Psicopatas podem amar? escrita por Val-sensei


Capítulo 4
O baile que pode terminar em conto de fadas.




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O sol já saia clareando o santuário em tons de amarelo fazendo com que a claridade mostrasse o corre, corre para fazer um baile em homenagem aos cavaleiros que cumpriram a missão e voltaram para o santuário, além de firmar as desculpas ao Máscara da Morte.

Bela acordou lentamente, sentou-se a cama e observou aquela casa e o cobertor que separava ela do Máscara da Morte. Passou por ele e o olhou por um tempo dormindo no futun quieto e calmo, nem parecia o homem sério, irritado e com o olhar frio.

— Bela! – uma voz suave soou dentro da casa do canceriano.

— Shiooou! – ela colocou o dedo nos lábios e sorriu a mulher de cabelos lilás que acabara de entrar.

Saori fez um gesto com a mão a chamando para fora.

Bela a seguiu e já do lado de fora da casa do canceriano à deusa diz:

— Eu tenho uma surpresa para você usar mais a noite.  Venha, eu vou te mostrar – Bela segui Saori.

— Não precisava se incomodar Saori, acho que eu não vou ao baile – ela ficou meio tímida.

— Ue por que? – ela ficou sem entender. – Máscara salvou a sua vida e vamos nos desculpar com ele melhor com essa festa, além de comemorar a chegada dos cavaleiros de suas missões bem sucedida.

— O Máscara não parece muito animado para ir, ainda mais comigo – ela foi puxada pela mão sendo arrastada por Saori enquanto a deusa diz.

— Ele vai, não se preocupe – ela disse com tanta certeza que Bela sentiu seu coração acelerar e acompanhou Saori mais animada.

*************

Máscara da Morte sentiu a claridade entrar em seus olhos incomodou-se com ela e aos poucos abriu lentamente espreguiçando-se na cama quando ele deu por si do cobertor e lembrou-se da garota, do baile e dos seus medos que ele tinha.

Olhou para ver se ela ainda estava na cama, mas ela não estava, suspirou fundo e sentiu o cosmo dela perto do da Saori. Deu um leve sorriso e preferiu deixar as duas sozinhas.

Retirou o cobertor o dobrando e arrumou o futun e a cama dela para depois dar uma volta e ver os preparativos para o baile que seria logo mais a noite.

****

Bela entrou no quarto junto com Saori e a mesma a puxou para o seu closet e Bela viu vários vestidos de gala dependurado em vários cabides envolvidos por uma capa de plástico para não sujar.

— Fica a vontade para escolher o que você quiser Bela – Saori sorriu vendo a menina olhar seu closet com os olhos esbugalhados olhando o tanto de vestido que havia ali.

Bela olhou cada vestido, admirada com tantos que a deusa tinha como se sela fosse uma fada madrinha do conto de fadas que ela vivia.

— Saori, são lindos! – ela pega um cor azul e o olha passando a mão nele.

Saori percebeu que ela havia gostado daquele.

— Venha, vamos nos arrumar para o baile, Bela – a deusa sorri a chamando para o tratamento de primeira, que Bela nunca imaginou existir, como ir.

Máscara da Morte também já pensava no seu terno e como será que a bela dama estaria com a deusa. Máscara mesmo se achando um monstro e que ele não merecia aquela garota, ele não parava de pensar nela um só minuto, afinal ela lia a alma dele como se fosse um livro aberto, o que mais ninguém conseguia fazer. Ele deu um leve sorriso e foi se arrumar.

****

As horas se passavam rápido, no salão do santuário estavam quase todos os cavaleiros sentados, quase todos em uma mesa redonda forrada com forro maior num tom meio amarelo claro e por cima um leve tecido mais fino no tom de cinza, um vaso de flores do campo para enfeitar. Alguns tecidos levemente acinzentados com a estampa de microflorzinhas azul bem clarinho, desciam pelas pilastras dando voltas em torno delas. O chão completamente limpo e as escadas forradas em um tapete vermelho e no corrimão flores brancas entrelaçando o mesmo em volta de um lado e do outro liso para que as pessoas pudesse se segurar para não cair. A iluminação baixa das luzes do salão do Santuário com um spinning que trocava a coloração das luzes na pista de dança que a própria deusa havia escolhido.

Máscara da Morte sobe as escadas e olhou a entrada suspirou fundo, pois não era do feitio dele aquele tipo de festa que a Saori organizava algumas vezes, ele raramente ia, mas hoje apesar de sentir seu coração bater meio descompassado na mistura de um medo, dor, arrependimento e mais um monte de sentimento que nem ele conseguia mais distinguir.

— Vamos amigo, coragem, afinal ela gosta de você – Shaka da um tapinha nas costas do amigo e sorri.

Máscara da Morte viu Shaka de cabelos loiro preso por um rabo de cavalo baixo que ia pelas suas costas, uma camisa levemente azul clara por baixo do paletó do terno, uma gravata borboleta, uma calça preta passada com vinco, um sapato preto muito bem engraxado.

Ele nada disse apenas desviou o olhar e Shaka ia dizer algo quando olhou sua roupa.

Máscara da Morte vestia uma blusa branca por dentro, uma gravata azul escuro com uns detalhes brancos, um colete em um tom de prata e sobre o conjunto um paletó de cor azul escuro, a calça na mesma cor do paletó, assim como os sapatos bem engraxados.

— Meu amigo, se eu fosse mulher, te dava um beijo agora – Shaka diz em tom de brincadeira.

— Fico feliz de não ser – ele respondeu frio e subiu as escadas, finalmente adentrado o salão, pois estava ansioso para ver sua dama, mesmo que ele se sentisse que não a merecia.

Sentou-se em uma das mesas e começou a bebericar uma taça de vinho olhando os cavaleiros e as amazonas ali presentes, mas quando ele viu a mulher que acompanhava a deusa não pode acreditar no que via.

Seus cabelos pratas caia um pouco diante do seu rosto, enquanto parte estava solto e parte trançado fazendo um zig zag sobre ele solto com rosas levemente azuladas entre as tranças descia pelas suas costas, uma tiara feita de trança com o próprio cabelo e uma rosa na ponta. Um brinco levemente delicado com uma gota de chuva no fim azul clarinho, uma maquiagem leve realçando seus olhos cor de mel e um batom no tom de vinho claro realçando os seus lábios. No pescoço um colar prata que no pingente desenhava rozinhas silvestre com strass na cor dos seus olhos. Seu vestido era tomara que caia em renda levemente azul claro para o lado de branco formando o corpo e quando chegava a sua cintura ele abria-se com a primeira saia em um tom de azul mais escuro sem renda, a saia de baixo ficou um azul um pouco mais claro levemente rendado nas pontas da mesma cor e a terceira saia era o tom de azul um pouco mais claro que o primeiro com rendas nas pontas da mesma cor. Não dava para se ver a sandália por que o vestido rodado se arrastava no chão de comprido que era.

Máscara conseguiu ver cada detalhe dela ali, estava realmente uma princesa, digna de um príncipe, o que realmente não era ele, não de fato ele não a merecia, ainda mais linda daquele jeito.

Máscara se levantou da sua mesa para ir embora, pois ele não queria que ela visse o monstro ali diante dela, ela não merecia... Suspirou fundo e virou-se de costas para sair, foi quando ela o viu e saiu correndo se equilibrando no salto e segurando o vestido para cima e quando estava mais próximo dele ela diz.

— Máscara – com um sorriso de um lado no outro em seus lábios.

Ele olha com um leve sorriso. “Eu não consigo fugir dela desse jeito” – ele pensa e sai de sua boca em um tom baixinho.

— Você está linda, Bela... – ele pega em sua mão e  sente a macies e leva até seus lábios para um beijo.

— Você nem ia falar comigo – ela o olha triste e ele nota a tristeza nos seus olhos...

— Eu não a mereço Bela... Você parece uma deusa, nesse momento e eu me sinto o carrasco... – ele abaixou o olhar e soltou a mão dela.

Más ela tomou a mão dele e disse:

— Não precisa, eu estou aqui – ela o abraça e Máscara fica meio rubro em meio ao publico. – Vamos dançar – ela pega na mão dele e o puxa para o salão e quando começa a musica e Máscara coloca a mão na cintura dele e a outra ele segura em sua mão e começa a conduzi-la.

Sentimentos são fáceis de mudar.

Mesmo entre quem, não vê que alguém

Pode ser seu par

Basta um olhar que outro não espera para assustar

E até perturbar mesmo a Bela e a Fera”.

Máscara da Morte a conduzia pelo salão com a mão em sua cintura rodopiando, apesar de ter seus olhos frios e estar sério. Ele a conduzia galanteadoramente.

“Sentimento assim, sempre é uma surpresa.

Quando ele vem, nada o detém é uma chama acesa.

Sentimentos vem , para nos trazer

Novas sensações doces emoções e um novo prazer”

Bela estava emocionada em como ele conduzia, parecia viver o conto de fadas do seu livro, ali naquele momento. Sim ela parecia flutuar enquanto Máscara da Morte a conduzia pelo salão.

“Em uma estação, como a primavera.

Sentimentos são como uma canção para a Bela e a Fera.

Sentimentos são como uma canção para a Bela e a Fera.

A canção havia terminado e Bela o encarou com um grande sorriso no rosto e disse:

— Me senti dentro do meu livro – ela o encarou.

Máscara apenas sorriu e a conduziu dali, quando os cavaleiros iam se aproximar para se desculparem Saori fez um gesto de não a todos sem que Máscara percebesse e ele a levou para fora e caminhou vagarosamente sem dizer uma palavra indo até a árvore que a conhecerá.

À noite com um luar gigantesco iluminando aquela região bem servida de varias flores silvestres, com algumas estrelas no céu, o som da água caia bem distante em um corgo não muito distante dali. Os grilos e os sapos faziam a serenada da noite para eles.

Ele a olhou bem dentro dos seus olhos e como pedisse permissão, ele aproximou-se lentamente dela colocando seus dedos de uma de sua mão no rosto branco dela, e a outra em sua cintura a puxou para mais próximo dele.

Ela sentiu o ar quente vindo de seu nariz e de sua boca e sem dizer uma palavra ele a toma em seus lábios em um beijo vagaroso e lento.

Seu coração bateu forte e descompassado, sua dor e seu arrependimento iam sumindo aos poucos, o ser monstro ou não para ele se foi ali naquele momento, pois ele não resistiu ao charme e a beleza da garota, ao amor que ela queria lhe dar para salvar a sua própria alma perdida no tempo e espaço do arrependimento e como se ela tivesse o dom da cura, uma a uma das cabeças da casa do canceriano foram sumindo e uma delas disse em voz baixa em seu ouvido.

— Que bom que finalmente você aprendeu a amar Máscara da Morte, pois agora você tem o nosso perdão, mesmo das almas que já se foram, você tem o nosso perdão. Siga seu caminho livre de nos que éramos o seu fardo.

Máscara da um leve sorriso ainda sentindo o gosto da boca da Bela e quando ele se afastou e a olhou ele disse:

— Que bom que você acredita em conto de fadas e agradeço por me dar um final feliz.

Bela sorri a ele e os dois deitam na grama olhando o luar, para depois trocar mais alguns beijos carinhosos, trazendo para o psicopata o amor e o ensinando a amar de volta o libertando de toda a sua sina de ser um monstro, cruel e sem coração que um dia fora, mas agora ele não seria nunca mais...

 

Fim...


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