PRÓLOGO

Nesse exato momento eu tive certeza de uma coisa, sua vida pode mudar completamente em frações de segundos. Pelo menos em poucos segundos a minha vida inteira mudou.

Só foi eu pegar o meu celular, abrir uma mensagem e ver o conteúdo dela, que pronto, eu já constatei. A minha vidinha que já estava um tanto ruim, agora já está totalmente arruinada.

Na realidade a minha vida está completamente de pernas para o ar desde o dia em que dei um soco em Edward Cullen dentro do banheiro proibido e tive a genial ideia de contar a ele que sou a enigmática acreditando que assim ele sentiria dó de mim e não me denunciaria, ai, BAM, tudo mudou, ele começa a me ameaçar, descubro que o cara que eu considerava ser o homem da minha vida é na realidade um traidor, beijei um popular indo fora de todos os meus princípios, e tudo isso aconteceu em segundos. Em poucas semanas minha vida virou uma montanha-russa. Ainda mais quando percebo que sou louca o suficiente para me apaixonar pelo cara que fez minha vida virar um pesadelo durante semanas e mais semanas. SIM, sou louca o suficiente para me apaixonar pelo Edward Cullen.

E agora a justiceira... Que diabos é isso? Por que essa louca está fazendo isso comigo? Com certeza é uma recalcada que quer acabar com minha vida... Tá legal, ela não tem porque sentir inveja de mim, só se invejar o meu azar...

O que mais tinha para piorar? Sinceramente nada, ela havia acabado com a pouca felicidade que me restara desde o passeio maravilhoso que tive com Edward na noite anterior.

Apaguei aquela mensagem maluca, coloquei o celular novamente em cima do criado mudo, aproximei-me da parede, e bati a cabeça nela, para quem sabe se eu rachar a cabeça e morrer eu me livro de todos os populares que com certeza irão querer me trucidar quando descobrir que sou a enigmática, e também de Jacob e Edward que quando verem a matéria publicada eles com certeza vão me odiar. E o pior é Edward, ele vai me odiar e muito, tudo que eu tinha conseguido conquistar na noite anterior, vai virar cinzas. Sim, estou realmente arruinada. Eu não conseguia pensar em mais nada, que não seja que definitivamente esse dia era o meu fim.

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ANTES

EDWARD CULLEN

Foi um tanto difícil trazê-la até aqui. Eu abri a porta com certa dificuldade, puxei-a pela cintura para dentro de meu quarto, dei um chute de leve na porta para que ela se fechasse, e fui levando ela com dificuldade até a cama. Isabella Swan cambaleava e dava risadas de não sei o que. Típico de quando você está bêbado e vê estrelas onde não tem.

— Esse não é o meu quarto... – ela falou em uma voz embolada, sentou na cama e deu mais risadas, ela conseguia ficar ainda mais louca nessa situação.

— Sim, esse é o meu quarto, você se lembra dele, não é Swan? – eu perguntei, olhando-a seriamente. Ela mordeu os lábios e olhou a sua volta. Logo depois voltou a rir.

— Ah sim, eu me lembro do seu cachorro e de quanto você foi mal e não quis dar ele para mim! – ela falou, e então levantou-se da cama. – Cadê o REX? REEEEEX! – ela começou a chamar indo cambaleando até a janela. Eu arregalei os olhos e corri até ela, a segurando pela cintura e colocando a mão na boca dela.

— Você não pode ficar gritando assim, se não vão te escutar e AIIII! – gemi, quando a senti morder a minha mão, droga, essa já era a segunda vez desde que a conheci.

Tirei a mão da boca dela e chacoalhei a mão, essa garota conseguia morder forte.

— Eu já disse que não é para você colocar a mão na minha boca... – ela falou, e então voltou a rir. Como ela ria quando estava bêbada.

Ela olhou a sua volta, enquanto cambaleava, parecia estar com dificuldades para ficar em pé, depois umedeceu os lábios e voltou a olhar para mim.

— Hum... Acho que eu sei porque você me trouxe para cá... – ela iniciou.

— O que? – eu perguntei, franzindo as sobrancelhas.

Ela então aproximou-se de mim, continuei encarando-a com as sobrancelhas franzidas.

— Você me trouxe para cá, para se aproveitar de mim, não é Edzinho... – ela disse, puxando-me pela camisa e deixando nossos rostos próximos, ela sorriu. É, definitivamente ela estava muito bêbada para fazer algo do tipo.

— Eu não faria isso Bellinha... – eu falei, olhando-a fixamente.

— Ah vai me dizer que você não quer? – ela perguntou, eu pisquei algumas vezes, continuei encarando-a sem saber o que fazer, tudo bem, era um tanto tentador pensar que ela estava insinuando que poderia rolar algo entre nós dois, no meu quarto, nesse exato momento, mas eu também não podia esquecer que isso estava acontecendo graças a muito álcool ingerido por ela.

— Olha Bella, eu acho que esse não é o melhor momento para discutirmos isso e... – eu iniciei, mas fui interrompido por um empurrão dela, fui pego de surpresa o que me fez cair deitado na cama, ela aproximou-se de mim, e sentou na minha cintura. Tá, isso parecia mais um sonho do que realidade e pisquei algumas vezes para ver que aquilo tudo era real.

— Para de ser mole Edward! – ela falou, deixando-me boquiaberto. Perai, ela estava me chamando disso mesmo? – Será que era tudo mentira aquilo que você falava? Bem que eu imaginei, mas pode ficar sossegado eu vou te animar um pouquinho! – ela acrescentou, e então deitou por cima de mim, beijando-me de repente.

Eu pude sentir o gosto de álcool na saliva dela, o corpo dela estava quente, quente demais e seu calor foi contagiando o meu corpo, eu coloquei o braço em volta da cintura dela, e sem me conter acabei correspondendo-a, tá legal, eu não era de ferro. Porém, a crise na consciência era um tanto grande, afinal, ela estava bêbada e eu não queria fazer nada com ela do que ela poderia se arrepender no dia seguinte.

Paramos o beijo um tanto ofegantes, eu senti meu rosto soar, passei a mão no cabelo e encarei-a meio preocupado com que ela poderia tentar agora. Bella levantou-se da cama e ainda cambaleando foi até o meio do quarto.

— Que tal começarmos a brincar? Acredito que você deva gostar de strip-tease! –ela perguntou. – Safado do jeito que você é! – ela acrescentou e eu encarei-a com a boca entreaberta.

— Bella... – eu comecei.

— Bom, você gosta que tire rápido? – ela perguntou começando a puxar a sua blusa para cima. – Ou devagar? – ela acrescentou, descendo a blusa novamente.

— Bella, é melhor você parar e... – eu me calei ao ver que ela já tinha puxado a blusa para cima e já tinha a tirado. PUTA MERDA! Foi o único pensamento que passou pela minha cabeça, Isabella Swan estava na minha frente de sutiã. Tudo bem, eu já tinha a visto nua o que foi bem pior, mas já fazia muito tempo, e havia sido tão rápido que eu não me lembrava direito – mesmo que algumas vezes eu forçava a memoria para tentar me lembrar, eu não conseguia. – Mas agora, ela estava ali perto de mim, de sutiã, querendo ficar comigo e eu tinha que fazer forças o suficiente para tentar fazê-la parar. OK, se ela tirar o sutiã eu não vou ter certeza absoluta se vou continuar sendo bonzinho, vou acabar agarrando ela e que se dane.

Ela jogou a blusa no chão e deu alguns passos em direção a minha cama.

— Ainda tem roupa demais, não é? – ela perguntou num tom provocador e então colocou os braços para trás para tirar o sutiã. Eu mordi os lábios e fiquei olhando-a, ela parecia estar desabotoando, estava perto, muito perto. Quando de repente ela parou e ficou vermelha, colocou a mão na boca e arregalou os olhos.

— Isabella? Está tudo bem? – eu perguntei, porém ela não me respondeu, saiu correndo para dentro do banheiro, segurando-se na parede para não cair.

Levantei e fui atrás dela, parei na porta e então a avistei ajoelhada em frente ao vaso sanitário, vomitando.

— AIIIII eu odeio vomitar, eu... – ela se calou, para vomitar novamente. Fiz uma careta, olhei para trás, afinal, odiava ver alguém vomitando. E era assim que acabava aquela noite.

Continua...