James e Lily já namoravam há um mês e o sentimento de ambos aumentava cada vez mais. O maroto não cansava de admirar a ruiva em silêncio, contando cada uma de suas sardas a cada vez que ela caía no sono ao seu lado no Salão Comunal. Ela parecia ainda mais angelical do que o normal enquanto dormia.

Ele tinha certeza que ela era sua escolhida, conhecia cada pedaço dela e amava cada defeito. Sempre que estava com Lily o tempo parecia parar, e ele se sentia mais jovem cada vez que agia como criança por conta dela, como quando ficou vermelho por ter sido pego encarando-a, como uma criança que foi pega fazendo besteira pela mãe. James Potter nunca ficava corado, a não ser quando se trata de Lily Evans é claro. Ela era sempre exceção na vida de James.

Eles sempre se encontravam nos jardins de Hogwarts para ficarem sozinhos, o maroto conhecia lugares ali que possuíam privacidade suficiente para eles. Conseguiam ficar ali por horas, conversando, se beijando ou até mesmo sem fazer nada, somente apreciando a companhia um do outro, sem nunca se cansarem. Ali eles construíram seu pequeno mundo, sua pequena bolha que os isolava do mundo. E existiam perguntas que não deveriam ser feitas, mas sempre circulavam os pensamentos de James. Sendo impulsivo, como era de sua personalidade, um dia ele perguntou, durante um dos silêncios que tinham:

“Lily?”

“Hum.” respondeu a garota um tanto sonolenta com o carinho que o namorado fazia em sua cabeça.

“Como você se sentiria se eu dissesse que te amo?” na mesma hora se arrependeu de ter perguntado, já que exatamente depois que o fez Lily saltou assustada para longe de seu abraço e o encarou espantada.

“O que?” ela perguntou depois de um minuto de silêncio constrangedor.

“Nada, esquece.” Disse James tentando contornar a situação e puxa-la de volta para seu abraço, porém ela resistiu.

“Eu... hum... Preciso ir, tenho dever de poções para fazer.” Ela falou e saiu rapidamente dali sobre os protestos do namorado.

“Droga!” O maroto lamentou quando ela já estava longe. Sabia que Lily só estava se afastando, eles já tinham feito o dever de poções.

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“Você fez o que?” gritou Sirius no meio do jantar quando contou o que aconteceu naquela tarde. Ninguém deu atenção, era comum para todos que os Marotos falassem alto.

“Cara, não se faz esse tipo de pergunta...” lamentou Remus.

“Foi muito errado, dude. Você assustou a garota, a Evans deve ter achado você muito desesperado.” Comentou o Peter com a boca cheia de comida, como sempre.

“Meu amigo, você acabou de terminar seu namoro. Bem-vindo de volta ao mundo dos solteiros.” Zoou dele Sirius enquanto piscava para uma corvina que passava. Remus deu um pescotapa no Black.

“Outch! Você sabe que é verdade!” disse o cachorro, o que o fez ganhar um olhar reprovador de Lupin.

“Vai ver não foi nada demais e ela realmente tinha dever de poções.” Moony disse tentando animar o Potter.

“Nós fizemos esse dever juntos.” Com isso o Lupin se calou e o resto do jantar seguiu sem mais conversas sobre o assunto.

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Depois de uma noite muito mal dormida em que James imaginava milhares de cenários onde Lily terminava com ele, não era surpreendente que o maroto estivesse tão mal-humorado naquela manhã. Não havia visto Lily desde o dia anterior, quando disse a maldita frase que poderia acabar com seu relacionamento.

Encontrou a ruiva na frente do Salão Principal e logo foi até ela já proferindo mil e uma desculpas pelo episódio do dia anterior.

“Ruiva, desculpa mesmo. Eu sei que não se pergunta esse tipo de coisa, ainda mais no primeiro mês de namoro, mas por favor não...” Ele foi impedido de continuar pela garota que agora o beijava na tentativa de acalmá-lo.

“Está tudo bem, não precisa se desculpar. Só... vamos deixar isso para lá, tudo bem?” perguntou ela sorrindo docemente para ele e fazendo seu mau humor se desfazer com apenas aquele simples sorriso. Merlin. Somente um sorriso dela já o desestabilizava por inteiro.

“Tudo bem.” Ele sorriu também e eles foram juntos tomar café da manhã, o assunto anterior já esquecido. Pelo menos por enquanto.

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Já fazia alguns meses desde o pequeno deslize de James, era verão e enquanto as flores lilases floresciam o amor dele ficava cada vez mais profundo. Eles estavam na Torre de Astronomia observando as estrelas naquele silêncio confortável, como se não fossem necessárias palavras para que eles se entendessem e bem, não precisavam.

“O que houve, James? Você parece tenso.” A ruiva olhou para ele franzindo o cenho enquanto perguntava.

Ele realmente estava, a mesma pergunta continuava rondando seus pensamentos, mas não queria cometer o mesmo erro de alguns meses atrás.

“Não é nada Lily, só impressão sua.” Respondeu com o máximo de naturalidade que conseguiu. A ruiva continuou o encarando desconfiada.

“Você sabe que pode falar comigo certo? Sobre qualquer coisa, pode confiar em mim.” O encarou para ele perceber a sinceridade e o carinho em seus olhos esmeraldas. E esse era o problema, ele a amava. Ela gostava dele.

“Eu sei Lils, eu sei...” disse enquanto deitava a cabeça da ruiva novamente em seu peito e voltava a acariciar seus cabelos. James não havia notado como ela o amava. Lily sabia que ele estava escondendo algo. Mas deixou quieto, pelo menos por enquanto.

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Eles estavam novamente na Torre de Astronomia, dessa vez observando o sol nascer dentro de bolha deles. E dessa vez quem estava impaciente era Lily.

“O que está acontecendo James? Você tem estado estranho... Foi alguma coisa que eu fiz ou ...?” dessa vez, ela era a interrompida.

“Como você se sentiria se eu dissesse que te amo?” perguntou James de repente. Eles se encararam por um longo tempo antes de Lily o beijar docemente e voltar a se deitar no peito de James. Ele não fazia ideia do que pensar, Lily sempre o surpreendia. Não sabia o que fazer, mas era só por enquanto.

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Quando estavam na frente das escadas dos dormitórios, Lily finalmente deu uma resposta a James, e, como sempre, ele ficou surpreso com o que foi respondido.

“Sabe, se você me dissesse que me ama direito, talvez eu contasse que correspondo. Só uma dica.” James paralisou e só sentiu um breve selinho antes de Lily sumir de sua vista na escada.

Sentiu seu rosto esquentar e começou a sorrir como um idiota. Imaginando o que Sirius diria se o visse assim, se estapeou enquanto se sentia estúpido. Mas não conseguiu parar de sorrir pelo resto da manhã.

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E novamente lá estavam eles. Dessa vez, os dois estavam perdidos em suas divagações. Até o maroto criar coragem para cortar o silêncio e finalmente dizer do jeito certo.

“Eu te amo. Estou gastando meu tempo cada vez mais me apaixonando por você.” A ruiva sorriu e finalmente respondeu tudo que ele sempre havia sonhado ouvir.

“Eu também te amo, vamos gastar nosso tempo nos apaixonando cada vez mais juntos.” E eles se beijaram demonstrando todo o amor que eles sentiam um pelo outro.