Sorriso escrita por FernandaChrys


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse capítulo poderá ser considerado como um meio início de tudo. Creio que vocês irão se apegar bastante aos personagens da fanfic... Apesar de que, fã sofre.

~ Beijinhos da Nanda. Boa leitura!



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Um meio começo - Capítulo 01

Por um momento eu queria que tudo fosse diferente. Se eu soubesse que naquele dia seria a última vez... Eu faria tudo novamente e evitaria fazer qualquer tipo de besteira e lutar para manter um sorriso no rosto de ambos, incluíndo abraçá-los e beijá-los, repetir várias vezes '' eu te amo '', e mantê-los seguros de que não importa oque aconteça, eles nunca iriam sair da minha mente e do meu coração.

~~~~ Dia 03 de janeiro de 2005 ás 13h30 PM ~~~~

— Papai!! Compra para mim, por favor, eu quero muito... Você disse ontem que ao chegarmos aqui, você iria comprar - Naquela época, meu sonho de verdade era ganhar um skate... Porém, minha família sempre teve uma péssima condição financeira, e meu pai fazia de tudo para me agradar, deixando de pagar dívidas e comprar coisas necessárias dentro de casa. Muitas vezes, pessoas revoltadas batiam na porta de casa desesperados e com uma raiva extrema, pedindo para que o meu pai pague o devido dinheiro que estaria devendo, e ele sempre pagava pela metade, enquanto naquelas horas, eu estaria na sala com a minha mãe, aproveitando o brinquedo novo que meu pai acabara de comprar. Eu era uma criança mesquinha, que sempre queria mais e mais, e não me contentava nada do que tinha.

— Calma filha, irei comprar um dia... O papai não está com boas condições para levar isso para casa, mas prometo que um dia, você irá amanhecer com um skate embrulhado ao lado de sua cama, e brincarei o máximo que eu puder com você. - Meu pai, sempre fez de tudo e sempre cumpriu com as suas promessas, porém, dessa vez não foi possível... Ele não cumpriu com a sua promessa.

— Sim, minha filha... Seu pai se esforçará o máximo que puder para comprar isso para você, afinal, ele prometeu. - Minha mãe, sempre protegia o meu pai independente de qualquer circunstância, e o que mais me encantava nela, era o seu sorriso... Era belo, e independente do que acontecia, ele nunca saía de meio aos lábios de minha mãe, que insistia em fingir estar feliz, mesmo que aquilo perfurasse seu coração.

Todos os finais de semana, meus pais me levavam para passear em alguma feira ou mercado, aquilo me deixava feliz, mesmo que seja pouca coisa. Naquele dia, foi tudo muito diferente... Os sorrisos de minha mãe deixaram de ser duradouros, os esforços do meu pai, passaram a ser uma mera lembrança... E o skate que um dia iria ser levado para casa com o dinheiro do suor de meu pai, se manteu na loja, na espera de que uma criança ou qualquer pessoa com boas condições financeiras e sem preocupações na vida, o levasse.

— Vamos! Fotos da família por apenas 30 wons!! CORRA!! CORRA!! ESTAMOS NA PROMOÇÃO - A voz era rouca, de um idoso que segurava uma câmera um tanto antiga, balançando de um lado para o outro, de um modo que chame a atenção do público, e funcionou, fez com que meus pais caminhassem na direção deles, e eu, os acompanhava, segurando firmemente a mão de meu pai, que por um instante soltava e colocava a mão em seu bolso, tirando uma carteira velha, de couro, abrindo o bolso e tirando várias pratas de lá... Creio, que era o único dinheiro que meu pai tinha naquele momento, enquanto eu passava a observar tudo. - Ó, uma família unida, que tal tirar uma foto todos sorrindo? - O velho falava aquilo preparando sua câmera, enquanto eu me aproximava do meu pai e ele fazia uma pose para foto, rindo, minha mãe também, e eu, fiz um sinal de paz com ambos os dedos e abria um sorriso de orelha a orelha... Com os olhos brilhantes. - Pronto...

A foto havia saído muito bonita, e eu não consegui parar de olhá-la, e passei o caminho de volta para casa inteiro, com a foto em mãos, mantendo o olhar fixo em cada detalhe da foto. E não era tão tarde... Depois de muita diversão, havíamos voltado de 16:30, e a pé. A nossa casa não era tão longe dali, e antes mesmo de atravessar a rua para ir em direção a minha casa, o pesadelo começou... Eu, meu pai e minha mãe, havia corrido para atravessar a rua, e o vento, por ousadia, havia batido na foto, fazendo com que ela caísse no meio da pista, e quando eu fui perceber, já estava do outro lado, em frente a minha casa, o que me fez ficar desesparada, puxando a camisa do meu pai, sinalizando que eu havia deixado cair a foto no meio da pista.
Antes mesmo do meu pai olhar para a foto que estava no meio da rua, minha mãe havia corrido de imediato para pegar a foto... Sem notar que o sinal estaria aberto, ela vagarosamente pegou a foto e passou em questão de segundos, um enorme barulho de uma buzinha havia gerado na rua inteira, chamando a atenção das pessoas que havia passado por ali... Minha mãe, com um olhar de espanto, parou, sem reação, e ficou esperando com que o carro batesse nela. Aquilo deixou o meu pai desesperado, e por ele ter uma perna longa, ele correu o máximo que podia e empurrou minha mãe , fazendo com que ela caísse em frente a um carro que estava estacionado do outro lado da rua, e antes mesmo do motorista decidir freiar o carro, já era tarde demais... Apenas vi uma enorme poça de sangue surgir em meio a pista, enquanto minha mãe ficava paralisada, deitada a pista, com sangue sapiscado em seu rosto pálido.

— JOHAN!!! - Minha mãe gritava desesperadamente o nome de meu pai... Já era tarde demais. com certeza, ele já estava morto, preso em baixo do carro, enquanto o motorista saía do carro chorando, e as pessoas passavam a se aproximar... E eu... Me mantinha ali, sentada, que por coincidência, com tantos movimentos bruscos, a foto havia parado justo em minha frente, com uma mancha de sangue.

Minha mãe não sabia como reagir, e eu... Estava paralisada, sem saber ao certo como agir diante aquilo. Após ouvir choros e mais choros e gritos de desespero de minha mãe, ela se levantava, e antes mesmo de se aproximar de mim para me abraçar, ela caía, desmaiada.
Quando vim perceber, eu já estava no hospital, com a minha madrinha... Ela era uma mulher linda, e tinha um belo gostos para roupa. Seus cabelos eram enormes e sedosos, sem contar que tinha uma cor negra incrível, sua pele, apesar de sua idade, era lisa e sem nenhuma mancha. Ela mantinha um celular em mãos, apertando várias teclas e juntando o mesmo ao ouvido, na esperança de que seu marido atenda, porém, sem sucessos. Após horas esperando alguma notícia em relação ao estado de minha mãe, uma mulher alta de jaleco branco se aproxima de minha madrinha e abaixa a cabeça, balançando-a negativamente e com uma expressão facial de tristeza, o que fez ela desligar a ligação rapidamente e deixar escapar várias lágrimas.

— Desculpa... Mas ela não resistiu. Ela teve um ataque cardíaco, creio que ela amava muito seu marido, e ao ver ele morrer em sua frente, foi uma pressão enorme para o seu coração, que já estava exausto - Aquelas palavras eram ditas com calma e para mim, eram cortantes... Eu não tinha nenhuma expressão facial diante ali... Eu não chorei, não fiz cara de triste... Apenas me manti em silêncio um bom tempo, apenas fui chorar quando passei a morar na casa da minha madrinha. Sempre mantinha a foto em mãos, e foi no enterro de minha mãe e do meu pai, que resolvi colocar tudo para fora... Mesmo sabendo que seria bom eu fazer aquilo, eu me arrependi profundamente, e foi daí, que passei a me sentir culpada.

~~~~~~ 05 de janeiro de 2012 08:30AM ~~~~~~

— ACORDA LALISA!! Você esqueceu de limpar o meu quarto ontem a noite, vai ter que limpar hoje - Suzy, filha da minha madrinha falava aquilo em um tom um tanto alto, enquanto batia na porta inúmeras vezes, no objetivo de me fazer acordar, conseguindo. Srta. Bae é a filha da minha madrinha... Ela tem um jeito esnobe de ser, e ela é bem famosa, ela já fez uma participação em Gu Family Book, um dorama de fantasia... Eu, partircularmente assisti e gostei, apesar de eu não gostar dela. E, quase que eu ia esquecendo de dizer... Ela canta e dança, mantendo uma carreira solo. E, sim... Eu sou a escrava da casa.

— EU JÁ ESTOU ACORDADA! Chega de barulhos, por favor... Vai acordar a vizinhança inteira. - Eu falava, já impaciente... Na verdade, eu já estou cansada de ser tratada assim por todos, porém, eu estava tentando mudar... Tentando me tornar uma pessoa diferente, com paciência, com gentileza na alma, e como sempre, um sorriso em meio aos lábios. Porém, minhas expectativas em relação a minha nova personalidade, não está indo muito como planejado, infelizmente.

— Creio que pela hora, todos já estão acordados - Ela fala, tendo uma voz um tanto distante, pois, pelo que aparentava, ela estaria descendo as escadas.

Eu apenas me levantei da cama e corri para fazer minhas necessidades, afinal, era época de colegial e eu já não aguentava mais essa rotina... Suzy já era formada e tinha tempo para seguir sua carreira em paz, e eu... Era uma garota anti-social, que não sabia mais oque fazer da vida. Após entrar no banheiro, apenas fiz minhas necessidades e tomei meu banho, vestindo o uniforme escolar e antes de sair do meu quarto, me aproximava do quadro da minha mãe e do meu pai, e apenas, com um gesto carinhoso, abria um sorriso para a foto, pegando o porta-retrato e dando um beijo, colocando em seu devido lugar e abrindo a porta do quarto.

— Obrigada mãe... Obrigada pai... - Eu falava baixinho antes de sair, e ao parar e me deparar com a madrinha sentada em um dos sofás da sala, eu apenas me juntei a ela, fazendo uma reverência em sua direção.

— Não gosto de formalidades. Vá logo, você está atrasada... Faça com que essas suas pernas sirva para algo e vá andando, o chofair já levou a Suzy para a JYP Entertainment e não sabe ao certo que horas ele vai chegar - Eu simplestemente já estava acostumada com tal frieza, então, apenas afirmei com a cabeça e caminhei em direção a saída da mansão enorme, e antes mesmo de seu sair, algo tocava em meu ombro, me fazendo olhar para trás, e antes que eu fale alguma palavra, eu era surpreendida com um abraço, oque me fez deixar de ficar tensa.

— Bom dia, Lisa! - A voz era baixa, de uma pessoa de idade. Era a Cathrine, uma das empregadas da madrinha... Ela sempre foi como uma mãe para mim, e sempre me tratou com amor, diferente das outras duas de nariz empinado.

— Bom dia, Sra. Cath! Infelizmente eu tenho que correr, estou realmente bastante atrasada... - Antes que eu possa me soltar de seus braços, ela me prendia novamente, rindo baixinho enquanto olhava fixamente para mim.

— Calma, Lisa! Leve isso com você... E deixa comigo, tire o seu tempo livre para descansar um pouco, eu limpo o quarto da Suzy. - Cath me entregada uma '' marmita '' com uma comida saudável, oque me fez fazer uma reverência e acenar para ela como forma de agradecimento, logo abro a bolsa e coloco dentro, fechando-a e passando a caminhar, enquanto a rua começava a se tornar um tanto movimentada.

Após uns 20 minutos de caminhada, sim, é longe. Eu parava em frente ao portão da escola e me deparava com as pessoas ali, conversando, oque fez me sentir um pouco desconfortável, porém, eu seguia meu rumo de cabeça baixa, enquanto minha franja negra cobria meu rosto por inteiro. Meus passos eram desajeitados, oque chamou atenção de muitas garotas que estavam a conversar por ali... Eu ouvia cochichos, e provavelmente era sobre mim, por incrível que pareça, aquilo não me abalava.

— Bom dia, Lisa! - Eu era surpreendida com uma voz feminina e gentil... Era a minha melhor amiga, a Jennie. Após ouvir a sua voz, oque me fez levantar a cabeça, eu abria um sorriso, dando-lhe um forte abraço, como se não havia visto ela a séculos.

— Bom dia, Jennie! Preparada psicologicamente para as aulas hoje? - Eu falava, dando umas mini-cotoveladas em seu braço, fraco.

— Nem um pouco... Amanheci com uma ligação histérica da minha mãe, dizendo que eu havia perdido a hora. E ela não estava em casa... - Jennie continuava a falar sobre como ela havia acordado, porém, eu não conseguia ouvir tudo, afinal, ela era atrapalhada com gritos e mais gritos, de garotas, oque me assustou.

— Oque está acontecendo?! - Eu me assustava, enquanto caminhava as pressas em direção ao pátio, onde estava ocorrendo todo o '' fuzuê ''. Sinceramente, elas estavam loucas na espera de que um portão se abrisse... Eu não estava entendendo nada, e creio que eu era a única a boiar naquele momento, porém, apenas segui, olhando para a Jennie e arqueando as sobrancelhas, sem entender nada.

— Sai da frente! Sai da frente! - Antes que eu possa me aproximar mais um pouco, uma garota maluca batia no meu ombro, me fazendo se encolher, na real, havia doído, porém eu apenas seguia, ficando na ponta do pé, tentando entender quem que iria sair por aquele portão naquele momento.

Havia permanecido um silêncio absoluto até que o portão se abrisse... E ao notar que nos seus pés, haviam salto alto, já deu para saber que era uma mulher, oque me fez ficar surpresa, eu sentia que conhecia aquele par de salto alto de algum lugar, e ao notar que ela era conhecida, finalmente fixei meu olhar ao rosto dela...

— SUZY?!


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