A última parte dos contos passados, onde Aiyme, Bulma e Goku se encontram e a história se entrelaça...
Tinham se passado pouco mais de dois anos após o dia em que o Doutor Brief encontrara com Aiyme no deserto. Sendo assim, já se faziam também, mais de dois anos que ela morava e trabalhava na Corporação Cápsula como sua aprendiz. E mais do que isso, ganhou o carinho e a admiração dele, tanto de mestre como pai durante esse tempo...
Embora não o chamasse de “pai”, ele a chamava por “filha”, assim como a Senhora Brief. Bulma a tinha como sua irmã e as duas discutiam como duas genuínas irmãs...

Aiyme: Como assim, Bulma?! Você só pode estar louca! – ela estava realmente irritada com Bulma.
Bulma: Tente entender, Aiyme, ele é só um garotinho...
Aiyme: Exatamente! Um garotinho, e não, um cachorro ou qualquer outro animal!! Ele deve ter pais, já pensou nisso? Como você pôde trazê-lo para cá assim, sem mais nem menos?!
Bulma: Ora, não é pra tanto... Você também veio parar aqui dessa forma.
Aiyme: Ah não! Não venha comparar meu caso com isso. Eu vim aqui para aprender e trabalhar com tecnologia, e me tornar uma boa cientista, assim como sou hoje... – ela faz uma pausa quando vê de relance uma cauda marrom balançar na frente da porta da sala – Bulma... Você estava brincando comigo quando disse que trouxe um menino para morar aqui, não é mesmo?!
Bulma: Não... É um menino, eu falo sério... Por que está me perguntando isso??
Aiyme: Bem... É que... – então de repente um menino com rabo de macaco aparece na sala onde elas estavam e corre em direção de Aiyme, abraçando-a.
Goku: Emi!!!
Aiyme: Goku?!
Goku: Ah, é você mesmo! Sabia que já tinha ouvido essa voz antes... – ele a abraça com força, estava feliz por vê-la novamente – Eu estava com tanta saudade... Você nunca mais apareceu pra me ver.
Aiyme: Aah... – ela suspira fundo e se solta do abraço, abaixando-se um pouco e olhando para ele – Escuta, Goku... Bem, é verdade, eu sumi de uma hora para outra, mas nos encontramos outra vez. Agora me diga, o que faz aqui? Seu avô deve estar muito preocupado com você, moleque.
Goku: Ah... Emi. – os olhos dele se enchem de lágrimas só por tocar no assunto – Meu Vovôzinho não está mais aqui... Um monstro matou ele e agora eu estou sozinho.
Aiyme (pensamento): Céus... Pobre Gohan. Não pode ser verdade... Coitado de Goku. Agora que não tem mais seu avô, o que será dele?... – os pensamentos de Aiyme não duram muito, pois Bulma os interrompe.
Bulma: Espera um pouco aí!!... Por acaso vocês dois já se conheciam, é?! E de onde?
Aiyme: Conheço ele de quando ainda morava junto de Mestre Kame. Ia até a floresta onde Goku morava e buscava algumas coisas que o Mestre precisava. Só não voltei a vê-lo pois, mudei-me de lá e fui para o deserto, após isso vim parar aqui. E é aqui que até hoje estou... E, por falar nisso, o que Goku faz aqui? Como você o encontrou, Bulma??
Bulma: Ah, sim! Lembra de que eu disse que estava atrás das tais Esferas do Dragão que podiam realizar qualquer desejo de quem as reunisse? Pois bem, eu construí um radar para encontrá-las e ele me levou até uma floresta remota, onde me encontrei com Goku... Ele possui uma delas. A esfera de quatro estrelas.
Aiyme: Isso é novidade para mim. Não sabia que Goku possuía uma das Esferas do Dragão.
Goku: Foi um presente de meu avozinho... E é a única lembrança que tenho dele.
Bulma: E você vai nos ajudar a encontrar as outras esferas, não é, Goku?!
Aiyme: Como assim “nos ajudar”?! Eu não disse que ajudaria nessa sua loucura de sair pelo mundo a fora atrás dessas esferas, Bulma.
Bulma: Para com isso, vai. Vamos, vem com a gente, Aiyme.
Aiyme: Eu não vou e pronto!!
Bulma: Aar... Sua chata! Então tá bom, vamos só eu e Goku atrás das esferas...!!
Goku: Não.
Bulma: O quê?!
Goku: Só vou se a Emi for também.
Bulma: Co-como assim, Goku?! Vamos, pare de bobagem.
Goku: Já disse que só vou se a Emi for também...
Bulma: Aar... Como você é teimoso! Quer saber, não precisa vir, apenas me dê essa sua esfera então. – Bulma tenta pegar a esfera de Goku, mas o mesmo a impede.
Goku: Não! Essa esfera é minha! Não vou te dar.
Bulma: Aai mas que coisa! – ela se irrita – Aiyme, vem logo por favor!! Senão eu não conseguir reunir todas as sete esferas. Vai... Por favorzinho...
Aiyme: Aar... Que droga, não!
Bulma: Por favor, Aiyme... – ela faz uma voz chorosa e rosto pidonho. Aiyme: Não acredito nisso... – ela revira os olhos e solta o ar dos pulmões bruscamente – Tá bom, eu vou. Mas não me encha mais o saco, ouviu?!
Bulma: EBA!! – ela dá pulinhos de alegria – Então vamos logo!

E é dessa forma que os três se encontraram pela primeira vez. Após isso, eles saem pelo mundo à procura das Esferas do Dragão. Os garotos contam com a ajuda de Yamcha quando passam pelo deserto. Ele ia os roubar, mas por Aiyme conhecê-lo, o rapaz não os assalta e acaba os ajudando em seu objetivo de reunir as outras esferas que faltavam.
Passaram por muitas situações arriscadas e perigosas, mas se divertiram mesmo assim, fizeram amizades e, ao final, conseguiram o que queriam e o Deus Dragão, Shenlong, aparece para realizar seu desejo. Embora o que foi pedido foi um total desperdício, acabou salvando o mundo de ser dominado por Pilaf, que também desejava as esferas e tinha trazido vários problemas a eles...
Depois disso, cada um voltaria para seu lar e a vida prosseguiria normalmente.

Yamcha: Bem... Foi muito bom ver você outra vez, Aiyme. Mas agora acho que a gente vai ter que se separar de novo, né? Hehe... – ele ri um pouco sem jeito e apreensivo, passava a mão pelos seus cabelos para disfarçar um pouco.
Aiyme: Hum... É. Acho que sim. – o olha de baixo para cima e pigarreia. Era notável a tensão entre eles – Bem... E você, Goku, para onde vai agora?
Goku: Hum... Não sei. A única coisa certa é que pretendo treinar e ficar ainda mais forte!
Aiyme: Ficar mais forte, é?! Hum... Então eu creio que já tenho um local perfeito para você ficar e treinar. – um sorriso maroto de canto de boca surge em seus lábios e um brilho reluz em seus olhos de um modo nostálgico.
Goku: Sério?! Mas, onde??
Aiyme: Numa certa ilha... Com o Mestre Kame...
Goku: Acha mesmo que ele me treinaria??! – diz, animado com a possibilidade de ser treinado pelo mesmo mestre que treinou seu avô.
Aiyme: Hunf! Com certeza, garoto. Vamos parar de perder tempo e passar na casa do Mestre, que tal, hein?!
Goku: Sim!!
Aiyme: Bulma, vá indo para casa, não precisa me esperar, porque eu demorarei um pouco até voltar para lá. Até mesmo alguns dias, quem sabe... – ela então se volta para Yamcha para poder se despedir dele – Bom... E você, bem, se cuida, problemático. – um sorriso doce e um pouco debochado se faz no canto esquerdo da boca de Aiyme – Vê se põe juízo na cabeça dele, Pual...
Pual: Pode deixar, Aiyme! E vê se aparece de vez em quando pra ver a gente.
Aiyme: Hunf! Tá certo... Eu vou tentar. – ela sorri sarcasticamente e, em seguida retira do bolso uma cápsula e a arremessa, fazendo aparecer uma nave pequena à sua frente – Certo, agora vamos indo. Anda, Goku! Até chegar a casa do Mestre demora, então não vamos perder tempo.
Goku: Tá certo, Emi. Tchau pessoal, até mais!! – ele sobe na nave e Aiyme dá a partida.
Aiyme: Olha, bem que você podia parar de me chamar assim... Meu nome é Aiyme!
Goku: Hum... Tá bem, Emi.
Aiyme: Arr...
Goku: Desculpa. É, quer dizer, Aiyme...
Aiyme: Já chega, vamos indo, Goku. – então a nave decola e eles partem para a casa na praia do Mestre Kame.

12 horas depois – Chegada na casa do Mestre Kame

O Mestre estava deitado na cadeira de praia na frente de sua residência à beira mar. Via alguma de suas revistas pervertidas, como de costume, e acaba cochilando com ela sobre a face. Então o velho mestre acorda um tanto atordoado e assustado quando escuta o som das turbinas da nave que se aproximava da casa.

Mestre Kame: Ãmm?? O quê?! Onde?! O que está acontecendo aqui? – ele pula da cadeira e então vê a nave pousando. Logo em seguida, Goku e Aiyme descem dela.
Aiyme: Mestre... – diz, sem muita emoção na voz.
Mestre Kame: Ora, Aiyme, mas que surpresa!
Aiyme: Mestre, por acaso o senhor se lembra de Goku?
Mestre Kame: Goku?! Claro que sim! – ele olha para o menino e o cumprimenta – Olá, Goku, há quanto tempo, meu jovem.
Goku: Ah, olá, Mestre! O senhor pode me treinar?! – Aiyme dá um soco na cabeça de Goku e o repreende – Aai!! Isso doeu...
Aiyme: Aar... Esses não são modos de se pedir para que um dos mais prestigiados mestres de artes marciais treine-o!! Seja mais ponderado e sensato!...
Mestre Kame (pensamento): Hum... Treiná-lo, é?... Esse menino tem grande potencial. Parece ser forte, mas como Aiyme disse, é muito impulsivo...
Goku: “ponde...” o quê?!
Aiyme: Ai, eu desisto!!... Você é impossível, Goku! Não dá, vo...
Mestre Kame: Está bem! – o mestre a corta.
Aiyme: Ãmm?? O quê?!
Mestre Kame: Treinarei você, meu jovem.
Goku: Sério?! Iupi!!!!
Mestre Kame: Mas... – ele faz uma pausa um tanto longa – Terá que saber que esse treinamento não será só no físico, precisará se portar melhor também. Disciplina é fundamental. Além de que, deve saber que não é o único a estar sendo treinado por mim nesse momento...
Aiyme: O quê?! O senhor já está com um discípulo?!!
Mestre Kame: Sim... E apresentarei ele a vocês. KURIRIN, VENHA AQUI!! – e então um garoto careca e baixinho, menor que Goku, aparece na frente deles.
Kuririn: Chamou, Mestre? – ele veio correndo de longe, mas não aparentava estar nem um pouco cansado ou ofegante. Tinha boa resistência.
Mestre Kame: Sim. Eu o chamei. Quero lhes apresentar o Kuririn, meu aprendiz. Kuririn, esses são Goku e Aiyme.
Kuririn: Ah, muito prazer em conhecê-los.
Aiyme: Igualmente...
Goku: Nossa, você é careca! E também não tem nariz, que estranho...
Aiyme: Goku!! – ela lhe dá outro soco – Droga, moleque... Você é pior do que me lembrava...!!
Mestre Kame: Relaxe, Aiyme. Irei trabalhar isso.
Aiyme: Prevejo que terá muito trabalho, Mestre... Há! – diz, debochada.

E então, assim as coisas prosseguem. Aiyme levou Goku até o Mestre Kame, que iria o treinar, mas não sabiam que ele já tinha um outro discípulo. Kuririn. Depois disso, Aiyme retorna à Corporação Cápsula, mas passava um final de semana de cada mês na casa do Mestre para visitá-los e, dessa forma, ela acaba fazendo amizade com o outro garoto que estava sendo treinado pelo Mestre, o qual se mostrava ser mais educado que Goku, mas também mais audacioso e malandro. Posteriormente os meninos se tornaram melhores amigos, e Aiyme sempre era como uma espécie de “supervisora” deles, mas que esses tinham grande afeto por ela, assim como a garota tinha por eles. Mesmo não admitindo...