O Boneco de Plastico escrita por J S Dumont


Capítulo 5
Confissão


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GENTE! Como prometi estou aqui hoje teremos posts duplos de "O Boneco de Plastico" devido ao meu leve sumiço, como expliquei em 10 razões... Mas não serão seguidos, porque ainda terei que escrever o cap. 5 mais ainda postarei hoje... Bom, aqui tá vindo o primeiro, voltamos para visão da Bella, e vocês verão como foi ela contando para Jacob que ela é a enigmática ;) espero que gostem e NÃO DEIXEM de comentar nos dois tá bom, tanto nesse como no outro que postar e nos outros dois que postarei amanhã SIM, teremos atts amanhã também ;) espero que gostem, beijinhos!!!



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QUATRO

CONFISSÃO

Isabella Swan

Sabe o que é pior do que ter uma maluca perseguidora querendo acabar com sua vida? Ir para a escola com dor de barriga... É, isso é PÉSSIMO, terrivelmente PÉSSIMO. Como vou assistir a aula se não consigo sair de dentro do banheiro? O certo era eu ficar em casa para eliminar todo o sorvete que devorei na noite anterior, mas o problema é que eu não podia ficar em casa, afinal, eu sabia a tragédia que estava prestes a acontecer na escola, e eu não podia simplesmente faltar e deixar a bomba estourar.

A razão para tanta preocupação para ir a escola, tem nome: Edward Cullen.  Pois, com certeza se eu faltasse Edward me acharia uma fraca, se fosse até um tempo atrás eu poderia dizer: Ah dane-se a opinião de Edward Cullen, mas agora infelizmente as coisas não são mais assim, eu me importava e muito com a opinião de Edward, tanto a ponto de ir para escola com dor de barriga.

Tá, mas vamos voltar um pouco mais para trás, para vocês entenderem como cheguei a toda essa situação. Tudo começou depois daquela mensagem que recebi da justiceira dizendo que a matéria que escrevi iria ser publicada, e ai eu tive a maravilhosa ideia de afundar as minhas magoas comendo sorvete de chocolate misturado com coca-cola, errei novamente, mas fazer o que? Não dá para segurar, ele trás alguns minutos de alegria na minha vida, alegria que infelizmente se acaba assim que acaba o sorvete, depois a maldita depressão volta.

Porém, sabe quando você faz algo sem pensar nas consequências? É tipo eu, naquele dia eu só queria comer, comer, comer, chorar, chorar, chorar e beber, beber, beber. E quando a barriga não aguentou mais, fiquei ali, jogada na cama, chorando litros e pensando como minha vida tinha chegado ao fim (Bella dramática em ação). Tudo bem, tudo bem, minha vida ainda não acabou, mas provavelmente Edward e Jacob nunca vão me perdoar, e tudo será por culpa dessa maldita da justiceira.

E então eu pensei: Isso só vai acabar quando eu descobrir quem é ela! É! Por que se eu descobrir quem é ela eu posso simplesmente arrancar aqueles cabelos oxigenados dela TÁ eu nem sei se ela é loira, mas, provavelmente ela é, pela forma que ela fala só pode ser aquelas garotas metidas, populares, lideres de torcida. É, eu imagino ela sendo uma loira, esquelética, de olhos azuis. Ao pensar nisso, a primeira imagem que surgiu em minha mente foi Tanya, é Tanya combinaria muito com essa descrição.

Mas logo descartei a ideia, para fazer o que a Justiceira fez tem que ter cérebro, coisa que Tanya não tem, é Tanya não é suficientemente inteligente para fazer algo assim. Ou seja, Tanya não poderia ser a justiceira.

E então fiquei a noite toda pensando nesse assunto: Quem poderia ser a justiceira? Mas não consegui chegar a nenhuma resposta. Mas ficar a noite toda pensando trás mais um terrível resultado: Sono. É não consegui dormir com meu cérebro trabalhando tanto procurando respostas, ai no dia seguinte para piorar além de estar com dor de barriga, deprimida, com dor de cabeça, eu ainda estava com sono. É já estou vendo como o meu dia será maravilhoso,

E bem, a única coisa que fiz nessa situação em que me encontro foi tentar não pensar mais, é tentei enfiar em minha cabeça: Bella é só mais um dia de escola. Tudo bem que não funcionou muito, mas pelo menos consegui criar a coragem de sair de casa.

Esse dia eu aceitei a carona do meu pai, afinal, se eu fosse andando eu poderia ficar com vontade de ir ao banheiro no meio do caminho, ai o que eu iria fazer? E realmente meu pai chegou á escola no momento certo, quando ele estacionou o carro em frente á escola, eu não consegui nem despedir-me dele direito, sai correndo feito uma desesperada até o banheiro. E fiquei por ali, mais ou menos não sei uns dez minutos, bom eu só sei que eu sai bem melhor do banheiro. Porém, não sei até quando.eu ficaria bem, mais preferi aproveitar os meus minutos com a barriga em ordem.

Uma coisa também eu percebi, aconteceu algo nesse meio tempo, é estava agora com uma movimentação diferente a escola, não era o mesmo desde o momento em que entrei no banheiro, até o momento em que sai.

Logo conclui: Os alunos já leram a matéria.

Meu coração começou a disparar e minha barriga revirou-se de uma maneira estranha (e dessa vez não foi por causa da dor de barriga), eu sabia que tinha que fazer alguma coisa, Edward e Jacob não mereciam se ferrar dessa forma por minha culpa, tudo bem, tudo bem, ambos FERRARAM comigo, de maneiras diferentes mais ferraram, ambos me fizeram sofrer, mas mesmo assim, eu não queria, eu não queria que isso acontecesse, eu tinha que ter rasgado a matéria, como eu fui idiota.

Minha vontade era de bater a cabeça na parede milhares de vezes para descontar a raiva que eu estava sentindo de mim mesma, sabe quando você se sente a pessoa mais idiota do universo? SIM eu estava me sentindo assim. Foi um erro ter guardado a matéria, tudo bem que eu não sabia que aquela louca seria capaz de pegar a matéria dentro da minha casa, porém, eu tinha que pensar que só de tê-la por escrito seria um perigo, e agora, agora eu estava ferrada e por um lado a culpa dessa confusão toda era minha.

E bom, depois de tudo isso as coisas simplesmente, pioraram, sim porque não demorou muito para eu começar a ver um, dois, três, dez, vários alunos com o jornal, eles liam, cochichavam um com os outros, davam risadas, outros ficavam incrédulos e cada minuto que se passava eu me sentia pior, a barriga então voltou a doer, eu só não sabia se era de nervoso ou se era por causa do sorvete e coca-cola, eu tive que voltar para o banheiro e fiquei mais uns dez minutos por lá.

Quando sai do banheiro novamente, agora mais aliviada, deparei-me com o pior, Tyler, ele estava discutindo com Jacob, ou melhor, Jacob estava discutindo com Tyler, ele estava puxando-o pela gola da camisa e não parava de falar, faltava esfregar o jornal no rosto do coitado do Tyler, acredito que não faltava muito para Jacob começar a bater no garoto, eu imaginei naquele momento que Tyler deveria estar quase mijando nas calças de tanto medo. Afinal, é obvio que se Jacob der um soco em Tyler, é capaz dele cair desmaiado ou até mesmo voar por alguns metros. Seria uma briga completamente desigual. E tenho que admitir que eu senti pena, mesmo Tyler sendo um filha da mãe, um chefe chato, maldoso, mandão, arrogante e milhares de mais adjetivos negativos eu precisava fazer alguma coisa, já que a culpa era minha, Tyler poderia apanhar por minha culpa. E apesar de tudo, ele continuava sendo meu chefe, e eu precisava ajuda-lo, fazer o que né.

E então lá fui eu, aproximei-me rapidamente de Tyler e Jacob, quando me aproximei consegui escutar Jacob perguntando para Tyler quem é a enigmática, ele queria obrigar Tyler a falar para ele. Porém Tyler continuava negando-se a falar, o que deixava Jacob bastante irritado.

Eu suspirei, aproximei-me mais e tentei puxar Jacob, para ele soltar Tyler.

— Me solta Bella! – Jacob mandou, tentando soltar-se de mim, para voltar á discussão com Tyler, porém eu não desisti, continuei puxando-o até afastá-lo de Tyler.

Tyler parecia ter ficado aliviado, porém eu sabia que agora as coisas sobrariam para mim.

— Vem comigo, eu vou te explicar o que está acontecendo... – eu disse a Jacob, e somente assim consegui convencê-lo a deixar meu chefe em paz, e a me acompanhar até uma sala vazia.

Todo o caminho eu levei-o puxando-o pelo braço, eu não podia negar que estava nervosa, eu não sabia o que faria, eu estava numa situação delicada, na verdade não tinha muito que fazer, eu sabia que Jacob só deixaria Tyler em paz se eu contasse para ele quem é a enigmática, e se Jacob quisesse me julgar, falar um monte, me odiar, eu iria ter que aceitar, afinal, seria as consequências do que fiz, eu escrevi a matéria, não a justiceira e isso era o que me deixava mais nervosa, mais nervosa comigo mesma.

— Eu não sei o que você quer falar comigo nesse momento... – Jacob comentou, assim que entramos na sala. Eu encarei Jacob e notei o quanto ele estava vermelho, ele estava soando e sua respiração estava um pouco acelerada, estava completamente visível a sua raiva, ele estava irritado, muito irritado, eu não sabia se essa raiva seria jogada em mim quando ele descobrisse a verdade.

— Jacob... Eu quero que você me escute! Tyler, ele não tem culpa... – eu iniciei, Jacob me encarou com as sobrancelhas arqueadas. – Não foi ele quem escreveu a matéria!

— Mas ele permitiu que aquela barbaridade fosse publicada! – ele respondeu.

Eu suspirei e passei a mão pelo rosto, antes de continuar:

— Sim, mas esse é o trabalho dele, publicar...

— Ele é o editor chefe, ele leu a matéria antes de publicá-la! – ele retrucou.

— Provavelmente ele achou que ela é verdade... – eu o defendi.

Jacob deu uma risada irônica, cruzou os braços e discordou algo com a cabeça.

— Ele é seu chefe, ok, é normal que você o defenda, mas ele é tão culpado ou até mais que essa enigmática, se eu descobrir quem é ela eu vou... –  ele começou e no mesmo minuto meu coração disparou.

— Você vai fazer o que com ela? – eu perguntei, o interrompendo.

Jacob ficou calado por alguns segundos, parecia apenas analisar o meu comportamento, e isso me deixou nervosa... Eu disse nervosa? Corrigindo isso me deixou EXTREMAMENTE nervosa, eu faltei ter um treco. (Tá exagerei agora) mas é que apesar de tudo Jacob me conhecia, ele sabia entender cada uma de minhas expressões, cada comportamento meu, ele já tinha sacado que tinha algo de errado, ele já deve ter percebido que eu estava preocupada com alguma coisa, e droga, era agora ou nunca. Eu vou ser obrigada a abrir o bico.

— Você me parece preocupada... – ele disse depois de alguns segundos, me fazendo voltar em mim.  E ele então dá um passo em minha direção. – Estou achando que você sabe de alguma coisa, é você deve saber, você trabalha no jornal, você sabe quem é essa garota, não sabe?

TUM TUM TUM... Éu conseguia sentir meu coração batendo acelerado, conseguia sentir ele quase sair pela boca, eu estava com medo, nervosa, até mais do que no dia em que fui obrigada a contar para Edward que eu era enigmática, naquele dia tudo aconteceu rápido demais que não deu nem para eu digerir, agora hoje, as coisas eram diferentes, fiquei a noite toda pensando nisso, agora eu vejo tudo o que eu tinha temido na noite anterior acontecendo de verdade.

Lá estava eu, cara a cara com Jacob e ele estava me perguntando quem era a enigmática, ele estava com ódio dela, eu estava ferrada... Extremamente ferrada.

Engoli um seco. Meu coração ainda batia forte, muito forte, respirei fundo antes de responde-lo.

— Sim, eu sei... – eu falei, Jacob entreabriu os lábios, segurou-me pelo braço e me olhou com um olhar cheio de expectativa. Sim ele queria que eu falasse quem era para ele matar ela, mas o problema é que ele não sabia que ela sou eu.

— Quem é ela Bella? Vai, me fala, me conta, por favor! – ele pediu, estava tão desesperado que acho que ele era capaz de se ajoelhar e implorar para eu contar a ele quem é a enigmática.

TUM TUM TUM... Meu coração continuava batendo forte, novamente engoli um seco, enquanto ainda encarava Jacob fixamente, o rosto dele estava muito próximo do meu, a respiração dele estava acelerada, a mão dele apertava de leve o meu braço e ela estava um tanto gelada.

Bella, era agora ou nunca... Vai... Fala...

Respirei fundo, olhei-o no fundo dos olhos, ele estava ali ainda me olhando com aquele olhar cheio de expectativas, ele deveria estar pensando que a enigmática é qualquer pessoa, qualquer pessoa, menos eu.

— A enigmática... Ela... Ela é eu Jacob! Eu sou a enigmática... – respondi, num tom bastante baixo, quase não saiu, porém Jacob conseguiu escutar.

Ele me soltou, e me encarou agora seus lábios abriram-se mais, ele estava incrédulo com a minha confissão.

Continua...


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