POV CARMIEL

Naquela manhã, Daniel e Carmem acordaram cedo. Sim, Carmem acordou cedo, mesmo não querendo. Daniel havia a acordado enquanto saia da cama. Os dois fizeram suas higienes e saíram para dar uma volta. Caminharam e conversaram, entre risadas e brincadeiras.

Dan- Carmem, sobre aquilo que aconteceu ontem, eu queria me explicar. Olha, se você não quiser mais falar comigo depois disso eu vou entender mais agora, eu preciso te falar. - ele fez uma pausa- Faz muito tempo que eu queria te falar isso, mais nunca achei o momento certo e não sabia como falar pra você. Eu gosto de você Carmem gosto muito! Eu acho que... que...

Carmem- Que?- a garota falava meio aflita.

Dan- Eu  te amo Carmem Carrilho!-ele falou e lhe beijou. Um beijo calmo e amoroso. Carmem nem teve tempo de fazer nada, nem pensar em nada. Quando a beijou, ela ficou paralisada por alguns instantes. Depois de alguns minutos, eles se separaram o garoto logo falou:

Dan-M-m-me desculpa! E-e-eu não devia ter feito is...- Antes dele terminar de falar, a garota a puxou para perto e o beijou. Depois do beijo, com seus braços ainda enrolados em volta do pescoço do garoto, ela fala:

 Carmem- Sabe? Eu também te amo Daniel Zappata!

Os dois ficaram trocando beijos e selinhos enquanto caminhavam pelo grande sítio.

POV KOBI

Os dois ainda estavam no quarto dormindo. Era por volta de 6:50 da manhã. Quando Koki acordou, por algum estranho motivo, ele ficou olhando pra ela. Ele sentia algo diferente, inexplicável, algo que nunca ocorreu antes. Ele não era um daqueles garotos que queriam namorar sabe? Não era aquele tipo que gostava de garotas. Mas, sentia algo diferente, já fazia um tempo que sentia aquilo e, sinceramente, ele não fazia ideia do que poderia ser. Ele ficou olhando a ruiva dormir por um bom tempo, até ela acordar. A ruiva estranhou um pouco até que resolveu perguntar em um tom de voz baixo:

Bibi- Por que você tá me olhando?

Koki- É queee...- ele ficou tentando pensar em um motivo convincente- Você tá com a minha coberta- falou ele pegando a coberta da garota

Bibi- Tu tá loko Koki?!- ela falou em um tom um pouco mais alto- Essa coberta é minha! My!- falou ela pegando a outra ponta da coberta, ainda deitada.

Os dois ficaram puxando as pontas da coberta até que os dois caíram no chão enrolados na coberta. O espaço entre as camas era pequeno, então os dois ficaram cara a cara. Ficaram se encarando por um tempo. Estavam muito próximos, sentindo a respiração um do outro, seus lábios quase se encostando, quando eles ouvem um barulho.

Koki- Provavelmente alguém acordou...- o garoto falou sussurrando

Bibi- Shiiiu -ela falou para ele fazer silêncio

Koki- Se não o que?

A ruiva sem mais saída, deu um beijo nele, meio demorado aliás, que fez o garoto ficar um tanto confuso.

Bibi- S-s-ó fiz i-i-isso pra v-você ficar quieto!- ela falou sussurrando corada.

Eles esperam um tempo e ouvem a porta abrir e depois fechar. Quem havia acordado provavelmente tinha saído.

Bibi- Eu-eu-eu acho que vou sair um pouco também...- ela falou tentando sair do meio do cobertor.- Ei, não conta isso pra ninguém tá? Mantém em segredo! Secret!

Koki- Bem, com uma condição...

Bibi- Ai, lá vem.

Koki- Que toda vez que você ficar brava, isso aconteça de novo!

A garota o olhou pensativa, depois de alguns segundos e respondeu.

Bibi- Hum, ok mais tem que prometer que vai manter isso em segredo!

Koki- Claro que sim, não vou contar pra ninguém!

Bibi- Ok! Vou levantar agora. –ela fala se levantando e indo rumo ao banheiro. Ela não podia negar, nem pra ela nem pra ninguém. Claro que ela havia ficado muito feliz com a proposta dele, mais não queria demonstrar e nem contar pra ninguém. Entrou no banheiro e trancou a porta. Começou a dar pulinhos de felicidade e lembrar do que acabara de acontecer. Koki ainda estava deitado no chão, tentando entender o que havia ocorrido e pensando em como estava alegre e ansioso.

POV CLEMENTINA E JAIME

Clementina havia acordado por volta das 7:00. Tinha escutado alguns barulhos antes de sair do quarto, mais pensou que era o vento. Foi para o campo, onde haviam várias flores de cores variadas. Se sentou em meio delas e ficou sentindo o vento bater em seu rosto. Jaime acordou alguns minutos depois dela sair. Ia caminhando sem rumo a procura de alguém já acordado. O ex-gorducho avistou Clementina em meio as flores no campo. Seu coração começou a disparar. O garoto gostava dela desde o 6º ano, só que ele não sabia se ela sentia o mesmo então nunca a contou. Só a observava de longe, como um grande amigo. Ele se aproximou em silêncio dela e sentou ao seu lado sem que ela percebesse.

Jaime- Oi Cleme!

Cleme- Ah, que susto.- ela falou dando um sorrisinho- Oi Jaime!

Jaime- O que tá fazendo?

Cleme- Isso!

Jaime- Isso o que?

Cleme- Não tá sentindo? O vento! Esse vento maravilhoso! Não sente?- ela lhe perguntou o olhando

Aquele dia estava realmente lindo. O vento batia nos cabelos soltos da garota, ela ainda o olhava em busca de uma resposta. Ele não compreendia mais nada. Só a olhava em meio daquelas flores e com o vento batendo em seus cabelos.

Cleme- Jaime? Jaime você tá bem?

Jaime- Aah, sim, tô bem sim...

Cleme- O que você tava olhando tão fixamente? Parecia que tava hipnotizado...

Jaime- Você...

Cleme- Eu o que?

Jaime- Eu tava olhando você.

A garota ficou meio corada e voltou a olhar pras flores, sorrindo pela resposta do rapaz. Sem ela perceber o garoto também estava sorrindo.

O vento ainda estava presente. Os dois sentados em meio as flores e com o vento batendo suavemente em seus rostos. Sem mais assuntos, Jaime resolveu passear.

Jaime- Você quer vir?

Cleme- Vou ficar por aqui.- ao responder, ele se vira para ir embora, porém ela o segura pelo braço.- Jaime... Fica aqui...-ela falou

Jaime- Por que?

Cleme- Tenho que te falar uma coisa...

Jaime- O que?

Cleme- Isso!- ela falou cheia de coragem e o puxou pra um beijo. Ele a segurou pela cintura e começaram um beijo envolvente e mágico. Se separaram por falta de ar.

Jaime- Nossa! Se eu soubesse que gostava de mim, teria feito isso antes!

Eles começaram a sorrir. Os dois estavam muito felizes pois seus “crush’s” também gostavam deles.

Aquela manhã estava sendo feliz pra muitos, nem todos mais pra alguns sim...