Todo o Espaço Entre Nós escrita por Tai Bluerose


Capítulo 3
Dois Dias Até a Terra




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Capítulo 3:

Dois Dias Até a Terra

 

Jim estava em sua cabine fazendo um grande esforço para se concentrar nos relatórios a sua frente. Ele deveria estar avaliando os arquivos de tripulantes e membros da Frota Estelar com potencial para ocuparem as vagas de Spock e Carol, mas ele realmente não estava com cabeça para isso. Evitaria tratar da questão o máximo que pudesse.

Jim ergueu a cabeça ao ouvir o deslizar das portas automáticas. Uhura entrou o cumprimentando e lhe entregou um PADD. Jim recebeu o dispositivo e franziu a testa para a mulher.

― Tenente Uhura, por favor, não me diga que isto é sua solicitação de transferência para a nave do Spock. Já estou perdendo meu Primeiro-Oficial, não posso perder também minha Oficial-Chefe de Comunicações. Onde vou encontrar outro melhor? Não há outro melhor. Melhor que você e Spock definitivamente não há.

Uhura sorriu ao notar a preocupação genuína de Kirk. Ela não fazia ideia de que Kirk a considerava tanto e isso aumentou seu carinho pelo capitão. Ela ergueu as mãos fazendo um gesto para ele se acalmar. O homem estava visivelmente muito estressado, o que era curioso, pois ele parecia muito calmo na ponte de comando e nos corredores. Provavelmente estava fingindo estar relaxado, Uhura concluiu.

― Não se preocupe Capitão. Esse é meu relatório semanal do Departamento de Comunicações. Spock disse que devimos entregar os relatórios diretamente para você até que um novo Primeiro-Oficial fosse designado.

― Sim, sim. Claro. Eu pedi para ele passar esse recado aos Oficiais-Chefes ― Jim passou os olhos sobre o cabeçalho do documento, vendo que se tratava exatamente do que Uhura havia falado. Odiou-se por sua distração e falta de discrição. Jim soltou o PADD sobre a mesa e deslizou os dedos pelos cabelos. ― Sinto muito, Uhura. Não é da minha conta suas decisões. Você tem todo o direito de pedir transferência para onde quiser e ir com o Spock. Se você quiser ir, eu mesmo posso fazer a solicitação à Frota e, não se preocupe, farei ótimas recomendações a seu respeito.

Naquele momento, Uhura percebeu como o homem a sua frente era completamente diferente daquele jovem impertinente e brigão que encontrou num bar em Riverside há alguns anos. Ela nunca imaginou que um dia teria orgulho de tê-lo como capitão. Kirk parecia muito cansado, Uhura notou.

― É da sua conta sim, sendo você o Capitão. E não se preocupe, não tenho planos de deixar a Enterprise.

Kirk a encarou surpreso.

― Não? Mas eu pensei que...

― Sim, eu sei. Spock e eu conversamos e chegamos a um acordo. Embora eu quisesse muito ir com ele, servir na Enterprise é meu sonho. Pelo que Spock me contou, a missão dele será estudar uma Singularidade Gravitacional que surgiu no Quadrante Delta, não há previsão nem programação para entrar em contato com outras culturas. Por outro lado, a missão da Enterprise é especificamente encontrar e estudar novos mundos e novas civilizações, ou seja, novas línguas e formas de comunicação. Como linguista, isso é o que me atrai. Como cientista, Spock entendeu muito bem minha escolha. Afinal, foi pela ciência que ele decidiu ir. “Uma decisão lógica” foi o que ele disse. Além disso, se eu fosse para a nova nave, Spock seria meu capitão, e você sabe sobre a regra que proíbe o capitão de se envolver romanticamente com qualquer tripulante. Então, é melhor que eu fique aqui.

― Verdade... ― Jim ficou pensativo por um momento, depois voltou sua atenção à Uhura. ― E ele ficou bem com isso? Vocês dois, sabe, vão ficar muito tempo separados.

― Combinamos de manter contato a distância. Pelo menos até o fim da missão da Enterprise, depois vemos como nos arranjamos.

― Claro. Vocês parecem ter tudo planejado. ― Jim sentiu-se em câmera lenta. Ouviu-se falando, embora não soubesse muito bem o quê. ―  Que bom que você fica.

― Obrigada. Você está mesmo bem, Jim? Parece um pouco, abatido.

― O quê? Não. Sim, estou bem. Só um pouco cansado. Você sabe, muitos relatórios para estarem prontos até chegarmos à Terra. Odeio a parte burocrática! Mas obrigado por se preocupar. Você está dispensada, Tenente.

Uhura sorriu e se retirou da sala. McCoy entrou logo depois dela.

― Jim, você parece péssimo!

― Sério? Muito obrigado, Magro.

― Você não devia estar na Ponte de Comando agora?

― Pedi pro Scott trocar comigo. Não podia aparecer na Ponte com essa cara. Não preguei o olho a noite inteira.

― Deixe-me adivinhar. Spock vai embora.

― Sim ― Jim confirmou com um grande suspiro. ― E não só ele. Carol também.

― O quê? Não me diga que também a promoveram a Capitã. A Frota Estelar está distribuindo navios agora? Se for isso vou querer minha própria banheira voadora também.

― Não. Ela está indo por conta própria. Um emprego numa base de pesquisa na Terra.

McCoy arqueou uma sobrancelha e sentou-se em frente a Jim.

― Quer conversar sobre isso?

― Definitivamente não.

― Graças, por que não estou a fim de ouvir sobre suas desventuras amorosas.

― Pensei que você tinha vindo aqui para me consolar.

― Não é o meu forte, você sabe. Sou um médico, não um conselheiro amoroso. Mas veja o lado bom em Carol ir. Não vou mais ficar constantemente preocupado em vocês serem pegos e você acabar numa Corte Marcial. Veja se agora consegue ficar longe de qualquer tripulante da nave.

Jim sorriu. ― Engraçado que o lado bom só beneficia você.

― Você não me ouviu dizer que você não corre mais o risco de ir pra Corte Marcial?

― Então você estava preocupado comigo? ―Jim provocou.

― Cale a boca, garoto. Eu não teria de me preocupar se você não desse tanta dor de cabeça. ― McCoy resmungou zangado, mas Jim sabia que não era sério. Os dois acabaram sorrindo.

―Sabe... ― Jim começou ― Eu pensei que pelo menos haveria uma relutância em deixar a vida aqui.

― Você fala da Carol?

― Spock... Eu tentei perceber se ele dava algum sinal de que não queria ir, mas não consegui perceber nada. Ele não me deixou ver nada. Ele me pareceu muito certo sobre sua decisão.

McCoy ficou observando Jim por um momento, analisando-o. Poucas pessoas tinham o privilégio de ver Jim Kirk, o homem. A grande e esmagadora maioria acreditava existir somente o Capitão Kirk, corajoso, confiante, conquistador e audacioso. Poucos viam Jim como McCoy via agora, temeroso, inseguro, fragilizado, principalmente quando o tema “Spock” estava em questão. Era por conhecer o homem que se escondia na casca do Capitão Kirk, que McCoy se sentia no dever de proteger Jim.

A primeira vez que McCoy viu aquele olhar solitário de Jim, lembrou-se do dia em que teve que explicar a sua filha, Joana, que ele não poderia mais vê-la todos os dias, porque não tinha mais a sua guarda e ele teria de trabalhar fora do planeta. Os olhos de Joana tinham aquela mesma intensidade de dor e solidão. Mas os de Jim eram mais escuros, mais profundos. Os olhos de alguém que já sofreu muito na vida e aprendeu a esconder essa dor. Na primeira vez que viu aquele olhar, McCoy automaticamente redirecionou para Jim o afeto e o instinto protetor que tinha pela filha agora ausente.

― Jim... ― ele esperou ter certeza de que Jim estava atento a ele para continuar. Tentou ser cauteloso ao falar. ― Se você realmente não quer que Spock vá embora, converse com ele, peça-lhe para ficar. Aposto meu diploma como ele ficaria.

Jim considerou a sugestão, mas não disse nada. O médico continuou falando.

― Se o cara se recusar a ir, a Frota não pode obrigá-lo, pode? Não é como se fossem acorrenta-lo a cadeira de capitão de outra nave.

― Spock quer ir, Magro. E esse é ponto. Só estou preocupado porque agora vou ter que encontrar um novo Primeiro-Oficial e vai ser trabalhoso encontrar alguém em quem eu confie para essa função. E não sei se funcionaremos bem como equipe.

― E o fato do seu melhor amigo estar indo embora não te preocupa?

― Você é meu melhor amigo, Leonard.

― Se você diz. ― McCoy não quis discutir. Ele se levantou dizendo que voltaria para a enfermaria. ― E tente tirar pelo menos umas duas horas de sono.

― Nah! Uma xícara de café bem forte resolve o problema.

― Mas não tem jeito mesmo. Se você cair de sono pelos corredores, eu vou ignorar e passar por cima. Não sorria, Kirk, estou falando sério.

 

—_/*__

 

― Dra. Marcus ― McCoy se aproximou discretamente, tentando não chamar a atenção de outros tripulantes que passavam. ― Soube que está deixando a Enterprise também.

― Sim, Dr. McCoy. É verdade.

McCoy fez uma carranca para si mesmo e chamou Carol para um corredor livre de ouvidos atentos.

― Seja lá que merda Jim possa ter feito, dê uma chance a ele. O cara tem se esforçado por você, Carol. Se arriscado por você.

Carol suspirou.

― Eu sei disso, Len. Olha, ele não fez nada. Não estou indo por causa de alguma idiotice que ele tenha feito. Quanto à fidelidade, não tenho do que reclamar. Jim tem sido maravilhoso, mas...  ― ela comprimiu os lábios e colocou uma mecha loira atrás da orelha. Ela não estava zangada, nem parecia querer ver Jim morto, então Leonard acreditou que Jim não tinha culpa dessa vez. Mas havia algo que ela obviamente preferia não compartilhar. ― É o melhor para nós dois. Como você mesmo disse, ele estava se arriscando. Nós dois estávamos. Essa é uma das razões por eu estar indo. Mas no geral, estou indo por mim.

― Eu entendo. Logo agora que Spock está indo também. O garoto está arrasado.

― Minha decisão já estava tomada antes de eu saber sobre o Comandante Spock. E mesmo sabendo que Spock não vai mais estar aqui, ainda acho que eu devo ir também. Talvez seja isso que Jim precise, ficar um tempo sem nós dois para conseguir discernir o que ele realmente quer.

― Do jeito que fala até parece que você está terminando com o Jim por causa do Spock.

― Em parte, sim.

McCoy olhou incrédulo.

― Tem ideia de como isso é ridículo? Jim e Spock são amigos. Spock é como um irmão para Jim.

― Será? Quem conhece todas as facetas de James T. Kirk? Só vemos o que ele nos permite ver.  Você mesmo acabou de me pedir para ficar com Jim porque sabe que ele vai sofrer com a partida do Spock. O que também significa que você tem consciência de que Jim vai sentir mais a ausência do Spock do que a minha. Você entende porque eu tenho que ir? Não sou um paliativo para o Spock. Já dei todas as explicações que eu tinha que dar ao Jim. Com licença, Doutor.

― Não se esqueça de passar na Enfermaria para fazer seu exame antes da transferência.

― Não se preocupe, farei o exame na base quando chegarmos a Terra.

O doutor olhou desconfiado.

― Começo a achar que você não quer ser examinada por mim. Você não está morrendo ou algo assim, está?

Carol deixou escapar uma gargalhada.

― Oh, não. Não se preocupe, Len. Só não quero lhe dar trabalho.

O que Carol não queria, era dar a Leonard a obrigação de ter que mentir para seu amigo em nome da confidencialidade médico paciente. Uma vez que Leonard soubesse a verdadeira razão para ela não fazer os exames periódicos na Enterprise, que era também a principal razão para ela estar deixando a vida no Espaço, o médico acabaria contando a Jim. Ela tinha certeza disso.

E conhecendo Jim, ela sabia que ele seria capaz de segui-la, para apoiá-la, por amor ou por responsabilidade. Mas seria um erro. Assim como foi um erro insistir naquele relacionamento, mesmo quando ela percebeu que o coração de Jim estava em outro lugar.

Eles tinham que se separar, seguir seus próprios destinos.

O lugar de Jim era entre as estrelas. Arriscando-se em uma missão após outra.

O lugar dela era na Terra. Onde era seguro para seu filho crescer.

 

—_/*__

 

Spock esperava encontrar o Capitão logo pela manhã, mas Jim não estava no refeitório e não compareceu ao Turno Alfa na Ponte de Comando, para o qual estava escalado. O Sr. Scott viera em seu lugar. Apesar de Scott afirmar que Kirk tinha solicitado a troca por razões de trabalho, Spock não conseguiu evitar se preocupar. Kirk era do tipo que passava mais tempo do que o necessário na Ponte. Ele adorava isso. Renunciar seu tempo lá era... incomum.

Depois do Turno Alfa, Spock teria que trabalhar nos laboratórios de pesquisa. Naquele dia em questão, ele teria que supervisionar a conclusão de duas experiências feitas com amostras de minerais colhidas em um planeta Classe M ainda não nomeado pela Federação. Um dos assistentes de laboratório misturou uma gota de sulfato com uma das amostras por acidente. A coisa de alguma forma se tornou explosiva e espalhou uma fumaça de cor magenta e fragrância cítrica por todo o laboratório. A fumaça fez uma alferes andoriana desmaiar, mas sem mais consequências. A jovem voltou a consciência poucos minutos depois. Todo esse infortúnio exigiu o resto da tarde e grande parte da noite para ser corrigido. Spock só pôde ir à procura de Jim a noite.

Era muito tarde, no entanto, 2245 horas. Ele sabia que normalmente Jim dormia entre as 1100 e meia-noite, e que provavelmente ainda estaria acordado, mas ficou hesitante em incomodá-lo. Percebeu que indecisão não era uma característica vulcana. Ou fazia ou não.

Ele foi até o quarto de Kirk e o chamou.

― Spock! ― Jim parecia surpreso e feliz. Ele não estava mais com seu uniforme, mas com uma calça de moletom cinza e uma camiseta branca.

― Capitão. Espero não ter interrompido seu sono.

― Não interrompeu. Eu estava lendo.

― Não o vi o dia inteiro, então vim verificar se precisava de alguma coisa.

― Verdade. Nos desencontramos o dia inteiro. Suponho que teremos que nos acostumar com isso, não é? Quando chegarmos a Terra...

Jim começou sua fala como uma brincadeira, mas a percepção de que eles seguiriam caminhos diferentes quando voltassem à Terra quebrou o clima alegre.

― De fato. Como o senhor não compareceu a Ponte pela manhã, me perguntei se não estaria bem.

― Não foi nada. Eu tinha que terminar uns relatório e enviar com urgência.

― Se eram tão urgentes, poderia ter solicitado minha ajuda.

― Eu era capaz de fazer sozinho.

Spock endureceu mais ainda sua postura perfeita.

― Não quis insinuar que você não era.

― Eu sei que não. Só imaginei que você já tinha muito trabalho.

― Entendo. ― os dois ficaram em silêncio, esperando o outro dizer algo mais. ― Se não há problemas, vou me retirar então.

O vulcano girou nos calcanhares para sair.

― Spock, espere! Não quer ficar um pouco e jogar xadrez?

Spock considerou o pedido por um momento. Jim imaginou que Spock tinha outras coisas para fazer ou simplesmente não queria ficar e estava pensando numa maneira educada de recusar.

― Eu apreciaria uma partida de xadrez.

Jim arqueou as sobrancelhas em surpresa e deu espaço para Spock passar. O vulcano tomou assento no lugar costumeiro. Jim pegou o tabuleiro de xadrez e começou a organizar as peças. Eles começaram o jogo em silêncio. Depois que se sentiu confortável, Jim arriscou reiniciar uma conversa.

― Soube que houve um acidente nos laboratórios hoje. Espero que não tenha sido grave.

― Não foi. Tudo já foi solucionado. E já retomamos os experimentos.

― Eficiente como sempre, Sr. Spock.

O vulcano ergueu os olhos para Jim por um momento e voltou a fitar as peças sobre o tabuleiro. Enquanto Spock estava concentrado em sua próxima jogada, Jim aproveitou para observá-lo. O corte de cabelo incomum e perfeito, as sobrancelhas quase diagonais, a ponta de suas orelhas ― Jim tinha um fascínio pelas orelhas vulcanas ― o tom castanho escuro de seus olhos, a exótica tonalidade verde de sua pele, que só podia ser notada se vista bem de perto.

Quando Jim se deu conta, o vulcano estava olhando para ele, a sobrancelha erguida em curiosidade. Jim sorriu para ele e Spock exibiu uma clara expressão de confusão.

― Sua vez, Capitão.

― Jim, Spock, me chame de Jim. Não estamos em serviço. ― Spock não respondeu― Você já sabe o nome da sua nave?

― USS T’Saura.

― Me parece um nome bastante vulcano.

― De fato.

― Está ansioso para conhecê-la? ― Spock foi pego de surpresa quando Jim conseguiu capturar mais um de seus peões.

― Não entendo porque os humanos tem o habito de tratar seres inanimados como criatura de gênero feminino.

― É uma nave. Então é ela. Simples assim. T’Saura é um nome feminino não é? Mas você não me respondeu. Está ansioso?

― Vulcanos não ficam ansiosos.

― Mesmo? Nem um pouco? Você vai para um lugar diferente, com uma tripulação diferente. Vai ter seu próprio Primeiro-Oficial. Espero que não esqueça de mim quando for para lá.

― Nunca esqueceria você, Jim. ― Jim congelou seu movimento. Seus olhos brilhavam. O rosto de Spock ficou um tom mais verde. ― Vulcanos têm memória eidética. Eu não poderia esquecê-lo mesmo se quisesse.

― Claro. Eidética...

Eles terminaram o jogo em silêncio.

 

—_/*__

 

­― Kaptan na Ponte! ― anunciou Chekov.

Kirk entrou na Ponte de Comando no começo do Turno Alfa e autorizou todos voltarem aos seus lugares. Ele se sentou em sua cadeira e deu uma rápida olhada para a Estação de Ciência de Spock. O vulcano parecia concentrado em seu trabalho.

Jim se virou para seu piloto:

― Quanto tempo até chegarmos a Terra, Sr. Sulu?

― Apenas dois dias em velocidade de dobra 4, Capitão ― o japonês respondeu prontamente.

Sulu daria um ótimo Primeiro-Oficial, pensou Jim com tristeza.

Todos estavam ansiosos para voltar à Terra depois de três anos no Espaço Profundo. Seria um curto período para descansar, rever amigos e familiares. Fazer os reparos e reabastecimentos necessários na nave, e voltarem para os últimos dois anos da missão exploratória.

Dois dias para estar de volta em casa.

Dois dias para dar adeus a Spock. E a Carol também.

Assumindo a postura de Capitão, Jim se empertigou na cadeira e, com alguma relutância, ordenou:

― Bem... Dobra 4 a frente, senhores!


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Notas finais do capítulo

Capítulo 4: Festa de Despedida



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