O Diabo Mora ao Lado escrita por Erzy, Gin


Capítulo 9
Idiotas


Notas iniciais do capítulo

GENTE NÃO ME MATA ~~~ Gin me cobrou todos os dias pelo cap, agradeçam -q dkdspoksd Eu sou meio lerda e preguiçosa ;c
Enfim, aqui está mais um cap, talvez o mais curto que escrevi, mas eu acho q foi o suficiente pro cap. Espero que curtam e boa leitura ;3 P.S: Perdoem os erros, eu não revisei.



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Allena estava com Sara no campus, sentadas abaixo de uma sombra, o dia estava com uma temperatura absurda, pelo menos tinha um pouco de vento para amenizar o calor intenso. Estavam entretidas em assuntos aleatórios, Allena comentou de Willian tantas vezes que Sara depois de um tempo só ignorou.

— Sara, será que devo ligar para aquele homem da companhia de teatro? — perguntou repentinamente.

— Que pergunta boba. — revirou os olhos — Claro que deve, você está estudando exatamente para isso, mas primeiro pesquise sobre eles, óbvio.

— Tem razão, não posso decepcionar meus fãs! — exclamou empolgada.

— Que fãs? — perguntou já esperando uma resposta absurda de sua colega.

— Você e o Will. — disse fazendo uma cara como se fosse a pergunta mais óbvia do mundo. – Meus primeiros Allenetes, que tal? — Sara apenas revirou os olhos sorrindo.

— Falando em Will, como está seu coraçãozinho? – provocou.

— Will é cara mais irritante que eu conheço. Um pé no saco! — falou com um sorriso tímido.

— Então digamos que esse sorriso em seu rosto não é de apaixonado. — Bagunçou ainda mais os cabelos da morena carinhosamente.

As duas continuaram sua conversa por um tempo criando fantasias sobre seus futuros, mas aquilo estava bom de mais para ser verdade. Ao longe Allena percebeu que Mattew se aproximava, então logo pediu para que Sara a deixasse sozinha com o garoto, ela sabia que suas conversas nunca acabavam bem, então preferiu prevenir qualquer humilhação perto de alguém.

— E aí... — disse receoso ao chegar perto de Allena.

— O que você quer, hein? — perguntou ríspida, não daria brecha para ele mesmo confusa com toda essa mudança dele.

— Calma, eu só quero me desculpar. — ergueu as mãos para cima como desistência, logo após sentando-se ao lado dela.

— Por ser um babaca ou idiota?

— Pelos dois. — lamentou — Eu tenho agido como um imbecil desde aquela época, sem ter dado uma mínima satisfação... Enfim, me perdoe. — pediu desviando seu rosto para o lado envergonhado, tanto pelas suas palavras quanto pelo momento, afinal, era difícil para ele, uma pessoas orgulhosa, ser tão sincero com a garota que ele sempre gostou.

— Matt!! — Allena o abraçou instantaneamente, ouvir isso do seu antigo amigo amoleceu seu coração, era o que ela mais esperava.

Eles se conheceram no primário, não demorou muito para que se tornassem próximos. Os dois eram pequenos diabinhos, aprontavam como tais, e assim seguiu-se nos anos que vieram, até que por algum motivo desconhecido por Allena, antes de terminar o ensino médio, Mattew começou a trata-la da pior forma, deixando-a extremamente para baixo.

— Tudo isso é amor guardado?? — brincou o rapaz envergonhado.

— Não seja convencido, acha mesmo que te perdoarei tão facilmente por ter me feito tudo o que fez? Sem dizer que até o Will acabou se envolvendo, aliás, ele me mataria só de estar falando contigo agora!! – tagarelava gesticulando com as mãos.

— Você nem são namorados para ele decidir com quem você deve ou não falar. — só a menção da palavra namorado deixou a morena com as bochechas extremamente coradas, e Matthew concluiu que não gostava de Willian nem um pouco.

— Oras, Matt, não mude de assunto! — desviou o assunto. — Quero saber o por quê começou a me tratar de tal maneira...

Matthew procurava palavras que não magoassem Allena. Deveria contar toda a verdade ou deixaria ela descobrir por si própria? Não poderia jogar essa bomba nas mãos da morena, seria uma catástrofe na sua vida.

Era isso. Só contaria o começo de toda história.

— Bem, você esteve comigo por muito tempo, a única amiga de verdade que eu tive naquela época. Lembra-se que demorou para você me contar sobre sua mãe? Que ela havia te deixado em um orfanato? Então, desde aquele dia eu ficava pensando em como deveria ser isso, ser abandonado. Tentei dar todo meu apoio que você precisasse, e acho que consegui por um momento, mas depois de alguns meses minha mãe fugiu de casa, e hoje eu sei o motivo, ela era uma prostituta, recebia uma grana alta do meu pai para continuar na casa. Sabe, eu a amava de verdade, mas ao descobrir isso fui tomado por um sentimento de ódio, não queria que ninguém descobrisse que eu era, literalmente, um filho da puta, e acabei descontando em você. Toda vez que eu te via o pensamento de que poderia ser comparado com você, que morava em orfanato, era inaceitável, então joguei meus problemas em você, porque para mim, éramos iguais.

Matthew já não tinha nem coragem de olhar nos olhos castanhos de Allena, agora marejados. A morena estava com uma mistura de sentimentos que nem mesmo ela sabia definir. Empatia? Raiva? Tristeza?... Talvez todos eles.

— Hey... — chamou Matt vendo Allena cobrir o rosto com as mãos por um momento, mas logo ela limpou as lágrimas, respirou fundo e sorriu, um belo e triste sorriso.

— Você me fez falta, Matt. — Allena nesse momento, segurou o rosto dele e puxou, depositando um beijo carinhoso em sua testa, antes de levantar. – Está tudo bem agora, mas preciso espairecer minha mente, tá? Até mais, Matt.

Oo~~oo~~oO

Willian não podia acreditar naquela cena que observou no campus pela tarde. Como aquela ingrata fez aquilo? Abraçando e beijando uma pessoa que a fez chorar? Ela era idiota? Aquele cabelo de curupira afetou seu cérebro? Afinal, por quê estava tão nervoso por aquilo? Ela poderia fazer o que quiser, ele estava pouco se fodendo!

Willian socou a parede ao lado do espelho em qual se olhava, odiava se sentir assim, sem controle do que sentia e porquê sentia. Jogou uma água em seu rosto, enxugou com a toalha pendurada ao lado, decidiu respirar ar fresco, estava sufocado naquele cubículo.

Ficou na pequena varanda grudada em sua porta, observou que as horas passaram rapidamente, já estava noite sem estrelas, com apenas uma lua solitária e minguante, por um momento se comparou com ela. Um homem solitário, que mora sozinho, sem ninguém que o ame ou admire-o, com uma luz esvaecida e incompleto. Passou o tempo em seus pensamentos melancólicos, e com a brisa fria da noite, já estava arrepiado. Assim que entrou para seu apartamento, conseguiu ouvir alguns passos subindo as pequenas escadas que dava acesso aos quartos, os passos estavam lentos. Pensou que logo ouviria alguém bater na sua porta pedindo comida, mas só pode ouvir pequenos soluços, e continuou a ouvir pela parede do seu quarto, do outro lado, por alguns minutos, e só passou pela sua cabeça que ela era uma idiota, e ele mais ainda por não ir lá e deixar seu orgulho besta de lado toda vez que ela chorava.

— Dois idiotas. — murmurou antes de dormir.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Hein?
Até mais! ♥



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