A Profecia de Éter - A arma primordial escrita por George L L Gomes


Capítulo 2
Capítulo 02 – Invasão


Notas iniciais do capítulo

Quando o Captura da Bandeira estava prestes a ser decidido, todos os semideuses se viram envolvidos em uma grandes escuridão sem fim. O que eles também não sabiam era que algo estava escondido nas sombras, à espreita.



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Primeiro veio à escuridão. Logo depois nenhum som pôde ser ouvido em todo o acampamento. Em seguida, veio o frio e o medo!

Angelo Oliander estava perdido na floresta. O semideus havia seguido o conselho do filho de Ares, seguira pela direção norte do acampamento desejando encontrar qualquer coisa que não fosse armadilhas e semideuses dispostos a uma luta cruel e louca por causa de uma bandeira e seu desejo foi atendido pelos deuses.

Durante todo o percurso, em que ele manteve-se sempre correndo, não encontrou nenhum obstáculo. À sua volta apenas árvores e mais árvores. Embora o rapaz tivesse redobrado a sua atenção, notou que havia percorrido para uma região completamente afastada e que ele desconhecia. Na verdade, Angelo pouco saia do seu chalé desde que tinha chegado ao acampamento. Acreditando estar fora de perigo o rapaz permitiu-se uma parada. Seu corpo clamava por um descanso e tão logo estava sentado com as costas apoiada em uma árvore. Seu corpo suava, ele sentia-se quente tamanho o esforço de sua fuga. Os pulmões encheram-se de ar de forma rápida e ritmada, fazendo com que o som de sua respiração habitasse seus ouvidos. Uma ponta de alívio começava a nascer no peito do adolescente para em seguida ser destruída pela escuridão.

Tudo foi rápido demais para Angelo acompanhar. Em um momento ele estava concentrado em recuperar o fôlego, no momento seguinte uma escuridão sem fim tomou conta de todo o lugar. O semideus sabia que não poderia ter anoitecido tão rápido. Apesar de tudo anormal que ele já havia visto nesse curto tempo em que esteve no acampamento, nada se comparava àquela escuridão. Embora não fizesse nenhum sentido para o filho de Poseidon, ele conseguia sentir as sombras envolvendo-o, como se alguém aos poucos fosse depositando sobre o seu corpo um manto frio e pesado. Ele não conseguia escutar mais nenhum outro som, nem mesmo a sua forte respiração que outrora era ruidosa em sua cabeça.

Cada músculo do seu corpo começou a responder ao frio que junto com o breu passou a dominar corpo e mente. Angelo tentou gritar e pedir socorro, percebendo somente nesse momento que estava impossibilitado de emitir qualquer som. Seus ossos congelavam-se segundo a segundo e em sua mente os pensamentos perdiam a coerência. O semideus sabia que morreria. Sentia o desespero de ver escapar por entre os dedos todas as chances de um futuro. “É tudo minha culpa! Eu não devia tê-la enfrentado.” – as palavras se formando enquanto a imagem da semideusa filha de Hades tomava forma à sua frente. Não fosse o efeito das sombras sobre o semideus ele saberia que Ravenna não estava ali. Saberia que assim como ele a prole de Hades estava aos poucos perdendo a sanidade em outra parte da floresta.

Angelo sentia como se sua cabeça estivesse sendo aberta ao meio, por garras ou qualquer outra coisa afiada. Sem conseguir mexer-se, inerte no canto onde estava ele desistiu de tudo. E então, os gritos começaram. De todas as direções, clamores de socorro, gritos de horror, sibilos e lamúrias, surgiram arrancando o semideus do seu torpor. Ele conseguia ouvir novamente o som de sua respiração, conseguia agora gemer tamanha era a dor que seu corpo sentia. E, sobretudo, Angelo sentia cada vez mais forte o medo que aquele acontecimento o causara. Nada que já tivesse vivido comparava-se com o medo que ele sentia naquele momento. Um medo que fugia a racionalidade e ao mesmo tempo mostrava-se real, palpável e opressor. Nada poderia ser pior que aquilo, acreditava o rapaz.

Então, a escuridão foi abrandando aos poucos. O véu negro que cobria todo o espaço foi retirado lentamente.  A luz do fim de tarde surgiu novamente e o filho de Poseidon descobriu imediatamente que preferia as trevas que gentilmente havia tirado-lhe a visão. A sua frente ele viu uma criatura que personificava tudo que sentira nos últimos minutos.


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