Sweet Desires escrita por Anna Miranda


Capítulo 12
Valentine's day


Notas iniciais do capítulo

Olá olá olá, voltei com mais um capitulo, e dessa vez foi bem rápido né? hahaha
Enfim, espero que vocês gostem desse capitulo, me contem o que acharam por aqui ou no twitter ♥

ps.: Eu amo ver a reação de vocês, isso me deixa super empolgada pra continuar escrevendo hahaha



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Entre os dias exaustivos de filmagens e provas, e as longas noites passadas escondidas com Robin na cozinha, o corpo de Regina havia começado a cobrar o preço, a morena que habitualmente se levantava cedo, agora sempre que levantava podia ouvir o zumbido das vozes dos outros participantes pelos cômodos da casa principal. Não se atrasava, ou perdia hora, só não era uma das primeiras a acordar como de costume, e por causa disso já havia ouvido os mais diversos tipos de brincadeirinhas e implicâncias.

Desde o dia da eliminação dupla, ela e Robin pareciam presos em uma bolha de felicidade. Como dois adolescentes que estava descobrindo a paixão, eles não conseguiam evitar o constante desejo de estar um na presença do outro, e muito menos a vontade de sempre tocarem-se. Em algumas ocasiões, eles se arriscavam em demasia, e uma ou duas vezes tiveram que pensar rapidamente em uma desculpa convincente para justificar estarem tão próximos um do outro.

“Robin, para.” Regina disse virando o rosto em direção a entra do aras e desviando assim dos lábios de Robin. Era dia off, e os dois haviam esperado que os participantes se distraírem para que pudessem escapar e ter um tempo a sós.

“Só mais um beijo.” Ele disse deslizando os lábios pelo rosto dela, até finalmente as bocas se encontrarem.

“Nós estamos nos arriscando demais. Semana passada Marian quase nos pegou, essa semana foi Paula. Se isso acontecer nós dois vamos ter as mãos cheias de problemas para lidar, é melhor não arriscar.”

“Você esta certa, prometo que vou me comportar.” Robin disse com um sorriso no rosto que deixava clara que a ultima das intenções dele era se comportar.

“Regina?” A voz de Daniel invadiu o ambiente, e em um súbito movimento o casal se afastou.

“Aqui.” A morena gritou de forma a guiar o amigo, e observou Robin rolar os olhos tendo assim que conter o riso que ameaçava escapar.

“Regina eu estav... oh! Robin, não sabia que estava aqui.”

“Eu estava indo até as macieiras e Regina precisava de ajuda com a sela para poder montar e eu parei para ajuda-la.” O loiro disse tranquilamente.

“Mas as macieiras não são para o outro lad..”

“Você queria falar comigo Dan?” Regina o interrompeu percebendo logo a falha de Robin.

“Sim. Bom, como a previsão do tempo hoje é de uma noite bem fria e nós agora somos apenas oito, resolvemos fazer uma fogueira hoje a noite, e comemorar com marshemellow assados, o que você acha?”

“Ótima ideia! Talvez pudéssemos fazer um chocolate quente também ajudar.” A empolgação era quase palpável na voz da morena.

“Sim, eu vou falar com o pessoal.”

“Eu vou com você.” A morena disse caminhando em direção ao amigo.

“Mas você não ia cavalgar?”

“Passou a vontade. Vamos?”

Regina não precisou olhar sob os ombros para decifrar a reação de Robin. O Silencio que ele havia mantido durante toda a conversa dela com Daniel, era pista mais do que suficiente. Ela fez uma nota mental para que se encontrasse com ele aquela noite na cozinha conversar sobre esse ciúmes sem sentido que ele tinha de Daniel.

De volta a casa principal, Regina notou que o grupo havia se dividido, Jones, Lilly Peter e Ruby haviam ido recolher a lenha para a fogueira, ficando assim ao encargo dela, de Daniel, Ariel e Marian o prepara do chocolate quente, dos espetinhos de marshemellow e qualquer outra coisa que fossem comer ao redor da fogueira.

Meia hora depois ela viu Robin voltar para casa, Marian tentou chamar a atenção dele, perguntando se ele gostaria de se juntar a fogueira naquela noite, mas tudo o que obteve de resposta foi balançar de cabeça que não dizia nem que sim e nem que não. Definitivamente eles teriam que conversar.

Durante a noite a temperatura começou a alternar entre o zero grau e um número negativo, apesar de estar bem agasalhada, e do fogo aquecer consideravelmente o ambiente, Regina só sentiu realmente confortável quando calor do chocolate quente se espalhou pro seu corpo.

Em meio a muita conversa, inúmeras risadas, e muitas histórias compartilhadas, a parte preferida de Regina, uma vez que assim pode conhecer melhor as pessoas com quem já convivia a mais de um mês, a noite passou num quase piscar de olhos.

Quando as labaredas começaram a se acalmar, uma vez que não eram mais alimentadas por lenhas, às pessoas começaram a se dissipar. Robin que havia se juntado ao grupo junto com Paula em um determinado momento, estava consideravelmente com um humor melhor.

“As minhas mãos estão começando a congelar, então eu vou me deitar. Boa noite pessoal.” Regina disse se colocando de pé para se despedir de todo mundo.

Após conferir que as janelas estavam devidamente fechadas, a morena ligou o abajur e se enfiou debaixo da coberta. Com o celular em mãos, ela mandou uma mensagem para o pai, dizendo como o dia havia sido, e perguntando a ele como estavam as coisas em casa. No final, ao dizer que estava com saudades dela, ela se quer tentou impedir as lagrimas que se acumularam nos olhos de caírem.

A morena estava quase caindo no sono quando ouviu o que parecia ser alguém batendo em sua porta. O barulho era tão suave que ela precisou ouvir uma segunda vez para confirmar que era realmente alguém batendo e não uma pegadinha de sua mente.  Desconfiada a morena caminhou até a porta e a destrancou, o coração batia acelerado no peito até ela perceber que era Robin do outro lado da porta.

“Robin? Você esta louco!” Em um movimento rápido a morena o puxou para dentro do quarto, e fechou a porta.

“Eu fiquei te esperando na cozinha.” Ele disse levando as mãos até a cintura dela e a puxando em sua direção.

“Estava tarde, eu estava cansada e você ficou na fogueira. Eu pensei que nós não íamos nos ver hoje.” Ela disse baixinho e deixou a cabeça encostar nos peito de Robin.

“Falha de comunicação.” Ele disse com uma curta risada enquanto acariciava os cabelos dela.

“Você precisa ir embora Robin, eu já disse isso, nós estamos nos arriscando demais. Nós precisamos ser mais cuidadosos.” Apesar das palavras ela nada fez para se afastar dele.

“Eu só queria te dar um beijo de boa noite, já que seu amigo nos interrompeu hoje cedo e eu não pude me espedir direito.”

“Sobre esse assunto – a morena disse se desvencilhando dele para que pudesse assim fita-lo.- você precisa parar com esse ciúmes desnecessário do Daniel. Nós somos apenas bons amigos, e é ótimo ter alguém com quem eu possa conversar. E antes que você diga que eu posso conversar com você eu sei disso, mas é diferente, porque ele esta na mesma situação que eu, ele é um candidato, e você não.”

“Eu entendo que é diferente, e eu vou tentar controlar mais esse sentimento. Mas saber que ele pode te tocar a qualquer momento sem se preocupar se as câmeras estão ou não o filmando, saber que ele pode conversar com você sempre que quiser sem correr o risco de ser erroneamente interpretado me mata. E Regina a forma como ele olha para você não é como um homem olha para uma mulher que ele quer.”

“Eu não acho que seja assim, e mesmo se for não importa, ele pode me querer, mas eu quero você Robin. E isso é a única coisa que você deve ter em mente.”

“Eu vou me comportar, palavra de escoteiro.”

“Você nunca foi escoteiro.” Ela disse com a desconfiança estampada em seu rosto.

“Um homem pode tentar né.” Ele disse rindo e ela o acompanhou. Quando a risada morreu os dois se beijaram com carinho e em seguida Robin deixou o quarto da morena seguindo em direção ao seu.

—x-

A primeira coisa que a morena notou ao entrar na tenda foi os balões vermelhos e em formato de coração que decoravam o ambiente. A animação devido ao Valentine’s Day pairava no ar e contagiava a todos, dos participantes ao pessoal da produção, como comemoração no inicio daquele dia eles haviam ganhando um café da manhã especial, e a morena podia jurar que isso a havia deixado mais empolgada para a prova daquela tarde.

“Boa Tarde participantes!” Paula disse assim que recebeu o sinal de que as gravações daquele dia haviam começado.

“Boa Tarde Chefe!” A resposta unanime reverberou pelo ambiente.

“Antes das instruções da prova de hoje serem dadas, gostaríamos de compartilhar com vocês uma surpresa.” Paula disse com um sorriso no rosto, e assim que terminou a frase Giuseppe apareceu na tenda sendo recebido com inúmeros aplausos.

O chefe italiano contou como havia sido o tempo distante, e de como havia aproveitado ao máximo o tempo com o filho recém-nascido. Perdido na euforia de pai de primeira viagem, ele acabou emendando uma resposta na outra, e quando perceberam quarenta minutos haviam se passado e eles precisavam voltar para a gravação.

“Como vocês sabem hoje é uma data muito especial. Valentine’s Day, é um dia em que celebramos o amor nas suas mais diversas formas, algumas pessoas acreditam que essa data esta ligada apenas ao amor romântico, mas na verdade ela é muito mais abrangente, por isso nessa data podemos celebrar o amor que temos pelos nossos pais, pelos irmãos ou irmãs, os amigos, o qualquer outra pessoa por quem você tenha um sentimento especial.” Durante seu discurso Robin precisou se segurar para não deixar que o olhar se prendesse a figura de Regina.

“Por isso, queremos que vocês façam as provas hoje pensando que alguém com quem vocês gostariam de celebrar esse dia.”  Giuseppe disse.

“Hoje novamente teremos duas provas individuais, mas apenas uma eliminação vai acontecer.” Robin disse.

“A primeira prova, no entanto, nós daremos a vocês a receita que queremos que vocês preparem, o ganhador terá uma vantagem que ainda não revelaremos na segunda prova.” Giuseppe disse e continuou “A receita escolhida para esse desafio é a do sufflé de chocolate.”

Os murmúrios tomaram conta do ambiente assim que os participantes descobriram o primeiro desafio. O sufflé era uma prova bastante técnica e qualquer mínimo deslize poderia colocar tudo a perder. O tempo de prova foi estipulado e num segundo a tenda se tornou uma bagunça de pessoas correndo de um lado a outro a fim de cumprir o objetivo.

“Confeiteiros afastem-se das bancadas.” Paula disse assim que o tempo chegou ao fim.

Apesar de alguns contratempos ocorridos, Regina estava feliz e até mesmo confiante com o resultado final de sua receita, por isso nem mesmo quando os jurados se aproximaram de sua bancada o sorriso em seu rosto morreu.

“Regina, seu Sufflé esta uma delicia, esta leve e o mais importante não murchou. Excelente prova.” Disse Giuseppe provando um pouco mais.

“Parabéns Regina.” Robin disse com um sorriso e logo os três jurados se afastaram da bancada dela.

No segundo desafio, eles deveriam fazer algo que misturasse sabores diferentes, como o doce e o sal, o doce e o acido e o doce e o amargo. Eles também deveriam dizer o motivo pelo qual eles haviam escolhido a receita. Sem pensar duas vezes Regina sabia que a sua receita seria um Butterscotch Pudding.

“Regina, conte-nos o que você preparou para nós?” Paula perguntou quando ela e os outros jurados se aproximaram da bancada de Regina após o tempo final da prova.

“Eu fiz um Butterscotch Pudding com caramelo salgado. Dessa forma eu pude misturar o doce e o sal.”

“Interessante escolha.” Giuseppe disse. “Mas me conte, qual foi o motivo?”

“Bom, pudim de caramelo era uma das sobremesas favoritas da minha mãe. E como Robin disse hoje é um dia para compartilharmos com pessoas que amamos, e eu gostaria de poder a ter a chance de ter ao menos mais um momento com minha mãe.” A morena disse com um sorriso no rosto, mas as lagrimas ameaçavam cair a qualquer momento.

“Vamos experimentar então.” Robin disse tentando mudar o foco da conversa, ele sabia como a dor da perda da mãe ainda era muito forte em Regina, e como ela ainda não se sentia confortável o suficiente em falar sobre isso.

Os três jurados ficaram maravilhados com a combinação, e não pouparam elogios à morena. Quando no fim do dia ela foi eleita vencedora, apenas Marian ficou verdadeiramente surpresa.

—x-

Já era tarde da noite quando Regina escapou para cozinha. Robin já a esperava, assim como a xicara de leite e mel.

“Happy Valentine’s Day babe.” Robin disse se aproximando dela e a beijou logo em seguida. O beijos era lento e sensual, e ambos tentavam demostrar através dele o carinho que sentiam um pelo outro de forma especial naquela data festiva.

Quando os dois se separaram Regina desejou Happy Valentine’s Day para ele também, e  quando ele caminhou de volta a mesa sentando-se no banco ela sentou-se no colo dele. Ela desfrutou em silencio do leite que ele havia preparado para ela, enquanto sentia-o acaricia-la nas costas com movimentos padronizados.

Robin contou a Regina que tinha descoberto naquela tarde que seria tio novamente, ele contou como estava animado e como amava os sobrinhos. Ele contou também como mais uma vez precisou lidar com as queixas da mãe de que ele nunca a faria avó, e ele a lembrou que ele não precisava fazer isso tão cedo uma vez que as irmãs haviam se encarregado disso.

Regina contou sobre as atualizações que havia recebido do pai em relação à fazenda, e que Rebecca havia enviado a ela  uma mensagem totalmente indignada por ter sido reprovada em uma matéria e que segundo ela era tudo culpa de Merida. Regina também falou sobre a mãe e de como ela sentia a falta dela principalmente em datas comemorativas como a do dia.

Ao fitar o relógio na parede contraria a da porta de entrada, a morena percebeu que já havia passado da hora em que ela usualmente voltava por quatro. Meio relutante ela se levantou do colo de Robin e disse que precisava ir.

“Nina espera!” Robin disse segurando uma das mãos dela quando ela se colocou de pé. “Eu tenho algo pra você.”

“Robin! Eu não comprei nada para você, isso é injusto.”

“Eu não comprei um presente para você porque quero algo em troca. Eu apenas queria te dar algo para celebrar esse sentimento maravilhoso que tenho por você nessa data especial.”

“Obrigada.” Ela disse ficando na ponta dos pés de forma que os lábios encostassem nos dele num breve selinho.

“Espero que goste.”

Regina abriu a pequena caixinha e lá encontrou um pequeno pingente no formato de uma xicara. O pingente se encaixava perfeitamente na pulseira que ela havia ganhado dos amigos, e harmonizava com o pingente de cupcake que o pai havia dado. Regina ficou tocada pelo fato de Robin ter prestado atenção nesses detalhes ao escolher um presente para ela.

“Eu percebi que você nunca tira essa pulseira e que ela é muito especial para você , por isso quis te dar algo que fosse acrescida nela e que te fizesse lembrar de mim toda vez que você a olhasse.” Ele disse um pouco sem jeito, e ela poderia jurar que uma sugestão de rubor se espalhou pelo rosto dele. “Eu escolhi a xicara, pois foi dessa forma que nós realmente nos conhecemos. A cada noite que nós nos encontramos nessa cozinha e dividimos uma xicara de leite e mel –ele disse rindo- eu tive a oportunidade de perceber  a incrível mulher que você é.”

“É muito doce de sua parte, o presente e as palavras Robin. Esse foi com certeza um dos melhores presentes que eu já ganhei. Dizer obrigada parece tão pouco, mas é tudo o que eu posso fazer agora. Obrigada Robin, de verdade, você é um homem incrível também, e eu me sinto profundamente sortuda de ter a chance de te conhecer cada dia um pouco mais.”

Os dois se beijaram até que o ar se fizesse rarefeito nos pulmões deles e então eles precisassem parar. Regina retornou ao seu quarto com um sorriso enorme no rosto, e ela não conseguia para de admirar a nova adição feita a pulseira. Naquela madrugada, antes de cair no sono, Regina percebeu que ela estava muito perto de se apaixonar por Robin.

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