Sweet Desires escrita por Anna Miranda


Capítulo 20
Que seja doce


Notas iniciais do capítulo

Sweet Desires chegou oficialmente ao fim. E eu só tenho a agradecer a todos que me acompanharam nessa caminhada e que me apoiaram, com comentários aqui ou no twitter. Eu sou profundamente grata a todos vocês, pois sem vocês tenho certeza que não teria chego aqui. Eu to em prantos, porque como foi difícil dizer adeus a esses personagens que eu amo tanto. Espero que vocês gostem do desfecho dessa história tanto quando eu, e mais uma vez obrigada.


ps.; Leiam as notas finais do capitulo



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Seis meses mais tarde

De olhos fechados ela inspirou e expirou uma ultima vez tentando se concentrar no que faria a seguir. O coração batia arrítmico no peito, e ela podia sentir a pulsação no pescoço  e o latejar nos ouvidos, bravamente ela lutava contra as lagrimas que se acumulavam em seus olhos ameaçando embaçar sua visão. Um pé na frente do outro,  ela lembrou a si mesma assim que ouviu seu nome ser chamado.

“Regina Louise Mills” disse o reitor próximo ao microfone e ao caminhar para ir buscar o seu diploma a morena ouviu o ambiente  explodir em uma salva de palmas e o seu nome ser gritado em diferentes  momentos por diferentes vozes.

Com um sorriso enorme no rosto ela caminhou até o seu professor favorito durante a graduação, e o abraçou efusivamente agradecendo-o brevemente por tudo.  No caminho de volta para o seu lugar Regina posou para algumas fotos e acenou para o pai que estava na plateia ao lado da sua melhor amiga Mary e da família de Rebecca.

Após a entrega dos diplomas, o reitor da faculdade ainda estendeu a cerimonia por cerca de meia hora devido aos protocolos que deveria seguir. A primeira coisa que ela sentiu quando tudo chegou ao fim foi o abraço de Rebecca e mais uma vez ela precisou lutar contra as lagrimas que ameaçavam cair de seus olhos. Ainda abraçadas as duas caminharam ao encontro de suas famílias.

“Querida, eu estou tão orgulhoso de você.” Henry disse ao abraçar a filha com a voz embargada pelo choro. Ouvir o choro na voz do pai fez com que a morena cedesse à emoção.

“Obrigada papai, por sempre me apoiar. Eu não estaria aqui se não fosse por você!”

“Eu sempre soube que você conquistaria o mundo com seu doce coração e sua determinação pequena. Quando eu vi você cozinhar a sua primeira refeição eu soube que seu caminho seria marcado pelo sucesso.” Ele disse depositando um beijo na testa da filha e em seguida a abraçou de novo mais apertado dessa vez.

“Você acha que ...” A morena interrompeu a pergunta fitando o pai, e por conhece-la tão bem  foi capaz de traduzir o silencio dela.

“Eu tenho certeza que não importa onde sua mãe esteja, ela sempre olhou e cuidou de você em todos esses anos Nina, e ela não poderia estar mais orgulhosa de você nesse momento.” Ele disse limpando as lagrimas que escorriam pelo rosto dela. “Ela esta aqui com você querida – ele disse tocando o local onde o coração da filha estava- ela esta aqui comemorando sua vitória.”

“Eu sei. Eu sinto.” Ela disse dando um sorriso em meio as lagrimas, e de repente sentiu-se inundada por uma paz que a muito tempo não sentia, assim como uma certeza de que daria tudo certo dali para frente.

“ACABOU!” Rebecca apareceu de repente gritando, e se jogou nos braços de Regina. “Nós estamos oficialmente formadas! A gente precisa beber para comemorar.”

“Como se você precisasse de uma desculpa para beber.” Regina disse abraçando a ruiva de volta, e então elas deixaram o local da cerimonia sendo seguidas pelos familiares e os amigos que estavam presentes.

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“Você pode se sentar por favor? E terminar seu café? Você esta me deixando nervosa movimentando-se de um lado para outro como uma barata tonta.” Rebecca disse enquanto fazia o desjejum sozinha da sala de estar e observava Regina correr de um lado para o outro no apartamento.

“Não da, estou atrasada.” A Morena disse dando mais uma mordida no muffin e largando ele sob a mesa e sumido em seguida no corredor.

“São oito e quarenta ainda Nina.” A ruiva disse em um tom de voz mais alto para que a morena pudesse ouvir.

“Exatamente, e eu tenho uma reunião as nove e dez.” Regina disse reaparecendo, carregando uma pilha de pastas e papeis. “Eu preciso ir, te amo.” Ela disse dando um beijo na bochecha da amiga e em seguida sumiu porta a fora.

Fazia quase dois meses que as duas estava morando juntas no apartamento de Nova York de Rebecca.  A decisão de mudar-se para Nova York não era permanente, ela ficaria com Bex somente o período de tempo necessário para resolver tudo o que precisava para abrir sua confeitaria em Sussex. Então, entre reuniões com o seu gerente de banco, e reuniões com designer, consultor econômico, possíveis empregados e tudo o mais que precisava para abrir o próprio negocio, ela quase não ficava no apartamento de Rebecca, muitas vezes na verdade, ela só retornava para o apartamento para tomar banho e dormir.

A reunião das nove e dez era com o gerente do banco, e se tudo desse certo ela finalmente conseguiria o empréstimo para começar o próprio negocio. O pai havia tentado dissuadi-la de todas as formas possíveis a aceitar o dinheiro dele, no inicio ele quis dar a ela, no entanto, quando percebeu que ela estava irredutível, ele até mesmo ofereceu emprestar a ela o dinheiro. Mas a morena havia recusado veementemente todas as ofertas do pai, queria fazer o seu sonho se tornar realidade por conta própria.

“Senhorita Mills.” O homem de portes medianos e cabelos escuros a cumprimentou.

“Olá James.” Ela sorriu e entrou na sala dele.

“Como foi o encontro semana passada?” A morena perguntou assim que sentou-se de frente para o gerente.

“Agradável!” James disse com um sorriso galanteador no rosto.

“Agradável? Você falou desse encontro por duas semanas, e tudo o que eu ganho é agradável? Você vai precisar elaborar melhor essa resposta.” Regina disse rindo.

“O lugar onde jantamos foi ótimo, o ambiente era incrivelmente sofisticado, e a comida estava maravilhosa. Obrigado pela indicação a proposito. Ah! o dono do local estava lá, Robin o nome dele se não me engano, e ele foi bem receptível e educado.” 

Ouvir o nome de Robin fez o coração de Regina saltar no peito e ela precisou lutar para manter o rosto impassível, não queria demostrar o quanto só ouvir o nome dele ainda mexia com ela.

“Mas? Eu sinto um mas vindo.” O sorriso ainda estava estampado no rosto dela, mas o brilho do olhar já não estava lá.

“Ela tem uma personalidade muito forte” James confessou entredentes, quase como se não quisesse dizer.

“Personalidade forte ?” A morena disse rindo abertamente.

“Regina...” ele disse em tom de repreenda.

“Eu aposto que você quis fazer a linha do empresário importante que tem todas as mulheres caindo ao seu pé e ela não comprou o seu produto, e por isso você esta ai agora cheio de não me toque.”

“Mas eu tenho varias mulheres que fariam qualquer coisa para ter a chance de sair comigo.”

“A me poupe James, nenhuma mulher esta interessada nisso. E se você vendeu esse produto para Clara você foi um babaca.”

“Ok, é isso senhorita Mills, nenhum empréstimo vai ser concedido a você.” James disse de repente mudando sua postura e o tom de voz ficou mais serio.

Regina suspendeu uma sobrancelha e sem uma palavra disse o que precisava dizer. Num acordo tático e silencioso, eles de repente deixaram de lado a relação amigável e entraram no modus operante profissional.  James explicou que havia conseguido o empréstimo para ela, mas não o valor total que ela havia pedido. Ele explicou que apesar dos fiadores e da garantia que ela tinha oferecido ao banco, ela ainda era muito nova e não tinha nenhuma experiência na área, portanto, o banco não estava disposto a arriscar tanto.

A principio a noticia desanimou a morena, e James se sentiu incomodado ao ver o lindo sorriso dela sumir de seu rosto, mas não havia mais nada que ele podia fazer. Quando James, mostrou para a morena a quantia que havia conseguido o animo dela modificou-se novamente, não era o valor total, mas era uma quantia razoável, e com algumas alterações no projeto inicial, ela conseguiria seguir e realizar seu sonho.

Regina ligou para o pai para compartilhar a novidade assim que saiu do banco, logo em seguida ela ligou para Rebecca, e a ruiva disse que elas precisavam sair para comemorar, e aquela foi uma das poucas vezes que a morena concordou sem titubear, estava tão feliz e orgulhosa de si mesma que tudo o que mais queria era gritar isso aos quatro ventos. 

A morena ainda mandou uma mensagem para Mary, Ruby e Daniel – pessoas que havia participado do programa com as quais ela ainda mantinha contato – contando a novidade. Enquanto compartilhava a noticia ela sentiu um impulso de mandar uma mensagem para Robin, mas fazia quase um ano que eles não se falavam e ela ainda estava machucada demais pela forma como as coisas acabaram, por isso no ultimo segundo ela desistiu.

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No fim de semana seguinte ao finalizar toda a burocracia necessária Regina voltou a Sussex. Rebecca tentou persuadi-la a ficar um pouco,  ela  não estava pronta para dizer adeus a Regina. Então Regina a lembrou que poderiam até não se ver em uma base diária como estava acostumadas, mas tudo o que elas haviam construído nos últimos anos não se desfaria no vento com a distancia. Além disso, a morena havia lembrado a ruiva que as portas da casa dela estariam sempre abertas para ela, e que sempre que pudesse ela também viajaria para Nova York.

De volta a sua cidade natal, a concretização do sonho da morena começou. O primeiro passo foi assinar o contrato de aluguel, Mary havia encontrado no centro da cidade um estabelecimento com boa localização e um aluguel acessível, por ser uma construção antiga, a proprietária havia concordado em dar um desconto a Regina caso ela assinasse um contrato de um ano.

Regina sempre teve em sua mente o projeto de como imaginava sua confeitaria, por isso após conhecer bem todos os cantinhos do estabelecimento que havia alugado, ela se sentou com David e desenhou como imaginava sua confeitaria, discutindo com ele os prós e os contras do seu projeto. Após algumas reuniões David se juntou a Liam e aos outros e a reforma começou.

Faltando pouco menos de um mês para inauguração de sua confeitaria, Regina estava passando longas horas na cozinha do pai aperfeiçoando as receitas que já sabia de cor. Na noite anterior ela havia tido um insight para um novo biscoito, que ela havia apelidado de ‘biscoito de tudo o que tem na cozinha’, nesse biscoito ela misturava nozes, castanhas, damascos e muito outros ingredientes. Era nessa receita que ela estava trabalhando quando ouviu a campainha tocar, sozinha na casa do pai, ela precisou parar o serviço para ir atender.

Com um sorriso no rosto, a morena caminhou até a porta acreditando ser Rebecca. A ruiva deveria chegar no próximo final de semana, mas a ansiedade deveria ter falado mais alto, então Regina podia apostar que era a amiga na porta. Por isso, quando abriu a porta de casa e encontrou cabelos loiros ao invés de ruivos, Regina não soube reagir.

Depois de incontáveis meses ali diante de Regina estava o homem que havia partido o coração dela, o homem responsável por suas lagrimas silenciosas nas madrugadas, o homem que fazia seu coração bater arrítmico apenas com um olhar ou um simples toque. O home que era o grande amor de sua vida.

O primeiro instinto da morena foi fechar a porta na cara dele e fingir que ele não estava ali. Estava apavorada, tinha se acostumado a dor da ausência dele, e a angustia de nunca mais tê-lo em sua vida, portanto, a ultima coisa que esperava era vê-lo na porta da casa de seu pai. No entanto, a sensatez falou mais alto, e após longas e profundas respirações ela finalmente conseguiu dizer algo.

“Robin? O que você esta fazendo aqui?” A voz da morena deixava claro o nervosismo.

“Olá” Ele respondeu em um tom contido, quase como se tivesse medo de dizer algo errado. “Eu vim te encontrar, nós precisamos conversar.”

“Não, nós não temos nada para conversar. Tudo que precisava ser dito, foi dito naquele dia.” A morena disse de repente sentindo a determinação rastejar por suas veias, não permitiria que Robin abrisse a ferida que começava a cicatrizar.

“Por favor, Regina, não faça isso. Me dê uma chance. Dê uma chance a nós”

“Você já me machucou o suficiente Robin, eu não posso passar por isso de novo.” E ao deixar a verdade lhe escapar os lábios, a morena sentiu a determinação de minutos antes se esvair.

“Uma conversar Regina, é tudo o que eu te peço. Se depois dessa conversa você decidir que não quer me ver nunca mais na sua vida, eu vou aceitar sua decisão, eu vou me afastar e vou permitir que você me esqueça, mesmo que eu nunca consiga te esquecer.”

“Robin...”

“Por favor Regina.”

“Uma conversa.”

“É tudo o que eu preciso.” Um sorriso ameaçava se espalhar  pelo rosto dele, mas o loiro se conteve ainda não era o momento. “Nós podemos sair para caminha ?” ele perguntou incerto.

“Não!”

“Não?”

“Não Robin, eu sei que você é um menino de cidade grande, então permita-me te explicar. Aqui no interior você é o cara famoso da televisão, então se sairmos para caminhar isso se tornará um evento, todos vão querer conversar com você, ou simplesmente tirar uma foto, e a ultima coisa que vamos conseguir fazer será conversar.” Notas de impaciência quase podiam ser ouvidas no tom de voz da morena. “Por isso entre!”

“Tudo bem.”

Abrindo mais a porta a morena deu passagem para o loiro e assim que ele entrou, ela fechou a porta atrás dele. Em seguida ela liderou o caminho até a cozinha, que estava uma bagunça devido aos testes de Regina, e ele a seguiu em silencio.

“Você aceita um copo de água, café, suco ou chá?” Ela perguntou a ele e quase sorriu diante do quão desconfortável e fora de lugar ele parecia ali na cozinha de seu pai.

“Água esta bom.”

Ela indicou a mesa em silencio enquanto enchia um copo de água. Ele caminhou em silencio e sentou-se. Ela caminhou até onde ele estava e sentou-se na cadeira a frente da dele, e entregou o copo com água.

“Então?” Ela disse após um momento de silencio.

“Se eu fechar os meus olhos agora eu consigo lembrar exatamente da primeira vez que te vi. Você tinha esse grande sorriso no rosto, e um jeitinho tão meigo, que eu me vi quase que instantaneamente atraído por você. E eu pensei que fosse isso, atração. Mas então você entrou para o programa e nossos caminhos se cruzaram não só uma, mas uma dúzia de vezes. E eu passei a te observar, você era para mim como a luz para um cego. Ai veio à oportunidade de te conhecer e eu me agarrei a ela querendo decorar cada gesto, mania, sorriso ou expressão facial sua. Antes que eu pudesse ter um segundo pensamento sobre o assunto eu já havia me apaixonado por você Nina.”

O olhar desfocado de Robin denunciava que enquanto ele contava a ela como ele havia se sentindo naquela época, ele viajava em sua memoria quase que revivendo os momentos.  Tudo o que foi dito ao se juntar com o fato dele ter lhe chamado pelo apelido pela primeira vez desde que chegara fez um arrepio correr pelo corpo da morena, e ela precisou respirar fundo para conter o choro que ameaçava escapar.

“O que eu quero dizer com tudo isso Nina, é que tudo o que a gente viveu, tudo o que foi dito era real. É real! Eu estava apaixonado por você naquela época, e eu estou apaixonado por você ainda. Esses meses que nós passamos separados foi horrível, eu senti sua falta todos os dias, eu senti falta de todos os momentos que não vivemos. Logo depois que você me deixou sozinho naquele quarto de hotel eu percebi o quão errado eu estava, eu quis ir atrás de você, mas eu também percebi que não podia, eu estava assustado demais, eu não estava pronto para me apaixonar da forma como eu me apaixonei por você, eu não tinha maturidade emocional. Então eu deixei você ir.”

“Você disse que não podíamos terminar algo que nunca havia existido, você disse que nada do que nós havíamos vivo era real. Você quebrou meu coração de uma maneira que eu acreditei nunca ser capaz de me recuperar, você me machucou profundamente.”

“Eu sei, pois eu me machuquei no processo também. Você tinha me feito prometer que se algo acontecesse nós resolveríamos juntos como um casal, e então de repente eu descubro que você tinha feito o oposto, eu me senti traído Regina, e não existe nada no mundo que eu abomine mais do que a traição. Como você se sentiria se eu tivesse feito o contrario? Se eu tivesse sido a pessoa ameaçada, e tivesse lidado com a situação sozinho, se eu tivesse me prejudicado para salvar você.”

“Eu sei que a forma que agi não foi a correta, mas na hora era a decisão que fazia sentindo para mim. Eu nunca quis que você se sentisse traído.”

“Eu acredito em você, sei que você seguiu o seu coração. E todo esse tempo que passamos separados fez com que eu amadurecesse e olhasse para nossa situação por outra perspectiva. Eu consigo perceber agora que minha reação naquela noite foi exagerada.”

“Nós dois erramos Robin.”

“Sim, mas acredito que nós dois aprendemos com os nossos erros.”

“Sim” Ela concordou em um sussurro.

“Por isso estou aqui. Eu quero outra chance Nina, eu quero a chance de te conhecer sem medo, a chance de poder te beijar sem ficar apreensivo de que alguém nos veja, eu quero a chance de provar que estamos prontos o suficiente para nos amarmos.” Eles se encararam em silencio por alguns minutos, e a essa altura Regina nem tentava mais segurar o choro.

“Regina Mills você aceitaria ir a um encontro comigo? Você aceitaria me dar mais uma chance?”

“Sim.” Ela disse com a voz embargada pelo choro.

“Sim?” Ele perguntou se levantando e caminhando na direção dela.

“Sim!” ela disse sorrindo e ele a tomou nos braços em um abraço apertado e logo depois depositou um beijo casto na testa da morena.

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“Porque você esta tão nervosa? Você já conhece esse cara, você até já beijou ele.” Rebecca disse enquanto assistia Regina  conferir no reflexo do espelho se estava tudo da forma como ela havia imaginado.

Fazia exatamente uma semana desde que a morena havia conversado com Robin. Depois de muito deliberarem, eles finalmente chegaram ao acordo de que ter o primeiro encontro deles em Nova York era melhor do que ter o encontro em Sussex. Por isso a morena e Mary havia dirigido para Nova York afim de passar o fim de semana com Rebecca e assim Regina poder ir ao seu encontro.

Rebecca não estava muito feliz com a perspectiva de Regina dar mais uma chance a Robin. Superprotetora, ela tinha medo de que ele fosse machucar a amiga mais uma vez, e Regina percebeu que se as coisas entre ela e Robin funcionassem bem, o loiro teria que percorrer um longo caminho a fim de conseguir conquistar a confiança da ruiva.

“Você não esta ajudando” Regina disse com uma careta, apesar de como a ruiva havia pontuado ela já conhecer Robin, a morena esta completamente ansiosa e nervosa para o encontro daquela noite.

“Controle sua língua” Mary disse com cara de brava para ruiva e Rebecca precisou controlar a vontade de rir. “E você esta linda Nina.”

Regina estava com um vestido preto que terminava alguns centímetros acima do joelho e era colado em seu corpo, acentuando as curvas generosas com as quais a mãe natureza a haviam presenteado. O vestido era de mangas compridas, mas as mangas eram feitas com um tecido transparente coberto por algumas formas geométricas aleatórias que se estendiam também pelo colo. Depois de uma peque discussão com as amigas, ela acabou cedendo e aceitou usar saltos, afinal a ocasião pedia.

“É Ele” Rebecca disse caminhando de volta ao quarto depois de atender o interfone e permitir que Robin subisse.

“Olá” Regina disse um pouco tímida e sentiu as bochechas esquentarem, ao abrir a porta para ele.

“Você esta linda”  Não era o que ele tinha ensaiado dizer naquele momento, mas não pode se conter quando a viu. A única expressão que passou em sua mente naquele momento para descrevê-la era ‘como se os anjos estivessem cantando’.

“Obrigada!” Ela disse ainda mais tímida.

“São para você” Ele disse entregando a morena um buque de copo de leite.

“Copo de leite, significa coragem e capacidade de superar obstáculos sem desistir dos seus objetivos.” Mary disse ao ver o boque. “Boa escolha.”

“Obrigado” E dessa vez foi Robin que ficou tímido. “Você esta pronta?”

“Sim” Regina respondeu aceitando a mão que ele havia estendido na direção dela, e os dedos de ambos se entrelaçaram.

“Se cuidem crianças e comportem-se.” Rebecca gritou quando o casal saiu e fechou a porta atrás de si.

Robin havia feito uma reserva num dos melhores restaurantes de Nova York, normalmente, para conseguir uma reserva assim, ele precisaria esperar de três a quatro meses, mas sendo ele quem era e conhecendo as pessoas que conhecia, ele conseguiu uma reserva na mesma semana em que ligou.  O lugar era sofisticado e ao mesmo tempo reservado, e essas qualidades eram tudo o que ele podia querer para aquela noite.

Durante o percurso eles conversaram sobre amenidades, e sobre como havia sido a semana deles desde a ultima vez que havia se visto, não era como se houvesse muita coisa para falar uma vez que durante a semana eles trocaram inúmeras mensagens e algumas ligações.

“Eu quebrei o braço esquerdo, torci o tornozelo duas vezes e já fui ao hospital para levar dez pontos uma vez.” A morena disse rindo enquanto eles esperavam a entrada chegar. No final das contas após lerem o cardápio eles acabaram aceitando a sugestão do chefe para aquela noite.

“Jura?” Robin perguntou sorrindo.

“Sim, eu sou uma garota de interior no fim do dia, eu amava subir em árvores, e correr atrás das galinhas, e montar a cavalo era um dos meus passatempos favoritos até eu me envolver com a cozinha.”

“Uma vez eu e minhas irmãs estávamos brincando, e eu comecei a perturbar Morgana sobre um namoradinho de escola, ela não ficou muito satisfeita e jogou um garfo na minha direção, o garfo fincou na minha coxa, no fim do dia eu ainda fui repreendido por perturbar minha irmã.” Robin disse com um sorriso no rosto lembrando da situação, e a morena não consegui se conter, gargalhando da situação ao imagina-la.

“Eu esperaria algo assim da Maitê, não da Morgana.”

“Morg é normalmente tranquila, mas na adolescência ela podia ser um pouco selvagem.”

“Falando sobre a Maitê, como ela esta? E o bebê.”

“Eu acho que ela ainda esta trabalhando a mente dela ao redor da ideia de ser mãe” O loiro disse rindo. “Mas minha mãe e Morg tem ajudado ela bastante. Sebastian é um bebê tranquilo, ao contrario da mãe.”

Ainda enquanto esperavam o jantar, eles compartilharam mais histórias sobre a infância, Regina se permitiu falar sobre a mãe, e inicialmente a morena ficou um pouco triste mas a forma como Robin recebeu as histórias fez com ela se sentisse confortável e no fim até animada para permitir que ele conhecesse a pessoas mais importante da vida dela.

Robin contou mais sobre a família dele, e disse que as irmãs estavam doidas para conhecer a morena, Regina contou que apesar do pai dela não estar tão animado quando as irmãs dele, Henry fazia questão de conhecer Robin. Durante o jantar eles conversaram mais sobre o tempo em que ficaram separados, e como a experiência tinha sido.

No fim da noite, depois do jantar e de terem saído para dançar e terem se divertido imensamente. Robin levou Regina de volta ao apartamento de Rebecca e se despediu dela com um beijo que fez todos os sentimentos adormecidos nos dois renascerem ainda mais fortes. Antes de sumir escada acima, Regina deixou Robin com a promessa de outro encontro em breve.

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Duas semanas haviam se passado desde o encontro de Regina e Robin, durante esse período os dois quase não conseguiram se ver, mas as ligações passaram a ser diárias, e a troca de mensagem constante. Entre as responsabilidades dele com o restaurante de Nova York, e as dela com a confeitaria, que por acaso havia tido sua inauguração atrasada em uma semana, por causa de um cano que havia estourado durante a reforma, o tempo era quase escasso.

Robin, no entanto, viajou até Sussex em um sábado a tarde para conhecer o pai de Regina. O loiro sabia o quanto a aprovação do pai de Regina em relação ao relacionamento era importante para ela, por isso ele estava apreensivo e um pouco apavorado se fosse admitir a si mesmo, sobre a impressão que havia deixado para trás por causa de como as coisas terminaram no dia da final do programa.

“Boa Tarde Senhor Mill.” Robin disse cumprimentando o pai de Regina.

“Boa Tarde” Henry respondeu apertando um pouco demais a mão de Robin e o fitando de cima abaixo, como se avaliasse nos mínimos detalhes.

“Você pode chama-lo Henry.” Regina disse segurando o impulso de rolar os olhos diante da postura do pai. Henry tentava passar a imagem de bravo, mas ele era doce demais para isso, e a filha conhecia-o muito bem para não cair na farsa.

“Não, não pode!” Henry disse com a cara fechada.

“Papai...” Regina começou mas foi interrompida por Robin.

“Tudo bem, babe.” Ele disse tranquilizando-a.

Regina havia preparado um café da tarde para eles, Então os três caminharam até a parte de fora, numa espécie de deck que o pai tinha no fundo da casa, e assim os três sentaram para comer e conversar enquanto assistiam ao por do sol. Henry parecia um policial fazendo um interrogatório, ele perguntou tudo o que conseguia pensar ser importante para Robin, desde o que ele fazia para viver, até sobre o casamento dos pais do loiro.

No inicio, o loiro havia ficado um pouco tento, mas não tinha nada a esconder do pai de Regina e se quisesse que tudo desse certo precisava conquistar a confiança de Henry, por isso respondeu as perguntas da forma mais sincera possível, e relaxou. No fim do dia a tensão retornou quando Henry pediu que Robin o acompanhasse em uma caminhada e não permitiu que Regina se juntasse a eles.

“Eu não vou bancar o pai protetor por que acho que já marquei meu ponto em relação a isso. Mas Robin, Regina é minha única filha, e não importa se ela tenha três, treze ou vinte e três anos, ela sempre vai ser minha princesinha. As ultimas duas vezes que vocês tiveram alguma coisa, ela retornou para casa chorando, e filho deixa eu te explicar uma coisa, nenhum pai quer consolar uma filha de coração quebrado, a verdade é que nós apenas queremos ir quebrar a cara de quem fez isso com ela. Eu não sou o seu fã numero um, e não sei ainda se gosto de Regina te dando outra chance. Mas Nina é como a mãe dela, é capaz de enxergar as pessoas como elas realmente são, e não como elas mostram ser, então se tem uma coisa que eu aprendi com elas nos últimos anos, foi confiar no julgamentos delas. E aquela menina lá em casa ama você, então eu estou te dando um voto de confiança. Não a faça chorar novamente Locksley.”

“Entendo tudo o que o senhor disse, e o respeito senhor Mills. Eu errei com Regina, e como você disse eu a fiz chorar duas vezes, mas eu prometo que vou fazer o meu melhor para não machuca-la novamente. Eu amo sua filha, e eu sei que ela é a mulher da minha vida, é com ela que eu me imaginando casando, e ela que eu imagino sendo a mãe dos meus filhos.”

“É melhor o seu melhor ser O MELHOR.”

“Sim senhor!”

“E você pode me chamar de Henry.” Henry disse caminhando de volta para casa sendo seguido por Robin.

“Obrigado senh.. Henry.”

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“Você precisa de ajuda ?” Regina disse se apoiando nos ombros de Robin para olhar por cima o que ele estava fazendo no fogão.

“Não eu tenho tudo sobre controle.”

“Você tem certeza?”

“Sim” Ele disse se virando e aprendeu entre seus braços deixando um rápido selinho nos lábios dela.

“Que horas suas irmãs chegam?” Ela perguntou caminhando até o balcão para encher sua taça de vinho.

“Bom, já era para elas terem chegado, então acho que a qualquer minuto.”

As irmãs de Robin estavam em Nova York a passeio, e por isso ele havia marcado um jantar em sua casa para que elas finalmente conhecessem Regina. Por fora a morena era a própria personificação da calma, mas por dentro a ansiedade a estava consumindo, então seu subconsciente resolveu julga-la a fazendo lembrar de que quando foi a vez de Robin ela achara engraçado e agora que era a vez dela não parecia tão divertido assim.

“Você pode atender babe? Eu estou um pouco ocupado” Robin perguntou a Regina quando ouviu a campainha.

“Ok” a morena respondeu caminhando em direção a porta, antes de abri-la no entanto, respirou fundo algumas vezes.“Olá” Ela disse um pouco tímida ao abrir a porte e se deparar com duas mulheres lindíssimas.

“Ah! Regina!” Uma das mulheres, a de cabelo curto e repicado caminhou em direção a morena a prendendo em um abraço apertado e afetuoso. “Eu sou Maitê.”

“É um prazer” a morena comentou timidamente.

“Olá Regina, eu sou Morgana.” A mulher de longos e loiros cabelos cacheados, carregando um neném no colo que Regina apostava ser Sebastian, se apresentou em seguida.

Robin apareceu logo em seguida cumprimentando as irmãs e dizendo que o jantar já estava quase pronto. Ele ofereceu vinho a elas, mas apenas Morgana aceitou, Maitê estava amamentando e seria a motorista da noite, por isso optou por suco. As três mulheres caminharam para a sala com suas bebidas para poderem conversar e se conhecerem mais, enquanto Robin arrumava a sala de jantar.

“Ele costumava ser o pai que ficava em casa olhando as bonecas enquanto nós éramos as mães que trabalhavam fora.” Morgana disse rindo enquanto compartilhava histórias da infância dos três. “Mas um dia uma amiguinho dele chegou a nossa casa e o viu brincado com a gente, e começou a fazer piada com isso, e essa situação machucou o pequeno ego masculino dele na época e ele se recusou veemente a pisar no quarto que eu e Maitê dividíamos por quase um ano.”

“Ele só voltou quando Barb o encurralou no corredor e deu nele um selinho.” Maitê disse gargalhando.

“Sim, ele quis saber por que o corpo dele tinha reagido diferente ao beijo dela.” Morgana concordou.

“Ok. Isso é suficiente! Você estão tentando arruinar minha imagem diante de Regina ou algo assim?” Robin perguntou e apesar do tom de sua voz ser de indignação o sorriso em seu rosto deixava claro que ele não se importava com as brincadeiras da irmã. “Venha Sebastian, vamos ter um momento de rapazes, me ajude com a sobremesa.” O loiro disse pegando o sobrinho no colo e sumindo em direção a cozinha enquanto brincava com ele. Enquanto assistia Robin brincar com o sobrinho, Regina sentiu um comichão se espalhar pelo seu corpo, e sem que permitisse sua mente pulo para um cenário onde era Robin brincando com o filho deles.

“Ele a ama, você sabe disso né?” Morgana perguntou quando o irmão já não estava mais a vista.

“Sim, e eu também o amo.” Regina disse com um sorriso no rosto.

“A gente sabe, esta estampado no seu rosto.” As duas irmãs responderam rindo, e a morena corou.

Era quase dez da noite quando as irmãs de Robin foram embora. Ele e Regina após arrumarem a bagunça feita, caminharam para sala de estar. Robin puxou Regina para o seu colo e a abraçou quando eles sentaram no sofá, e então ele ligou a tv. Logicamente, minutos mais tarde nenhum dos dois estava prestando atenção na televisão.

“Hey, aonde você vai?” Regina perguntou quando Robin se desvencilhou dela e se colocou de pé.

“Já esta tarde babe, eu preciso te levar de volta para o apartamento da Rebecca.”

“Eu pensei que você fosse me convidar para dormir aqui hoje.” Regina perguntou erguendo uma das sobrancelhas deixando claro a mensagem implícita na sua frase.

“Você tem certeza?”

“Sim” Ela respondeu num sussurro.

Robin a pegou pela mão e caminhou em direção ao quarto dele. Ao entrar ele posicionou Regina a sua frente e a beijou como nunca havia beijado antes. O beijo era uma mistura de desejo e amor, era um agradecimento silencioso a ela por se entregar a ele daquela forma, por se permitir e principalmente por permitir a eles aquele momento.

Enquanto se beijavam Regina abriu os botões da camisa de Robin e a empurrou para fora do corpo dele. Então ela deixou as mãos deslizarem pelo tórax dele como se quisessem memorizar cada pedacinho dele, e o loiro não conseguiu interromper o gemido que lhe escapou os lábios. Logo em seguida a morena tentou abrir a calça do loiro, e precisou da ajuda dele, uma vez que suas mãos tremiam de ansiedade.

“Sua vez.” Robin disse assim que percebeu que estava só de cueca na frente de Regina e ela ainda estava completamente vestida.

Com uma espécie de devoção Robin despiu Regina beijando-a por todo o corpo. A pele da morena estava arrepiada e vez ou outra ela deixava um gemido escapar. O corpo dela parecia estar em brasas, e os lábios de Robin toda vez que entravam em contato com sua pele, faziam essa sensação quadriplicar.

Robin levou a morena até a cama e a deitou nela. Com movimentos mais bruscos do que os anteriores, denunciando o desejo, ele tirou o sutiã dela e dedicou uma atenção especial aos peitos dela que parecia ter sido desenhados para caber na palma de sua mão. Ele alternou entre lambidas longas e suaves e movimentos de sucção exigentes, fazendo com que a morena sentisse que seu corpo pudesse entrar em combustão a qualquer minuto.

Ele então desceu os beijos pelo estomago dela, e parou alguns centímetros acima da barra da calcinha dela, ele a olhou e silenciosamente pediu permissão para continuar, ela assentiu com a cabeça, e então ele deslizou aquele pequeno pedaço de tecido para fora do corpo dela. Antes que ela pudesse se quer entender o que estava acontecendo ela o sentiu entre suas pernas.

As lambidas começaram lentas e sensuais, e a morena começou a sentir algo sendo construído em seu interior. Então o loiro transformou as lambidas em algo mais exigente e associando as lambidas com esfregar constante do dedão dele no clitóris dela ele estabeleceu um padrão. Os dedos dele escorregaram para dentro dela com facilidade. Enquanto ele entrava e saia com dois dedos dentro dela de forma lenta mais rítmica ele a assistiu fechar os olhos e se entregar as sensações, e se quer se preocupar com os gemidos.

Regina sentiu o orgasmo se construir em seu interior e  com a voz estrangulada pelo desejo ela vocalizou o que precisava naquele momento.

“Robin! Eu preciso de você, dentro de mim! Agora!”

Sem esperar por uma segunda ordem, Robin se livrou da cueca e deixou o membro duro saltar livremente. Regina engasgou diante da visão dele completamente nu mas não disse nada. Robin voltou para cama deitando-se sobre ela, mas tendo o cuidado de não deixar seu peso cair sobre ela.

Ele deslizou para dentro dela, e sentiu o calor e a umidade o acolherem. E então esperou que ela se acostumasse com a sensação de tê-lo dentro dela para começar a se movimentar. Os movimentos iniciais era lentos e apaixonados, mas logo deram lugar para movimentos rápidos e arrítmicos que deixavam claro o desejo que corria no corpo de ambos.

Com um impulso a morena inverteu a ordem, deixando Robin por baixo. O loiro levou as mãos até a cintura dela auxiliando-a no movimento de subir e descer, mas deixou que ela ditasse o ritmo. Quando chegou no clímax, a morena deixou o corpo cair sobre o de Robin e sufocou o gemido contra a pele dele. Robin ainda movimentou-se algumas vezes e finalmente chegou a sua libertação.

Com as respirações descompassadas, eles ficaram deitados sob a cama encarando o teto do quarto num silencio profundo. Robin a puxou em sua direção, enquanto acariciava os cabelos dela. Minutos mais tarde ele percebeu que o ritmo da respiração dela havia mudado, e soube que ela havia caído no sono.

“Eu amo você.” Ele sussurrou para o silencio do quarto, e se permitiu dormir logo em seguida.

—x-

“Você já conferiu isso pelo menos umas dez vezes no ultimo minuto, fica calma” Mary disse para amiga.

“Eu sei, mas é hoje!”

“Sim.” Rebecca e Mary disseram juntas a abraçando.

“E se alguma coisa der errado?”

“Nada vai dar errado, vai ser tudo perfeito, então, por favor, respira fundo e aproveite seu dia.”

“Ok”

“Onde esta Robin?” Mary perguntou de forma a distraí-la.

“Ele esta a caminho, ele queria ter vindo ontem para dormir aqui, mas teve um imprevisto. Ele me ligou cedo dizendo que já havia saído de Nova York.”

“E como você estão?” Rebecca perguntou.

“Bem? Quero dizer, tem tudo se encaixando tão bem na minha vida, que às vezes é assustador.”

“Não é assustador, é o que você merece Nina, você merece ser feliz.”

“Obrigada meninas.”

Era o dia da inauguração da confeitaria de Regina e por mais animada que estivesse ela sentia a ansiedade e o medo de algo dar errado correr em suas veias. Mary e Rebecca estavam desde que o dia havia amanhecido juntas com a morena e era elas que a ajudariam na inauguração. Faltando meia hora para a hora marcada, Robin chegou e a morena sentiu uma corrente de alivio correr em seu interior.

Antes de abrir para o publico em geral, a morena reuniu os amigos na confeitaria, numa espécie de confraternização pré-inauguração. Ela convidou Ruby e Daniel, e ficou extremamente contente ao vê-los chegarem. Robin ficou um pouco resmungão diante da presença de Daniel, mas Regina mandou ele se comportar.

“Desde o dia que eu fiz meu primeiro cupacake, até o momento de hoje eu percorri um longo caminho. Um caminho que nem sempre foi marcado por realizações e momentos positivos, mas um caminho que com certeza não foi trilhado sozinho. Por isso, eu só tenho a agradecer a cada um de você aqui no dia de hoje, pois se esse sonho esta se tornando realidade, foi graças a vocês que me amaram, mas acima de qualquer coisa sempre me apoiaram.” A morena disse com os olhos cheios de lagrimas que ameaçavam cair e correr livremente pelas feições dela a qualquer minuto. “Por isso, muito obrigada por fazerem a Que seja doce ganhar vida.”

Dizendo isso uma salva de palmas irrompeu no ambiente, todos abraçaram e cumprimentaram a morena parabenizando-a. E então, eles abriram as portas da primeira confeitaria de Regina Mills.

No fim do dia a morena estava exausta, ela tinha a impressão que durante as seis horas que ficou com as portas da confeitaria aberta, toda a cidade havia passado por ali. Tudo o que ela havia preparado para aquele dia havia esgotado, e ela precisou prometer que reporia o estoque o mais rápido possível. A morena ouviu inúmeros elogios durante todo o dia e isso encheu o seu coração de um quentinho tão gostoso que ela nem conseguia colocar em palavras como estava se sentindo.

“Você esta pronta para ir ?” Robin perguntou a morena. Já estava de noite e todo mundo já havia ido embora, mas Regina insistiu em arrumar tudo antes de deixar a confeitaria e Robin havia ficado para ajuda-la.

“Sim” Ela disse caminhando na direção dele. “Obrigada por ter ficado.”

“Não havia outra possibilidade a não ser ficar aqui. E eu sei que já disse isso antes, mas eu estou fodidamente orgulhoso de você babe.”

“Obrigada!” Ela disse sentindo os olhos marejarem.

“Antes de irmos, eu quero fazer algo.” Robin caminhou em direção a cozinha que ficava no fundo da confeitaria e puxou Regina consigo.

“Robin ?” A morena perguntou quando o loiro deslizou chocolate derretido no dedo anelas dela num formado cilíndrico.

“Isso ainda não é o pedido oficial, apenas a sugestão do que esta por vir.”  Ele disse com um sorriso tão grande no rosto, que era como se o sorriso pudesse partir o rosto dele ao meio, e então ele observou as lagrimas que havia se acumulado nos olhos da morena caírem. “Qual seria sua resposta se fosse o pedido oficial?”

“Você vai ter que pedir pra descobrir.” Ela disse sorrindo em meio as lagrimas.

“Eu amo você Regina Mills.”

“E eu amo você Robin Locksley.”

E então os dois se beijaram, no mesmo lugar onde tudo havia começado. Na cozinha.

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Notas finais do capítulo

Primeira coisa é, e ai gostaram ? Atendeu as expectativas de vocês?
Segundo, esse pode não ser o fim de Sweet Desires, pode ser que eu tenho mais algumas cenas extras para liberar hahahaha.
Terceiro, eu já tenho uma nova história em mente, se vocês tiverem interessados me contem que eu venho deixar aqui a sinopse pra vocês me dizerem o que acham.

Abraços, Anna



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