiyme: Já tem muito tempo que não vejo aqueles dois... A última vez que os vi foi... Foi no Torneio de Artes Marciais! – flashes da companhia dos seus amigos lhe vem à cabeça – E amanhã voltarei a vê-los depois de anos... “ — trecho final do capítulo 3.

Voltando dos devaneios, Aiyme sai do banho, veste o roupão e vai em direção ao seu quarto, onde seleciona uma de suas camisolas... Escolhe a lilás. Uma cor mais clara que as usadas no seu vestuário do dia a dia. Só utilizava de nuances mais escuras, as claras só quando o seu humor estava mais favorável. E, hoje, com certeza algo a fazia feliz, deixando seu coração palpitante...

Aiyme: Aah... – deitada na cama, suspirava tranquilamente e um sorriso espontâneo é deixado nos lábios enquanto falava consigo mesma – Amanhã... Hunf. Goku e Kuririn, como vocês estão, hein?...

De olhos fechados, ela balbuciava as palavras e uma das ultimas ditas antes de adormecer foram: “...que saudade de vocês...”. Depois disso, o sono a envolve e ela dorme profundamente. A noite passa rápido e logo o dia já chegava com o nascer do sol, que jogava seus raios de luz na janela de Aiyme.

Aiyme: Aar... – ela resmungava e reclamava pela caridade que entrava no quarto e irritava seus olhos claros – Pra que despertador quando se tem o sol? – diz, sarcástica e debochada, com um toque de mal humor em sua voz. Logo em seguida retira o lençol e se senta sobre a cama – Hunf!... Preciso me lembrar de fechar essa janela antes de dormir... Aar...

Ela reclama, mas já que tinha despertado com a iluminação do sol, resolve levantar-se da cama e se arrumar. Antes disso, pega o relógio acima do criado mudo para ver que horas eram.

Aiyme: Kami... 6:25 ainda?! Bem... Para chegar até a casa do Mestre demora cerca de umas 4 horas, então está certo. Melhor me arrumar, tomar um banho e trocar de roupas. Não necessariamente nessa ordem...

Ela vai até o banheiro, retira a roupa e entra no chuveiro. O banho é rápido, e logo desliga a água e se seca, saindo do box. Veste uma calça jeans escura de cós alto, regata branca com rendas e uma jaqueta jeans curta na mesma cor da calça. Os sapatos eram um pouco rudimentares apesar de aparentemente femininos. Botas pretas com salto não muito alto e grosso. Ela não fazia questão de usar maquiagem, pois não precisava. Os cabelos que antes eram bem curtos, na altura do maxilar, agora estavam mais compridos.
Por mais que dissesse que não ligava, talvez o que Bulma tinha lhe dito há alguns anos atrás tenha surtido efeito...

Flashback...

“ Bulma: ...você bem que poderia deixar os cabelos crescerem, usar roupas mais femininas e passar maquiagem...”.

É, as suas roupas ficaram mais justas e femininas, os cabelos hoje em dia estão pouco mais acima dos seios e, após crescerem mais os fios, sua cor ficou pouco mais clara, dando um maior destaque ao roxo. Mesmo sem o uso de maquiagem, a mulher de 26 anos ainda tinha o rosto de 18. Pele alva e perfeita. Os cílios escuros destacam os olhos azuis esverdeados, que alternavam as cores. Ora azuis, ora verdes água. Dependia muito de seu humor a coloração das íris, que quando furiosa ficavam verdes e quando tranquila tomavam o azul dos mares caribenhos.
Depois de se arrumar, já eram 07:03. Por isso ela pega logo a sua nave e parte rumo a casa do Mestre Kame.

Casa do Kame – 10:47

Aiyme: Nossa, cheguei até mais cedo do que imaginava... – a porta da nave se abre e ela sai – Aposto que a essa hora ainda não deve ter chegado ninguém...
Kuririn: Haha! Aiyme!!! – uma voz muito familiar grita seu nome e logo ela vê uma careca reluzente vindo em sua direção – Veja só, Mestre, Aiyme acaba de chegar. Venha vê-la!!
Aiyme: Kuririn, é você! Chegou cedo, hein?...
Kuririn: Sim, e você também chegou cedo. Nossa, como está diferente! Parece mais com uma mulher agora... Hahaha!
Aiyme: Hunf! Você parece que mudou também. Agora já deve ter quase 1,30 de altura... – diz de modo debochado.
Kuririn: Ha-ha! Não vejo graça nenhuma, Aiyme... – ele fica emburrado e cruza os braços.
Aiyme: Ora, engraçadinho, começa a brincadeira e não aguenta... – ela ri de sua postura infantil – Mas verdade seja dita, você cresceu um pouco...
Kuririn: Tô com 1,55.
Aiyme: Que progresso! – a ironia é quase palpável – Para quem tinha 1,40...
Kuririn: Aah... Nem vem, Aiyme, você também não é muito alta!
Aiyme: Mais do que você! – ela cruza os braços também – 12 centímetros a mais...
Mestre Kame: Ei, vocês dois! Parem de discutir agora. Mal se viram depois de tanto tempo e já estão brigando... – o Mestre aparece e faz com que eles parem a discussão.
Aiyme: Mestre...
Kuririn: Desculpe, o senhor tem razão, Mestre.
Aiyme: Sim. E tem muito tempo que não o vejo, Mestre.
Mestre Kame: Ah, sim... Senti muito a sua falta, Aiyme. – ele ia a abraçando.
Aiyme: Não abusa!! – e ela o afasta com as mãos – Tome. Eu trouxe algumas coisas da cidade. Comidas e também bebidas... – Aiyme lhe entrega uma caixa com bolinhos de peixe frito, carnes fatiadas cozidas ao vinho tinto e uma caixinha de cerveja, que ela sabia que o Mestre gostava de beber.
Mestre Kame: Aah! Essa carne é deliciosa com cerveja. Você acertou ao trazê-la, Aiyme. Mas ficaria ainda melhor se fosse... – e ele não termina sua frase, pois ela estende uma garrafa de saquê à sua frente – Você é maravilhosa!... Hehehe. Sabe muito bem como agradar o Mestre...
Aiyme: Hunf! – ela revira os olhos com a frase de duplo sentido e a ignora - E então, Kuririn... Goku ainda não apareceu por aqui?
Kuririn: Não... Eu pensei que ele fosse chegar mais cedo até, mas nem sinal dele.
Aiyme: Esse Goku... – de repente, ouvem-se batidas na porta. E para surpresa, era Goku quem tinha acabado de chegar.
Goku: Oi, pessoal! Quanto tempo.
Kuririn/Aiyme/Mestre Kame: Goku!! – Kuririn corre em direção de Goku e é o primeiro a cumprimentá-lo.
Kuririn: Goku, quanto tempo...!!
Goku: Hehe, é, eu sei... Como vai, Kuririn? Puxa, você cresceu?!
Kuririn: Ah... Nem quero tocar nesse assunto... – ele olha com uma cara não muito boa para Aiyme e ela apenas sorri de forma debochada como resposta.
Goku: Ué? Por quê?! Bom... Deixa pra lá então. – e ele vai falar com o Mestre agora – Olá, Mestre! Que bom ver o senhor.
Mestre Kame: Ah, também é muito bom ver você novamente, Goku. Não quer entrar e comer alguma coisa? Aiyme trouxe comidas deliciosas!
Goku: Aiyme?! Ela veio aqui, foi?
Kuririn: Goku, ela ainda está aqui. Não tá vendo, não?! – ele fala e aponta para Aiyme, que estava ao seu lado.
Goku: Espera! Quer dizer que essa aqui é a Aiyme??
Aiyme: Claro que sim, Goku!! Deixa de ser besta!!
Goku: Haha! Que surpresa te ver aqui, Aiyme! – ele vai até ela e a abraça – Poxa, nem tinha te reconhecido. Você está bem diferente...
Aiyme: Hunf! Nem mudei tanto assim... – ela cruza os braços, e de repente nota que Goku não estava sozinho. Um garotinho com rabo de macaco se escondia atrás dele – Ei, Goku...
Goku: O que foi??
Aiyme: Quem é esse aí com você?
Kuririn/Mestre Kame: Ãmm?! – ela se inclina e após isso, todos também fazem o mesmo para verem melhor a criança.
Goku: Ah! Esse é Gohan, meu filho...
Todos: FILHO??!
Goku: Sim. Depois que me casei com Chichi, ela disse que queria ter um filho, então... Gohan nasceu.
Aiyme: E, quanto anos ele tem??
Goku: Vamos, Gohan, responda a Aiyme – o menino era muito tímido, mas mesmo assim falou com ela.
Gohan: Qua-quatro...
Aiyme: Quatro anos? Poxa, é bem grandinho já...

A conversa estava muito boa, mas, essa felicidade e paz não duraram para sempre... Um ser alienígena aparece na frente deles. Ele possuía a aparência humana, era alto, forte, tinha longos cabelos negros e usava uma armadura e um aparelho no rosto, que se assemelhava com um óculos, mas com apenas um dos lados. O que mais o diferenciava realmente era a cauda de macaco...
Estranhamente, o tal aliem, denominado Radits, dizia ser o irmão mais velho de Goku e que eles eram saiyajins, que tinham a missão de conquistar planetas. Goku, ou melhor dizendo, Kakarotto, fora enviado para a Terra, pois tinha um poder de luta baixo comparado com os demais saiyajins (o que os assusta, pois se Goku era rotulado fraco, esses deviam de ser verdadeiros monstros). Mas mesmo sendo “fraco”, ele pedia que Goku o ajudasse a conquistar outros planetas e acabar com os seus habitantes. A começar com a Terra... Obviamente, Goku recusa isso, mas Radits não aceita que seu irmão renegue as origens, por isso, sequestra Gohan como forma de forçá-lo a fazer o que ele queria. A partir daí muitas desgraças ocorreriam...
Piccolo, que era um inimigo, acaba por se unir a Goku para derrotar Radits. Mas nem mesmo lutando lado a lado, os dois não eram suficientemente fortes para acabar com aquele terrível saiyajin. Foi preciso Piccolo usar de uma potente técnica para matar Radits. Mas, infelizmente ele não foi o único a morrer...

Piccolo: Tem certeza disso? Não hesitarei em disparar esse ataque em você também, e sabe disso...
Goku: Ah... Tenho certeza, Piccolo, se não o segurar, você não vai acertá-lo.
Radits: Não seja imbecil, Kakarotto... Me solte agora, senão eu e você morreremos!!
Goku: Na-não me importo...
Radits: O quê?! Como assim, não se importa??!
Goku: Eu tenho amigos, e eles me reviverão com as Esferas do Dragão...
Radits: Ãmm? Esferas do Dragão...
Goku: AGORA, PICCOLO!!!
Piccolo: Makankosappo!!!! – ele então dispara o ataque que perfura Radits e também Goku.
Radits: Seus, seus malditos... Saibam que minha morte será vingada...
Piccolo: O quê? Esse verme ainda está vivo? – diz debochado.
Radits: Riam enquanto podem... Graças a esse aparelho, meus companheiros puderam ouvir tudo o que disseram, e... E com certeza virão em busca destas tais esferas que podem realizar qualquer desejo... Ah, e só para avisar... Eles são muito mais poderosos que eu, e quando chegarem na Terra, dentro de um ano, então será o fim de todos vocês!...
Piccolo: O quê?! Arr... Seu maldito, cale a boca! – ele então acaba de matá-lo – Goku, ainda está vivo, ouviu o que esse infeliz disse?
Goku: S-sim... Ouvi, Piccolo... Estamos com sérios problemas...

Realmente, mas mesmo assim ainda encontrariam uma forma de salvar a Terra desses outros dois saiyajins tão terríveis e imensamente poderosos...
Em um ano muitas coisas mudaram. Goku morre, mas acaba por ter seu corpo mantido e é treinado pelo Senhor Kaio, no Planeta Kaio, que fica no Outro Mundo. Kuririn, Tenshinhan, Chaos e Yamcha acabam sendo treinados por Kami-Sama e se preparavam para enfrentar os inimigos que viriam à Terra, enquanto Gohan era treinado por Piccolo, tendo o mesmo objetivo...

Vegeta e Nappa se aproximavam cada vez mais da Terra. Mas, será que o encontro entre o saiyajin e a “terráquea“ também se aproximava??