Interativa - O Décimo Reino escrita por Luan Hiusei


Capítulo 11
XI - Não Parece Uma Má Ideia


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoas, demorei um pouco mas cheguei. Boa leitura.



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O dia havia amanhecido rapidamente para os cinco colegas que tinham a nobre missão de levar armas até os enviados da cidade. Anael ainda não estava totalmente por dentro daquilo mas não se interessava também, havia realizado seu segundo contrato e podia sentir seus novos poderes, sabia também que logo Louise sentiria uma nova energia mas achava pouco provável que ela pudesse perceber o que era. Anjos felizmente eram praticamente imunes a magia Rosa e se ela tentasse muito ele perceberia e agiria.

— Levante. – Matthew chutava Anael de leve, mas a cada um dos golpes parecia aumentar um pouco a intensidade. Estava irritado com o fato de Anael se recusar a levantar mesmo já sendo sete da manhã e todos os outros estando de pé já. – Vamos seu preguiçoso.

Anael murmurou alguma coisa incompreensível enquanto se virava no chão, recusando-se a levantar. Com a intensidade dos chutes aumentando o anjo se viu obrigado a acordar. Girou para o lado e nem olhou Matt sair da sala um pouco irritado.

* * *

— Está tudo pronto? – Louise perguntou a Luriel enquanto carregava mais duas espadas, ela visivelmente não era muito forte fisicamente comparada a ele que estava com seis.

— Sim, essas são as últimas. – Ele olhou a garota por alguns segundos. – Você tem certeza que não quer ajuda?

— Não precisa... estou bem. – Ela disse embora não parecesse muito, era possível ver por seus olhos que estavam com olheiras enormes.

Louise ficou observando Luriel andar até a caminhonete que estava na rua e largar as espadas sobre a parte de trás. Ela não estava muito bem mesmo, não havia conseguido dormir nada na última noite devido a escuridão em que estavam e o que poucos sabiam era que ela morria de medo disso, havia ouvido sons na sala mas não teve coragem de se levantar e ver o que era.

Ela largou por fim as armas sobre a caminhonete enquanto observava os colegas se movendo com pressa para a casa. Matthew também não estava muito bem, parecia com sono mas se mantinha com o mesmo humor ácido de sempre. Não saia de perto de Nate e ainda dava olhares desconfiados para Anael que estava tentando de todo jeito evitar sujar suas mãos com “trabalho humano irrelevante para seu objetivo”, estranhamente ele e Luriel pareciam estar se acertando com algumas conversas aleatórias de vez em quando, sendo o único com quem estava falando no momento. Louise percebeu Nate com dificuldades para carregar uma lança e saltou da caminhonete para o ajudar, sentiu o olhar desconfiado de Matt assim que falou com o pequeno garoto.

— Posso te ajudar se precisar. – Louise sentiu sua voz estranhamente lenta, estava realmente exausta.

— Não, tudo bem, eu tenho que fazer algo também. – Ele disse convicto e arrastando a lança pelo chão. Matt havia parado o que estava fazendo para olhar os dois.

— Anael também deveria e olha lá, não está fazendo nada. – Louise disse dando uma risada acompanhada pelo garoto.

— Mas ele é diferente... meio, eu acho.

— Muito, mas isso não isenta ele do trabalho, agora deixa eu te ajudar. – Ela pegou a outra ponta da lança que estava no chão e os dois levaram até o carro.

*  *  *

Matt continuava olhando de canto para Louise e Nate mas quando ela o ajudou a carregar a lança ele desviou os olhos para Luriel e Anael conversando. Definitivamente não ia com a cara de nenhum deles, exceto Louise que estava sendo muito gentil a Nate, seu irmão. Não confiava plenamente nela mas estava um pouco aliviado desde o dia em que o garotinho o convenceu a se juntar aquele grupo.

Sua desconfiança a respeito de Luriel era exatamente com as armas, que todos sabiam ser muito boas, mas Luriel sempre se recusou a contar de onde conseguia, respondendo com um vago “conheço uma pessoa”. Infelizmente dependiam dele, pois era quem conseguia alimento e o que mais fosse preciso para o grupo. Mas o motivo da desconfiança aumentou ainda mais com a súbita aproximação dele com Anael, que Matt tinha absoluta certeza que havia sido causada por mais coisa que simples acaso.

Nate estava apenas curioso com relação ao anjo, curiosidade natural a um menino de seis anos ao conhecer um anjo. Ironicamente e felizmente Nate havia nascido em um mundo já destruído e não tinha o mesmo sobre os demônios ligados a morte desde que surgiram.

— Você vai ficar o dia todo olhando os lindos campos floridos a nossa frente? – O tom debochado de Agnes retirou Matthew de seu mundo interior e o fez se virar rapidamente para direção dela.

— Não parece uma má ideia. – Ele respondeu com um sorriso irônico que se desfez em segundos. Agnes e Matt tinha uma certa “rivalidade” devido a semelhança nos dois no modo de tratar os outros, no começo ambos se sentiam incomodados por isso mas agora estava se tornando uma brincadeira.

— Eu sei que não, também gostaria, mas esses campos floridos não existem, então vamos indo. – Ela fez menção de puxar o braço de Matt, mas esse revirou os olhos em resposta e ela deu de ombros, indiferente.

Em alguns minutos estavam os seis integrantes do grupo arrumados da melhor forma possível no veículo, Anael havia estranhamente demonstrado interesse em algo dos humanos, do seu jeito é claro, quando perguntou sobre a “tecnologia primitiva que os humanos usavam para se locomover”, Louise explicou rapidamente o que era um carro e ele pareceu surpreso com os humanos.

Luriel havia sentado no banco do motorista e estava com um braço para fora da janela numa pose estranhamente clichê mas com seu estilo, Agnes fora ao seu lado, soltou as pistolas que usava sobre o porta-luvas do carro e cruzou as pernas, apoiando o cotovelo na janela. Nate estava entre eles no carro, parecia sorridente e animado com a viagem.

Por fim na parte de trás, na caçamba do veículo estava Anael, que exigiu um lugar dentro mas não foi atendido. Matt que não parava de dar seus olhares perturbadores e desconcertantes para o anjo, e Louise que ria um pouco nervosa da tensão entre os dois. Com todos arrumados Luriel deu partida e saíram, Anael quase caiu do carro com o tranco.


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Notas finais do capítulo

Entãaao pessoal, o que acharam? Espero que tenham gostado, vejo vocês nos comentários, bay.



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