A Vilã Revelada escrita por Eadryiel


Capítulo 7
Memórias


Notas iniciais do capítulo

Oii gente linda. Nesse capitulo voces vao conhecer mais um pouquinho de Lass, o mais novo personagem dessa fic.

Antes de receber pedradas eu quero avisar, me desculpem se a luta nao for o que voces estavam esperando, mas lembrem-se, Cazeaje e Lass estao quase morrendo, literalmente, entao nao adianta eu tentar fazer uma luta muito longa a apelona, pq ai eu seria obrigada a matar a Cazeaje no meio da luta kkkkkkk

Bom eu ainda tenho muitos capitulos pra fazer, e nao quero matar minha Rainha da Escuridao, ainda, entao aproveitei a historia.

Boa leitura!



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Meu corpo paralisou diante daquela poderosa criatura. Um homem gordo, cerca de dois metros de altura, apoiado em uma bengala, possuía um sorriso maligno no rosto, seus olhos brilhantes o deixavam mais horripilante.

Fiquei parada, sem reação, diante daquela temível criatura. Meu corpo estava em arrepios. Senti algo tremendo, porém não era eu. A mão do garoto, Lass, tremia violentamente. Olhei em sua direção e vi seus olhos arregalados, tomados pelo pavor.

— Não, não Lass.... – disse lentamente o homem, seu sorriso aumentou e sua voz se tornou ameaçadora – Você tem que ficar para o show!

No mesmo momento ele fez um movimento lateral com sua bengala, tentando atingir o rosto do garoto. Puxei-o para baixo, conseguindo desviar do golpe. Em seguida andamos dois passos à frente. O homem chutou Lass, que não tentou se proteger, apenas recebeu o golpe no estomago, se encolhendo de dor.

— REAJA GAROTO! – disse repreendendo-o. Estou ao lado do homem. – PETRIFICAR!

Sua pele lentamente é envolvida em uma camada rochosa, porém fina. Temo que meu corpo não aguente o uso de magias mais fortes. Devemos aproveitar os poucos instantes de vantagem que temos. Lass começa a se levantar lentamente e o puxo pela mão, andamos o mais rápido que conseguimos em direção a saída do Circo.

— Você não deseja sair daqui? – perguntei de forma irônica. – Se sim é bom que comece a agir de acordo. – falei enquanto dávamos passos pesados.

Após nos afastarmos cerca de 5 metros ouço os grunhidos atrás de nós. “Logo ele vai se libertar do feitiço”. Repentinamente um leão pula em minha frente. Paro subitamente diante do susto. Ele não nos ataca, apenas nos impede de prosseguir. Ao lado do garoto surge uma mulher, alta, montada em um enorme leão.

Ela está vestida com roupas provocantes. Sua pele albina contrasta com os cabelos rosados. Seus olhos são tão brilhantes e horripilantes quanto os do homem que nos atacava anteriormente. Estava com um chicote na mão.

— Ó Lass, não pode nos deixar – disse com uma voz provocante.

Olhei para o garoto que estava logo atrás de mim. Sua postura estava mais confiante, seus olhos já estavam com certo brilho. Sinto a coragem do garoto crescendo dentro dele.

— Saia de meu caminho, Ortina. – sua voz era fraca, mas transmitia a nova determinação do garoto.

— Lass.... você cresceu, estou orgulhosa. – suas palavras eram sinceras – Mas devo te impedir. – esta ultima frase soou maligna, como uma ameaça.

Neste momento ela jogou seu chicote em nossa direção. Apenas me preparei para receber o golpe, não havia tempo para reagir. Após alguns instantes não senti o ataque. A única imagem que meus olhos viam era o garoto cortando o chicote ao meio com uma adaga, que estava escondida em sua roupa, fazendo-o cair ao chão sem nos ferir. Seus olhos brilham cada vez mais, sinto uma grande fúria crescendo no rapaz.

— Era meu chicote favorito. Nunca vou perdoá-lo. – disse novamente de forma provocante e ameaçadora.

— Pagará por sua rebeldia – uma voz grossa nos falava atrás de nós.

Como eu temia aquele homem maligno já havia se libertado de minha magia. Olhamos em sua direção. Os olhos de Lass faiscavam. Sua aura se tornava violenta. Estamos cercados. À nossa frente Ortina e seu leão barravam a saída. Atrás de nós o ser nos ameaçava. Em nossos lados vários palhaços se aproximavam com suas bombas em mãos. Comecei a concentrar meus poderes.

— Ah! Seu verme. – gritou Lass se dirigindo ser maligno atrás de nós.

— TEMPESTADE DE RAIOS! – Conjurei rapidamente com a esperança de enfraquecê-los.

Tentei usar o máximo de minha força para causar fortes danos em nossos adversários. Todos levaram vários golpes por alguns segundos. Quando a magia terminou somente os pequenos palhaços demonstraram ter recebido o golpe.

Um arrepio percorreu minha espinha. “Vamos morrer aqui!”. Senti meu corpo começando a tremer. Os pequenos palhaços atingidos começaram a inchar. Não sabia o que iria acontecer, até que um forte barulho de explosão atingiu meus ouvidos. Abaixei-me para me proteger da dezena de explosões que estavam tão perto. Uma leve fumaça nos envolveu, atrapalhando a visão.

Ouvi um grito de raiva. Conforme a fumaça se dissipava pude ver que os olhos do rapaz exalavam fúria. Seu corpo tremia em busca de vingança. Sua aura se tornava mais negra a cada segundo. Em instantes seu corpo foi envolto em chamas azuis. “São como as chamas dos Haros”. Os olhos de Ortina se arregalavam em espanto. O homem maligno apenas assistia a cena, como se desejasse ver todo o poder do garoto, como se isso fosse um desafio que ele iria superar.

— Não serei mais seu prisioneiro, Mestre de Cerimônias. – sua voz soava baixa e quase tão maligna quanto a do Mestre.

As chamas aumentavam cada vez mais. Tornavam-se mais poderosas a cada segundo. Elas se expandiram em todas as direções. Só tive tempo de me proteger com um ESCUDO MÁGICO, e logo o tom azulado invadiu minha visão. A claridade nos cegava.

Quando as luzes diminuíram e as chamas começaram a se dissipar pude ver os estragos feitos. Todas as barracas pegavam fogo, sendo deterioradas rapidamente. O Mestre de Cerimonias era cercado de fogo, tanto em suas roupas quanto em sua pele. Ortina conseguiu se proteger atrás de seu enorme leão, e por isso foi poupada de um dano maior. O garoto continuava com os olhos em fúria, ofegante por causa da liberação repentina de poder.

Ele tomou minha frente, me puxando pelo braço. Senti sua aura se tornando mais amena, a raiva diminuindo. Saímos do Circo, correndo sem parar, com forças que não sabia de onde vinham. Após varias horas de caminhada não conseguíamos mais ver as luzes do Circo, já estávamos longe o suficiente e, assim, deitamos no chão rochoso, ofegantes.

Meu corpo doía, latejava e queimava. Grandes feridas se formavam cada vez que utilizava magia. Isso somado ao tempo que passei correndo só fez piorar o estado de meu corpo. Olho para o lado, fitando o jovem rapaz. Referiam-se a ele como Lass, deve ser seu nome.

Claramente ele não é um Haro. Com a pele clara, grandes olhos azuis e cabelos acinzentados seria considerado um rapaz atraente. Só não era por causa de suas marcas, escuras, horripilantes, que cobriam boa parte de sua pele. Ele está de olhos fechados, apenas respirando fortemente. É possível ver seu peito se movendo dentro do enorme macacão listrado onde se encontra seu minúsculo corpo.

— Por que....me tirou....de lá? – sua voz fraca e falhada cortou o longo silencio que havia se formado.

— Preciso de um favor. – minha voz também soava fraca.

— Quem é....você?

— Me chamo Cazeaje. Sou uma humana.

— Em Hades? – havia ironia em suas palavras.

— Eu posso lhe explicar, porém não tenho tempo. Preciso que me tire do Submundo.

— E por que eu faria isso?

— Posso lhe dar qualquer coisa que quiser. Apenas me diga e eu darei. – tentei soar o mais confiante possível.

Ele bufou. Ainda deitados no chão frio, comecei a sentir meu corpo relaxar. Não é uma boa sensação, é pavorosa. Senti meu corpo desfalecendo rapidamente. Cada segundo que o garoto ficou calado, pensando, me deixou mais nervosa. Quando pensei em apressa-lo ele finalmente falou:

— Pode tirar estas marcas de meu corpo? Deixar minha pele com aparência normal? – ele estava hesitante, como se isso fosse algo muito intimo.

Olhei em sua direção, como se analisasse as marcas. Aproximei lentamente minha mão, pedindo permissão para tocar em sua pele. Ele fez um leve sinal afirmativo com a cabeça e eu encostei meus dedos. Vi que era áspera, fria, porém ele nem pareceu sentir meu gesto. Parecia como uma anomalia, um tipo de maldição talvez? Não, não senti presença de magia naquelas marcas. Lembrei-me de todos os feitiços que Elena me ensinou, até que por fim achei a resposta.

— Sim, posso te ajudar! – tentei parecer feliz, mas meu corpo não respondia mais aos meus comandos.

Creio que quase vi um sorriso brotar em seu rosto. Seus grandes olhos brilharam mais do que a Lua de Hades. “Consegui! Vou sair do Submundo!”. Se meu corpo tivesse forças, sei que choraria de felicidade, porém, mal conseguia mexer meus lábios para falar.

— Preciso que fique calmo e relaxado. – disse colocando a mão em sua testa. É minha chance de conseguir um corpo.  

Sabia muito bem o que fazer. Já havia feito antes com o jovem Erudon, para causar a Guerra de Vermécia. Sem contar que brevemente tomei o corpo de alguns serviçais do Castelo. Adentrei no corpo do jovem e em sua mente podia ver e sentir sua felicidade. Comecei a proferir palavras de uma maldição. Sim, eu o amaldiçoaria para que ficasse com uma pele normal. Essa foi a única forma que encontrei de ajuda-lo, e sei que daria certo.

Após terminar as palavras o disse mentalmente para sentir seu novo corpo. Ele olhou para suas mãos e sentiu seu rosto. Um sorriso se esboçou em seus lábios ele foi me agradecer. Porém ao ver meu corpo, inerte, se decompondo rapidamente ficou confuso.

— Fique calmo, preciso de seu corpo para sair de Hades – disse em sua mente.

— O que!? Sua.... – eu o interrompi. Ainda não possuía total controle de seu corpo, porém não me demoraria.

— Preciso fazer isso. Apenas gostaria de mostrar-lhe que cumpri minha parte do acordo. Prometo que não vou lhe machucar. – ao dizer isso comecei a vasculhar sua mente.

Era necessário conhecer todas as memorias antes de ter controle sobre o corpo. Sentir todas as dores, traumas, alegrias e descobrir todos os segredos. Creio que é o preço a se pagar. Um fardo a carregar eternamente, pois, não é possível retirar essas impressões de sua mente. Sentir no corpo da pessoa tudo o que ela passou é algo doloroso para ambos. Comecei por sua primeira memoria.

— Mamãe, por que não posso ir brincar com as crianças? – disse choramingando

— Ó querido, podemos brincar juntos aqui em casa.

— NÃO! Quero ir lá fora! – lágrimas se formam.

— Lass, - disse mamãe séria – você não pode sair de casa. Nós já conversamos sobre isso. As pessoas não entendem porque você tem essas marcas no corpo e podem querer fazer coisas ruins com você e comigo. Agora venha, vamos comer alguma coisa! – a ultima frase foi dita de forma mais alegre.

“Porque sou diferente? Porque iriam querer machucar eu e mamãe?” pensamentos que se passaram na cabeça da criança, de cerca de 3 anos, resumiam seus sentimentos de tristeza, frustração e raiva.

—------------

— Mãe, me diz a verdade, por que eu tenho essas coisas horríveis na minha pele? – disse de forma muito séria.

— Querido eu já lhe disse, são marcas de nascença.

— Eu sei, mas ninguém tem marcas de nascença desse jeito, por que eu tenho?

A mãe bufou, sabendo que não iria conseguir fugir do assunto. Sentou-se ao lado do garoto, encarando-o nos olhos. Uma expressão preocupada tomou conta de seu rosto.

— Sinto muito que você tenha que passar por isso tão jovem, você só tem 5 anos! Mas vou lhe contar o motivo. – fez uma breve pausa, como que escolhendo as palavras a usar – Você sabe que nós somos humanos, não é?

— Claro, mamãe! – disse impaciente.

— Bom, mas seu pai, Regis, não era humano. – os olhos do garoto se arregalaram – Ele veio de outra dimensão, como se fosse um outro mundo, totalmente diferente do nosso. – ela fez uma pausa para que o garoto pudesse digerir as informações.

Um turbilhão de pensamentos invadia a mente da criança. Estava chocado demais para sentir qualquer emoção. Parte de si duvidava das palavras da mãe, mas, ela nunca mentiu para ele.

— De onde ele era? – disse totalmente atônito.

— Chamamos o lugar de Hades, ou Submundo. Ele era um Haro.- fez outra longa pausa – Você se parece muito com ele. Também tinha a pele branquinha como a sua, nunca arrumava o cabelo – disse em tom de piada enquanto bagunçava com a mão os cabelos do pequeno. – Também era muito teimoso, e ficava com o rosto sério o tempo todo.

Ela sorria enquanto relembrava do homem. O garoto começou a imaginar o pai, e ficou feliz de saber que eram parecidos. Até que se lembrou do motivo da conversa.

— Mas o que isso tem a ver com minhas marcas de nascença? – disse inquieto.

— Bom, os Humanos não foram feitos pra ter filhos com Haros. É como se nossos corpos não combinassem. Mas você é uma mistura dos dois, e por isso tem essas marcas.

— Eu odeio elas! – falou com raiva.

— Não querido! – enquanto falava o pegou em seu colo e o abraçou – você é especial. Suas marcas são lindas. Eu te amo do jeito que você é, e não mudaria nada. – deu um carinhoso beijo na testa do garoto.

—--------

Estava de mãos dadas com sua mãe. O local era rodeado por montanhas, o chão era rochoso e o céu estava avermelhado. A escuridão da noite cobria cada vez mais aquele lugar.

— Mamãe, não quero ir com ele. – lágrimas começaram a escorrer.

— Lass, você não pode mais ficar aqui, tem que morar com seu pai. Esse homem vai te levar até ele. E sabe, você tem um irmão lá, vão poder brincar juntos.

— Quero ficar com você. – disse enquanto agarrava a perna da mãe. A tristeza era cada vez maior e as lagrimas não paravam de cair.

— Filho... – disse de forma séria enquanto se abaixava na altura da criança. – sei que uma criança com 7 anos de idade quer brincar e se divertir, mas onde moramos as pessoas só falam mal da gente. Não quero mais que isso aconteça. Para onde você vai as pessoas vão ser boas com você, vão brincar muito com você, e, quando for mais velho você vai poder me visitar.

Ela abraçou forte seu filho. Sussurrou um “Eu te amo” no ouvido dele. A criança não parava de chorar. Ao se separarem do abraço ela disse:

— Querido, seja bonzinho com esse homem, e diz pro papai que eu amo ele, ok?- O garoto foi levado até o homem que olhava a cena sem expressão nenhuma.

— Tem certeza que esta Ponte Infernal leva ao Hades? – disse a mãe ao Homem.

— Com certeza – disse sério.

Ultimas palavras foram trocadas entre a mãe e este homem, um tal de Mestre de Cerimônias. Este guiou o garoto por uma ponte estreita e sinistra. Ele olhava para trás, para sua mãe, enquanto chorava e era arrastado pelo caminho. Quando o vulto de sua mãe, ao longe, não era mais visível, passou a caminhar fitando o chão, que era molhado por suas lagrimas.

— Chegamos Lass. – disse o Mestre com uma voz maligna.

Ao observar o local tudo ficou confuso. Algo estava errado. Seu pai morava aqui?

— Mas é um Circo!

— Não garoto... – sua voz era grave e maligna - é seu pior pesadelo!

—------------

Após vários anos preso na jaula suja. Levanto acoites em todas as apresentações, apenas por ser um mestiço, Lass já havia se entregado a tristeza. Pequeno, fraco e sem nenhuma vontade de viver. Tão solitário que até as lagrimas o abandonaram. Perdido em suas lembranças de infância, o rapaz jovem, cerca de 12 anos de idade, foi repentinamente tirado de seus pensamentos.

— Você é o mestiço? – dizia uma voz baixa e rouca. Não era possível ver de onde vinha.

— Quem está ai? – um silêncio permaneceu por um tempo no local. Ao ver-se sem alternativas acabou falando novamente - Sim, sou o mestiço.

— Tão patético quanto o pai. – falou com desprezo.

— Você conhece meu pai? – a esperança surgiu novamente no coração do garoto.

— Sou seu meio irmão. – não havia emoção nenhuma na voz.

— Por favor, me tire daqui – suplicou o garoto ainda confuso.

— Não. Você é tão fraco que não consegue sair de uma misera jaula. Não é digno de portar o nome Wild.

— E como posso provar que sou? Dê-me uma chance, afinal, temos o mesmo sangue.

— Tsc – grunhiu com irritação – Prove que não é o verme inútil que aparenta ser.

Um objeto brilhante foi jogado na direção da jaula. Uma adaga. Lass rapidamente pegou a arma e começou a analisa-la.

— Não ouse usar o nome Wild até merecer, se o fizer eu mesmo o mato. – disse o ser oculto.

— Espera, não vá... – mas não adiantava ele já havia partido.

Um novo objetivo surgiu no coração do rapaz. Agora possuía motivos para sobreviver.

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Estava feito. Já poderia controlar o novo corpo. Este ainda deitado no chão, ofegante por reviver essas lembranças tão intensas, lágrimas escorriam de seu rosto. Eu sentia fortes dores em meu espirito. O jovem sofrera horrores em sua curta vida. Precisava mostrar ao Lass que eu não era como os outros.

O que você fez comigo? – disse sua voz em nossa mente.

— Lass, preciso de seu corpo. Não vou machuca-lo, não quero lhe causar mais dor. – eu respondi.

Uma tristeza me consumia. “Eu não deveria fazer isso”. Este jovem sofreu apenas por ser quem é. Sinto que seu corpo é forte. Sinto sua mente, cheia de intensidade. Será difícil domar este ser. Mas não posso deixar que sua mente, que ainda luta para não ser possuído, me atrapalhe.

Começo a levantar do chão, lentamente, ainda me acostumando com meu novo ser. Ao meu lado não resta nada além de uma mancha avermelhada e trapos de tecido. Sinto um aperto no peito ao ver qual seria meu destino se não tivesse conseguido ajuda. Vejo que há uma forte energia obscura no garoto, recém despertada. Deve ser a parte do sangue Haro dele.

Demoro vários minutos analisando aquele tipo de poder. Com certeza foi dali que vieram as chamas azuis. Talvez seja por isso que o garoto suportou tamanho sofrimento, pela força vinda dessa energia. Recrio as chamas. Ao brincar com elas sinto algo perfurando meu braço.

Levanto as mangas e encontro uma adaga. Ela está coberta de sangue, e gotas do mesmo mancham levemente o chão. Vejo um corte, porém não sinto dor.  Fico impressionada com o que acontece a seguir. Pequenas chamas azuis cobrem o ferimento, o sangue para de sair do local e logo ele é totalmente cicatrizado. Este poder de cura é incrível. Não há nada parecido no mundo humano, nem mesmo entre os mais poderosos magos.

Aproveito que estou com a adaga em mãos e começo a fazer movimentos de cortes. Lass treinou bastante nos últimos anos. Suas habilidades com as adagas são boas. Continuo a realizar os golpes, relembrando também da experiência que Ronan tinha com o Gladio.

Tentei utilizar meus poderes junto com os golpes, porém não consegui. “O que está acontecendo?”. Sinto que a energia obscura de Lass bloqueia meus poderes. Com certeza os Haros são muito fortes. Percebo que tenho que dominar o poder de Lass para conseguir sair de Hades.

Vasculho meu novo poder até que a Lua do Submundo se torne fraca. Preciso com urgência arrumar uma forma de sair daqui. “Os Haros caçam espíritos que fogem de Hades. Eles tem algum jeito de sair deste local”. Logo em seguida minha mente se lembra de Astaroth e seus Portais Dimensionais. Finalmente encontrei minha resposta.

Concentro-me em criar um portal. Logo meu corpo é envolvido em chamas e estas pairam no ar, à minha frente. Parecem dançar em círculos, e, após vários minutos, vejo uma forma ovalada, em tons de roxo e vinho.

“Finalmente” pensei satisfeita. Dou curtos passos até o Portal e o atravesso. Logo à frente vejo uma luz amarelada. O Sol. A felicidade toma conta de mim. Começo a andar lentamente. Apenas um pensamento está gravado em minha mente.

“Me aguarde Astaroth”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado dessa louca brisa que eu chamei de capitulo.

Como sempre eu direi: comentem, faz bem, rejuvenesce, nao faz cair os dedos, traz mais amor e saude, espanta os invejosos, etc.

Ahh, como voces ainda nao comentaram na minha fic vou ter q apelar pro meu lado mau, muahahahaha:
> todos que comentarem em qualquer capitulo, seja critica, sugestao, elogio, qualquer coisa desse tipo, vai ganhar um biscoito.

Isso só vale até sabado. Eu sei, sou mt má.

Bjoss, até o proximo capitulo



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