Festim de Sangue vol. 1 escrita por Ricardo
Para o vampiro recém-criado, Lucius, que estivera próximo ao campo de batalha, onde o exército inglês e americano digladiavam-se, ele tinha tido a impressão de que o exército americano havia perdido a batalha; Ele estava errado.
Os soldados americanos liderados pelo General Andrew Jackson conseguiram a Vitória, embora o cessar-fogo tivesse sido anunciado, os generais de ambos os exércitos não haviam sido notificados.
"Uma pena que o cessar-fogo já havia sido decretado. Aquela escaramuça não passou de um ato fútil e tolo de humanos", Pensou Lucius sujo de lama do pântano, suas roupas estavam rotas e esfarrapadas.
Entre as árvores e as brumas pantanosas, a luz de um lampião destacou-se afastando o manto solitário da escuridão. Lucius camuflou-se nas sombras enquanto esperava o dono da luz aparecer. Não demorou muito e um homem na casa dos cinquenta anos apareceu.
O vampiro notou que o velho trazia um mosquete de aspecto antigo, talvez um velho modelo usado pelos ingleses.
Lucius rapidamente bolou um rápido e simples estratagema.
O Moreno deu alguns passos, eles eram pesados e seu corpo balançava. O velho armado rapidamente virou para a direção de Lucius, o lampião já no chão e o mosquete apontado.
— Me ajude, por favor... - Lucius sussurra, enquanto pensa "Gado insolente, aponte isto para o lado! ".
"Santo Deus! ", Pensou Obediah, aflito ao ver o rapaz enlameado desmaiar e cair de cara na lama. Ele, como o bom cristão que era foi ajudar o rapaz, virou o corpo inerte e aninhou-o em seus braços, limpou a lama do rosto do rapaz.
Lucius possuía a pele de um tom caramelo, o cabelo negro liso e ondulado, o rosto era de certa forma charmoso, mas transparecia frieza e seriedade, sua pele estava gelada.
Obediah, deu um leve tabefe no rosto do vampiro para acordá-lo, o rapaz abriu os olhos, assustado, seus olhos cinzentos fitaram Obediah.
— Sede... - Sussurrou o vampiro ardiloso como uma serpente enquanto colocava uma mão no ombro de Obediah. Fitando o velho nos olhos, o vampiro comandou em tom profundo, sua voz era suave, porém gelado: - Calado. Não fuja. Não reaja. Obedeça-me.
O velho homem ficou rígido, parecia uma estátua. Lucius não perdeu tempo admirando seu poder de manipulação, ele fincou as presas afiadas na carne do pescoço do fazendeiro, sugando o sangue com calma.
Dessa vez ele não secaria sua presa.
Sentindo-se satisfeito, o vampiro ordenou que o fazendeiro que o conduzisse até sua moradia. Ao chegarem na casa de Obediah, Lucius jogou a esposa, os dois filhos homens e a filha mulher de Obediah em seu controle mental.
O vampiro ordenou que lhe preparassem um banho de água quente, que lhe dessem roupas novas, que um quarto fosse providenciado e suas janelas vedadas.
Lucius deu luz a sua personalidade tirânica, ele um filho de uma escrava com um rico fazendeiro francês que sempre sofreu do preconceito dos outros, resolveu que ninguém mais o insultaria por ser uma pessoa de cor. Antes ele era desdenhado, mas agora! Ele tem o poder para desdenhar o munApto
Aproveitando o banho quente numa banheira de latão, o vampiro deliciava-se com a sensação de limpeza e frescor. Depois de dias andando no brejo pantanoso, ele relaxava. Lucius sinalizou para que a filha de Obediah trouxesse uma toalha para que ele se secasse e pudesse vestir roupas novas: Um terno simples que pertencia ao filho mais novo do fazendeiro que possuía a mesma idade de Lucius; 19 anos.
A roupa tinha ficado um pouco curta e apertada em Lucius.
O vampiro vai descansar.
Duas noites passam rapidamente, o vampiro moreno está sentado de frente à outro vampiro, este mais velho e vestido de forma rica e elegante. Seu nome é Konradin Von Ehrenstein, o Questor de Nova Orleans.
—... E assim eu, Lucius Baudelaire, peço ao Questor por santuário. - Lucius termina seu monólogo seguindo a Regra do Respetivo; Apresentando-se ao Questor e pedindo por santuário.
O silêncio cai sobre a sala, Konradin encara Lucius de forma séria e fria. Com a voz desprovida de emoção o Questor Konradin indaga de forma direta:
— Quem é seu Dominus?
Lucius assume uma expressão triste e responde:
— Meu Dominus morreu enquanto observavamos A Batalha de Nova Orleans às margens do Mississipi, seu nome era Bjorn. - Lucius responde com a história que ele tinha inventado, o vampiro surpreendeu-se com a expressão abatida do Questor Konradin e com suas próximas falas:
— Aquele tolo... - Konradin respira profundamente: - Ele era meu irmão na vida e na não-vida... Jovem Lucius eu irei cuidar de você como se fosse minha cria. Seu Santuário está garantido.
Lucius, surpreso agradeceu.
O vampiro rapidamente fixou residência na mansão do Questor, lá o jovem vampiro começa a ter lições de inglês e entrega-se as artes, mas também passa a ser uma figura dominante no submundo criminoso da Cidade.
O tempo passa, Lucius está sentado numa poltrona no escritório do Questor Konradin, lendo um livro e bebericando uma taça cheia de sangue.
Tudo estava calmo... Lucius lia seu livro... E Konradin franzia o cenho para um jornal...
Era uma noite quente de verão... Konradin ficou pálido subitamente..
— COMO ELE OUSA!? - Ruge o vampiro furioso.
Lucius olha para Konradin, confuso.
— Questor? - Pergunta o jovem vampiro inseguro.
Konradin olha para Lucius com os olhos dardejando chamas de ódio e explica: - É Jackson! O MALDITO! A cidade votou, vão renomear a Place d'Armes em seu nome. Ela agora será chamada Jackson Square! - O ultraje do Questor era imenso.
— Como Ele ousa? - Apoia Lucius incerto.
— Sim! Como Ele ousa!? O que o maldito planeja?
Lucius pensa e chega a conclusão de que não ligava.
— Se você me dá licença, eu tenho que ver o que pode ser feito quanto à esse absurdo! - Diz Konradin colocando o paletó e saindo como uma tempestade tropical furiosa.
— Sim, Questor...
"Talvez o conhecimento de o quanto sua posição é precária tenha feito o Questor Konradin ficar paranóico? ", Lucius pensa, "Qualquer que seja o caso, tenho meus próprios planos... "
Mesmo com a paranóia, Konradin que havia assumido para si a tarefa de instruir Lucius nos caminhos da sociedade noturna e da imortalidade permanecia um excelente professor.
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