A Primeira Neve escrita por Sakure


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Queria deixar duas sugestões de videos.
O primeiro é para quem não conhece a música Creep do Radiohead, é legal dar uma olhada, pois coloquei a letra dessa música em inglês e para quem não conhece o vídeo é legendado.

O segundo vídeo é do Chanyeol cantando essa música, infelizmente consegui encontrar apenas um trecho e olha que vasculhei em toda a internet, mas não achei o vídeo completo, porém é só para você ter noção de como seria ele cantando.

Tem também um rapaz coreano que toca essa música se alguém tiver interesse é só deixar nos comentários que envio o link.

Os links estão nas notas finais.

Bem após essas sugestões de vídeos agora podemos falar sobre o capitulo, ele está bem fofinho e amor, mas também terá revelações sobre um personagem.
Por fim espero que gostem e aproveitem a leitura.



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― Agora vou terminar o que havia começado. – Ele me encosta na parede e me beija intensamente, me segura pela cintura e nos aproxima ao ponto de eu sentir o seu coração disparado junto ao meu, passo minhas mãos em seu pescoço, me deixo levar totalmente, me sentia muito bem perto dele e sentia que ele também sentia o mesmo, decidi que não iria fugir mais disso, o meu coração ansiava por ele.

Já estava totalmente sem ar, nunca pensei que o Suho fosse tão intenso, ao menos ele não passava essa imagem de pegador ou algo do tipo, então decido afastá-lo de mim a fim de recobrar minha sanidade também antes que acabasse fazendo alguma besteira.

― É melhor a gente parar por aqui, se alguém chega e nos ver assim posso até perder meu emprego, sem falar que seria muito constrangedor. – Falo para ele e me solto de seus braços.

Ele continua a me encarar sem dizer uma palavra e começo a ficar constrangida com a situação, seu olhar era penetrante e parecia ler meus pensamentos, então desvio o olhar, mas ele pega meu rosto com suas mãos e vira para ele.

― O que você está fazendo comigo? Não penso racionalmente quando você está perto de mim, só tenho vontade de tê-la perto de mim e abraça-la, será que isso é o que as pessoas chamam de paixão? – Ele me encarava como se esperasse que eu respondesse as suas questões, mas eu também não tinha as respostas e não conseguia entender por que ele se sentia assim em relação a mim.

― Eu não sei, só sei que me sinto bem perto de você, como se fosse familiar estar com você, desde que o conheci senti isso, parece loucura eu não o conheço direito e não costumo ser assim. – Vou falando e ele continua a olhar pra mim fixamente, ainda com as mãos em meu rosto, então ouvimos vozes vindas de dentro da casa e nos afastamos, não falamos nada, mas juntos entramos na casa.

Podia ouvir seus passos atrás de mim até chegarmos perto da sala, então ele vai pra cozinha e eu vou até a sala saber o que estava acontecendo, quando chego lá vejo Chanyeol tocando violão e outro rapaz cantando, esse jovem era desconhecido para mim, não o tinha visto antes aqui, então eles percebem minha presença.

― Noona esse é meu amigo Im Jaebum ou JB como todos os conhece. – Chanyeol me apresenta e eu vou cumprimenta-lo.

― Prazer, sou Eliza a Manager deles temporariamente. – Apertamos as mãos e pergunto a Chanyeol onde Sophia está e ele me diz que não sabe, então resolvo ir procura-la.

Como não a vi nos principais lugares da casa decido ir ao quarto dela, que depois de bater algumas vezes e ninguém atender eu abro, por que parecia que nessa casa ninguém trancava a porta, então eu simplesmente ia entrando nos lugares, ao entrar vejo ela totalmente perdida nos pensamentos olhando pela janela do quarto, estava tão concentrada que não me viu entrar, o que a fez levar um susto quando falei com ela.

― Liz é você? Não a vi entrar, onde estava? A procurei para chama-la para almoçar, mas não a vi. – Ela me pergunta e fico procurando uma resposta convincente, já que a verdade eu não poderia dizer.

― Estava escovando os dentes, sou um pouco estranha e escovo os dentes antes de comer. – Tenho certeza que nessa hora ela achou que eu fosse louca, na realidade até eu achei, como alguém escovaria os dentes antes de comer? Mas foi a única coisa que veio a minha mente para falar.

― Tudo bem, você precisa de alguma coisa? – Ela me pergunta e noto em sua expressão que esta triste.

― Não preciso de nada só não a vi lá em baixo e vim procura-la, mas você não parece bem, aconteceu alguma coisa? – Ao perguntar a ela eu noto que com certeza aconteceu algo, e que eu estava a incomodando.

― Você viu alguém desconhecido lá em baixo? – Ela me interroga e eu afirmo que sim com a cabeça.

― Pois então, ele era meu namorado, isso a muito tempo atrás. – Então ela me conta como conheceu ele e por que não estavam mais juntos, pude perceber que ela ainda guardava sentimentos por ele, mas não disse nada apenas ouvi.

― O que pretende fazer agora? Por que pelo que sei você namora outro não é isso? – Ela afirma que sim com a cabeça.

― Por enquanto não pretendo fazer nada, se GD descobre uma coisa dessas  vai enlouquecer, não sei  que aconteceria, por isso ficarei quieta, apesar dele ter voltado isso não muda o fato de ter me deixado e sem dar explicações convincentes.

Após nossa conversa decidimos descer por que não podíamos deixar aqueles meninos só por muito tempo, apesar de não serem crianças se comportavam como tais quando estavam sozinhos, e por incrível que parecessem estava tudo muito calmo, o único que estava na sala era o Chanyeol que estava sozinho tocando algo no violão, o restante não via nenhum.

― Chan onde estão os outros? Está tudo tão calmo que estou até estranhando. – Pergunto pra ele e me sento ao seu lado no sofá.

― Bem estão todos espalhados pela casa, como você sabe o Baek está no quarto possivelmente mexendo no celular, o Kai, Sehun e Lay estão na sala de dança ensaiando alguma coreografia, o D.O deve estar lendo algum livro no quarto dele, em relação ao Chen e ao Xiumim devem está treinando o canto na sala acústica, e por fim o Suho a ultima vez que o vi estava na cozinha comendo alguma coisa. – Depois desse relatório do Chan percebi que ele apesar de parecer meio desatento era bem observador, fiquei mais um pouco sentada ouvindo ele tocar, até por que estava tocando uma de minhas músicas prediletas do Radiohead.

When you were here before,
Couldn't look you in the eye.
You're just like an angel,
Your skin makes me cry.
You float like a feather,
In a beautiful world
I wish I was special,
You're so fucking special.

But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here.

Fiquei tão absorvida pela música que não percebi que o Suho havia chegado na sala e sentado ao meu lado, quando dei conta da sua presença me levantei do sofá.

― Já que está tudo calmo acho que vou indo organizar minha mudança, não é muita coisa, mas é melhor eu ir ajeitando tudo. – Já estava me virando para sair quando sinto alguém segurando minha mão.

― Eu vou com você, assim é mais rápido. – Era o Suho e eu já tinha ideia do por que ele querer ir comigo, mas não podia deixar as coisas rolarem assim tão rapidamente.

― Não precisa, vou levar Sophia comigo. – Falo para ele, apesar de não ter em mente levar Sophia, era bem melhor do que ele ir.

― Acredito que não seja bom deixar a gente só, não falo por mim, mas pelos outros e o Baek precisa de atenção, e Sophia é uma pessoa certa para isso. – Ele tinha razão, não podia deixa-los sozinhos, então tive que concordar e leva-lo comigo.

Decidimos ir no carro dele, que eu não sabia que existia, pois ir em uma van com motorista parecia um exagero, afinal era apenas minha roupa, passamos a metade do caminho calados, isso por que eu estava evitando tocar em assuntos delicados e que eu não queria discutir agora, me dei a liberdade de ligar o som do carro em alguma rádio, assim não ficaria aquele silêncio constrangedor.

― Você normalmente é calada assim? – Ele me pergunta de repente e eu levo um pequeno susto, estava tão distraída pensando em tudo que aconteceu que havia esquecido que tinha outra pessoa comigo.

― Não, na verdade acho que falo demais as vezes, estou só preocupada com tudo o que aconteceu, como solucionar com o problema de não ter o Baekhyun nos próximos eventos do Exo, e acima de tudo ter que explicar isso para Park Jan, ela vai me matar. – Além de falar muito eu era boa em arrumar desculpas de ultima hora, na realidade não estava pensando em nada disso, apesar de que deveria, mas estava pensando no que aconteceu entre nós mais cedo, não conseguia entender como alguém havia mexido tanto comigo em tão pouco tempo, sempre que estava perto dele meu coração batia mais rápido, precisava tentar transparecer o mais normal possível, mas por dentro estava um caos.

― Não precisa se preocupar com isso, já enfrentamos problemas maiores que este, e estou aqui para ajuda-la no que for preciso. – Então ele toca minha mão, e tenho certeza que o seu toque causou um choque na minha mão, fiquei olhando para nossas mãos juntas por um tempo até que tirei a minha debaixo da dele e olhei para fora da janela do carro, não conseguia encará-lo e nem podia, pois pelo calor que sentia no meu rosto eu tinha certeza que ele deveria estar bem vermelho.

Não demorou muito para chegar no meu alojamento, sai do carro e pedi que ele me esperasse lá fora, pois ele não podia entrar, questão de normas da instituição, para a minha sorte Hyo estava no quarto e me ajudou a arrumar as coisas, após tudo arrumado eu tomei um banho e coloquei uma roupa mais confortável, então desci com algumas malas e ele estava no mesmo lugar que o havia deixado, quando me viu foi me ajudar a colocar tudo no carro e depois seguimos para casa.

Ao menos era o que eu achava que estávamos fazendo, mas comecei a perceber que o caminho era outro, até que ele parou aparentemente no meio do nada, pois eu não via nada ao redor a não ser árvores, parecia que estávamos próximos a algum bosque ou algo parecido, então ele sai do carro e eu me vejo obrigada a fazer o mesmo, quando saiu vejo ele encostado no capô do carro olhando para o céu, que hoje estava muito limpo, o que era raro em Seul devido a poluição, mas de qualquer forma ainda não via proposito em nossa ida a aquele lugar.

― Por que estamos aqui? – Pergunto a ele, e também fico encostada no carro ao seu lado.

― Por que está me evitando? – Ele me pergunta se virando pra mim, e ficando na minha frente, ele coloca suas mãos no capô do carro me deixando sem saída e obrigada a olhar pra ele.

― Não estou lhe evitando só não tinha o que falar, era só isso. – Digo a ele, e ele continua a me olhar de uma forma que me deixa envergonhada.

― Quer dizer que o que aconteceu mais cedo não significou nada para você? Já que não tinha o que falar comigo eu posso deduzir isso. – Ele parece sério ao dizer isso e eu não sei o que dizer.

― Não é isso, mas foi tudo muito de repente para mim, isso não quer dizer que eu não tenha gostado ou não tenha vontade de repetir, porém não vejo em que isso tudo pode nos levar. Vamos ficar nos beijando escondido dos outros e ai o que vai ser depois? – Realmente tinha refletido um pouco sobre tudo isso e realmente o que poderia esperar de um relacionamento entre nós dois? Tínhamos vidas totalmente opostas e eu não estava a fim de mais um romance frustrado.

― O que você quer de mim? Quer que eu a peça em namoro? Que eu a apresente a todos? Se for isso posso fazer, eu não me importo, quero que você saiba que essa é minha primeira experiência com uma mulher, nunca namorei com alguém por que nesse meio em que vivo ninguém nunca me chamou a atenção, e perto de você tenho a sensação de liberdade, a única coisa que quero é ficar perto de você. – Seu olhar era tão profundo ao dizer essas palavras que me cativou, e não havia percebido, mas tinha levado minha mão até seu rosto, acho que era para verificar se ele era real, uma parte de mim queria ser racional nesse momento e ir embora, mas outra queria abraça-lo e deixar meu coração gostar dele.

― Você é sempre bom com as palavras? Não precisa anunciar a todos que temos algo, só o fato de você querer fazer isso já é o bastante, só quero que você termine comigo quando perceber que não pode levar o nosso relacionamento adiante, você pode fazer isso?. – Precisava que ele me assegurasse isso, pois eu não podia mais vivenciar o abandono que o Jin havia me causado, sumir sem dar explicações, isso eu não podia mais admitir.

― Isso quer dizer que você gosta de mim? – Afirmo que sim com a cabeça e ele abre o sorriso mais lindo que eu já havia visto na vida.

― Você ainda não me respondeu? – Falo para ele, então ele pega uma mecha do meu cabelo que estava em meu rosto e o coloca atrás da minha orelha, atitude que me fez recordar a primeira vez que nos vimos.

― Tudo bem eu termino com você caso eu ache que não posso prosseguir com nossa relação, mas vou lhe adiantar que você não vai se vê livre de mim tão facilmente. Agora já posso beijá-la ou ainda tenho que prometer algo mais? – Ele tinha essa capacidade de sair do romântico para o caliente em questão de segundos.

― Não sei o que você está esperando. – Sussurro em seu ouvido, é quando percebo que estamos muito próximos, ele então me dar um beijo na testa, beija minhas bochechas até encostar seus lábios nos meus, seu beijo era tão doce e ao mesmo tempo quente que me fazia esquecer de tudo ao redor. Ficamos ainda um tempo ali no nosso mundinho aproveitando cada instante juntos.

Jin Pov’s

13:00 pm em París

― O senhor tem certeza que quer fazer isso? Não acha que ainda é cedo para voltar?

― Tenho certeza, não posso mais esperar, tenho muita coisa para resolver na Coréia. – Falo para James, meu enfermeiro que tem cuidado de mim nesse período de recuperação.

― Essa coisa se chama Liz por acaso? Espero que você consiga explicar a ela tudo o que aconteceu nesse tempo que o senhor esteve ausente.

― Também espero isso, ela é a mulher da minha vida, vou fazer o que for preciso para tê-la novamente. – Ela iria entender por que fui embora e não entrei em contato, não via a hora de vê-la e abraça-la, poder tocar seu rosto e bagunçar seu cabelo, vê sua cara de zangada e rir de como ela fica linda. Tinha certeza que ela ainda me amava e se não amasse eu faria de tudo para reconquistá-la.

― Senhor suas malas estão prontas, já podemos ir. – Me levanto com certa dificuldade da cadeira de rodas e caminho até James, o dou um abraço e agradeço por ter cuidado de mim, em seguida caminho até o carro e dou adeus aquela casa, agora estava voltando para a minha verdadeira casa.


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Notas finais do capítulo

Créditos finais a Park Jan que tem me ajudado na revisão do capítulo.
kamsahamnida.

Link 1: https://www.youtube.com/watch?v=hAHK32kBQL4

Link 2: https://www.youtube.com/watch?v=DgH85JkyjtM&list=LL-XrNf05f0dD4qLAPJrd6tA&index=2



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