Forever My Children escrita por Marimachan, Ginko13


Capítulo 3
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Yooooo! Tú beleuza cum ceis? Eu estou bem. ♥ Então, né... Preparem as barrigas, pq vcs irão realmente rir p caramba com esse capítulo (ou ao menos é o que esperamos e.e). jdsdghfjksdgfsjk' Cortesia da Ginko-chan! Ôh menina abençoada pra fazer comédia ♥
De qualquer forma, fiquem com nossos três samurais preferidos (completamente bêbados) e com os outros dois tendo que cuidar dos bebum ~pobre coitados~
Espero que gostem! ^^
~Marimachan

s2-S2-s2

It's this: Hm... Há quanto tempo, não é mesmo ? Kkkk
Sim, bastante tempo. Sobre isso, eu gostaria de me desculpar formalmente por ser uma criatura enrolada e improdutiva *se ajoelha e encosta a testa no chão* I'm sorry
Agora q me desculpei, BORA LER POVO!
Vai ter bastante bagunça e bullying, e espero q vcs gostem, como nós gostamos de escrever ♡
Obrigado por não desistirem ♡♡♡
~Ginko



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/725887/chapter/3

― Mais uma, Master! – o samurai de permanente natural estendeu a pequena garrafa vazia para o senhor que se encontrava atrás do balcão.

Acharam, em frente a uma pequena área pública, aquela barraquinha, após procurarem por mais de 30 minutos, vagando por Kabukicho e arredores. Já estavam ali há algumas horas, bebendo, conversando coisas sem sentido e perturbando uns aos outros com cantorias e provocações. Nobume havia voltado da busca por seus doces favoritos e, sentada bem perto dali, num banco da pracinha em frente, já acabava com a terceira – e última – caixa de rosquinhas.

― Ei, nee-chan! – o senhor chamou a atenção da jovem, enquanto tomava a garrafa vazia e dava ao samurai uma cheia ― Não quer mesmo vir para cá? Os cavalheiros aqui podem se afastar para você sentar. – em resposta, contudo, a garota acenou negativamente com a cabeça. ― Aliás, onde essa menina conseguiu tantas rosquinhas num bairro destruído onde o comércio mal voltou a funcionar? – concluiu, em um tom de voz mais baixo, para que só os homens à sua frente pudessem ouvir.

― Sabe como é, jii-san, deve ter sido aquilo... Ela deve ter usado de meios suspeitos. – respondeu Gintoki à pergunta quase retórica do senhor.

― Sim, é o que eu sempre te disse, Gintoki. O Bakufu está corrompido desde o topo até esses policiais idiotas. – Katsura incluiu-se também na conversa, cruzando os braços e fechando os olhos. ― Por isso eu queria que você lutasse ao meu lado contra esses corruptos. Sim, Joui ga joy.

― Corrompida está a sua cabeça. – retrucou o de cabelos prateados.

― Eu... Eu me decidi. – começou a falar Takasugi, a expressão séria. ― Eu vou destruir tudo.

― Oe, Oboro-kun, Oboro-kun... – Gintoki ignorou completamente a declaração de Shinsuke – da mesma forma os outros -, e tentou puxar conversa com o mais velho.

― Quem você está chamando de Oboro-kun? – o outro respondeu com a testa ainda mais franzida, numa expressão de desgosto.

― Por que você está aí com essa cara de ânus? A mamãe prometeu que ia comprar o boneco do power ranger vermelho na volta, quando na verdade só queria que você a deixasse em paz? – falava de um jeito que oscilava entre normal e completamente enrolado. ― Beba, beba, aproveite enquanto pode. Ou será que é aquilo? Sabe, aquilo? Você vai se divertir em Yoshiwara depois daqui e prefere manter o Neo Armstrong Cyclone Jet Armstrong canon em perfeitas condições? – riu malicioso.

― Do que raios você está falando?  – o pobre homem suspirou, tentando manter a paciência. ― Por algum motivo isso está me tirando do sério. – disse a si mesmo.

― Não podem ouvir? A besta negra da vingança sussurrar em seus ouvidos? – Takasugi novamente... ― Vingue seus companheiros! Deixe seus inimigos sentirem nosso sofrimento! Mate-os, mate-os...

― Ooooe, qualquer um que esteja fazendo terapia de regressão com hipnose nesse cara, já pode parar! Ele tá voltando demais! – gritou o yorozuya para todas as direções, com a mão em forma de concha próxima à boca. ― Isso deve ser culpa sua, Zura! Contratou um hipnotizador pra tentar consertar esse idiota e acabou quebrando mais!

― Zura jyanai, Katsura da! E eu não brinco com magia negra, só com o Mago Negro.

― Eu me decidi, Gintoki, Zura. Eu vou destruir tudo. Tudo, até que essa besta dentro de mim se cale. – riu de forma maligna.

― Cala a boca! Fica aí falando da tal besta negra da vingança como se ainda estivesse no começo do mangá! Change! Change, please!

― Cale-se você, Gintoki! – gritou, batendo o punho no balcão e pondo-se de pé. ― Um homem de meia idade que vive como uma criança e explora outras duas deveria pensar 300 vezes antes de me mandar calar a boca! E não pense que esqueci nossa disputa. – dirigiu-se ao campo aberto daquele pequeno parque.

― Pois que seja, seu maldito, vou arrancar seus ouvidos e vender no mercado negro, já que você não os usa! E isso me lembra mesmo que você me deve 300 ienes. – o samurai de permanente também se levantou e seguiu o outro, aceitando seu desafio. Colocou-se frente a frente com o rival, tomando alguns passos de distância.

― De novo... – Oboro lamentou.

― Hã? O açúcar queimou seus neurônios? Eu não lhe devo nada, você é quem me deve! Você... – sua voz falhou, e ele baixou o semblante. ― VOCÊ TOMOU MEU ÚLTIMO YAKULT! – Shinsuke esbravejou, correndo em direção ao outro com uma expressão raivosa, a katana em punho e algumas veias saltando em sua testa.

As espadas se chocaram, e milagrosamente, como sempre, a espada de madeira de Gintoki não sofrera nenhum dano indo contra o fio de uma espada de metal. Eles permaneceram assim, medindo forças, por pelo menos um minuto, enquanto simultaneamente também travavam uma luta com a falta de equilíbrio causada pelo sake. Enquanto que Katsura e Oboro, ao lado do banco onde estava Nobume, observavam de pé aquele confronto desajeitado.

― Ei, é por isso. É por isso, não é? Eles tentaram se matar toda vez que viram um ao outro por causa de 300 ienes e um Yakult, não é? – Oboro questionou quase em exasperação.

― Não há mais esperanças pra esses dois. É perda de tempo tentar separá-los. Só precisamos esperar, eles param quanto estiverem quase se matando. Não é, Elizabeth? – disse Zura, sorrindo ao olhar para o lado, onde achava que seu mascote alienígena estava, desfazendo o sorriso, entretanto, assim que percebeu que ele não estava lá. ― Elizabeth? – começou a procurá-lo desesperadamente, inclusive em árvores e embaixo de pedras e dos outros bancos daquele parque.

― Não há mais esperanças pra nenhum de vocês. – concluiu o discípulo mais velho, vendo Katsura se juntar ao cenário de pura idiotice que eram aqueles samurais bêbados.

Nem 20 minutos se passaram e o lugar já estava destruído. Gintoki e Takasugi lançavam golpes violentos e habilidosos e ainda assim não chegavam nem perto de acertar um ao outro. Cortaram postes, árvores, bancos, balanços e outros brinquedos daquele parque, e, eventualmente, chegaram perto de atingir também os três espectadores.

Os brigões já estavam cansados e desarrumados. O de cabelos prateados, alegando que aquele lugar estava quente demais – o que na verdade era a sensação térmica causada pela bebida -, retirara seu kimono e a camisa por baixo dele, jogando-os em um lugar qualquer. O suor escorria por seu pescoço, chegando ao peitoral e abdome definidos e ele ofegava, olhando sério para o outro que não estava muito diferente. As bandagens que cobriam o olho esquerdo de Shinsuke caíram e apenas seus cabelos, agora bagunçados, escondiam o olho fechado. Uma das mangas de seu kimono, que já era usado de forma a mostrar boa parte de seu peito, agora caía, expondo seu ombro direito, que junto ao esquerdo e ao tórax, subiam e desciam ao ritmo de sua respiração acelerada.

Inesperadamente, uma chuva forte e passageira caiu, fazendo os três espectadores se abrigarem sob as árvores, diferente dos outros dois, que sequer se moveram de seus lugares. Aproximadamente cinco minutos depois, a chuva já parava quase completamente e eles voltavam para onde estavam, para de pé – pois o banco estava encharcado – continuar a assistir os bêbados brigões, que além de cansados, agora estavam também molhados. Suas roupas grudavam na pele e seus cabelos pingavam, enquanto eles ainda se encaravam, em guarda.

Nobume pegou seu pequeno celular, passando a tirar fotos de diferentes ângulos e distâncias dos dois, ao que, retornando a seu lugar inicial, recebeu um olhar interrogativo de Oboro.

― Você conhece as fangirls, Oboro? Elas pagam por isso. – a jovem disse ao mais velho, sem alterar em nada o seu tom sempre calmo.

O outro levantou uma sobrancelha. Gostaria de perguntar o que era “fangirls”, mas optou por não questionar e talvez, apenas talvez, pesquisar sobre isso uma outra hora.

― Não dá pra vocês andarem logo com isso?! – gritou Katsura, perdendo a paciência.

― Cala a boca, Zura! – o de permanente respondeu à falta de paciência do outro perdendo a sua.

― Zura jyanai, Katsura da! – berrou para o outro.

― 246 derrotas, 246 vitórias e um empate. Está na hora de acabar com isso de uma vez, Gintoki. – o ex-líder da Kiheitai falou ao adversário, ignorando o de cabelos longos os apressando.

― Claro, claro. Para terminar a noite da melhor maneira, nada como te vencer mais uma vez. – riu sarcástico, vendo uma veia crescer na lateral do rosto do outro.

― Ah, é mesmo? Eu me lembro bem que você se achava mesmo invencível antes que eu aparecesse. Que pena que acabou perdendo pra mim 246 vezes, mesmo sendo invencível. – foi a vez de Shinsuke rir e ver sinais de estresse no outro.

― Vou rachar sua cabeça ao meio, desgraçado. – Gintoki falou entredentes.

― Ninguém além daquele homem toca minha cabeça! Sim, ele deveria assistir a isso. Alguém aí chame o sen... – Takasugi iniciou o pedido, elevando a voz, mas interrompeu-se logo que percebeu seu equívoco. ― Sensei! – e jogou-se, com os joelhos e as mãos ao chão, chorando copiosamente.

― Oe, ele ainda tá voltando no tempo? O que uma terapia de regressão e álcool não fazem... – o yorozuya relaxou e se aproximou do outro. ― Quer que eu te dê um cascudo, como ele fazia? – perguntou ao outro, com uma cara que começava a expressar compaixão.

― Cale a boca, Gintoki! – ainda chorando.

― Takasugi!!! – Zura veio até eles gritando e se juntou ao outro no chão, também aos prantos.

― Ok, chega de choradeira, certo? Mais uma dose vai ajudar vocês a sair dessa. Jii-san! – olhou em direção ao pequeno estabelecimento móvel do senhor e só então percebeu que não estava mais lá. ― Ei... Ei, qual é. Jii-san? Jii-san!!! – gritou para os céus, erguendo os braços teatralmente.

O de cabelos prateados então também foi ao chão e se juntaria aos outros a chorar, se não fosse a tão familiar sensação de seu conteúdo estomacal subindo pela garganta. Fez o que pôde para conter o vômito e mesmo conseguindo, não pôde esconder dos dois que observavam a lamentável cena.

― Bem, já é tarde, acho que já podemos ir. – Oboro comentou, recebendo um aceno de cabeça positivo de Nobume.

Os responsáveis pelos samurais bêbados foram até eles, os ajudando a se levantarem, apoiando-os pelos ombros. Nobume se encarregou do yorozuya, enquanto que Oboro se encarregou dos outros dois. Gintoki não mais resistia, já que na verdade, não sentia mais vontade de beber – tudo que sentia era mal estar – deixando-se, dessa forma, ser levado pela jovem, assim como os outros, que se deixaram ser apoiados pelo ex-corvo.

(...)

― Ah, que sensação horrível... – o de cabelos prateados reclamou.

Já haviam percorrido metade do caminho até o dojo, e ele – agora quase devidamente vestido, graças a Nobume que pegou sua roupa quando a jogou em qualquer lugar ao decidir tirá-la – ainda reclamava de seu enjoo a cada cinco minutos.

― Isso é culpa sua por perder o controle. – Oboro declarou, o olhando em desaprovação.

― Beber sake é um ciclo de ter e perder o controle, eu já falei isso. Em que episódio será que foi?

― Ei, Gintoki. – Katsura, que andava apoiado no ombro esquerdo de Oboro, sussurrou para o yorozuya, que estava ao seu lado.

Ou assim esperava que fosse.

Ele olhava para todos os lados, como se procurasse algo ou como se estivesse vendo assombrações. O samurai de permanente ficou preocupado com este último e começou a ponderar se o sake poderia ter um efeito como esse.

― O-o que foi? – mal podia disfarçar o tremor na voz.

― Por acaso... você também está vendo, Gintoki?

― O-o-o-o-o q-q-q-q-q-que? – agora seu corpo também tremia.

― Eu...  eu vejo... Elizabeths e ch**pos em toda parte.

― O que você pensa que eu sou, seu esquisito?! Até parece! – exclamou dando um tapa desajeitado na nuca do outro, após alguns momentos de uma expressão de incredulidade e desprezo. ― Fica me assus... atormentando com essa história de que tá vendo coisas, pra depois dizer que o que via era aquela aberração de mascote e órgãos genitais!

― Esquisito jyanai, Katsura da.

― Zura, não me diga que é aquilo. Não me diga que agora você tem essas preferências. Não diga que com a dona do restaurante é tudo fachada! Resista, Zura! Não perca pra Zurako! Não deixe sua espada amaldiçoada cair!

― Não diga idiotices, Gintoki! Não estou perdendo pra ninguém. E eu já disse que não tenho nada com a Ikumatsu-dono!

― Heh... Zura, me deixe adivinhar: ela é casada. – Takasugi, que se mantivera calado até ali, se juntou à brincadeira.

― Não, e... – começou a responder, mas o yorozuya o interrompeu.

― Não, mas é como se fosse. Ela é viúva.

― Hm, viúva fiel, não é? – Shinsuke agora assumia seu melhor sorriso malicioso. ― E ela é bonita, Gintoki?

― Sim, uma linda viúva que cuida SOZINHA do restaurante do falecido marido.

Eles riam maliciosamente do outro enquanto o provocavam. E até mesmo Oboro, divertindo-se com a situação do de cabelos longos, não pôde conter um sorriso lateral.

― Calem a boca, seus malditos! Quem diabos foi o idiota que espalhou essa história de que eu procuro mulheres casadas, hein? Se insistirem nisso eu corto vocês ao meio! – Zura gritou, já sem paciência, tentando sacar a espada que trazia consigo, mas sendo impedido por Oboro que o segurou mais forte enquanto o carregava. ― Você também!? – exclamou, quando percebeu que o mais velho sorria às suas custas. ― Me defenda, Elizabeth!

― Oe, oe, relaxa aí, Zura. Isso é só uma brinca... – um novo enjoo ― brincadeira. Ah, isso é horrí... – e dessa vez Gintoki não pôde segurar.

Desvencilhou-se de Nobume o mais rápido que pôde e foi em direção à entrada de um beco escuro à esquerda, para literalmente botar para fora todo o seu mal estar.

Só não esperava acabar vomitando nos pés de alguém.

A figura aparentemente feminina vestia roupas estranhas, além de ter uma pele extremamente clara e cobrir a metade inferior do rosto com uma máscara, como uma kunoichi.

― Kunoichi? – o samurai enjoado falou com a voz doente, quando percebeu a máscara da mulher e vomitou de novo.

― S-seu desgraçado! Como você... – a figura virou-se para o lado e, imitando o outro, lançou fora o conteúdo de seu estômago. ― Seu bêbado infeliz! Que nojo! O que raios você comeu? – regurgitou novamente, ao olhar diretamente a matéria escura, quente e mal cheirosa sobre seus sapatos.

― Ah, lá se vai meu bolo. – ele falou, decepcionado, embora indiferente à indignação da mulher.

― Seu bolo?! E os meus sapatos, seu idiota? Você vai me pagar pelos meus sapatos!!! – gritou histérica, o que logo tirou a paciência de Shinsuke.

― Cala a boca, vadia! Eu sou aquele que vai destruir tudo! Não seria difícil partir para o seu mundo quando destruísse esse. Isso mesmo, eu sei que você é uma amanto. Então cale a boca e suma daqui antes que eu decida destruir você e seu planeta!

― Nossa, Takasugi-kun, isso é só porque ela é um amanto? Que xenofóbico... – zombou o yorozuya, com uma mão cobrindo os lábios, em uma falsa incredulidade com a agressividade do outro.

― Seu... – a mulher já preparava novos insultos, agora ainda mais irritada, mas foi interrompida por mais um bêbado.

― Gintoki, Takasugi! Eu sabia que vocês podiam ver! Vamos, vamos, deixem de falar com esse ch**po gigante e vamos embora logo. – o de cabelos longos acabou por se tornar, assim, a famosa “gota d’água”.

― O-o quê? Ele me chamou de ch**po. Esse bêbado desgraçado acha que eu tenho cara de ch**po. – de início arregalou os olhos, incrédula, para depois rir nervosamente, a ponto de colapsar. ― Esse dia foi um inferno e, realmente, tudo o que eu precisava era que alguém dissesse que sou um ch**po.

― Deve ter demência. – Shinsuke supôs, enquanto os outros observavam intrigados às reações da mulher.

E tão repentino quanto o início do ataque de nervos foi o seu final. A estranha figura se acalmou e voltou a falar, desta vez tranquilamente.

― Talvez minha psiquiatra me dê uma bronca. Mas eu fiz o meu máximo, sabe, não dá pra dizer que a culpa é minha. Até porque, a culpa é de vocês. Bem, espero nunca mais vê-los.

E enquanto ela sorria sob a máscara e acenava, sustentando um olhar suspeito sobre os cinco, uma fumaça colorida começou a envolvê-la, girando ao seu redor até cobri-la completamente, logo em seguida envolvendo os cinco também.

― Tem cheiro de perfume infantil. – Gintoki constatou, observando a fumaça lentamente se espalhar até desaparecer. ― O-oe...

A mulher sumira junto à fumaça. Simplesmente não estava mais lá. E apesar daquele tipo de situação não ser tão incomum assim a esses samurais acostumados a confusões e todo tipo de acontecimento atípico, naquele momento, não esperavam que uma pessoa desaparecesse diante de seus olhos. Por isso, por alguns segundos, tentaram assimilar o que havia acontecido olhando fixamente para o lugar onde a mulher deveria estar.

― Ei, ela sumiu. – o yorozuya comentou o óbvio, virando-se para os outros.

― Nós vimos. – respondeu-lhe um nada espantado Oboro, que só queria voltar ao dojo de uma vez.

― Parabéns por ter percebido. – alfinetou Takasugi.

― Cala a boca, riquinho deserdado.  

― É o quê, seu...

Antes que começasse uma nova briga, o discípulo mais velho se pôs a andar, arrastando seus dois samurais bêbados pela cintura. Nobume o acompanhou, deixando o seu próprio bêbado para trás, que ainda no mesmo lugar, girava em seu próprio eixo olhando desconfiado em todas as direções.

Por fim, decidiu não pensar mais sobre aquela mulher ser uma assombração que voltaria para se vingar por ter seus pés banhados em vômito, e, novamente enjoado por ter girado tanto, tentou aos tropeços alcançar os outros.

― Nobume-chan! – chamou pela responsável por carregá-lo, num grito agudo e desafinado. ― Me espere!

(...)

Quando finalmente chegaram à sua moradia temporária, quase todos já dormiam, a maioria jogados uns por cima dos outros, tocando uma sinfonia de roncos e barulhos estranhos. Os que não dormiam liam revistas, mexiam em seus celulares ou jogavam uno em um canto, tentando não acordar os outros com as pequenas confusões que se iniciavam quando alguém lançava um +4.

Não seria possível ficar ali, já havia gente demais.

Por isso, a jovem de cabelos azuis e o mais velho de profundas olheiras passaram direto pelo dojo e procuraram por qualquer outro cômodo onde pudessem jogar aqueles três homens de meia idade que fediam a chimpanzés alcoólatras.  O trio de bêbados já mal aguentava manter a consciência, tendo que ser, agora, literalmente arrastados, o que estava começando a realmente cansar os dois sóbrios, que aceleraram sua busca.

Chegaram a um corredor com algumas portas, as quais Nobume foi abrindo e checando os cômodos um por um. Alguns eram banheiro ou cômodos que no escuro ela não pôde descobrir o que eram; outros eram pequenos quartos onde as mulheres dormiam. Ao checar a penúltima porta, finalmente, acharam um quarto vazio.

Ao entrarem no cômodo escuro, Oboro logo ligou a luz empurrando o corpo de Takasugi contra o interruptor. Agora, podendo enxergar melhor, notaram que o quarto estava realmente vazio – não havia nada ali, exceto por alguns futons arrumados num canto. A garota, então, largou o de cabelos prateados junto a uma parede e arrumou dois dos futons lado a lado, no centro do quarto. Voltou a pegar o homem e o jogou sobre o acolchoado, ao que o ex-corvo imitou, livrando-se dos samurais alcoolizado sobre seus ombros.

Os três caíram como sacos de batata, praticamente inanimados e esparramados, com seus braços e pernas jogados uns sobre os outros. Porém, estavam tão bêbados que não ligaram para isso – certamente nem perceberam seu estado –, e permaneceram dessa forma até a manhã do dia seguinte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários são bem-vindos :3
Até o próximo, meus queridos! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Forever My Children" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.