Psicopatas podem amar? escrita por Val-sensei


Capítulo 3
Começando a acontecer




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Máscara da Morte entra no outro mundo através do Sekishike e começa a procurar a moça que lhe tinha feito sorrir por poucos minutos, que tinha o feito acreditar em algo bom por alguns instantes de sua vida. Ele olhou para aquele mundo que trazia tantas recordações e continuou a sua jornada a procura daquela garota que havia despertado algo nele, pois ele precisava disso, talvez o redimisse um pouco dos seus pecados, ou talvez amenizasse um pouco a sua dor.

Chegou ao submundo e olhou por todos os cantos até que há viu deitada de baixo de uma árvore olhando um ponto qualquer vendo as almas indo em direção a um buraco e elas não voltavam, circunvagou os olhos e viu muros de pedra sem muita vida.

— Olá Bela! - ele sentou-se do lado dela.

— Esse é o lugar que você mandava as pessoas que você matava? – ela perguntou o fazendo tremer.

— Sim – ainda vestido em sua armadura reluzente do ouro o canceriano vira-se para ela com a voz emocionada. – Viu como eu sou um monstro... Por isso pedi para não se envolver comigo...

— Você me disse que se arrependia do que fez e eu vi outra pessoa matando minhas amigas e não você, pelo contrario eu tentei me salvar por que sabia que você viria me salvar, ainda bem que o poder dele passou de raspão pela minha garganta.

— Não foi bem de raspão, ou você não estaria no sekishike - Ele abaixou a cabeça sentindo a dor que ela deve ter sentido e agora estava entre a vida e a morte, mas ele podia salvá-la e ia fazer isso por ela. - Sim eu tentei te salvar com o meu cosmo, mas agora eu vim te salvar de partir para o outro mundo... Eu vou levar de volta comigo, Bela – ele se levanta e fica de frente a ela. – Se você quiser é claro – ele olha aquele lugar que lhe trás lembranças dolorosas.

— Não vou poder falar se eu voltar... – ela o olhou triste, pois queria poder sempre conversar com ele, mas ela sabia que suas cordas vocais tinham sido danificadas.

— Só quero que você volte à vida, ficar aqui é mais trisque que não ter a sua voz – ele a encara firme, queria ela lá, mas não assumiria por que não se sentia digno.

— No fundo você tem um bom coração e só não libertou as almas daqui ainda por que não sabe como fazer.

— Não é que eu não saiba, na verdade não é possível, a maioria já fez a passagem... – ele olha todo aquele lugar, a tristeza que o local carrega, a dor que ele causara estava toda ali e ele sente a dor no seu coração. – Não queria que mais gente morresse inocentemente, mas não pude fazer nada para salva-los, porém ainda posso salvar você Bela... – ele estende a mão para ela. – Vem comigo – ele a encara e ela pode ver o seus olhos tremendo e solitários.

— Mas não vou falar... – ela fica triste olhando indecisa.

— Tudo bem... Eu só quero que... – ele ficou rubro, pois sabia que não a merecia, afinal ele era um assassino que não merecia nada... – Eu quero que fique viva, afinal é a única coisa que eu posso fazer para... Redimir-me um pouco dos meus pecados... E... – ele desviou os olhos dela e não conseguiu dizer, mas ela soube o que ele queria, mas resolve não dizer nada, porém ela da um sorriso carinhoso e estende a mão para ele.

— Se for para te ajudar eu vou com você – ela o encara com aqueles olhos cor de mel e ele envolve seus braços em sua cintura com um toque de carinho e ela percebe esse toque dele. Ele concentra o seu cosmo e volta para a sua casa, fazendo com que o espirito dela volte ao seu corpo.

Bela acorda e o encara.

— Como se sente? – ela da um sorriso a ele mostrando que estava bem.

Ele respira aliviado quando Shaka entra em sua casa com Shun, Ikki e Hyoga puxando o cubo de gelo e as correntes que levavam o falso cavalheiro.

— Achamos o criminoso, Máscara da Morte – diz Shaka e vê a moça a acordada e nota com o seu cosmo que a sua fala fora cortada, ou seja, ela não podia falar. – Shaka sorriu a ela e ela retribuiu meiga.

Máscara da Morte o olhou bem e diz:               

— Por que raios você queria me incriminar? – ele o encara de modo frio e o encarando.

— Queria o seu lugar, afinal você se tornou um molenga... Eu o admirava quando você matava sem dó nem piedade, fazendo aquelas pobres almas sofrerem, mas ai você virou um molenga... Como eu sabia um pouco sobre cosmo por ter tentado entrar para ser um cavaleiro de Atena e não entrei, eu te observei até aprender, apesar de não ter aperfeiçoado como você, valeu a pena.

— SEU BASTARDO, SABE COMO É FAZER UMA PESSOA SOFRER? – ele estava enfezado.

O falso cavalheiro gelou, afinal conhecia a fama do Máscara da Morte.

— Eu vou te mostrar como é o submundo, seu falso – ele já ia para atacar quando Saori entrou.

— Máscara se acalme, ou vai assustar a garota – Saori disse calmante entrando no recinto.

Ele olha para a cama e vê a garota. Havia esquecido completamente dela e estava pronto a matar na sua frente.

Ele suspirou fundo e saiu dali cabisbaixo, deixando ela e os demais cavaleiros resolverem os problemas.

Saori mandou prender o falso cavalheiro em uma cadeia isolada onde Kanon tinha sido preso há muitos anos e o cavaleiro falso ia ficar lá por muitos anos, totalmente isolado e pensando nos seus erros.

Shun, Ikki e Hyoga saiu deixando Shaka e Mu com a garota.

Bela já ia se levantar para ir atrás do Máscara, pois sentiu a tristeza dele depois de perder o controle na frente dela, ela queria falar com ele, mas lembrou que não tinha mais sua voz. Ela tinha perdido as cordas vocais. Lembrou como sentia a dor dele como se lesse a sua alma.

Mu viu em seus olhos e sorriu a tranquilizando e dizendo.

— Não se preocupe, ele volta, você precisa descansar e se recuperar – ela o olha e depois olha para Shaka.

— Eu posso curá-la Mu, mas a voz dela pode demorar a voltar – ele o encara.

— Acho que o nosso amigo merece isso Shaka – Mu sai o deixando a sós com a garota.

— Pode ficar tranquila, não vou machucar você, mas pode doer um pouco por que vou usar o meu cosmo.

Ela da um sorriso e o encara, ficaria feliz por que voltaria a falar com o Máscara.

Shaka concentrou o seu cosmo e ela sentiu uma dor desconfortante enquanto ele devolvia o sentido dela, a voz.

Logo tudo se sessou e ele disse:

— Amanhã você tenta falar, mas hoje descanse, mais tarde eu trago algo para você comer.

Ela sorriu a ele e o viu sair, mas ela ainda continuava preocupada com o cavalheiro canceriano e olhou sua casa coberta de cabeças nas paredes e sentiu a tristeza no seu coração, imaginando o dele, carregando o arrependimento e de tudo que ele carregava em suas costas como se fosse uma saga que nunca ia acabar.

Ela suspirou fundo e realmente ele matara muitas pessoas, mas ele havia arrependido e sentia a dor do remorso no seu peito e era solitário.

Ela ficou deitada para descansar, logo adormeceu no sentido o cheiro do cavalheiro na cama dele.

O tempo passou rapidamente e Máscara da Morte entrou em sua casa já sem sua armadura e a viu dormindo em sua cama, parecia uma princesa que ele não merecia, de forma nenhuma e ele com raiva quase matou aquele cara, no fundo ele tinha acordado o seu eu assassino e se agora para frente ele voltasse a matar só por prazer... Teve medo que isso ocorresse novamente, mas ele não queria.

Viu Saori entrar e dizer:

— Venha até o santuário Máscara – ela da um sorriso singelo a ele.

Ele não disse nada, suspirou fundo para depois ir.

Chegou lá viu todos os cavaleiros reunidos diante dele.

— Máscara, estamos aqui reunidos para pedir desculpas de todas as acusações que fizemos contra você.

Ele olha todos os cavaleiros e vê Mu, Shaka, Dohko Seya, Ikki, Hyoga e Shun se aproximarem dele.

— Ele merece afinal ele mudou – sorriu o ariano.

— Estamos arrependidos do que fizemos – Aldebaram falou de cabeça baixa meio sem graça

Aos poucos os demais foram se desculpando um por um.

— Por que está todo mundo pedindo desculpas ao Máscara – Afrodite acabara de entrar no santuário junto com Shura, eles chegaram de uma missão fora do santuário e perderam os acontecimentos anteriores.

— É uma longa história, mas depois contamos para vocês – Mu sorriu e Máscara da Morte ficou em silêncio diante de todos.

— Não vai dizer nada? – perguntou Dohko.

— Quero agradecer aos que acreditaram em mim até o fim, foi muito importante para mim, Mu, Shaka, Dohko e também quem ajudaram eles acreditando na minha inocência, porém não discordo de Aldebaram, talvez eu possa voltar a ser o assassino e monstro, pois hoje quase mandei aquele cara para o submundo sem pensar duas vezes...

— Você estava com raiva Máscara é natural – Saori o abraçou.

Ele apenas a olhou meio sem jeito, mas ele sabia que aquilo ficaria na consciência dele.

— Obrigada pessoal – ele saiu os deixando ali, queria ficar sozinho.

Enfiou as mãos no bolso da calça, fitando o céu ele foi para debaixo da sua árvore de costume e ficou por lá, já que a moça dormia em sua cama na sua casa tranquilamente.

Suspirou fundo ao olhar o céu carregado de estrelas, principalmente a sua constelação que lhe dava o poder do seu cosmo e se perdia em seus pensamentos dolorosos, onde se lembrou do monstro que ainda havia dentro dele. Ele sentiu medo em voltar a ser o que ele era.

— Te achei – a voz saiu baixa e um pouco rouca, pois ela tinha recuperado a voz mais cedo com o cosmo de Shaka, porém ela não poderia esforçar muito afinal ainda estava em faze de recuperação. Porém ela não poderia deixara para o outro dia, estava ansiosa e queria acalmar o coração do canceriano.

Máscara ouviu claramente a doce voz baixa e meio rouca da moça de cabelos pratas que tanto chamara a sua atenção.

— Shaka conseguiu devolver sua voz? – ele perguntou em um tom ríspido sem olhá-la.

— Sim, ele é um cavalheiro muito gentil – ela se sentou ao lado dele e ficou o observando por um tempo. O silêncio era constrangedor entre os dois.

A brisa da noite bateu fria e balançou as folhas das árvores e junto os cabelos dela jogando um pouco em seu rosto, a mesma brisa a fez envolver os braços um no outro sentindo um pouco de frio.

— Vá para casa, ou vai ficar doente nesse frio – ele estava frio e ainda não a olhava.

Ela pegou na mão dele o fazendo a olhar nos seus olhos cor de mel. Máscara a olhou e sentiu seus olhos tremerem ao olhar o dela.

— Não seja tão mal educado e frio, pois no fundo você é gentil e cortes... Eu notei isso em você desde o dia que eu o vi.

Ele levantou rapidamente e a encarou, o mesmo olhar frio e com certa rispidez que ele tinha quando ia matar um inimigo.

— Você não enxerga... – Eu sou um mostro que assassinou varias pessoas e hoje mais cedo quase assassinei outra pessoa... Eu... Tirava vidas inocentes em nome da justiça e me divertia e hoje eu... Quase fiz isso na sua frente... – ele virou-se de costa para ela enquanto ela não sentia medo dele, pelo contrario ela sentia a sua dor, seu sofrimento de estar ali sozinho, seu medo de voltar a ser quem ele fora um dia... – Bela, não se envolva comigo, não tenha piedade de mim... – ele suspirou fundo sem olhá-la e começou a caminhar lentamente.

— Máscara... – ela o abraçou por trás o impedindo. Envolveu suas mãos em volta do seu peito sobre a armadura reluzente.

Ele tocou levemente a mão dela e sentiu algo que ele nunca havia sentido antes em sua vida. Virou-se para ela e viu-a olhando para ele.

Sentiu o seu olhar e seu toque trêmulo; ninguém havia tocado e olhado ele daquele jeito, um jeito carinhoso e amável.

Os dois se olharam em silêncio um tempo.

“Como ela consegue ler a minha alma desse jeito”? Ele pensa se perguntando.

Ele tocou o rosto dela delicadamente passando os dedos levemente em sua pele macia e ouviu sua doce voz.

— Não tenha medo... Você mudou... Eu vejo isso em você, dentro da sua alma. Eu não vejo você um monstro assassino, eu vejo você arrependido do que fez além do mais eu também mataria aquele cara, pois ele matou minha família.

— Sua família? – ele perguntou tentando entender. - Aquelas garotas era sua família? – ele perguntou incrédulo.

— Sim... Era uma casa de prostituição, fui deixada lá quando criança, fui criada pela dona do Bordel, mas eu era a única que não me envolvia com homens dentro casa, por que a dona do Bordel me viu como uma menina que não servia para aquela vida. Ela viu que eu conseguia ver as almas dos homens e para me deixar segura ela resolveu não me envolver no meio do negocio dela, mas mesmo assim às vezes os homens tentavam tirar proveito de mim, mas ela sempre arrumava um jeito de fazer propaganda de outras garotas. Ai um dia eu vim colher flores para por nos quartos e vi você... Você era diferente daqueles homens nojentos que iam ao Bordel.

— Não sou tão diferente assim – ele já ia soltar ela quando ela o impediu.

— Você é sim... Eu vi a sua alma destroçada aquele dia e senti a dor que você sentia naquele momento que eu ti vi, por isso te associei a Fera do livro... – ela aproximou-se dele com um leve sorriso e depois foi pouco a pouco para beijá-lo e ele sentindo a maciez do rosto dela e as respirações bem próximas um do outro quando alguém disse:

— Achei os pombinhos – Shaka sorriu os olhando e Máscara a soltou tão rápido que ela caiu sentada de bumbum no chão.

— Ao... – ela reclamou e se viu sentada;

— Não seja rude com a moça, Máscara – ele o encarou.

— O que você quer Shaka? – ele estava mal humorado e viu Shaka estender a mão para ajudar a garota a se levantar e a encarou e viu em sua alma que ela gostava do canceriano deu um leve sorrio sem dizer nada sobre o assunto e continuou.

— Saori vai dar um baile amanhã a noite para se desculpar melhor com você, além do mais você já tem um par para ir – ele o encara e vê que seu humor está daquele jeito. - Cuidado em... – ele sai enquanto o canceriano bufa cruzando os braços.

— Desculpe por te derrubar – ele a encara a moça meio sem jeito deixando seu ar marrento e frio.

— Tudo bem... – ela sorri.

— Vamos para o santuário aqui está frio para você – ele saiu um pouco à frente e ela o acompanhou até o palácio.

Logo os dois entraram na casa do canceriano e ele olhou cada cabeça ali presente e suspirou fundo e não disse nada. Apenas arrumou sua cama para ela e ajeitou um futum velho no chão distante dela colocando um cobertor para tampar a visão dele.

Ela o observava, sabia que teria dificuldades com ele então se virou e disse:

— Vai me levar ao baile amanhã à noite? – ela perguntou querendo dançar com ele.

Ele nada respondeu. Ela ficou meio triste do outro lado do cobertor, mas achou melhor descansar.

Máscara da Morte deita pensativo.

— Por que ela é assim comigo... Eu não a mereço... Ela está bem ali... E eu me sinto um monstro... Deve ser castigo... Só pode... - ele adormece em meio todos os seus pensamentos confuso e intenso.

Máscara da Morte adormeceu em seu futun com seus pensamentos, enquanto a garota sentiu tudo que lhe passa na alma dele. Ela suspirou fundo e soube que ia ser difícil quebrar aquela barreira que ele criara em volta de si com a culpa que servia como uma primeira armadura.

Bela dormiu triste e sentida até por que ela já o amava e queria ajuda-lo a se libertar do monstro que havia dentro dele, mas ela se perguntou antes de adormecer se conseguiria?


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