Sonhos de uma noite de verão escrita por Maria


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Ao ler esse capítulo quero que vocês tenham em mente que:

1 - É a primeira vez de duas adolescentes.
2 - Elas estão em cima de uma pedra.
3 - A música é She - Elvis Costello e eu a amo tanto que não consegui colocar a tradução e coloquei em ingles mesmo e a tradução está nas notas finais.
4 - Peguem leve comigo. Eu tentei ser o mais sutil e não vão esperando aquela cena quente...

Beijos e aproveitem.



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Narrado pela Autora

                Um minuto ou uma vida? Tudo que as garotas poderiam definir é que o beijo durou tempo suficiente para ser eternizado. Ambas sentiam as respirações ofegantes baterem em suas peles quentes, mas não abriam seus olhos. Simplesmente não queriam terminar esse momento sublime. Não podiam. Inspira e expira. Mantiveram-se assim por alguns minutos em total sintonia uma com a outra, com seus corações, com a natureza e com a paz que traziam em seu interior.

                Lentamente abriram seus olhos e assim que o fizeram verdes e castanhos se encontraram em brilho e luz que não coube nas íris espalhou-se por seus sorrisos. Regina foi a primeira a se movimentar virando-se pra ficar de frente a Emma tão perto de sua loira que suas pernas se cruzavam de forma desengonçada uma sobre a outra.

                Com o olhar fixo no de Regina, Emma levantou sua destra em direção ao rosto da morena fazendo carinho de leve sentindo a penugem rala de sua bochecha se arrepiar ao seu toque. As pontas dos dedos da loira gravava cada centímetro de pele da menina a sua frente. Cada memória sensorial retumbava no peito de Swan que parecia em festa.

                Quando Regina fechou os olhos devido às reações que todo seu corpo tinha com os toques de Emma seus rostos se encontraram. Testa com testa. Respiração ofegante com respiração ofegante. As Iris se miraram ao mesmo tempo e nada precisou ser dito, pedido ou questionado. Era reconhecido. Era mútuo.

                Ninguém saberia definir de quem foi o primeiro passo, de onde veio a iniciativa. Essa lembrança nunca seria rememorada e pouco importava realmente. O que ficaria gravado era o que aconteceu após esse primeiro passo. Isso sim estaria eternizado como pintura rupestre nas paredes do coração.

                Os lábios começaram num beijo de tirar o fôlego e então se acalmaram. Juntas exploravam o rosto uma da outra. Lábios no queixo. Lábios na pontinha do nariz. Lábios nas bochechas. Lábios nas pálpebras fechadas. Lábios nos lábios. Respiração com respiração. Cada nova sensação era recebida com um sorriso e mais beijos até eles não serem mais suficientes.

                As mãos de Regina foram de encontro ao pescoço de Emma que automaticamente colocou as suas na cintura da morena. Ambas abriram os olhos e se encararam por alguns segundos. A faísca que trocavam enquanto se estudavam era combustível para os seus sentimentos.

                _Eu nunca fiz... isso... Emma. – Regina disse num sussurro sem desgrudar do olhar da garota que brilhava incessantemente e praticamente marejaram ao ouvir as palavras da morena.

                _Que bom que descobriremos... isso... juntas então. – Emma respondeu no mesmo tom de voz da morena sentindo todo seu rosto esquentar e ela teve que lutar muito bravamente para não desviar seu olhar do de Regina.

                A morena abriu um sorriso emocionado e lentamente foi de encontro aos lábios de Swan. Emma se ajeitou trazendo Regina para seu colo que imediatamente passou suas pernas pela cintura da loira enquanto suas mãos circundaram seu pescoço. As mãos de Emma lhe seguravam pela cintura em um aperto firme e ao mesmo tempo gentil.

                As mãos da morena se perderam no meio do cabelo de Emma e começaram a acariciar o couro cabeludo da garota fazendo-a soltar um gemido abafado pelos lábios de Regina enquanto suas mão apertaram mais possessivamente a cintura da garota.

                _Isso não vale. – Disse manhosa sem desencostar totalmente seus lábios dos de Regina recebendo um sorriso sacana de volta.

                Emma começou a passear suas mãos pela cintura da morena antes de invadir por baixo de sua camiseta de seda e tocar a pele de suas costas sentindo-a imediatamente arrepiar. Regina parou o beijo olhando para a loira que congelou e antes que ela pudesse processar qualquer coisa a morena puxou sua blusa para cima pegando não só Emma de surpresa, mas ela mesma com sua ousadia. Soube que tinha feito a coisa certa enquanto estudava a expressão de Emma que parecia em outra dimensão observando a morena a sua frente.

                _Como você é linda. – Emma conseguiu dizer após o que para ela parecera horas tocando com a ponta de seu indicador a pele recém exposta de Regina. A pele de tom oliva recebia o brilho da lua acentuando sua cor. E sua textura, haaa sua textura parecia algodão doce. Emma começou tímida com o indicador de sua destra explorando cada centímetro, mas logo todos os seus dedos escreviam os caminhos como se pudesse fazer da garota um manuscrito.

                Cada movimento que Emma fazia era filmado pelos olhos amêndoas de Regina e ela não conseguia desviar nem por um segundo se quer. Seu peito subia e descia conforme sua respiração se acelerava e parecia que em algum momento ele romperia, não iria suportar as batidas incontroláveis de seu coração.

                Emma voltou seus dedos e seu olhar para o rosto de Regina. Seu polegar circundou os lábios carnudos da morena antes de selá-los com mais um beijo lento. Quando se separou da menina retirou sua regata pela cabeça presenteando a garota a sua frente com a visão de seu top preto delineando seus pequenos seios. Regina arfou levemente.

                Tremendo a morena desceu as mãos que ainda se encontravam no pescoço de Emma por seu colo. Tocando suavemente a sua pele que arrepiava com o toque. Não resistiu e tocou também os músculos do abdome definido. Emma arfou com a sensação das mãos de Regina em sua barriga e a morena rapidamente as tirou com susto. Ambas se olharam novamente e caíram na risada.

                Emma levou suas mãos ao pescoço da morena a trazendo para mais perto quanto possível e iniciou outro beijo, mas esse em nada se comparava com os que haviam trocado até agora. Esse era sensual, esse se assemelhava a um furacão. Esse era um pedido, um pedido que foi prontamente concedido. Emma desceu seus lábios pelo pescoço da morena trilhando um caminho de beijos por seu ombro esquerdo até a alça do sutiã que gentilmente puxou para o lado. Seus lábios desceram por seu colo indo até o ombro direito onde fez mesmo. As mãos de Regina já haviam voltado para a cintura da loira e agora faziam caminho pela barra do top preto.

                Antes mesmo que Emma colocasse as mãos nas costas de Regina para abrir o fecho de seu sutiã, a morena puxou o da loira para cima revelando aqueles montinhos pálidos de bicos rosados que logo se eriçaram com o vento vindo do mar. A garota até queria ter sentido um pingo de vergonha que fosse, constrangimento, mas todo esse sentimento foi embora quando sentiu as mãos macias da morena se encaixarem em seus seios e tudo que pôde fazer foi suspirar profundamente e soltar um gemido que ascendeu Regina em lugares que ela nunca imaginou existir em seu corpo.

                Emma abriu o sutiã de Regina e muito relutante a morena tirou as mãos do corpo da loira para que ela pudesse de uma vez por todas se livrar daquela peça incomoda. Os seios da morena, Emma reparou, eram visivelmente maiores que o seu, mas ainda assim deviam caber na palma de sua mão. Os bicos morenos e pontudos estavam bem arrebitados. Ela sabia que a morena estava sentindo tudo que ela estava sentindo.

                Regina juntou seus corpos e mais uma vez arfaram, dessa vez juntas, ao sentirem seus bicos roçando um no outro, sensação desconhecida para ambas às garotas. Num emaranhado de lábios e mãos Emma matou seu desejo de tocar os seios de Regina com suas palmas ao enfiá-las no meio delas e cobri-los.

                Em meio ainda ao beijo começou a massagear os bicos que rapidamente endureceram sob suas mãos e Emma praticamente derreteu ao ouvir o gemido manhoso que Regina soltou em seu ouvido. Elas não aguentavam mais. Precisavam sentir-se por inteiro.

                Mills desajeitadamente abria os botões dos jeans de Emma enquanto a loira desvendava os mistérios do short saia da morena que parecia não ter abertura por lugar nenhum. Mas rapidamente ela abortou a missão quando sentiu Regina tomar um de seus seios com a boca e sugá-lo com vigor até soltar com um pequeno pop. Sem pressa a morena dirigiu-se ao outro e também o tomou em seus lábios enquanto Swan jogava os braços para trás para se apoiar na pedra pois ela já não possuía qualquer equilíbrio. Aquilo era deveras delirante.

                Quando a morena terminou de brincar com seus seios Emma avançou contra os da garota que a empurrava para se deitar sobre a rocha, por cima de sua regata estendida. Swan só parou quando sentiu que Regina estava mole em cima de si, mas ela poderia fazer isso pelo resto de sua vida sem se cansar. Quando deu por si Regina já havia retirado os shorts das duas e agora estavam somente de calcinha.

                A loira olhava hipnotizada enquanto a morena retirava a última peça que a cobria e agradeceu aos céus por Ruby ter-lhe convencido a depilar tudo quando viu que Regina não possuía pelo algum. “Pra quê isso Ruby? – a garota dissera na ocasião – Para de reclamar Swan. Nunca se sabe quando você vai precisar”. Ela precisaria agradecer a amiga depois. 

                Seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu Regina se posicionar em cima de si e perceber que ela também já estava sem calcinha. Definitivamente seu cérebro não estava funcionando bem. Mas foi só por um momento, porque quando se deu conta do que estava para acontecer todo seu corpo entrou em alerta e ela puxou a morena para si unindo seus corpos como se fosse um só.

                Colocou uma de suas pernas no meio das de Regina friccionando seu sexo na coxa da morena, fazendo com que o da morena se friccionasse na sua. Ambas estavam sensíveis e extremamente molhadas. Beijaram-se novamente aumentando a intensidade das fricções até sentirem seus corpos explodirem em milhões de sensações fazendo-as gemer sem vergonha. Elas haviam gozado pela primeira vez. Podiam não ter experiência, mas compartilharam amor e isso ficaria gravado para sempre.

                Emma retirou sua perna do meio das pernas de Regina e circundou sua cintura fazendo a morena gemer outra vez com o contato direto de seus sexos. Suas mãos foram para os seios de Emma enquanto ela rebolava em cima da menina ditando o ritmo que aos poucos aumentava.

                _Não para Regina. – Emma conseguiu dizer enquanto beijava o pescoço da morena.

                _Não vou... – Regina respondeu enquanto mordia o lóbulo da orelha de Emma.

                A loira veio primeiro em grandes espasmos que chegaram a torcer até seus dedinhos do pé antes de suas pernas caírem mole na rocha. Regina veio em seguida gemendo tão alto que quase fez Emma rir. A morena relaxou em cima do corpo da loira. Ambas não podiam acreditar no que tinha acontecido. Elas haviam se amado. E elas queriam se amar muito mais. Mas agora apenas se recuperavam nos braços uma da outra.

                _She, may be the face I can't forget. A trace of pleasure or regret. May be my treasure or the price I have to pay. She may be the song that summer sings. May be the chill that autumn brings. May be a hundred different things, within the measure of a Day.— Emma começou a cantarolar a música de seu filme favorito enquanto passeava as pontas dos dedos pela pele suada das costas de Regina – She, may be the beauty or the beast. May be the famine or the feast. May turn each day into a heaven or a hell. She may be the mirror of my dreams. A smile reflected in a stream. She may not be what she may seem inside her Shell. – Regina somente ouvia encantada demais para fazer qualquer outra coisa - She who always seems so happy in a crowd. Whose eyes can be so private and so proud. No one's allowed to see them when they cry.— Regina riu, pois somente Emma já havia visto suas lágrimas -  She may be the love that cannot hope to last. May come to me from shadows of the past. That I'll remember till the day I die.

                Regina reparou que o som ia diminuindo gradativamente lá em baixo e chamou Emma para ir porque poderiam sentir falta delas. Ambas levantaram relutantes, vestiram suas roupas e passaram a se movimentar em direção aos outros adolescentes no acampamento. Emma buscou sua mão e apertou. Ninguém pareceu perceber que elas não estavam ali o tempo todo. Todos sorriam e ainda se divertiam pelo que acontecera mais cedo.

                _She, may be the reason I survive. The why and wherefore I'm alive. The one I'll care for through the rough and rainy years. Me I'll take her laughter and her tears. And make them all my souvenirs. For where she goes I've got to be. The meaning of my life is... She.— Mas Regina estava alheia a tudo isso porque enquanto andavam e se misturavam aos outros, Emma continuava cantarolando em seu ouvido a música que viria a ser sua companhia, seu refúgio e sua sanidade pelo resto de seus dias.


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Notas finais do capítulo

Comentem please.

She

She
May be the face I can't forget
A trace of pleasure or regret
May be my treasure or the price I have to pay
She may be the song that summer sings
May be the chill that autumn brings
May be a hundred different things
Within the measure of a day

She
May be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into a heaven or a hell
She may be the mirror of my dreams
A smile reflected in a stream
She may not be what she may seem
Inside her shell

She who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so private and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She may be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
That I'll remember till the day I die

She
May be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough and rainy years
Me I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is

She, she, she
Ela

Ela
Pode ser o rosto que não consigo esquecer
O caminho para o prazer ou para o desgosto
Pode ser meu tesouro ou o preço que tenho que pagar
Ela pode ser a música que o verão canta
Pode ser o frio que o outono traz
Pode ser cem coisas diferentes
No decorrer de um dia

Ela
Pode ser a bela ou a fera
Pode ser a fome ou a abundância
Pode transformar cada dia em um paraíso ou em um inferno
Ela pode ser o espelho dos meus sonhos
Um sorriso refletido em um rio
Ela pode não ser o que ela parece
Dentro da sua concha

Ela, que sempre parece tão feliz no meio da multidão
Cujos olhos podem ser tão secretos e tão orgulhosos
Ninguém pode vê-los quando eles choram
Ela pode ser o amor que não se espera durar
Pode vir até mim pelas sombras do passado
Que eu lembrarei até o dia que eu morrer

Ela
Pode ser a razão pela qual eu sobrevivo
O porquê e pelo que eu estou vivo
A pessoa que cuidarei durante os rudes e chuvosos anos
Pegarei suas risadas e suas lágrimas
E farei delas minhas lembranças
Para onde ela for, eu tenho que estar
O sentido da minha vida é

Ela, ela, ela



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